Sandra Batista: falta pediatra no PSM, mas Prefeitura não se inscreveu no "Mais Médicos". |
A vereadora Sandra Batista
(PCdoB) requereu hoje ao prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, esclarecimentos
sobre a não inscrição do município no programa Mais Médicos, do Governo
Federal.
Para a presidente da Comissão de
Defesa dos Direitos Humanos da Câmara Municipal de Belém (CMB), o prefeito
deveria ter considerado que o cenário da saúde na capital paraense é dramático,
o que levou a atual gestão decretar estado de emergência na saúde pública no início
do mandato e que já fez dois secretários pedirem exoneração do cargo.
“Falta pediatra nos PSM’s, os
jornais mostram isso todos os dias. Belém não se inscreveu no Programa Mais
Médios e sofre com a falta de médicos. Nas ilhas, a situação é ainda pior”, afirmou
durante discurso na tribuna da CMB.
A saída do médico Yugi Ikuta da
titularidade da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), anunciada ontem,
repercutiu na CMB. “Dois secretários já pediram exoneração em oito meses de
mandato. Já tínhamos relatado o caos na Rede de Assistência e Saúde Mental,
pedindo providências do secretário. E agora? Vamos ter que esperar mais dois ou
três meses para que um novo secretário assuma e tome pé da situação. É preciso
sanar esta descontinuidade de secretários na saúde. Quem mais sofre é a
população pobre que precisa dos serviços”
Rede
de Saúde Mental não tem estrutura e profissionais
A vereadora apresentou dossiê do
Movimento Paraense de Luta Antimanicomial relatando o abandono e sucateamento
da rede assistencial em saúde mental do município.
Belém conta com uma Rede de
Serviços de Saúde Mental composta por quatro Centros de Atenção Psicossocial
(CAP’s), geridas pela Sesma.
De acordo com os servidores, há
irregularidades no fornecimento de insumos, com a recorrente falta de
medicamentos básicos; o fornecimento de alimentação foi interrompido desde o
segundo semestre de 2012; além de infraestrutura sucateada e deficitária e
desvalorização profissional.
Na Casa de Saúde Mental e Drogas
não há espaço para internação e desintoxicação.
A Vigilância Sanitária,
inclusive, não teria autorizado o funcionamento da casa, que está com alvará
vencido desde 2008.
O CAPs Mar e Sol, de Mosqueiro,
não possui médico psiquiatra e assistente social.
No CAPs Infantil, os problemas
vão desde a recorrente falta de água à irregularidade de suprimento para
despesas emergenciais.
Com a Casa Mental do Adulto a
situação não é diferente: faltam água e alimentação, não há transporte para
realizar visitas domiciliares ou cumprir atividades extramuros, recomendadas
pela Política Nacional de Saúde Mental.
A vereadora, na última segunda-
feira (26), solicitou ao então secretário de saúde informações sobre a ausência
de diretor no CAPS AD, localizado no bairro do Marco; providências em relação à
disponibilização de documentos, além de informações sobre a suspensão do lanche, com
imediato retorno da alimentação.
Solicitou, ainda, a contratação de mais
psiquiatras e esclarecimentos sobre a recusa de atendimento a dependentes
químicos que não estão cadastrados, sob a justificativa de que não há estrutura
suficiente para o atendimento, quando, na verdade, a saúde é um direito de todo
cidadão, sendo de responsabilidade do Poder Público garantir o atendimento.
(Fonte:
Ascom/Vereadora Sandra Batista, com título e modificações do blog)
2 comentários:
Onde estão os médicos do posto de saúde aqui da Cabanagem??
Fora Zé Nada! Fora Zé nada! Fora Zé nada! Peca pra sair igual secretario de saúde!
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