terça-feira, 30 de julho de 2024

Fornecedores e revendas de água mineral brigam, e quem paga o pato é o consumidor. Cadê o Ministério Público de Ananindeua? Cadê o Procon?



Hoje, foi a segunda vez que tive de ameaçar recorrer ao Ministério Público, para conseguir comprar água mineral.

Há meses venho notando a redução das revendas que entregam esse produto, aqui no KM 8 da BR 316, em Ananindeua.

Aparentemente, os comerciantes de água se meteram numa brigalhada.

E são tantos os problemas que a gente fica pensando se essas pessoas têm consciência de que não trabalham no comércio de blusinhas, mas de um produto essencial.

Ao que me disseram, o principal problema é que os fornecedores estariam aumentando muito o preço da água.

Com isso, a margem de lucro das revendas, para a entrega desse produto, teria ficado muito pequena.

É verdade que essa é a versão de um revendedor. E que desconheço as versões dos demais e dos fornecedores e fabricantes.

Mas o fato é que, cada vez mais, essas revendas estão deixando de entregar água mineral, e passando a entregar apenas botijões de gás.

Não bastasse isso, quem revende Belágua não revende Nossa Água, e vice-versa.

Porque os fornecedores só recebem garrafões de uma ou de outra.

Assim, se o revendedor de Nossa Água estiver sem o produto, terei de comprar o garrafão completo do revendedor de Belágua, o que dá uns 40 reais.

Isso aconteceu comigo.

E tive até de ameaçar chamar o Procon e o Ministério Público, para que a revenda de Belágua me vendesse o garrafão completo.

Porque ela dizia que tinha poucos garrafões disponíveis.

Enquanto eu argumentava que ela não podia se negar a me vender alguma coisa, especialmente um produto de primeira necessidade.

Em suma: nós, consumidores, estamos no meio de um abusivo cabo de guerra entre comerciantes, em torno de um produto essencial.

E a coisa toda é tão bagunçada, que chega até a gerar lendas urbanas.

Sabe a loira do banheiro?

Pois é: em Ananindeua, nós temos a lenda do garrafão de água que não pode ficar vazio por dois meses, porque “resseca”.

E aí, “imprestável”, vítima de uma espécie de maldição, a revenda se recusa a aceitá-lo, mesmo que esteja dentro do prazo de validade.

Diz que existe até um “treinamento” pros entregadores, para que eles reconheçam os sinais de “ressecamento”, nos garrafões amaldiçoados.

No entanto, não encontrei no Google nada, nadica, sobre esse tal “ressecamento”.

Daí a pergunta: quem está ganhando o quê com essa história?

Então, é preciso que o Ministério Público e o Procon chamem esses comerciantes (fabricantes, fornecedores e revendedores) e coloquem ordem nessa bagunça.

O que não pode é nós, consumidores, continuarmos sob risco até de ficarmos sem entrega de água.

Idosos e deficientes não têm como sair por aí, à procura desse produto.

E não é opção para ninguém beber essa nossa “ultra saudável” água torneiral.

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