A partir da próxima semana, os atendentes do serviço Disque-Denúncia (181) estarão aptos a receber informações sobre homofobia e crimes discriminatórios. Nesta quinta-feira (26), eles estão sendo capacitados para oferecer o atendimento adequado ao usuário do serviço. A capacitação é promovida por integrantes do movimento LGBT.
O trabalho é desenvolvido em parceria com o Sistema de Segurança Pública do Estado. O objetivo é capacitar todos os servidores do sistema. A primeira turma é composta pelos servidores que atuam no Disque-Denúncia, na ouvidoria pública estadual e na Diretoria de Prevenção Social da Violência e da Criminalidade (Diprev), da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup).
A capacitação faz parte do Plano Estadual de Segurança Pública e Combate a Homofobia. Além de policiais civis, policiais militares, bombeiros, servidores do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves e do Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran) participarão do treinamento.
“É mais do que uma capacitação. Este é um trabalho de sensibilização. Quanto mais informações os servidores tiveram, melhor será o atendimento prestado por eles”, define a delegada Christiane Lobato, à frente da Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAV) da Polícia Civil. Ela destaca ainda que o trabalho do sistema de segurança pública não se resume a repressão.
“Não trabalhamos só com o papel de polícia repressora. Trabalhamos a partir de três eixos: da repressão, com as investigações; da prevenção, com orientação, palestras e divulgação do problema para que a sociedade passe a denunciar, e do atendimento à vítima, por meio de um núcleo psicossocial. Nossa finalidade é reprimir e também prevenir novos crimes”, detalha a delegada.
Outro objetivo do trabalho é estimular as denúncias sobre homofobia e crimes discriminatórios. “Muitos casos de violência não são denunciados. A partir de agora, a vítima terá a certeza de que receberá um atendimento de qualidade e será bem orientada”, declara Bruna Lorrane, representante do movimento LGBT.
(Fonte: Aycha Nunes/Ascom/Polícia Civil)
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