segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Feliz 2009


Feliz Ano Novo, Caruanas!



A todos vocês, queridinhos, meus companheiros, meus camaradas, que 2009 seja o prenúncio de um novo tempo!...


Um tempo sem ódios, sem perseguições!...


Mas, sobretudo, um tempo de melhoria de vida – de verdade! ...– para o nosso povo, para a nossa gente!...


A todos vocês, meus irmãos, que Deus permita – apesar de todas as dificuldades que estamos enfrentando - que vejamos em cada pedra o sorriso futuro de uma criança...



Em cada deserto, o porvir de uma flor!...


Em cada tempestade, um radiante amanhã!...


Que Deus permita, enfim, que a gente nunca se esqueça de quem é!...


Aquilo pelo que tanto lutamos, ao longo de toda uma vida!...


Por um Brasil mais justo, por um Pará mais justo!...


Por um universo de felicidade, em cada baixada desta Belém!...


Em cada pedacinho deste continente que é o Pará!...



Para vocês, meus amores, vão as minhas preces e a minha esperança!...


Feliz Ano Novo, queridinhos!...


Feliz 2009, Caruanas!


E um memorável, um inesquecível 2010!...




O Mundo Místico Dos Caruanas
Nas Águas do Patu-anu




(Obrigado, bateria!... Valeu, grande mestre!... Alô, Nilópolis! Alô, Baixada Fluminense!... Vamos lá, minha comunidade!...Unida, com muita força, em busca desse título tão sonhado!... É isso aí, mundo do samba!... A família Beija-Flor te ama!... Obrigado, Belém do Pará!...Vamos lá, meu povo!...Olha a Beija-Flor, aí, gente!... UMBOOOORAAAA CARUAAANNNAAASSS!...)



Beija-flor
E o mundo místico dos Caruanas
Nas águas do Patu-Anu
Mostra a força do teu samba



Contam que no início do mundo
Somente água existia aqui
Assim surgiu o girador, ser criador
Das sete cidades governadas por Auí
Em sua curiosidade, aliada à coragem
Com seu povo ao fundo foi tragado
O que lá existia aflorou, o criador semeou
Surgindo os seres viventes em geral
E de Auí se deu a flora, fauna e mineral


Sou Caruana eu sou
Patu-Anu nasceu do girador, obá
Eu trago a paz, sabedoria e proteção
Curar o mundo é minha missão


Sou Caruana eu sou
Patu-Anu nasceu do girador, obá
Eu trago a paz, sabedoria e proteção
Curar o mundo é minha missão


(Pajé!...)
Pajé, a pajelança está formada
Eu vou na barca encantada
Anhanga representa o mal
Evoque a energia de Auí
Pra vida sempre existir
Oferenda ao mar pra isentar a dor
Com a proteção dos caruanas Beija-flor
A pajelança hoje é cabocla
Na Ilha de Marajó, vou dançar o carimbó
Lundu e siriá, marujada e vaquejada
Minha escola vem mostrar
O folclore que encanta
O estado do Pará



PS: Não quero destruir o PT - e creio que nenhum de vocês quer isso...
Mais não seja, porque isso nos privaria do nosso principal aliado, nas mais importantes conquistas da sociedade brasileira...

Quer dizer, já nem falo da convivência que temos com muitos petistas, eis que todos temos a mesma origem – a luta pela democracia.
Mas, de coisas mais objetivas, mais comezinhas, mais concretas, como a aprovação de uma reforma, por exemplo, contra a qual essa gentalha que há 500 anos domina o país se insurge, porque significa – e nem é acabar!... – mas, reduzir a dominação, a escravização do nosso povo...

Vencer o PT, portanto, irmãos Caruanas, requererá uma intervenção cirúrgica!...

Mas, agora não!...

Pensemos nisso no ano que vem!...

À minha Senhora, tão longe que estou do mar!...

FUUUUUIIIII!!!!!!!


Contos de Areia



(Epa hei, Iansã!)


Bahia é um encanto a mais
Visão de aquarela
E no ABC dos Orixás
Oraniah é Paulo da Portela
Um mundo azul e branco
O deus negro fez nascer
Paulo Benjamim de Oliveira
Fez esse mundo crescer (okê-okê)

Okê-okê, Oxossi
Faz nossa gente sambar
Okê-okê, Natal
Portela é canto no ar

(Okê-okê)
Okê-okê, Oxossi
Faz nossa gente sambar
Okê-okê, Natal
Portela é canto no ar

Jogo feito, banca forte
Qual foi o bicho que deu?
Deu águia, símbolo da sorte
Pois vintes vezes venceu

É cheiro de mato
É terra molhada
É Clara Guerreira
Lá vem trovoada

É cheiro de mato
É terra molhada
É Clara Guerreira
Lá vem trovoada

(Epa hei!...)
Epa hei, Iansã! Epa hei!
Epa hei, Iansã! Epa hei!

(E na ginga!)
Na ginga do estandarte
Portela derrama arte
Neste enredo sem igual
Faz da vida poesia
E canta sua alegria
Em tempo de carnaval

(Ê Bahia...)


(Portela - Samba Enredo 1984)

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

força estranha



Feliz Natal!



Como sempre, estou atrasada...




Mas, de qualquer forma, espero que todos vocês tenham tido um Natal maravilhoso, junto daquelas pessoas que vocês mais amam!




Desculpem a longa ausência que, depois, explico.




Graças a Deus, voltei a criar – e eu até começava a pensar, meio que desesperada, que isso havia morrido em mim...




Creio que começo a me adaptar a O Liberal; creio que, finalmente, começo a superar o Diário...




Curtam, portanto, esse musicão abaixo, enquanto termino o primeiro capítulo de “Orgia no Rangão”.




Tá ficando bem bacana, acreditem!...




Beijinhos mil a todos vocês, queridinhos!...




Rapidinho a gente se vê!...




FUUUIIIII!!!!!!







Força estranha



Eu vi um menino correndo
Eu vi o tempo
Brincando ao redor
Do caminho daquele menino
Eu pus os meus pés no riacho
E acho que nunca os tirei
O sol ainda brilha na estrada
Que eu nunca passei


Eu vi a mulher preparando
Outra pessoa
O tempo parou pra eu olhar
Para aquela barriga
A vida é amiga da arte
É a parte que o sol me ensinou
O sol que atravessa essa estrada
Que nunca passou


Por isso uma força
Me leva a cantar
Por isso essa força estranha no ar
Por isso é que eu canto,
Não posso parar
Por isso essa voz tamanha


Eu vi muitos cabelos brancos
Na fronte do artista
O tempo não pára
E no entanto
Ele nunca envelhece
Aquele que conhece o jogo
Do fogo das coisas que são
É o sol, é o tempo, é a estrada
É o pé e é o chão


Eu vi muitos homens brigando
Ouvi seus gritos
Estive no fundo
De cada vontade encoberta
E a coisa mais certa
De todas as coisas
Não vale um caminho sob o sol
E o sol sobre a estrada
É o sol sobre a estrada, é o sol


Por isso a força
Me leva a cantar
Por isso essa força estranha no ar
Por isso é que eu canto,
Não posso parar
Por isso essa voz,
Essa voz tamanha


Por isso uma força
Me leva a cantar
Por isso essa força estranha no ar
Por isso é que eu canto,
Não posso parar
Por isso essa voz tamanha

(Caetano Veloso)

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

LSD

Um Tempo Psicodélico!...




Para estes tempos estranhos, em que o Vic – quem diria!...- defende as práticas do PT. E eu – quem diria!... – as ataco...



Gracias a la vida



Gracias a la vida que me ha dado tanto,
Me dio dos luceros que cuando los abro,
Perfecto distingo lo negro del blanco,
Y en el alto cielo su fondo estrellado,
Y en la multitudes el hombre que yo amo.



Gracias a la vida que me ha dado tanto,
Me ha dado el oído que en todo su ancho,
Graba noche y día grillos y canarios,
Martillos, turbinas, ladridos, chubascos,
Y la voz tan tierna de mi bien amado.


Gracias a la vida que me ha dado tanto,
Me ha dado el sonido y el abecedario,
Y con el las palabras que pienso y declaro,
Madre, amigo, hermano y luz alumbrando,
La ruta del alma del que estoy amando.


Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Me dio el corazón que agita su marco
Cuando miro el fruto del cerebro humano,
Cuando miro el bueno tan lejos del malo,
Cuando miro el fondo de tus ojos claros.


Gracias a la vida que me ha dado tanto,
Me ha dado la marcha de mis pies cansados,
Con ellos anduve ciudades y charcos,
Playas y desiertos, montañas y llanos,
Y la casa tuya, tu calle y tu patio.



Gracias a la vida que me ha dado tanto,
Me ha dado la risa, y me ha dado el llanto,
Así yo distingo dicha de quebranto,
Los dos materiales que forman mi canto,
Y el canto de ustedes que es el mismo canto.
Y el canto de todos que es mi propio canto.


!Gracias a la vida!
!Gracias a la vida!
!Gracias a la vida!
!Gracias a la vida!



(Violeta Parra)




Los Hermanos



Yo tengo tantos hermanos
Que no los puedo contar
En el vale en la montaña
En la pampa y en el mar
Cada cual con sus trabajos
Con sus sueños cada cual
Con la esperanza adelante
Con los recuerdos de trás
Yo tengo tantos hermanos
Que no los puedo contar



Gente de mano caliente
Por eso de la amistad
Con um lloro para llorarlo
Con un rezo para rezar
Con un horizonte abierto
Que siempre esta más allá
Y esa fuerza pa buscarlo
Con tezón y voluntad
Cuando parece más cerca
Es cuando se aleja más
Yo tengo tantos hermanos
Que no los puedo contar



Y asi seguimos andando
Curtidos de soledad
Nos perdemos por el mundo
Nos volvemos a encontrar
Y asi nos reconocemos
Por el lejano mirar
Por las coplas que mordemos
Semillas de imensidad


E asi seguimos andando
Curtidos de soledad
Y en nosotros nuestros muertos
Pa que nadie quede atrás
Yo tengo tantos hermanos
Que no los puedo contar
Y una hermana muy hermosa
Que se llama libertad


( Atahualpa Yupanqui)



(canta, Vic!... Vai, canta!...)

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Prestando Contas II


Hoje, dia 11, protocolei pedido de investigação ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), acerca dos indícios de irregularidades que detectei no Hangar – Centro de Convenções (leia as postagens abaixo).


Estou à procura de um advogado para a Ação Popular que vou protocolar contra a entrega da gestão do Hangar à Organização Social Via Amazônia. Em último caso, recorrerei a OAB.


Na próxima semana, espero ter em mãos as cópias dos extratos bancários e dos cheques de Joana Pessoa, que foram examinados pela CPI da Biopirataria, a partir da quebra de seu sigilo bancário, fiscal e telefônico.
Tão logo receba tais cópias, entrarei com um pedido de investigação também na Receita Federal.


Além disso, já na semana que vem começarei a cobrar as respostas das instituições aos pedidos de investigação que protocolei. Para informar todos vocês acerca do andamento de tudo isso.


Hoje, também decidi não publicar comentários ofensivos a mim – alguns até ameaçadores.


Portanto, quem quiser me criticar que o faça com um mínimo de educação, porque este cafofo, sem trocadilho, não é casa de mãe Joana.


E, em hipótese alguma, publicarei ameaças, principalmente aquelas que envolvam O Liberal e o Diário do Pará.


Quem quiser me ameaçar, “por rebate”, a partir desses dois jornalões, que tenha “aquilo roxo” para encaminhar tais ameaças a quem de direito: os Maiorana e os Barbalho.




FUUUUUIIIIIII!!!!!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

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Prestando Contas ao Leitor




Apresentei, hoje, quatro pedidos de investigação dos indícios de irregularidades que detectei no Hangar Centro de Convenções e na Associação Via Amazônia, a Organização Social que o administra.


Os pedidos foram protocolados nos Ministérios Públicos Federal e Estadual, na Assembléia Legislativa e na Controladoria Geral da União (CGU).


Ao Ministério Público Federal e à Controladoria solicitei que investiguem possíveis irregularidades, entre as quais superfaturamento de preços e fraudes licitatórias, nos contratos da Via Amazônia com o Governo do Estado, alguns deles, talvez, até com verbas da União – e eu, agora à noite, já encontrei dinheiro federal que foi parar nessa entidade.


Justifiquei meu pedido apontando os fortes indícios de crimes que detectei, que podem até configurar improbidade administrativa.


Pedi, ainda, uma investigação paralela, de ambas as instituições, CGU e MPF, acerca de um possível esquema de financiamento irregular de campanhas eleitorais (Caixa Dois), através do Hangar e da Via Amazônia.


Reproduzi, no requerimento, a reportagem que publiquei neste blog, bem como a nota de esclarecimento do Hangar.


Além disso, apontei as investigações realizadas pela CPI da Biopirataria, que detectaram enorme movimentação financeira em contas bancárias pertencentes à Maria Joana da Rocha Pessoa, à época, assessora da então senadora Ana Júlia Carepa.


Joana Pessoa, como todos vocês sabem, é a presidente da OS Via Amazônia.


E, pelo que li nas notas taquigráficas e no relatório daquela CPI, a movimentação nas contas bancárias de Joana, conforme constataram os deputados, foi, em 2004, várias vezes superior aos seus ganhos salariais – e tanto mais intensa, quanto mais se aproximavam as eleições daquele ano.


E o presidente da CPI, deputado federal Sarney Filho, queria solicitar, inclusive, que a Receita Federal investigasse essas movimentações.


Só não o fez, conforme alegou, para evitar que o fato ensejasse recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF), uma vez que isso extrapolaria o objeto de análise da CPI.


Até porque não foram encontrados depósitos de empresas madeireiras nas contas de Joana Pessoa.


Mesmo assim, tendo em vista aquela movimentação e as suspeitas levantadas na época, e o fato de a Via Amazônia ter movimentado, também no pleito deste ano, grande quantidade de recursos financeiros, solicitei que as duas instituições investiguem a possibilidade de um esquema de Caixa Dois, através do Hangar e dessa entidade.


Encaminhei idênticos pedidos ao Ministério Público Estadual e à Assembléia Legislativa.


No caso dessa última, solicitei que ela requeira, ao Governo do Estado, com prazo de resposta de 30 dias, sob pena de crime de responsabilidade, informações sobre os contratos com a Via Amazônia.


Tanto no caso da Assembléia Legislativa, quanto no caso do Ministério Público Estadual, pedi que as investigações se estendam à própria contratação dessa OS, para a administração do Hangar.


Ainda nesta semana encaminho pedidos de investigação, também, ao Tribunal de Contas do Estado e à Receita Federal – só aguardo o recebimento das cópias dos cheques e extratos bancários de Joana Pessoa, que foram examinados pela CPI da Biopirataria, a partir da quebra de seus sigilos bancário, fiscal e telefônico.


Nos próximos dias, também estarei protocolando Ação Popular contra a contratação da Via Amazônia pelo Governo do Estado, para a gestão do Hangar.


Também estou estudando outras providências, como, por exemplo, um pedido de acompanhamento dessas investigações pelos conselhos nacionais da Magistratura e do Ministério Público, bem como pela Ordem dos Advogados do Brasil.


Ou, se for o caso, até um pedido ao Congresso Nacional, para que investigue a possível existência de esquemas ilegais de financiamento de campanha, em outros estados brasileiros.


Creio que essa é uma chance ímpar para que a doutora Joana Pessoa, se for o caso, se livre de todas as suspeitas que pesam sobre ela desde os tempos da CPI da Biopirataria.


E para que comprove que sou, de fato, “sem ética e sem escrúpulos”, como afirmou naquela página que fez publicar em um jornalão de Belém.


Mas, caso fique provado que tudo o que escrevi é a cristalina verdade e que há, sim, fortes indícios de irregularidades em tudo o que descobri, então, me desculpe, doutora Joana Pessoa, mas, dessa vez, tenha certeza, a senhora não ficará impune.


Porque, doutora Joana, o que será investigado por essas instituições são, tão somente, os fatos.


Sem a possibilidade, portanto, dessas falácias do “argumento contra o homem” e do “apelo à piedade”, tão caras à senhora e ao seu partido, quando se trata de tentar justificar o injustificável, perante o cidadão comum.


Além disso, vou, sim, acionar todos os recursos que os cidadãos dispomos, no Estado Democrático de Direito.


Como já disse neste blog, doutora Joana, não vou persegui-la. Tampouco vou processá-la, como já até me aconselharam alguns, devido àquela página que a senhora fez publicar.


Vou, simplesmente, lhe entregar nas mãos das instituições que nós, Sociedade, criamos, para nos defendermos de toda a arrogância e o autoritarismo daqueles que não sabem respeitar, porque a índole não suporta, os limites da Democracia.


Vou, em suma, lhe entregar nas mãos da Justiça.


Dos homens e de Deus.


FUUUIIIIIII!!!!!



É



É!
A gente quer valer o nosso amor
A gente quer valer nosso suor
A gente quer valer o nosso humor
A gente quer do bom e do melhor...


A gente quer carinho e atenção
A gente quer calor no coração
A gente quer suar, mas de prazer
A gente quer é ter muita saúde
A gente quer viver a liberdade
A gente quer viver felicidade...



É!
A gente não tem cara de panaca
A gente não tem jeito de babaca
A gente não está
Com a bunda exposta na janela
Prá passar a mão nela...



É!
A gente quer viver pleno direito
A gente quer viver todo respeito
A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão
A gente quer viver uma nação...


É! É! É! É! É! É! É!...



É!
A gente quer valer o nosso amor
A gente quer valer nosso suor
A gente quer valer o nosso humor
A gente quer do bom e do melhor...



A gente quer carinho e atenção
A gente quer calor no coração
A gente quer suar, mas de prazer
A gente quer é ter muita saúde
A gente quer viver a liberdade
A gente quer viver felicidade...



É!
A gente não tem cara de panaca
A gente não tem jeito de babaca
A gente não está
Com a bunda exposta na janela
Prá passar a mão nela...


É!
A gente quer viver pleno direito
A gente quer viver todo respeito
A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão
A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão
A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão
A gente quer viver uma nação...



(Gonzaguinha)

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

lambança3

Carta Aberta à Joana Pessoa



Em primeiro lugar gostaria de lhe dizer, doutora Joana Pessoa, que sem ética e inescrupulosa é a senhora, que tem a coragem de usar (sabe-se lá a que custo, né mermo?), uma página de um jornalão só pra me atacar.



Sem ética e inescrupulosa é a senhora que preside uma entidade que, apenas três meses depois de criada, assumiu a administração desse “filé” de dinheiro público que é o Hangar, sem licitação e no Governo da sua amiga, comadre e ex-patroa, Ana Júlia Carepa.



Sem ética e inescrupulosa é a senhora, que já foi até investigada por uma Comissão Parlamentar de Inquérito, sob a suspeita de integrar uma quadrilha, um bando, que afanava os cofres públicos.



Não, me perdoe, pois, na verdade, que me equivoco: a senhora não é apenas sem ética e inescrupulosa. A senhora é, também, uma grandessíssima COVARDE, porque investe contra mim e não contra aqueles que detêm, de fato, o poder editorial dos jornalões.



Ou a senhora, “ingenuamente”, vai dizer que desconhece o fato de que eu, repórter, jornalista, “operária da informação”, não possuo qualquer possibilidade de ingerência naquilo que é publicado nos jornalões?



O que a senhora possui de paixão pelo dinheiro, pelo poder e pelos convescotes da alta sociedade, doutora Joana Pessoa, falta-lhe em compostura, dignidade e caráter.



A senhora me ataca dessa forma pusilânime, poucas vezes vista na imprensa brasileira, porque, simplesmente, não consegue desmentir uma vírgula sequer daquilo que publiquei neste blog.



Vamos, lá, doutora Joana Pessoa: desminta que a Sema alugou uma sala “equipada” no Hangar por R$ 35 mil por mês.



Desminta que a Seduc pagou à Via Amazônia, sem licitação, quase R$ 2 milhões pela realização de um evento de uns poucos dias para os nossos fumados professores.



Desminta que a Seduc pagou à Via Amazônia, também sem licitação, mais de meio milhão de reais pela confecção de 40 mil impressos de divulgação.



Desminta que a Via Amazônia já recebeu, em apenas um ano e seis meses, pelo menos R$ 25 milhões do Governo do Estado, boa parte disso sem licitação.



Desminta que o endereço da Via Amazônia, quando foi criada, ou seja, mesmo antes de assinar o contrato de gestão do Hangar, já era o mesmíssimo endereço desse centro de convenções.



Desminta que a Via Amazônia foi qualificada como OS apenas seis dias antes de assumir a gestão do Hangar.



Por que é que a senhora não desmente todos esses fatos?



Eu respondo: a senhora não desmente porque sabe muitíssimo bem que todos eles estão DOCUMENTADOS.



A senhora sabe muito que, se tentar desmentir, eu, simplesmente, lhe “esfrego na cara”, como se diz, as cópias dos diários oficiais e dos documentos da Receita Federal e da Auditoria Geral do Estado (AGE), nos quais tudo isso está PROVADO.



É por isso que a senhora recorre a essa falácia tão conhecida do “argumento contra o homem”.



A senhora me ataca para tentar desviar o foco de fatos tão graves, que podem, sim, configurar crime.



A senhora me ataca porque, simplesmente, não tem como atacar a informação.



A senhora me ataca porque, nesse seu raciocínio rude, tortuoso, a senhora imagina que pode desqualificar o fato, desqualificando quem o levou ao conhecimento dos cidadãos.



A senhora me ataca, enfim, para ocultar a LAMBANÇA que acontece no Hangar.



Tal comportamento, na minha sagrada opinião, doutora Joana Pessoa, revela a sua arrogância, a sua crença na impunidade (talvez até decorrente do resultado daquela CPI, né mermo?); o seu menosprezo, enfim, pelos contribuintes – os contribuintes que pagamos, aliás, o caviar que a senhora, diz-que socialista, gosta de “saborear” entre todos os poderosos de plantão...



A senhora reclama que não foi ouvida por mim. Mas, foi sim.



Todos os leitores deste blog são testemunhas de que publiquei, na íntegra, a nota de esclarecimento que me foi enviada pelo Hangar.



E o fiz na madrugada do dia seguinte em que a recebi, mesmo tendo chegado em casa mais de meia noite, morta de sebosa e de cansada.



E, como a senhora bem sabe, porque deve ter lido neste blog, não fiz qualquer comentário sobre os seus “esclarecimentos” – embora me pareçam que não esclarecem coisíssima alguma.



Ou seja: garanti-lhe o sagrado direito de resposta, de defesa, coisa que a senhora, doutora Joana Pessoa, ao atacar-me, covardemente, através de um jornalão, sobre o qual a senhora tem mais ingerência que eu, dados os tubos de dinheiro que controla, não teve a dignidade de me garantir...



E a senhora, doutora Joana Pessoa, é que a “revolucionária”, a “socialista”, né mermo?



É fato, também, que a senhora me ligou, na terça-feira passada, para que eu fosse até o Hangar.



Mas, não fui por dois motivos.



Primeiro porque, doutora Joana Pessoa, ao contrário da senhora, eu tenho de suar a camisa para sobreviver.



Não tenho tempo para salamaleques aos donos de jornais. Nem para convescotes com a alta sociedade – e olhe que nem sou socialista, ou “revolucionária”, né mermo?...



Devido à necessidade de sobrevivência (e aqui até peço desculpas aos leitores) tenho de confessar que já havia até desistido de investigar, mais profundamente, essa história toda; ia deixar que tudo ficasse pela reportagem publicada neste blog e pelos “esclarecimentos” do Hangar.



No entanto, não posso, agora, deixar de manifestar a minha estranheza pela sua indignação, doutora Joana Pessoa, ante ao fato de eu não ter comparecido a esse seu “tour fantástico” no centro de convenções.



E peço-lhe desculpas, doutora Joana Pessoa, se, afinal, frustrei a sua expectativa de me oferecer os maravilhosos acepipes, que, pelo visto, a senhora gostaria de ter me oferecido – como está acostumada a oferecer a muita gente, aliás...



Em segundo lugar, doutora Joana Pessoa, já havia desistido de investigar essa história do Hangar em respeito ao sofrimento que isso, certamente, trará a muitos e bons amigos petistas, que, ao contrário da senhora, acreditam, sinceramente, no ideário do PT.



Da última vez em que investiguei, profundamente, casos tão escabrosos como o do Hangar, muita gente sofreu.



E, como tenho acompanhado tal sofrimento, de gente honesta que nunca pegou, indignamente, um dedal de mel coado do Estado, mas que sofre “por rebate”, hoje penso duas, três vezes antes de ir fundo em matérias assim...



No entanto, doutora Joana Pessoa, o seu comportamento, sem ética, inescrupuloso, covarde, abjeto, não me deixa alternativa: agora, vou, sim, investigar, profundamente, o Hangar.



Vou passar um pente finíssimo.



E tenha certeza de que, se existirem, os piolhos cairão em profusão...



E “transbordarão” para além da blogosfera - tenha certeza disso, também...



A senhora colocou em dúvida o meu caráter e a minha competência profissional.



E o fez de uma forma tão nojenta, tão covarde, tão acanalhada, como nunca vi em 28 anos de profissão.



Nem no tempo da ditadura da direita, doutora Joana Pessoa, vi algo assim.. E olhe que os militares nem eram “socialistas”, né mermo?



Me respeite!...Não pertenci, não pertenço e nem jamais pertencerei a sua “confraria”!...



E é por isso que tenho a CREDIBILIDADE que a senhora quer, a todo custo, destruir, né mermo? Para continuar a “operar” em paz...



Portanto, agora, vou atrás de todos os documentos - recibos, notas fiscais, CNPJs, endereços - pertinentes ao dinheiro público que a senhora está a administrar.



Vou, aliás, até seguir o conselho de um promotor de Justiça meu amigo: vou, eu mesma, denunciar esses fatos ao Ministério Público.



Para ser parte no processo e poder acompanhar todas as investigações bem de pertinho...



Creio que, depois de tudo isso, a senhora e todos os cidadãos, todos os contribuintes, merecemos uma resposta à altura daquela página covarde, doentiamente covarde, que a senhora mandou produzir.



E devo lhe avisar, doutora Joana Pessoa: não perca tempo com intimidações, mesmo as veladas (como nós duas bem sabemos que a senhora já fez, né mermo?), nem com ameaças explícitas ou com tentativas de me oferecer uns “acepipes”...



Há dez anos, quando eu investigativa as tenebrosas transações entre o Ipasep e a Medserve, tentaram me intimidar, me acusar de tudo que é sorte de coisa, exatamente como a senhora fez.



E tudo o que conseguiram foi o inverso do esperado: botei o pé no acelerador e revirei cada palmo daquela transação.



E, passados dez anos, veio a operação Rêmora, da Polícia Federal, a demonstrar quem, afinal, tinha razão...



Dinheiro deixa rastro, doutora Joana. Passe o tempo que passar...



Já esperava que a senhora agisse assim, que a senhora me atacasse dessa forma.



Numa resposta a um anônimo que me ameaçava, há uns dois ou três dias, disse isto mesmo, doutora Joana Pessoa: não temo ameaças; não temo poderes, nem da Terra, nem do inferno.



Temo, somente, a Deus...



Também não se dê ao trabalho de tentar ocultar documentos: vou encontrá-los, doutora Joana Pessoa; se estiverem na face da Terra, pode ter certeza de que os encontrarei.



Não, não vou persegui-la, que isso seria demasiado fácil; seria transformá-la de algoz em vítima.



Também não estou lhe ameaçando: estou lhe avisando, o que é bem diferente.



Estou lhe dando duas quadras de avanço, apesar dos tubos de dinheiro que a senhora controla.



E apenas para que, depois, os membros da sua “confraria” não me acusem de ser tão covarde, tão pusilânime, quanto a senhora.



Fique certa de que não vou investigar a sua vida pessoal – não me interessa!



Mas, como cidadã e jornalista, vou esquadrinhar cada palmo de dinheiro público que já passou pelas suas mãos – inclusive a documentação daquela CPI...



Vou, em suma, fazer o que deveria ter feito desde o começo dessa história toda: vou deixar de lado o sentimento e a minha necessidade de sobrevivência e agir como servidora pública que sou – ou seja, bem ao contrário da senhora, doutora Joana Pessoa.



Porque eu, sim, sirvo ao público – AO CONTRÁRIO DE ME SERVIR DO PÚBLICO, como fazem tantos por aí...



Vou, em suma, lhe dizer aquilo que diziam os espanhóis aos fascistas: não, não nos moverão!... NÃO!... NA, NA NI, NA, NÃO!... NÃO PASSARÃO!...



Os fascistas, enfim, aparentemente triunfaram, é?



Foi só temporariamente, doutora Joana Pessoa, foi só temporariamente...



Para desgosto de gente da sua marca, quem venceu, no final das contas, foi a Decência, foi a Sociedade, foi a Democracia.



Portanto, é pra se dizer, como naquele gesto emblemático do grande Ulysses Guimarães: QUE VENHA O “CORREDOR POLONÊS!”...




FUUUUIIIIIIII!!!!!!!!!

excelência


Vossa Excelência

Estão nas mangas
Dos Senhores Ministros
Nas capas
Dos Senhores Magistrados
Nas golas
Dos Senhores Deputados
Nos fundilhos
Dos Senhores Vereadores
Nas perucas
Dos Senhores Senadores...


Senhores! Senhores! Senhores!
Minha Senhora!
Senhores! Senhores!
Filha da Puta! Bandido!
Corrupto! Ladrão! (Senhores!)
Filha da Puta! Bandido!
(Senhores!) Corrupto! Ladrão!...

Sorrindo para a câmera
Sem saber que estamos vendo
Chorando que dá pena
Quando sabem que estão em cena
Sorrindo para as câmeras
Sem saber que são filmados
Um dia o sol ainda vai nascer
Quadrado!...

Estão nas mangas
Dos Senhores Ministros
Nas capas
Dos Senhores Magistrados
Nas golas
Dos Senhores Deputados
Nos fundilhos
Dos Senhores Vereadores
Nas perucas
Dos Senhores Senadores...

Senhores! Senhores! Senhores!
Minha Senhora!
Bandido! Corrupto!
(Senhores! Senhores!)
Filha da Puta! Bandido!
Corrupto! Ladrão! (Senhores!)
Filha da Puta! Bandido!
Corrupto! Ladrão!...

-"Isso não prova nada
Sob a pressão da opinião pública
É que não haveremos
De tomar nenhuma decisão
Vamos esperar que tudo caia
No esquecimento
Aí então!
Faça-se a justiça!"

Sorrindo para a câmera
Sem saber que estamos vendo
Chorando que dá pena
Quando sabem que estão em cena
Sorrindo para as câmeras
Sem saber que são filmados
Um dia o sol ainda vai nascer
Quadrado!...

-"Estamos preparando
Vossas acomodações,
Excelência!"

Filha da Puta!
Bandido!(Senhores!)
Corrupto! Ladrão!
Filha da Puta!
Bandido! Corrupto! Ladrão!
Filha da Puta!
Bandido! Corrupto! Ladrão!
Filha da Puta!
Bandido! Corrupto! Ladrão!...

(P. Miklos/ T. Bellotto/ C.Gavin)