Por
Fernando Brito, no Tijolaço
O vídeo publicado pela revista Trip no Youtube é
estarrecedor.
É o resultado de uma política de “esquecimento” que
fez esquecer o que foram os dias de sangue, mutilação e morte que este país
viveu.
Sob o olhar complacente da mídia em geral – que se
porta, inclusive, com menos dignidade que as meninas anti-Dilma que aparecem na
gravação – permite-se que brote este cogumelo do fascismo, da brutalidade e o
ressurgir de velhos monstros e suas novas versões patéticas.
Ouvir palmas para um velho agente do Dops dizer que
“metralharia com o maior prazer” pessoas que se opunham à ditadura e ver,
depois, espontanemente, um policial
militar bater-lhe continência é, perdão pela palavra, vomitivo.
Cultua-se, agora, o “blaquibloquismo” já não contra
vidraças e caixas de bancos, mas contra a democracia e o voto.
Aí está no que deu a cultura do acovardamento moral
dos democratas ante a apologia da tirania.
É como se a Alemanha, em nome da democracia,
permitisse as manifestações dos nazistas.
E os líderes políticos dos partidos
consevadores dissessem: “deixa, deixa,
isso leva água para o nosso moinho”.
Com todo o respeito, Presidenta, eu não lutei a
minha vida inteira para que as pessoas pudessem falar que vão metralhar seres
humanos, nem para algum imbecil pretender tirar o meu – ou o de 200 milhões de
brasileiros – direito de votar, escolher
e decidir os destinos do Brasil.
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