segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Câmara dos Deputados: os campeões do voto




Na Câmara dos Deputados, a relação candidato/vaga cresceu menos: de 5,6 em 1994, para 7,9 neste ano.
Mesmo assim, é visível a subida da quantidade de votos necessária à conquista de um mandato.
Em 1994, Elcione Barbalho foi a campeã de votos à Câmara dos Deputados: 153.860.
Tal quantitativo representou 14,71% dos votos válidos – o que fez de Elcione, talvez, a mais bem votada deputada federal paraense das duas últimas décadas, em termos proporcionais.
Só para se ter idéia da enormidade que isso significava: nenhum dos outros 16 deputados federais eleitos naquele ano conseguiu alcançar, ao menos, 50 mil votos.
Agora, no entanto, Elcione cravou 209.635 – mas isso representou apenas 6,12% dos votos válidos.
Mesmo os 344.018 obtidos por Jader Barbalho, à Câmara, em 2002, representaram 12,92%.
Na outra ponta, cresceu também a votação dos “fonas”: em 2002 e 2006, o “lanterninha” Asdrubal Bentes (PMDB) conseguiu se eleger deputado federal com pouco mais de 42 mil votos.
Agora em 2010, o menos votado, o tucano Wandenkolk Gonçalves, obteve 68.547, e o petista Carlos Martins, com mais de 103.640, não conseguiu se eleger devido ao quociente eleitoral.
Em 2002, apenas quatro dos 17 deputados federais foram eleitos com mais de 100 mil votos: Jader, Wlad, Paulo Rocha e Anivaldo Vale.
Em 2006, dez dos federais eleitos superaram essa marca.
Neste ano, apenas três candidatos conseguiram se eleger com menos de 100 mil à Câmara dos Deputados: além de Wandenkolk, Asdrubal Bentes e Giovanni Queiroz.
Mas Giovanni e Asdrubal cresceram e muito: o primeiro saltou de 52.860 para 93.461 votos entre 2006 e este ano; e o segundo, de 42.738 para 87.681 no mesmo período.
Um caminho inverso ao de Wandelkok que, em 2006, cravou 94.879.
Aliás, dos 12 federais que conseguiram se reeleger, apenas Wandenkolk andou na contramão.
Veja o resultado das eleições à Câmara:
Em 1994, 1998, 2002, 2006 e 20102010, 2006, 2002, 1998 e 1994:











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