Se eu puder dar um conselho aos exércitos do Edmilson Rodrigues e do Igor Normando, é este: controlem a testosterona.
Nós, petistas, psolistas, emedebistas e todos os democratas, não somos inimigos.
Pelo contrário: somos aliados contra um inimigo comum.
E temos um objetivo que está acima de qualquer divergência entre nós: derrotar os nazifascistas, em 2026.
Não precisamos achar uns aos outros “lindinhos, limpinhos e cheirosos”.
Isso não é um namoro, um casamento e nem mesmo uma amizade.
É uma aliança política pragmática, oriunda de um perigo mundial para a Democracia, e até para a sobrevivência da espécie humana.
É provável que petistas e psolistas achem os emedebistas politicamente lamentáveis.
Da mesma forma que os emedebistas devem achar politicamente lamentáveis os petistas e psolistas.
Mesmo assim, precisamos, desesperadamente, continuar a conviver.
Porque se cometermos a burrice de nos dispersar, esses nazifascistas vencerão as eleições em Belém.
E se essa burrice se repetir nos demais municípios paraenses e brasileiros, eles vencerão as eleições de 2026, para os governos, assembleias legislativas, Congresso e Presidência da República.
E se o Trump vencer as eleições nos EUA, como, aparentemente, é o que acontecerá, nem precisa ser a Mãe Delamare, para prever as desgraças que virão, não é?
Talvez uma ditadura, que eles não conseguiram impor por falta de apoio externo e por erros que, certamente, já não cometerão.
Talvez a gradual corrosão da nossa Democracia, para que possam se manter no poder, por décadas, em aparente legalidade.
Certamente, a destruição dos direitos conquistados, ao longo de décadas, por pretos, gays, mulheres, idosos, povos indígenas, trabalhadores.
Em qualquer caso, perseguições, cassações, prisões arbitrárias e sabe-se lá mais o quê, contra todos nós que hoje torcemos o nariz uns pros outros.
Veremos Belém virar um campo de extermínio de pretos e pobres, e perder o pouco que resta de seu patrimônio histórico.
O Pará verá a destruição das suas florestas e rios.
E o Brasil virará um fazendão teocrático, paraíso de escravocratas, pedófilos, estupradores e toda sorte de monstros.
Então, não podemos perder o foco.
Não temos tempo para isso.
E nem temos força política, em nenhum segmento isolado dessa frente, para ficarmos com “nojinho” uns dos outros.
Precisamos compreender que esta não é uma eleição “normal”, como muitas das anteriores.
Antes, podíamos até dizer: “ah, se o meu candidato não passar para o segundo turno, naquele candidato do PSOL ou do MDB eu não voto de jeito nenhum”.
O problema é que, nas eleições de Belém, teremos um segundo turno, provavelmente, entre um candidato da nossa frente democrática e um nazifascista.
E você não terá como apoiá-lo, a não ser que queira virar nazifascista também.
Você não terá nem mesmo como ficar em cima do muro, porque é de oposição ao nazifascismo que estamos a falar, como sabem hoje até as pedras de Belém.
Então, quer você goste ou não, acabará tendo de votar no Edmilson Rodrigues ou no Igor Normando. E buscar votos para ele. Pragmaticamente.
Isso significa que a agressividade entre esses dois exércitos, do Edmilson e do Igor, tem de ser muito bem dosada.
Para não gerar traumas que dificultem muito uma aliança no segundo turno. Ou até mesmo a continuidade da nossa convivência.
Afinal, Edmilson ou Igor, tudo bem, a gente se reacomoda.
O que não pode é o cachorro doido vencer.
Isso serve para todas as eleições municipais, de Norte a Sul e de Leste a Oeste, que opõem companheiros dessa nossa frente democrática, no primeiro turno.
Sentiu vontade de usar palavras mais duras, para “acertar uma bicuda no fígado”? Não o faça.
Não dificulte a sua própria vida, quando tiver de buscar votos para esse companheiro, no segundo turno.
Em vez de se aplicar em destruir um aliado, empregue as suas melhores energias para impedir a eleição de prefeitos e vereadores da base nazifascista.
Não esqueça: o grande foco é 2026.
Tudo o mais é adereço.
As eleições de 2026 tendem a ser dramáticas: um tudo ou nada.
Não bastasse isso, a nossa situação pode se complicar bastante, já a partir do ano que vem, caso Trump vença as eleições dos EUA.
Então, companheiro, respire fundo e meça muito bem as suas palavras.
Para que, lá na frente, em vez de chorar como os nossos irmãos argentinos, a gente possa é celebrar a derrota dessas hordas, como fizeram os nossos irmãos franceses.
FUUUIIIII!!!
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