quinta-feira, 31 de março de 2022

Xandão, o “encantador de cães”, amansa Silveira, que vai colocar a tornozeleira.

 

 

 

Chihuahua com mania de pitbull, o deputado federal bolsonarista Daniel Silveira resolveu peitar o ministro do STF Alexandre de Moraes, vulgo Xandão, o carecão mais querido do Brasil.

Crente de que a sua fama de cão hidrófobo assusta todo mundo, Silveira afirmou que não colocaria a tornozeleira eletrônica, que Xandão ordenara que colocasse.

E até se encafuou na Câmara dos Deputados, em Brasília, usando o Parlamento como escudo.

Porque, ao que parece, o nacional Silveira enxerga a Câmara dos Deputados como espécie de puxadinho da Terra Plana, onde a Justiça não teria poderes para fazer cumprir as suas determinações.

Como já seria de se esperar, deu-se mal o nacional: Xandão mandou bloquear as contas bancárias dele e ainda tascou-lhe uma multa de R$ 15 mil, por dia de descumprimento da ordem judicial.

Ou seja: o nosso carecão acertou a ferida, o bolso, do chihuahua com mania de pitbull.

E o resultado é que, entre rosnados, uivos e ganidos, o pequeno hidrófobo decidiu usar a tornozeleira.

O nacional Silveira responde a dois inquéritos porque estaria envolvido com grupos criminosos que espalham fake news (notícias falsas) na internet, e atentam contra a Democracia e as instituições democráticas.

No ano passado, ele puxou uma cana de sete meses, depois de ameaçar ministros do STF e incitar agressões contra eles.

Foi solto em novembro, mas descumpriu a ordem judicial de não manter contato com outros investigados nesses inquéritos.

Daí a determinação de que passe a usar uma focinheira, digo, tornozeleira.

É um episódio revelador sobre a perturbação mental dos bolsonaristas.

Eles realmente acreditam que estão acima da Lei; que são melhores do que os demais cidadãos.

Experimente, caro leitor, afrontar dessa maneira uma ordem judicial, para ver o que lhe acontece.

E tem de ser realmente assim: todos temos de nos curvar diante da Justiça!

Do contrário, vira barbárie, o império do mais forte.

E aí você não terá a quem recorrer, se aquele seu vizinho truculento resolver invadir a sua casa, para lhe encher de tabefes.

Decisão judicial tem de ser cumprida por todos, sem exceção.

E se você acha que tal decisão é injusta, recorra contra ela.

Caminhos dentro da Lei é o que não falta.

Tanto que muitos até reclamam da quantidade de recursos da Justiça brasileira, que é um dos motivos da lentidão dos nossos tribunais.

Mas apesar de possuir muito mais dinheiro do que eu ou você para pagar um bom advogado, o nacional Silveira parece que nem sequer pensou em recorrer contra a decisão do Xandão.

Poderia até ter alegado que tudo não passou de um equívoco e buscado um acordo judicial, comprometendo-se a não mais descumprir as restrições que lhe foram impostas ao ser solto, em novembro passado.

Em vez disso, resolveu partir para o ataque, como um “herói” de si mesmo, e até sem caráter, já que buscou até um confronto entre o Legislativo e o Judiciário, por causa de mera questão particular: os seus deliberados descumprimentos de ordens judiciais.

Obviamente, como todo perturbado bolsonarista, o nacional Silveira disse estar agindo em nome da “liberdade”.

Mas, não se deixe enganar: a “liberdade” bolsonarista é, na verdade, a “liberdade” para o crime. É o “direito” de xingar, agredir, humilhar, perseguir, e até incitar ao ódio e à violência contra as outras pessoas.

É a “liberdade” de destruir a Democracia, para implantar uma ditadura, na qual eles possam até mesmo torturar e matar outros cidadãos, como aconteceu durante a ditadura militar.

É uma noção totalmente distorcida de “liberdade”, já que desconsidera completamente a liberdade dos outros: o direito que todos temos de não sermos agredidos, humilhados, ameaçados.

O direito que todos temos de expressar as nossas opiniões, sem que sejamos espancados, e até assassinados, por esses neonazistas.

O direito de vivermos debaixo do Estado Democrático de Direito, debaixo da proteção da Lei, e não sob o império das gangues de fortões hidrófobos.

Excelente a decisão do Xandão, um sujeito de direita que os perturbados bolsonaristas até dizem ser “comunista”, só porque faz cumprir a Lei e a Constituição.

Pois é, ainda tem isto: para esses asnos, todos os que defendem a Lei e a Constituição são “comunistas”.

De onde se conclui que os “comunistas”, que os bolsonaristas tanto criticam, é que são os verdadeiros “cidadãos de bem”...

É ou não é uma lógica digna da Terra Plana?

terça-feira, 29 de março de 2022

Lobos em peles de cordeiros


 

E aí, meu irmão evangélico, gostou da PROFANAÇÃO da Bíblia pelos pastores Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação, Gilmar Santos e Arilton Moura?

Já soube, também, das suspeitas de que os pastores Gilmar e Arilton COBRAVAM PROPINA, para a liberação de dinheiro do MEC às prefeituras?

Faça um favor à sua alma, meu irmão: veja esse vídeo abaixo.

E vá ler os Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João.

Duvido que, depois de conhecer de verdade Nosso Senhor Jesus Cristo, você ainda se deixe enganar por falsos pastores, verdadeiros lobos em peles de cordeiros (Mateus 7: 15-20).

 

terça-feira, 22 de março de 2022

Você sabia que os nazistas eram tão perversos que até faziam capas de livros com pele humana? Sabia que o nazismo está crescendo no Brasil e que “novos nazistas” apoiam Bolsonaro?


 

Ela tinha um passatempo que parecia de um filme de terror: colecionava pedaços de pele tirados de prisioneiros. Peles com tatuagens. 

E até mandava fazer carteiras, livros e luminárias (abajures) com aquelas peles.

Seu nome era Ilse Koch, esposa do comandante do campo de concentração criado pelos nazistas na localidade de Buchenwald, na Alemanha.

 

6 milhões de judeus assassinados, incluindo bebezinhos

Os nazistas dominaram a Alemanha e ocuparam vários países da Europa, entre as décadas de 1930 e 1940. Seu principal líder foi Adolf Hitler.

Eles foram derrotados na Segunda Guerra Mundial, que acabou em 1945.

Durante a guerra, eles assassinaram 6 milhões de judeus, um povo que queriam eliminar da face da Terra.

Entre esses 6 milhões de mortos estavam mais de 1 milhão de crianças, inclusive bebezinhos.

Muitos desses judeus foram mortos em campos de concentração, como esse de Buchenwald.

A matança planejada, premeditada, dos judeus pelos nazistas ficou conhecida como Holocausto.

Mas eles também mataram milhões de ciganos, gays, deficientes físicos e mentais, prisioneiros de guerra soviéticos, poloneses, além de comunistas e outros inimigos políticos (veja ao final).

 

Campos de Concentração

Os campos de concentração eram enormes prisões onde as pessoas eram forçadas a trabalhar como escravas.

Esses prisioneiros não recebiam comida suficiente e podiam ser espancados, torturados ou até assassinados, por qualquer coisa que fizessem.

Todos dormiam amontoados em galpões: cinco ou seis em cada cama, onde cabiam, no máximo, duas pessoas.

O ajuntamento, a sujeira e a falta de comida faziam com que eles pegassem várias doenças.

E quem ficava fraco ou doente demais para trabalhar era assassinado.

Vários presos, inclusive crianças, também foram usados como cobaias em “experiências médicas”, que eram verdadeiras torturas.

 

Matança em “câmaras de gás”

Mas o principal tipo de matança, nos campos de concentração, era com um gás venenoso.

Muitas pessoas, principalmente idosos, crianças, doentes e mulheres grávidas eram mandadas para esses campos para serem assassinadas assim que chegassem.

Os guardas mandavam que eles tirassem as roupas, para que tomassem um banho.

Mas, na verdade, os “banheiros” eram “câmaras de gás”: galpões onde eram trancados e sufocados até a morte, com esse gás venenoso. 

 

Muitos locais de matança e várias formas de matar

Grandes matanças também ocorreram fora dos campos de concentração. E eram muitas as formas de matar usadas pelos nazistas.

Por exemplo:

1-Com tiros ou enforcamentos, no meio da rua.

2-Em florestas, onde os nazistas fuzilavam as pessoas na beira de grandes covas coletivas.

3- Em caminhões fechados, conhecidos como “vagões de gás”. Nesses caminhões, o escapamento dos veículos era colocado dentro do compartimento onde estavam os prisioneiros, que morriam sufocados.

4-Em “guetos”, que eram bairros cercados por muros e vigiados por soldados. Lá, os judeus viviam em condições desumanas e muitos morriam de fome e de doenças, ou eram assassinados.

 

“Raça superior”

O nazismo é um conjunto de ideias que tem o racismo como uma das suas principais características.

Os nazistas afirmavam que os alemães descendiam de uma “raça superior”, chamada de “raça ariana”, que teria o direito de dominar e oprimir todas as demais “raças”.

Os “arianos” e seus descendentes “mais puros” seriam brancos, altos, fortes, de olhos azuis.

Para manter a “pureza da raça”, os nazistas proibiram casamentos entre “arianos” e pessoas de “raças inferiores”, principalmente judeus.

Também passaram a realizar cirurgias forçadas, para impedir a reprodução de alemães que possuíssem doenças hereditárias.

E assassinavam, com injeções ou gases venenosos, as pessoas, inclusive crianças, que possuíam deficiências físicas ou mentais.

 

Nem “raça” existe. Muito menos “ariana”

Hoje já se sabe que nunca existiu essa tal de “raça ariana”.

Essa lenda dos “arianos” foi criada por “estudiosos” europeus, no século 19.

A lenda serviu para justificar o roubo das riquezas de países da África e da Ásia, por países da Europa, já que os brancos seriam “superiores” a negros e amarelos.

Também já se sabe que não existe nem mesmo esse negócio de “raça”, ou seja, uma diferença biológica, orgânica, entre os seres humanos, por causa da cor da pele.

O estudo dos nossos genes, ou seja, do nosso DNA, pelos cientistas, mostrou que as diferenças genéticas entre brancos e negros são insignificantes. "Raça", na verdade, é apenas um "rótulo", uma criação das sociedades, da cultura.

 

A “Bruxa de Buchenwald” e a capa de pele humana

Ilse Koch era uma pessoa perversa, que gostava de humilhar e torturar os prisioneiros.

Por isso, um de seus apelidos era “A Bruxa de Buchenwald”.

Em 1967, aos 60 anos de idade, Ilse se matou, na penitenciária onde cumpria pena de prisão perpétua, por causa de seus crimes.

No ano passado, um museu da Alemanha divulgou a foto de um álbum com capa de pele humana (que você vê no quadrinho acima, ao lado da foto de Ilse).

O álbum foi doado ao museu e teria sido feito em Buchenwald.

Para o museu, o álbum é mais uma prova dos crimes contra a Humanidade cometidos pelos nazistas.

 

O avanço do nazismo: inquéritos da PF crescem 450%

Hoje, novos nazistas estão se reorganizando em vários países do mundo.

Assim como os nazistas do tempo de Hitler, os novos nazistas afirmam que a “raça” branca é “superior” e pregam a violência contra negros e gays, por exemplo.

No Brasil, o novo nazismo vem crescendo durante o governo de Bolsonaro, que é apoiado por muitas dessas pessoas.

Segundo um levantamento do jornal O Globo, a Polícia Federal (PF) abriu apenas 20 inquéritos, em 2018, para investigar crimes de apologia (defesa) do nazismo.

Já em 2019, foram 69 inquéritos desse tipo.

E, em 2020, nada menos que 110 inquéritos.

Ou seja, um crescimento de 450 por cento, entre 2018 e 2021.

Além disso, segundo um levantamento da antropóloga Adriana Dias, houve um crescimento de 270 por cento, entre janeiro de 2019 e maio de 2021, na quantidade de núcleos de novos nazistas no Brasil.

Leia a reportagem “Há uma onda neonazista no Brasil?” publicada pelo site Brasil de Fato, em janeiro deste ano: https://www.brasildefato.com.br/2022/01/27/ha-uma-onda-neonazista-no-brasil-entenda-o-que-dizem-os-numeros-e-especialistas-no-tema

E a reportagem do jornal Folha de São Paulo “Brasil vive escalada de grupos neonazistas e aumento de inquéritos de apologia do nazismo na PF”, de agosto do ano passado: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2021/08/brasil-vive-escalada-de-grupos-neonazistas-e-aumento-de-inqueritos-de-apologia-do-nazismo-na-pf.shtml

 

Novos nazistas e Bolsonaro: ideias parecidas?

Para muita gente, o problema é que as ideias de Bolsonaro seriam muito parecidas com as ideias nazistas. Tanto que ele até usa frases de propaganda (slogans) dos nazistas dos tempos de Hitler.

É o que diz o professor Michel Gherman, diretor-acadêmico do Instituto Brasil-Israel.

Para Gherman, aliás, o uso da bandeira de Israel e o fato de Bolsonaro se dizer “amigo dos judeus” é apenas uma maneira de enganar as pessoas, para que elas não percebam isso.

Veja a entrevista de Gherman na TVT: https://www.youtube.com/watch?v=zNM-shUEsX8

Outras pessoas afirmam que os novos nazistas enxergaram “certos estímulos” no governo de Bolsonaro.

Veja o que disse o jornalista Josias de Souza, quando Bolsonaro, recentemente, “repudiou” o nazismo: https://www.youtube.com/watch?v=51jQlzZUFoE

 

Milhões e milhões de seres humanos assassinados

Famílias inteiras foram assassinadas pelos nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial.

Mas até hoje são se sabe o número exato de mortos.

Há, porém, uma estimativa publicada pela Enciclopédia do Holocausto, do Museu do Holocausto dos Estados Unidos:  https://encyclopedia.ushmm.org/content/pt-br/article/documenting-numbers-of-victims-of-the-holocaust-and-nazi-persecution

Além dos judeus, os nazistas também assassinaram 7 milhões de civis soviéticos, 3 milhões de prisioneiros de guerra soviéticos, 1,8 milhão de civis poloneses, 312 mil civis sérvios, 250 mil deficientes que viviam em instituições, 250 mil ciganos, 1.900 testemunhas de Jeová, além de milhares de gays e opositores políticos.

......

 

Para saber mais sobre Nazismo:

Aqui: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-e-nazismo.htm

Aqui: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/nazismo-1.htm

E aqui: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/nazismo.htm

 

Sobre o Holocausto: 

Aqui: https://www.museudoholocausto.org.br/

Aqui: https://www.memorialdoholocausto.org.br/

Aqui: https://www.yadvashem.org/es.html

Aqui: https://encyclopedia.ushmm.org/content/pt-br/article/victims-of-the-nazi-era-nazi-racial-ideology

Aqui: https://encyclopedia.ushmm.org/content/pt-br/article/gassing-operations

Aqui: https://encyclopedia.ushmm.org/content/pt-br/article/buchenwald

E aqui: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/solucao-final-plano-nazista-exterminio-dos-judeus-na-europa.htm

 

Para saber mais sobre:

Ilse Koch: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ilse_Koch

Buchenwald: https://encyclopedia.ushmm.org/content/pt-br/article/buchenwald

O álbum com capa de pele humana:

Aqui: https://history.uol.com.br/guerras/encontrado-album-de-fotos-feito-com-pele-de-prisioneiro-de-campo-de-exterminio-nazista

E aqui: http://www.auschwitz.org/en/museum/news/a-unique-cover-historical-proof-of-the-crime-,1406.html

quarta-feira, 9 de março de 2022

Eleições 2022: podemos, sim, vencer o monstro. Mas desde que tenhamos maturidade política.



 

Incrível como muitos oposicionistas parecem não perceber as gigantescas dificuldades que enfrentaremos, para derrotar Bolsonaro e o seu exército de reacionários, nestas eleições.

O primeiro turno ocorrerá em 2 de outubro, ou seja, em menos de 7 meses.

Mesmo assim, ainda há dirigentes e militantes petistas tentando melar a escolha do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para vice de Lula.

Militantes de esquerda também criticam alianças com governadores que são adversários de Bolsonaro, como é o caso de Helder, aqui no Pará.

Para completar o desastre, grande parte das oposições parece desatenta à importância da disputa pelo Congresso Nacional, apesar de tudo o que já vimos acontecer naquele puxadinho do inferno.

O xis da questão é que alguns companheiros não compreendem, ou não querem compreender, que estas eleições, muito mais do que todas as anteriores, terão de ser regidas pelo pragmatismo, e não pelo ideal.

Sonhar não resolve nada, só atrapalha: induz a um preocupante clima de “já ganhou”, que nos impede de enxergar a real dimensão dos desafios que temos pela frente.

Temos de lutar pela eleição de Lula, mas também pela eleição de um Congresso Nacional que lhe permita articular um mínimo de governabilidade, caso seja eleito.

Mas não é “apenas” isso: temos também de ter um plano B, para o caso de ele não ser eleito.

E aí precisaremos, desesperadamente, não apenas de governadores que continuem a fazer frente a Bolsonaro.

Mas, sobretudo, de bancadas, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, suficientemente fortes, confiáveis e coesas para que consigam, ao menos, barrar o avanço das propostas desses reacionários e de seu projeto de destruição do Brasil.

Entre outros motivos, para que ainda existam condições legais, em 2026, para a reconquista do poder, pela via eleitoral.

No entanto, o que é que podemos enxergar, numa rápida olhada, quanto aos exércitos do lado de lá?

Bolsonaro estará sentado na máquina federal, em cujo orçamento, de R$ 4,7 trilhões para este ano, cabem umas quatro vezes os orçamentos, somados, de todos os estados brasileiros.

É muita, muita grana... Incluindo uma milionária verba de propaganda, para distribuição a milhares de veículos de comunicação.

E isso sem falar na estrutura própria de comunicação do governo federal, que, sozinha, atinge 70 milhões de pessoas, nas localidades mais distantes deste país, através do programa A Voz do Brasil.  

Além disso, Bolsonaro terá à sua disposição uma verdadeira fábrica de canetas, para a distribuição de cargos e a contratação de cachorros, periquitos e papagaios, em todo o Brasil.  

Aos candidatos apoiados por ele, estão sendo liberados bilhões de reais, para a campanha eleitoral e obras eleitoreiras.

Ele também detém, faça chuva ou faça sol, pelo menos 20% do eleitorado. Ou seja, mais de 30 milhões de eleitores, milhares deles, incluindo milicianos, fortemente armados.

Conta, ainda, com uma poderosa rede de fake news e com o apoio do nazifascismo internacional, que já realizou, e ainda realizará, vários ataques “de fora pra dentro”.

Conta, também, com a militância de magistrados e promotores e procuradores de Justiça, que criarão vários factoides, para delírio da grande imprensa; com o apoio de militares e policiais, capturados por essa histeria coletiva que atinge parte da população; com grandes empresários que passarão dinheiro por baixo dos panos para os seus candidatos; com evangélicos aterrorizados por fakes que vão surgindo a cada momento, como é o caso recente, e anterior à Guerra da Ucrânia, da “iminência” do arrebatamento e do fim do mundo.

Será que deu para entender o tamanho do poder, belicosidade e histeria das forças que enfrentaremos, e para as quais estas eleições serão um jogo de vale-tudo, e de tudo ou nada?

Essa não será uma batalha para sonhadores ou para quem tem “nervos fracos” e se assusta com o primeiro urro. Tampouco será uma batalha para quem acredita que os seus ideais são o centro do mundo.

Valerá, mais do que nunca, uma velha máxima remasterizada: o inimigo do meu inimigo é meu amigo. Desde que não seja um nazifascista, é claro.

Porque se não somarmos forças à esquerda e à direita, construindo uma ampla e vigorosa frente contra esses reacionários, seremos fragorosamente derrotados, inclusive em um plano B.

E aí, prepare-se para uma mortandade nunca vista de pretos, pobres, gays, mulheres, idosos e doentes, os alvos desses fascistas.

Prepare-se, também, para muitas perseguições, espancamentos, prisões e assassinatos de oposicionistas. Ou seja, para um patamar de luta muito mais opressivo.

E prepare-se para viver, depois de Bolsonaro, uns 20 anos de generais-presidentes, tipo um Braga Netto, já que eles controlarão o Congresso, a PGR e o STF e criarão todas as leis que quiserem.

Se tudo isso se concretizar, como até já escrevi aqui (https://pererecadavizinha.blogspot.com/2021/11/um-projeto-de-desurbanizacao-do-brasil.html), o Brasil que veremos, já na década de 2030, parecerá saído de um pesadelo.

Mas apesar de todas as dificuldades, acredito, sim, que podemos vencer essa batalha, contra a máquina, contra o dinheiro, contra o terror.

Ao longo de tantas décadas de luta política, não será a primeira vez que vi isso, e nem será a última.

No entanto, essa vitória só será realmente possível se mantivermos os pés no chão.

Pesquisas eleitorais apontam tendências do eleitorado e nos ajudam a perceber os acertos e a corrigir os erros.

Mas elas não representam uma vitória antecipada: muitas vezes, aliás, o resultado eleitoral é o oposto do que anunciavam.

Então, tenha em mente que embora Lula detenha uma vantagem expressiva e boas chances de chegar à Presidência, a vitória dele só se concretizará após a contabilização dos votos.  

Além disso, tal vitória terá de ser por uma bela margem de votos, devido às fakes news contra a urna eleitoral e às ameaças de reações armadas.

E terá de abranger, também, uma parcela significativa do Congresso, que, tenha certeza, será alvo de uma disputa ainda mais dramática do que a Presidência da República.

Sinto muito pelos sonhadores, mas não há outro caminho para chegarmos à vitória, a não ser através da construção de todas as alianças possíveis, em todos os estados, agregando todos aqueles que se opõem a esses fascistas.

Uma ampla frente, com a junção de recursos humanos e materiais, permitirá que montemos a grande estrutura de que precisaremos, para chegar às localidades mais distantes deste país, a fim de disseminar informações, realizar propaganda política, combater fake news e incentivar doações à campanha do Lula e dos nossos candidatos.

Aqui no Pará, confesso que até me emociono ao ver companheiros como Ana Júlia, Paulo Rocha e Úrsula Vidal se preparando para disputar cadeiras na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. E só lamento é que não tenhamos nessa batalha histórica também o Edmilson, outro grande puxador de votos.

Todos esses cidadãos e cidadãs serão importantíssimos para construção da governabilidade, caso Lula seja eleito. Mas não só.

Pelo perfil corajoso e comprometido com as lutas populares, todos eles serão fundamentais, caso percamos estas eleições e precisemos de uma barreira para conter esses reacionários, até as eleições de 2026.

Também tenho certeza de que Helder e tantos outros companheiros do MDB, de perfil progressista, como é o caso de Jader e Elcione, estarão conosco nessa batalha.   

Afinal, todos eles foram moldados na luta pela redemocratização do Brasil; no seio desse grande partido que é o MDB, que gerou verdadeiros gigantes da política nacional, como é o caso do inesquecível Ulysses Guimarães.

Espero que você que me lê reflita sobre tudo isto: podemos, sim, vencer esse monstro, desde que tenhamos a necessária maturidade política, para manter os pés no chão.

Que Deus esteja conosco, a iluminar os nossos caminhos.

E que Ele abençoe esse nosso arco multicolorido de alianças, como desde sempre multicoloridas são as esquerdas.

FUUIIIII!!!!!!