Do
jornalista Wilson Rebelo, do blog Contraponto, de Marabá, via blog do Zé Dudu.
Como sempre, um texto excelente:
“Em
Marabá Jatene erra na política e no repertório
Então, “Jateme” esteve em Marabá!
Para quem conhece o governador
tucano, não foi novidade a postura. Segundo soube, Jatene, este dublê de
cantor, parafraseou Caetano e citou “Sampa”, aquela do Narciso que “acha feio o
que não é espelho”.
Para variar, Jatene errou feio.
O discurso de Jatene esteve mais
para “Gota d’água”, de Chico. Afinal, o coração do tucano “é um pote até aqui
de mágoa”.
Sempre disse que Jatene faz
política com o fígado. Nada mudou.
No Plebiscito para criação do
Estado do Carajás, Jatene foi sovado. A tropa a favor de Carajás, liderada por
João Salame, Giovanni Queiroz e tantos outros, aplicou-lhe uma surra
desmoralizante. Nada menos que 92% dos eleitores da região disseram SIM à
criação do novo Estado.
Perdemos eleitoralmente, por
óbvio, uma vez que a campanha difamatória patrocinada pela turma do NÃO tinha a
seu favor um colégio eleitoral duas vezes maior.
Claro, cometemos erros. Não
conseguimos focar a campanha em Belém e talvez tenhamos exagerado ao incluir
áreas vastas demais no mapa do Carajás.
Mesmo assim, saímos da campanha
vitoriosos politicamente.
Um ano depois, em 2012, Jatene
considerava como favas contadas a vitória de um seu correligionário – Tião
Miranda – em Marabá.
Não contava que a omissão de Tião
lhe cobraria um preço altíssimo. Chegou a mandar seu marqueteiro de estimação
para dar rumo à desmazelada campanha de Tião. Não funcionou.
João Salame mostrou que poder
político e recursos financeiros elevados são importantes, mas não determinantes
na disputa eleitoral.
Fundamental mesmo na política,
ora pois, é saber fazer política e ter coerência.
Jatene, duplamente derrotado em
Marabá, encheu-se de mágoa.
A partir daí o que se vê é uma
espécie de “cerco” à Marabá.
Ontem (12), Jatene recitou
números que sua assessoria lhe forneceu.
Falou dos investimentos da
Cosanpa. Os tais R$ 300 milhões, ele esqueceu de dizer, foram contratados ainda
no governo de Ana Júlia e, no governo tucano, a obra passou a arrastar-se à
passo de cágados.
As obras da Cosanpa, executadas
sem planejamento, deixam esburacadas as ruas da cidade e o remendo feito é de
péssima qualidade.
Mas, a coisa fica ainda pior.
O contingente de policiais
militares e civis em Marabá é o mesmo dos últimos 8 anos! Enquanto isso, a
população mais que dobrou!
Há anos – muitos anos – o Governo
do Pará não constrói uma única escola em Marabá.
O colégio Anísio Teixeira, única
obra do governo tucano em execução na cidade, só deverá ser entregue em
dezembro.
Enquanto isso, as escolas do município servem para atender à demanda
do ensino médio que Jatene não dá conta. Pior: os alunos da rede municipal
ficam sem espaço para atividades importantes como o programa Mais Educação.
A ampliação de leitos do Hospital
Regional chega a ser um acinte. A demanda que temos em Marabá e região exige pelo
menos dois novos hospitais de média e alta complexidade – um em Parauapebas e
outro em Marabá.
Este é o retrato do governo
Jatene, um governo que fez despencar o IDH do Pará e que nos obriga a ser a
vergonha da Nação, ocupando o penúltimo lugar entre as 27 unidades da
Federação!
Mas, se Jatene veio falar do que
NÃO fez, Salame tratou de mostrar O QUE SE EXIGE QUE JATENE FAÇA.
Salame mostrou que são
necessárias, no mínimo, quatro escolas, entre elas uma de qualificação técnica,
a regularização fundiária das áreas do ITERPA, R$ 50 milhões para asfalto,
regularização e ampliação dos repasses ao HMM e ao HMI, entre outras coisas.
O atendimento dessas
reivindicações resolveria nossos problemas? Claro que não! Mas, seria o mínimo
que um governador justo e correto deveria fazer para merecer, senão o voto,
pelo menos o respeito de seu povo. Infelizmente, existe pouca esperança que
sequer este mínimo seja feito por Jatene.
O resto é, para seguir citando o
cancioneiro popular, como dizia Pinduca, “só lari-lari” de um governo que se
mantém de costas para a região mais promissora do Pará.
Como as eleições estão chegando,
a expectativa é que ao final do ano que vem possamos ouvir Jatene cantar “adeus
amor, já vou partir…”
Tem
mais Contraponto aqui: http://wilsonrebelo17.blogspot.com.br/
E
mais Zé Dudu aqui:
www.zedudu.com.br
Leia também a postagem “Um
pândego chamado Jatene”. Aqui: http://pererecadavizinha.blogspot.com.br/2013/09/um-pandego-chamado-jatene.html
.............
P. S. Égua, Orly, arranja mais umas ideias tipo essa do “Governo Digital”. Tá bacana, ó, daqui!...
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