quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Assim num tem as condição!





Alguém tem de dizer pro Jatene pra ele parar de assassinar a nossa MPB. 

A nossa cultura já tá passando por um momento tão dramático, tadinha da bichinha... 

É censura, é esculhambação e até a Regina Duarte... 

E agora, pra completar, vem o Jatene assassinar a Romaria, num vídeo que circula no WhatsApp. 

A pobre da Elis deve de tá se dando 50 facadas no túmulo... 

E o Renato Teixeira, o autor, já deve de tá se encaminhando pra algum convento, a gritar: “o que foi que eu fiz, meu Deus, pra merecer isso?” 

Num é brincadeira, não: Romaria e La Bamba tão pau a pau na “desinterpretação” do Jatene – é uma desgraceira só! 

Ou vocês já se esqueceram daquela sessão de tortura num quartel de bombeiros, na campanha de 2018, quando o Jatene trucidou La Bamba? 

Os pobres dos bombeiros queriam se trancar nas Torres Gêmeas, em pleno 11 de Setembro... 

Num podiam nem tapar os “zuvidos”, já que o cara era governador... 

A diferença entre os dois dolorosos “espetáculos” é que, naquela época, o Jatene ainda tinha uma cambada de puxa-sacos, pra bater palmas pra ele. 

Agora, tudo o que lhe restou são as palmas e o “uh, canta de novo” do Orly. 

Deve de ser triste, né?, o sujeito vivia cercado de lambe-botas, que diziam pra ele: “égua, como tu canta bem!”, “égua, como tu é bonito!”, “égua, como tu tás inteiraço!”. 

E agora só tem o Orly, vulgo Balão, pra dizer tudo isso, mas com aqueles “zolhos de cifrões" mal dissimulados, que qualquer lambe-botas de quinta disfarça melhor... 

E fica lá o Balão a puxar o saco do sujeito, até quase arrebentar... 

Daí que o Jatene vai é acabar com uma elefantíase de culhão...

Uns garantem que esse vídeo é antigo, de 2018, uma homenagem interna de então funcionários da SECOM. 

Outros espicham os olhos, jurando que é pré-campanha de Jatene a prefeito de Belém. 

Pra mim pouco importa, já que, há dois anos, venho dizendo que ele, provavelmente, será candidato. 

E fico pensando o que foi que nós, belemenses, fizemos de tão ruim, mas tão ruim, pra merecermos tamanha maldição. 

Foram 8 anos de Duciomar, 8 anos de Zenaldo, ou seja, 16 anos andando pra trás, sofrendo que nem cão sarnento. 

E agora, pra completar, provavelmente ainda teremos o Jatene querendo jogar a pá de cal, nos escombros da nossa cidade... 

Será que descarrego com sal grosso resolve? 

Ou quem sabe a gente devia é sair em procissão pelas ruas, dando chibatada nas costas com espada de São Jorge... 

Sujeito saqueou o estado, deixou um rombo de R$ 1,5 bilhão, e agora, se sair candidato mesmo, será apenas pra acabar de saquear a Prefeitura, pra arranjar dinheiro pra 2022. 

Tadinha de Belém, né?, que já foi uma cidade tão bela, arrojada, a encantar poetas, músicos, escritores... 

Mas que agora vai se enterrando cada vez mais, nas mãos dessas criaturas que só amam o poder, o dinheiro e, of course, o exterior... 

De minha parte, caro leitor, vou é montar a Tenda Política Mãe De La Ana. 

Cansei dessa história de Perereca: quero é ficar mais famosa do que Nostradamus! 

Serei a vidente número 1 de 10 entre 10 políticos do Brasil, quiçá, do Planeta! 

Mas devo confessar que nunca imaginei que essa campanha poderia ser tão trágica: essa “desversão” de Romaria já mostra bem o que poderemos vir a suportar... 

Taí, pensei num negócio sensacional! 

Vou é montar uma fábrica de tapador de ouvido! 

Vai vender mais do que sombrinha em dia de chuva!

FUUUIIIIIII!!!!!

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Banpará suspende contrato de propaganda da Griffo, que será alvo de “auditoria total”. Empresa teria recebido pagamentos ilegais e sem registro no sistema. Também teria pagado R$ 13 milhões a um fornecedor, sem prévia cotação de preços, descumprindo a lei e cláusula contratual. Paradeiro incerto de R$ 43,5 milhões pagos pelo banco já havia levado a AGE a suspender a Griffo de licitações do Governo. Desde meados da década de 1990, empresa ganhou todas as licitações realizadas pelos governadores e prefeitos do PSDB que tiveram as campanhas eleitorais comandadas pelo dono dela, o marqueteiro Orly Bezerra. Apurações do Banpará serão enviadas ao MP.





Uma série de possíveis irregularidades, entre as quais recebimentos acima do valor contratual, ilegais e sem registro no sistema; além do pagamento de R$ 13 milhões a um prestador de serviços sem prévia cotação de preços, levaram o Banco do Estado do Pará (Banpará) a suspender a Griffo Comunicação e Jornalismo do contrato de propaganda da instituição. 

A decisão é do diretor administrativo, Paulo Arévalo, e está publicada no Diário Oficial de hoje (21), páginas 14 e 15 (veja aqui: https://drive.google.com/file/d/1oGrUSt2jiA0OzT8qMTrr-v5KRqxVnvxO/view ). 

Nela, Arévalo também determina a abertura de processo administrativo e “auditoria total” do contrato, já que as irregularidades atingiriam até a licitação realizada pela Secretaria de Comunicação (SECOM) do ex-governador Simão Jatene, em 2013. 

Ainda segundo a decisão, os resultados das apurações do banco serão enviados à Auditoria Geral do Estado (AGE), o principal órgão de fiscalização do Governo, e ao Ministério Público Estadual (MP-PA). 

Indícios de graves irregularidades, inclusive o paradeiro incerto de R$ 43,5 milhões pagos pelo banco, já haviam levado a AGE a suspender a Griffo das licitações estaduais, no último 16 de janeiro. 

Segundo o auditor geral do Estado, Giussepp Mendes, não se conseguem localizar documentos, como prestações de contas, notas fiscais, relatórios de produção e cotações de preços, que comprovem como a empresa gastou todo esse dinheiro. 

A Griffo pertence ao marqueteiro Orly Bezerra. 

Desde meados da década de 1990, ela ganhou todas as milionárias licitações de propaganda realizadas pelos governadores e prefeitos do PSDB, que tiveram as campanhas eleitorais comandadas pelo marqueteiro: Almir Gabriel, Simão Jatene, Zenaldo Coutinho, entre outros. 

Só entre 2014 e março de 2019, ela recebeu do Governo do Estado e do Banpará mais de R$ 147 milhões, em valores atualizados pelo IPCA-E do mês passado, um dinheiro que daria para construir 24 UPAs. 

No entanto, esses R$ 147 milhões são apenas uma fração da montanha de dinheiro público que ela recebeu, ao longo de 20 anos (leia a postagem anterior: https://pererecadavizinha.blogspot.com/2020/01/paradeiro-incerto-de-r-43-milhoes.html) 


Griffo ainda queria mais dinheiro, mas acabou chamando atenção para possíveis ilegalidades 


Em sua decisão, Paulo Arévalo diz que só tomou conhecimento do caso neste mês de janeiro, quando a Griffo enviou ofícios questionando, entre outras coisas, o volume de serviços publicitários que vem realizando para o banco, já que a licitação que ganhou, em 2013, garantia às empresas um mínimo anual de 10% do valor do contrato.  

Em outras palavras: ela queria ainda mais dinheiro, além de tudo o que recebeu de várias instituições públicas, ao longo de duas décadas (leia a série de reportagens “Griffo, a Insaciável”, cujos links estão na postagem anterior). 

No entanto, a reclamação acabou chamando a atenção para uma possível ilegalidade: o fato de a licitação para esse contrato ter sido realizada pela SECOM. 

“Trata-se de verdadeira teratologia jurídica, eis que é absurdo, sobre todos os aspectos da legalidade administrativa e da boa técnica jurídica, que um contrato milionário seja decorrente de licitação realizada por órgão que não seja o responsável pela contratação”, escreveu Arévalo, na sua decisão. 

Segundo ele, o fato viola a Lei Federal 12.232/2010, pela qual as licitações serão realizadas pelos órgãos contratantes. 

Além disso, o Banpará possui um núcleo de Marketing e um núcleo Jurídico, com 20 advogados concursados, e uma Comissão Permanente de Licitação (CPL), o que torna injustificável todo esse arranjo. 

Outro problema é que, ao questionar a estimativa para os serviços de publicidade, na licitação que o banco está realizando, a Griffo afirmou que teria executado mais de R$ 13 milhões em serviços, em 2017, coisa que comprovariam os documentos em seu poder.  

No entanto, salienta Arévalo, esses R$ 13 milhões ultrapassam em mais de 25% o valor contratual, o que fere a Lei das Licitações, a 8666/93. 

Além disso, não há registro, nos sistemas do banco, de todos os valores que ela afirma ter executado. 

“Em face da gravidade das alegações, que podem importar na conclusão de serviços não registrados no banco”, o diretor buscou informações no Departamento de Marketing e constatou uma “divergência considerável”, entre os números da Griffo e a totalidade dos registros do sistema, “que não atestam todas as execuções afirmadas pela referida empresa”. 

Ele também encontrou indícios de que a Griffo não realizou cotações de preços, para a contratação de prestadores de serviços, o que contraria a Lei 12.232/2010 e uma cláusula contratual. 

Exemplo disso são os R$ 13 milhões que ela pagou, entre 2012 e 2018, à empresa Mídia Inbox: simplesmente, não houve cotação. 

Assim, Arévalo decidiu pela suspensão cautelar do contrato de propaganda em relação à Griffo. 

Também enviou o caso à Comissão para Apuração de Responsabilidade Contratual (COARC), para instauração de processo administrativo que investigue o descumprimento desse contrato, “garantindo o total direito de defesa à empresa Griffo, nos termos regulamentares, legais e constitucionais”. 

Ele determinou, ainda, o envio de toda a documentação à Auditoria Interna (AUDIN), para “auditoria total” do contrato, “em relação à forma de contratação e toda a execução, observando que a auditoria deverá ser ampla e envolver todas as contratadas e terceirizadas pelas contratadas”. 

Os resultados das apurações da COARC e da AUDIN serão encaminhados à AGE e “a todos os órgãos de controle competentes”, principalmente, o MP-PA. 

Arévalo também mandou oficiar à CPL, para que ela agilize a conclusão do processo licitatório em andamento, que resultará no novo contrato de propaganda do banco.



Leia a postagem anterior, “Paradeiro incerto de R$ 43 milhões repassados pelo Banpará faz AGE suspender a Griffo Comunicação das licitações estaduais”: https://pererecadavizinha.blogspot.com/2020/01/paradeiro-incerto-de-r-43-milhoes.html