quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Você sabe o que é “comunismo”? Você sabia que os primeiros cristãos eram “comunistas”?

 

 

De um jeito muito simples, comunismo é todo mundo ser dono das riquezas que todo mundo produz.

Ou seja: você pode ter a sua casa, a sua família, a sua religião, a sua liberdade.

Porque, no comunismo, só o que fica pertencendo a todo mundo são os bancos e as grandes fábricas e fazendas: as empresas onde o trabalho da gente “cria” as mercadorias, as riquezas, o dinheiro, da sociedade.

Num país comunista, não existem milionários, bilionários e nem pobres e miseráveis.

Como todo mundo passa a ser dono desse dinheiro, todo mundo tem o que precisa para viver com dignidade.

Mais ou menos como se o país virasse uma grande cooperativa.

No entanto, nunca existiu nenhum país comunista.

E creio que jamais existirá, porque o ser humano é egoísta demais.

Exemplo disso é o que aconteceu na China e na Rússia, que tentaram virar comunistas e acabaram virando um “capitalismo de Estado”.

O capitalismo é esse sistema em que a gente vive, no qual meia dúzia de bilionários são os donos dos bancos, das grandes fazendas e grandes empresas.

Por isso, eles exploram os trabalhadores, ficam com quase todo o dinheiro e têm um monte de privilégios.

Já o Estado é o conjunto de instituições públicas que administram a sociedade: Judiciário, polícia, forças armadas, Congresso Nacional, e por aí vai.

E no capitalismo de Estado, da China e da Rússia, o Estado ficou com tudo (bancos, fazendas, empresas), mas continuou explorando os trabalhadores, enquanto os governantes se tornavam os novos ricos e privilegiados.

Na verdade, não foram nem os comunistas que tiveram essa ideia de dividir tudo com todo mundo: essa é uma ideia muito, muito antiga.

Mas foram os primeiros cristãos os únicos que conseguiram colocar isso em prática, entre muita gente, porque seguiam o que Jesus ensinou.

Está lá, no Novo Testamento, no livro de Atos dos Apóstolos, Capítulo 2, versículos 44 e 45: “E todos os que criam estavam juntos e tinham todas as coisas em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos os homens, conforme cada homem necessitava”.

O texto acima é da Bíblia King James (BKJ), de 1611.

Mas na Almeida Revista e Atualizada (que talvez seja a Bíblia que você tem aí), o texto diz a mesma coisa, com outras palavras.

E em Atos dos Apóstolos, capítulo 4, versículo 32, diz a BKJ: “E a multidão dos que criam era um só coração, e uma só alma, e ninguém dizia que algo do que possuía fosse seu, mas tinham todas as coisas em comum”.

E nos versículos 34 e 35, do mesmo capítulo, diz o seguinte: “E não havia nenhum necessitado entre eles; porque todos os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores das coisas que foram vendidas, e os depositavam aos pés dos apóstolos. E distribuía-se a cada homem segundo a sua necessidade”.

Quer dizer: os comunistas, esses “imitões”, acabaram é se inspirando nos primeiros cristãos e nos ensinamentos de Jesus, que sempre criticou a riqueza e pregou a igualdade, a fraternidade, o amor entre as pessoas.

Mas, verdade seja dita, os comunistas acabaram indo mais fundo do que os primeiros cristãos, na tentativa de construir um mundo melhor.

Os comunistas perceberam que o que cria tanta pobreza e desigualdade (e tanto desamor) não é o fato de a gente ter uma casa ou alguns bens.

E que mesmo que a gente venda o que possui, para dividir com os demais, tudo continuará do mesmo jeito.

Porque o xis do problema é que umas poucas pessoas ficaram com todos os “meios de produção” (ou seja, as grandes fábricas, os bancos, as grandes fazendas). E, por causa disso, elas enriquecem à custa do trabalho e da pobreza dos demais.

Assim, os comunistas concluíram que se esses “meios de produção” pertencessem a todo mundo, todos teríamos o suficiente para viver com dignidade, e todos seríamos iguais.

Então, a não ser que você seja um milionário, um bilionário, um banqueiro, ou um dono de grandes fazendas, você não tem por que ter medo do comunismo.

E muito menos ter medo de que o Lula faça o Brasil “virar comunista”, como esses mentirosos dos bolsonaristas espalham por aí.

Afinal, quando foi que o Lula e a Dilma fizeram o Brasil “virar comunista”?

Eles governaram o Brasil durante mais de 12 anos: de 2003 até agosto de 2016, quando veio o golpe que afastou a Dilma da Presidência.

E durante esses mais de 12 anos, os bancos, as grandes fazendas e as grandes empresas continuaram pertencendo aos banqueiros e aos grandes fazendeiros e empresários.

Na verdade, o que o Lula e a Dilma tentaram fazer é muito diferente do comunismo.

É uma coisa chamada social democracia, que é você melhorar a condição de vida de todo mundo, mas sem acabar com o capitalismo.

A social democracia aceita que existam ricaços, donos de quase tudo.

Mas ela também diz aos ricaços: “Peralá!...Vumbora dar cidadania, vumbora melhorar a vida das pessoas, para que não exista ninguém vivendo que nem bicho. Vumbora fazer justiça social, dar oportunidade às pessoas de progredir, prosperar, para que possam dar um futuro melhor aos seus filhos”.

Para isso, os governos da social democracia não deixam que só os ricos tenham direitos: os direitos dos trabalhadores são defendidos com unhas e dentes!

É por isso que os governos do Lula e da Dilma fiscalizavam tanto as fazendas, para impedir esses fazendeiros de escravizar trabalhadores.

É por isso que eles fortaleceram a Justiça do Trabalho, para que as empresas tivessem de assinar carteira, pagar hora extra, férias.

É por isso que botaram dinheiro na Educação, na geração de renda e emprego e na construção de casas populares.

É por isso que eles controlavam os preços da Petrobras, para que a gasolina, o óleo diesel e o gás de cozinha não subissem tanto.

É por isso, também, que os governos do Lula e da Dilma tinham sempre guardadas toneladas de alimentos básicos, que são chamadas de “estoques reguladores”.

Porque quando os ricaços tentavam subir demais os preços do arroz, do feijão e de outros alimentos, o governo vendia os “estoques reguladores” e os ricaços tinham de baixar os preços, já que havia comida mais barata no mercado.

Mas o Bolsonaro acabou até mesmo com os “estoques reguladores”.

E agora os ricaços podem aumentar à vontade o preço da comida, ou até mesmo vender tudo para outros países, enquanto a maioria da população fica sem ter o que comer.

O que a gente vive hoje no Brasil é o paraíso dos milionários e bilionários, que podem fazer o que bem entendem, já que mandam no governo.

Então, não é do Lula ou do “comunismo” que você tem de ter medo.

Você tem de ter medo é que esses abutres e o Bolsonaro continuem no poder.

Porque não é só você e eu que vamos continuar pagando o pato.

Muito mais sofrerão os nossos filhos e netos, que passarão a vida trabalhando quase como escravos, sem casa, Educação, Saúde ou um mínimo de direitos trabalhistas, e ainda morrerão na miséria, quando chegarem à velhice.

FUUUIIII!!!!!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Feliz Natal, minion!

 


 

Desejo a você, querido minion, um Feliz Natal.

Um Natal na companhia das pessoas que você ama: sua esposa, seu esposo, filhos, pais, avós, irmãos, amigos.

Um Natal muito diferente daquele que terão mais de 618 mil famílias brasileiras, que perderam pessoas que tanto amavam.

E tudo porque você se recusou a usar uma simples máscara, a evitar aglomerações, a tomar a vacina.

Você é, sim, um dos grandes responsáveis por tantas mortes e por não conseguirmos sair dessa pandemia.

É claro que o principal responsável é esse psicopata-presidente, sedento de sangue.

Mas você não apenas acreditou nesse monstro: você o imitou.

Você espalhou as mentiras que ele contou sobre essa doença.

Você ajudou esse monstro a fazer com que mais e mais pessoas se expusessem a esse vírus.

Você o ajudou a sabotar todas as medidas para conter o avanço da covid.

Não, ninguém lhe obrigou: você agiu assim porque quis.

Tudo em nome da sua “liberdade”!...

A “liberdade” de espalhar a morte e de destruir famílias inteiras...

Então, eu desejo que você curta bastante este Natal e Ano Novo!

Vá a muitas festas, bares, aglomerações, coisas que você sempre considerou muito mais importantes do que a vida humana.

Não, não vou lhe desejar um Natal e um Ano Novo como eu e milhões de cristãos passaremos: sem festas, trancados em casa, para tentar evitar mais mortes, com essa nova onda de contaminações.

Afinal, para nós, verdadeiramente cristãos, a vida humana vale muito mais do que algumas horas de festejos.

Somos cidadãos de bem, minion: não fazemos o mal aos nossos irmãos.

Também não vou lhe desejar o Natal e o Ano Novo tão amargos, que terão mais de 618 mil famílias, que olham para um lugar vazio, à mesa do jantar...

Afinal, o que é que você tem a ver com esse luto, que cobre o Brasil de Norte a Sul?

O que é que você tem a ver com a dor das mães que perderam um filho?

O que é que você tem a ver com a dor daqueles que perderam os pais?

Por que é que você se importaria, se não é com você?

Então, vá lá, divirta-se!

Leve a doença e a morte a mais e mais famílias, já que isso parece lhe dar um enorme prazer...

Faça como esse psicopata-presidente, esse sujeito perverso, maligno, que não se importa nem minimamente com a dor alheia...

Que Deus tenha misericórdia de você, minion!

Que Deus não lhe faça sentir essa dor também: que a sombra da morte não bata à sua porta, para lhe arrancar a mãe, o pai, um filho.

E que Deus também lhe proteja de perder o emprego ou de passar fome, como milhões de brasileiros que enfrentarão o pior Natal e Ano Novo, em muitas décadas, neste país.

Que Deus o livre, minion, de sentir na pele todo esse desastre econômico que você ajudou a provocar, ao apoiar esse psicopata-presidente.

Ao apoiar um projeto de destruição do Brasil: de destruição das nossas indústrias e de todos os nossos direitos trabalhistas, a fim de que passemos a vida inteira a trabalhar como escravos, e a morrer na miséria.

E tudo por causa dessa sua amargura, desses seus preconceitos; desse seu ódio a todos aqueles que “ousam” agir diferente de você.

O ódio àqueles que buscam a felicidade, em vez de se contentarem com uma meia-vida, por causa do que os outros vão dizer.

Feliz Natal, minion!

Feliz Ano Novo nesse Brasil imaginário, que você permitiu que lhe enfiassem na cabeça.

Sim, porque você poderia ter reagido a essa lenta lavagem cerebral.

Você poderia ter abandonado esses grupos de WhatsApp e as redes sociais.

Mas esse Brasil imaginário, fictício, cheio de “comunistas” por todo lado, é muito cômodo, não é?

Porque ele lhe permite transferir para os outros a culpa por essa vida infeliz, cheia de frustrações que você leva.

Esse Brasil imaginário lhe cai como uma luva, já que ajuda a esconder o covarde que você sempre foi.

Feliz Natal, Feliz Ano Novo, minion!

E que Deus tenha piedade dessa sua alma, manchada pelo sangue de tantos inocentes.

FUUUIIII!!!!!

terça-feira, 30 de novembro de 2021

Um projeto de desurbanização do Brasil?



É possível que nunca tenha existido uma queda de braço entre os militares bolsonaristas e o Centrão, pela ocupação de espaços no Governo Federal (como muitos afirmaram), mas uma estratégica cessão temporária de poder.

Posso estar enganada, mas me parece que o verdadeiro projeto desses militares não é “apenas” a desindustrialização, mas a desurbanização do Brasil, o que exige tempo para executar e consolidar.

Uma espécie de marcha para o campo, que tornaria menos visível a eliminação de milhões de brasileiros pobres, por doenças e pela fome, e acabaria mais facilmente com direitos conquistados pelas mulheres, negros e gays.

Creio que o que se pretende não é “apenas” condenar o Brasil à condição de mero exportador de matérias-primas, o que atende a interesses internacionais.

Mas realmente fazê-lo retroceder a meados do século passado, em termos de costumes.

Um tipo de retrocesso mais fácil de obter em sociedades predominantemente rurais, especialmente em países como o Brasil, onde vários fatores contribuiriam para um maior controle social e a supressão do diferente.

Entre eles, a dispersão e pobreza dos núcleos familiares; a falta de informações e a baixa escolaridade; a forte autoridade das igrejas, militares e policiais; o conservadorismo talvez inerente a essas populações.

Ao fim e ao cabo, isso dificultaria o combate às violências físicas e psicológicas contra mulheres, negros e gays, naturalizando tais práticas e a execração pública dos “diferentes” e de quem “ousasse” defendê-los.

Significaria ir retirando, na prática, os direitos conquistados, até que existam condições objetivas para retirá-los, também, da legislação.

Não é por acaso que a urbanização e o avanço dos costumes coincidem ao longo da História: apesar de todos os seus problemas, as cidades, principalmente as maiores, são, também, as mães da civilização e da globalização: o “abrir-se para o outro e para o mundo”.

Nelas, floresceram a Ciência, a Filosofia, a Democracia, a Política, a Justiça, os grandes sistemas econômicos, a organização dos trabalhadores, os movimentos sociais, as lutas pelos direitos humanos.

As cidades são, portanto, uma espécie de Poder modernizador que tem de ser reduzido o máximo possível, para a recondução do mundo ao patriarcado, como pretendem esses bárbaros.

Se possível, devem servir apenas às movimentações financeiras e à Educação e deleite dos mais ricos.

Mas, mesmo em tais condições, devem possuir um controle social mais rígido, em decorrência das leis aprovadas pela maioria rural.  

Infelizmente, grande parte dos democratas demorou a perceber que o cerne da luta dessas forças retrógradas é “a moral e os bons costumes”.

Muitos companheiros, aliás, ainda relutam em admitir isso, eis que só conseguem enxergar os interesses econômicos envolvidos nessa questão.

Tudo bem: os bilionários, os grandes senhores do mercado financeiro e do agronegócio, por exemplo, estão a lucrar horrores com tudo isso.

Mas para essas massas que hoje defendem os interesses deles, pouco importa pagar 3, 7 ou 10 reais no litro da gasolina.

O que elas não suportam mais é enxergar “em seus domínios” um gay, um negro ou uma mulher independente.

É claro que para nós, que vivemos na realidade verdadeira, a tentativa de desurbanizar ou reagrarizar um país de mais de 200 milhões de habitantes parece uma empreitada destinada ao fracasso e, sobretudo, capaz de produzir um dos maiores genocídios deste século.

Mas precisamos atentar a três problemas.

O primeiro é que estamos a lidar com pessoas capturadas por uma “realidade paralela”, para as quais qualquer sacrifício vale a pena (mesmo que seja de milhões de seres humanos), desde que isso resulte em uma sociedade altamente repressiva, para negros, mulheres e gays.

O segundo é que um projeto desses cai como uma luva para boa parte das nossas lideranças políticas, já que a desurbanização facilitaria velhos esquemas de manutenção de poder, como é o caso dos currais eleitorais, além de possibilitar maiores negociatas.

O terceiro é que o Brasil parece ter virado uma espécie de laboratório, para as forças internacionais do patriarcado e do nazismo.

Até pelo tamanho, população e papel estratégico do Brasil na América Latina, os projetos que essas forças conseguirem executar aqui servirão de modelo e alavanca, para que consigam dominar outros países.

Não se iluda: esse é um projeto de dominação mundial, e sustentado por grandes fortunas.

E se parece coisa de Pink e o Cérebro, ou até do Doutor Fantástico, do Stanley Kubrick, é bom não esquecer que os estrategistas dessas forças conseguiram emplacar Donald Trump, nos Estados Unidos, em 2016; e Bolsonaro, no Brasil, em 2018.

Penso que as próximas eleições serão um jogo de tudo ou nada, para os militares bolsonaristas e toda essa massa retrógrada.

E não apenas em se tratando da Presidência da República, mas, em igual medida, também do Congresso Nacional.

Porque se vencerem as próximas eleições, na Presidência e no Congresso, eles poderão ter décadas de poder, para desurbanizar o Brasil e impor a sua “nova cultura”.

Não creio que vençam, mas o arsenal bolsonarista é preocupante: bilhões de reais para propaganda e compra de votos, redes de fake news, cooptação de policiais, juízes e procuradores de Justiça, articulações internacionais do nazismo que permitirão vários ataques “de fora para dentro” (como já começou a ocorrer, aliás), gerando maior credibilidade às suas notícias mentirosas.

Outra arma, a meu ver uma das mais poderosas, acabou prejudicada pela pandemia e pela incompetência bolsonarista, economia guedista e sucessivas crises políticas: o plano de investimentos em obras públicas, lançado, no ano passado, pelo general Braga Netto.

Tais investimentos, que os próprios militares compararam a um Plano Marshall, deveria aquecer a economia e gerar empregos, principalmente para as camadas mais pobres, no período eleitoral.

Aliado à propaganda de um Brasil imaginário, ele recriaria a atmosfera da década de 1970, para iludir o eleitorado e isolar as oposições.

Mas com a inflação e a alta dos juros, é improvável que esse “Plano Marshall” consiga produzir os frutos desejados, no ano que vem.

No entanto, restou a outra “perna” desse ilusionismo: a propaganda, com verbas realmente extraordinárias, que exaltará o povo brasileiro e o Brasil imaginário dos militares.

Penso que as oposições precisam acordar para a real dimensão do que pode estar em jogo no ano que vem.

E, também, para os enormes desafios que enfrentaremos, no confronto eleitoral com a máquina de guerra desses bárbaros.

Porque, se perdermos, é possível que o Brasil enfrente décadas de repressão e massacres, em dimensões como nunca vimos em toda a sua história.

E o país que teremos, já na década de 2030, parecerá saído de um pesadelo.

FUUUIIIII!!!!