quarta-feira, 24 de outubro de 2018

O ódio e a mentira que enganaram você





Você já parou para pensar sobre essas notícias falsas (as fakes news) que o Bolsonaro espalhou nas redes sociais?

Você já percebeu que tudo isso foi uma tentativa de lavagem cerebral, em milhões de brasileiros?

Foram milhares de notícias falsas, distribuídas nas redes sociais e no Whatsapp.

Para onde quer que você olhasse, lá estavam elas, para convencer as pessoas de que eram verdadeiras.

Além disso, a repetição constante fixava a “informação” na memória, estratégia que o Marketing Político conhece tão bem.

Pois é. As fakes news são, antes de mais nada, um profundo desrespeito a você.

Elas tentaram despertar em você um ódio crescente ao PT.

Elas tentaram manipular você, através da cegueira provocada por esse ódio.

Para que você acabasse votando em um sujeito que defende a tortura de seres humanos.

Para que você acabasse votando até contra os seus próprios interesses, elegendo um sujeito que quer acabar com vários direitos trabalhistas.

As fakes news demonstram o quanto Bolsonaro se julga superior a você.

Afinal, se ele acha que tem o direito de lhe manipular com informações falsas, é porque acha que você não tem o direito de decidir por si mesmo.

E se por causa desse ódio você acabasse até processado, por ajudar a distribuir fakes news?

E se por causa desse ódio o seu filho até matasse um esquerdista, ou um gay, um negro, uma feminista?

Você acha que o Bolsonaro se preocupou com as consequências desse ódio para você e a sua família?

Não, meu amigo, esse sujeito nunca se preocupou com você.

Tudo o que ele quis foi usar você, para chegar ao poder.

Ele abusou da sua bondade, da sua crença nas pessoas.

Sim, porque o fato de você acreditar nessas notícias falsas demonstra também o quanto você não deve gostar de mentiras.

Daí acreditar que os outros também não mentem (e ainda por cima desse jeito).

E mais: enquanto você distribuía de graça essas notícias falsas, pensando que eram verdadeiras, havia gente ganhando milhões com isso.

Você, por ser uma pessoa preocupada com o Brasil, às vezes deixava de lado alguma coisa importante que estava fazendo, apenas para distribuir, voluntariamente, essas fakes news.

E no entanto, segundo a reportagem da Folha de São Paulo, cada empresário envolvido nessa máfia pagou até R$ 12 milhões, para que esse mar de mentiras fosse disparado nas redes sociais e chegasse até você.

Bolsonaro tem quase 30 anos como deputado.

É, portanto, um político tradicional, que conhece todas as mumunhas da política.

Não é, de jeito nenhum, um sujeito “de fora do sistema”, como ele gosta de fazer as pessoas acreditarem.

Como todos os políticos tradicionais, ele recebeu auxílio-moradia, apesar de ter casa própria e de ganhar um montão de dinheiro por mês.


Como todos os políticos tradicionais, Bolsonaro também empregou em cargos públicos (ou seja, com o nosso dinheiro de impostos) o irmão dele, a ex-mulher, a atual mulher, entre outros parentes.


Como todos os políticos tradicionais, Bolsonaro também empregou, com dinheiro público, até a esposa do caseiro da mansão dele, a Wal do Açaí.


Mas se você pensar bem vai perceber que Bolsonaro é até pior que os demais políticos tradicionais.

Porque nenhum deles (pelo menos até onde se sabe) jamais colocou em prática um esquema tão amplo e acanalhado de enganação: simplesmente, a maior tentativa de fraude eleitoral que já se viu neste país.

Isto tem nome: é corrupção.

Através dessas fake news, os empresários fizeram doações milionárias e ilegais à campanha dele, esperando, certamente, alguma coisa em troca.

Tudo isso indica que Bolsonaro só ainda não fez pior porque nunca teve oportunidade. Ou seja, nunca ocupou um cargo no Executivo.

Pense muito bem nisso na hora de votar.


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Leia também:

A reportagem da Folha de São Paulo sobre as fakes news de Bolsonaro, “Empresários bancam campanha contra o PT pelo WhatsApp” https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/10/empresarios-bancam-campanha-contra-o-pt-pelo-whatsapp.shtml 

No El Pais, um resumo da reportagem da Folha, se você não conseguir acessá-la, “Empresas compram pacotes ilegais de envio de mensagens contra o PT no WhatsApp, diz jornal” https://brasil.elpais.com/brasil/2018/10/18/politica/1539873857_405677.html 

Novamente na Folha, “Documento confirma oferta ilegal de mensagens por WhatsApp na eleição” https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/10/documento-confirma-oferta-ilegal-de-mensagens-por-whatsapp-na-eleicao.shtml 

No El Pais: “Cinco ‘fake news’ que beneficiaram a candidatura de Bolsonaro” https://brasil.elpais.com/brasil/2018/10/18/actualidad/1539847547_146583.html

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Proteja seus filhos: não vote no ódio e na ditadura





Você sabe quem foi Nelson Rodrigues?

Nelson foi jornalista, cronista, autor de várias peças teatrais.

É considerado um dos maiores dramaturgos brasileiros do século XX.

Ele também foi um direitista assumido, defensor da ditadura militar. Em seus artigos, até atacava os opositores do regime.

É bem possível que, por suas posições políticas e por ser amigo de vários generais, Nelson imaginasse que não seria atingido pela repressão. Ele, aliás, nem mesmo acreditava que existisse tortura no Brasil.

Mas em 1972, o filho dele, Nelsinho, foi preso, barbaramente torturado e só saiu da cadeia em 1979, com a anistia.

Apesar do pai reacionário, que odiava “comunistas”, Nelsinho havia aderido à luta armada contra a ditadura.

Quem tem filhos ou netos jovens deve pensar mil vezes antes de apoiar qualquer regime baseado na intolerância e no ódio.

Quando nossos filhos crescem, seguem seus próprios caminhos e já não temos controle sobre eles.

Além disso, os jovens são a linha de frente no combate a todos os regimes autoritários.

Nossos jovens são corajosos, idealistas, solidários. Anseiam por liberdade e acalentam todos os sonhos do mundo.

É por isso que centenas deles acabaram presos, torturados e até mortos ou “desaparecidos” durante a ditadura.

Até hoje, muitas famílias não conseguiram nem sequer localizar seus corpos, para dar-lhes um enterro decente.

Você que é pai, mãe, avô, avó pense nisso na hora de votar.

Em uma Democracia, seus filhos ou netos têm liberdade para participar de reuniões, debates, protestos, manifestações.

Têm liberdade para dizer ou até escrever aquilo que pensam.

Já em uma ditadura, até o fato de participarem de um simples protesto pode custar-lhes a vida.

Exatamente como aconteceu com o estudante Édson Luís, assassinado pela polícia no restaurante Calabouço, no Rio de Janeiro, em 1968.

Édson tinha apenas 18 anos.

Ele e outros estudantes preparavam um protesto contra as condições daquele restaurante, que funcionava na escola que frequentavam. A comida era cara e ruim e, a higiene, pior ainda.

Mas em uma ditadura nem por causa de uma coisa tão besta se pode protestar: a polícia invadiu o local, onde só havia jovens desarmados.

Pelo menos seis pessoas ficaram feridas. Édson levou um tiro no peito.

Não deixe que o ódio ao PT ou o seu preconceito contra gays, negros e feministas coloque em risco a vida de seus filhos e netos.

Pense nesse menino ou menina que você colocou no mundo e sempre cuidou com tanto amor e carinho.

Vote na Democracia. Vote 13. Vote Haddad.

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Ou pesquise no Google se quiser saber mais.