quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Jatene apoia Bolsonazi e assume o que realmente é




Só quem teve alguma ilusão em relação ao ex-governador Simão Jatene, é que se surpreende com a sua adesão a Bolsonazi, neste segundo turno.

Jatene sempre foi um mau caráter.

Traiu todos aqueles que o ajudaram a subir na vida: Jader Barbalho, o finado Almir.

Em 2018, traiu até seus companheiros de PSDB e de partidos aliados.

Uns, empurrados para candidaturas natimortas.

Outros, abandonados durante a campanha.

Tudo para que ninguém lhe fizesse sombra.

E, por absoluta falta de alternativas viáveis, acabasse se tornando “unanimidade”, entre os tucanos, para o cargo que mais lhe conviesse: o Governo do Estado ou o Senado, nestas eleições.

Só que no meio do caminho apareceu uma pedra: o TSE, que o tornou inelegível, por ter cometido abuso de poder político e econômico, nas eleições de 2014.

Há quem diga que o apoio a Bolsonazi é um triste fim, para a carreira política de Jatene.

Mas, em verdade, trata-se de uma decisão rigorosamente compatível com a sua essência.

Apesar de vender a imagem de um “democrata”; de viver falando em “servir ao público”, Jatene sempre foi um típico “cidadão de bem”.

Empregou dezenas de parentes na máquina pública.

Manteve, durante anos, uma amante pendurada nos cofres públicos.

O sobrinho enriqueceu a olhos vistos, lá em Castanhal.

O filho chegou a ser preso, por suspeita de corrupção.

O próprio Jatene sempre esteve enrolado em acusações cabeludas de corrupção.

Mesmo assim, vive chamando todo mundo de corrupto.

Haja perobal, não é?

Mas não é apenas o farisaísmo que faz de Jatene um típico “cidadão de bem”: ele também carrega enorme rancor, além de insaciável sede de poder.

A sua decisão de apoiar a reeleição de um neonazista, é claramente uma tentativa de obter alguma migalha de poder, e de destruir o atual governador.

O que deixou Jatene inconsolável foi o fato de Helder ter sido o governador mais votado do Brasil, em termos proporcionais.

Afinal, imaginara que Helder sucumbiria diante do estado de destruição em que recebeu o Pará, e das armadilhas deixadas em seu caminho.

A pior delas, o rombo de R$ 1,5 bilhão nas contas públicas.

No entanto, Helder se mostrou um governador muito melhor do que o esperado.

Depois de tapar o buraco das contas públicas, passou a destinar recursos crescentes a investimentos.

As obras, espalhadas por todos os municípios, aqueceram a economia e geraram milhares de empregos, apesar da crise que o Brasil enfrenta.

Uma situação oposta aos 8 anos dos governos de Jatene, quando bilhões que deveriam ter sido destinados a investimentos, simplesmente desapareceram. E, com eles, os potenciais empregos.

Tão ou mais importante, porém, é que Helder se mostrou um governador presente.

Não apenas na propaganda, mas de verdade.

Isso levou a população a recuperar a confiança no Governo do Estado.

Fez com que ela percebesse que Helder estaria sempre junto dela.

Fez com que tivesse a certeza de que não seria abandonada à própria sorte; de que Helder não iria simplesmente desaparecer, para se embalar em uma rede, pescar ou tocar violão.

A prova de fogo foi a pandemia.

Jatene e alguns urubus, fantasiados de políticos, devem ter apostado que Helder deixaria a nossa população morrer.

Ou por incompetência, ou por medo, ou por desleixo, ou por insensibilidade.

Devem até ter esfregado as mãos, pensando nas imagens que esses cadáveres lhes renderiam, para a campanha eleitoral.

Mas graças a Deus, Helder, novamente, saiu-se muito melhor do que o esperado por Jatene.

E tudo porque possui uma qualidade desprezada por seus adversários: Humanidade.

Foi ela que o levou a se revelar um dos governadores mais corajosos deste país.

Porque o Pará não possui o poder político e financeiro de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais.

E mesmo assim, esse garoto, risonho e educadinho, peitou o neonazista furibundo que ocupa a Presidência da República.

Talvez não passasse nem sinal de wi-fi, mas peitou!

Mesmo sabendo que Bolsonazi é um sujeito perverso e vingativo, Helder moveu céus e terra para salvar o nosso povo.

E não sossegou até conseguir UTIs e vacinas suficientes, para toda a nossa população.

Fico imaginando se fosse o Jatene, um sujeito sabidamente frouxo, no lugar do Helder.

E se tivéssemos na Prefeitura de Belém um neonazista, como queriam esses urubus.

Certamente, teríamos tido aqui um desastre humanitário muito maior do que o de Manaus.

E penso que esse desempenho eleitoral do Helder tem muito a ver com a sua postura, durante a pandemia.

Apesar de tão sofrido, e até desiludido por causa dos maus políticos, o nosso povo sabe, sim, reconhecer aqueles que verdadeiramente o abraçam.

Aqueles que até arriscam tudo o que possuem, para garantir-lhe o supremo direito à vida.

Jatene sabe que se Bolsonazi se reeleger, Helder roerá uma pupunha.

Talvez acabe até preso e afastado do poder, para que Bolsonazi coloque no Governo do Pará um sujeito servil.

Um sujeito que lave as mãos, diante da matança do nosso povo.

Um sujeito que silencie, diante da destruição dos nossos rios e florestas.

Mas Jatene não está nem aí.

Tudo o que ele quer é se vingar e recuperar algum poder, ainda que à custa de um banho de sangue, no Pará e no Brasil.

Nada mais revelador de sua verdadeira face.

Aquela que ocultou de tantos, com a ajuda da sua propaganda milionária e dos puxa-sacos que viviam no seu entorno.

Eis aí, sem a máquina, sem propaganda, sem vassalagem, quem Jatene realmente é!

Eis aí a sua alma pequena, corroída pela amargura e pela sede de poder!

Até o discurso dos “cidadãos de bem” ele repete, em vídeo que circula na internet.

Presta-se até a afirmar que Bolsonazi não representa nenhum perigo à Democracia.

E a única coisa que faltou à sua fala, o fecho de ouro!, foi a saudação típica dos "cidadãos de bem", nestes tempos tão sombrios: Heil Jair!

 

FUUUUIIIII!!!!!!

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