Do portal das ORM:
Mestre Verequete morre
após seis dias de internação
Após seis dias de internação, o músico Augusto Gomes Rodrigues, o Mestre Verequete, morreu na tarde desta terça-feira (03), no Hospital Barros Barreto. Verequete não resistiu ao quadro de pneumonia e infecção respiratória. Ele estava no Centro de Terapia Intensiva (CTI) desde domingo (01) e respirava com a ajuda de aparelhos. O músico estava com 93 anos.
Em entrevista ao Portal ORM na manhã desta terça-feira (03), a filha caçula do cantor, Lucimar Rodrigues, disse que a família estava emocionalmente abalada, mas que aguardava a reação dele aos medicamentos. 'Está muito difícil. A pneumonia é grave e esperamos que os antibióticos façam efeito. Os médicos dizem que não há aceitação do organismo dele aos remédios', lamentou Lucimar.
História - Uma jovem chamou Augusto Gomes para conhecer um batuque no bairro da Pedreira. Em meio à roda, o pai de santo cantou 'Chama Verequete' e a partir daí Augusto decidiu trocar de nome e então surgiu o Mestre Verequete.
Mas se engana quem pensa que foi apenas aí que o carimbó começou a fazer parte da sua vida. Aos três anos de idade, no mesmo ano em que sua mãe morreu, Verequete se mudou com seu pai, Antônio José Rodrigues, para o município de Ourém, desenvolveu os primeiros passos do ritmo que no futuro seria mestre: o carimbó.
Mestre Verequete nasceu no município de Quatipuru, na região bragantina, nordeste do Pará, e com esse apelido acabou ganhando fama e respeito, sendo cosiderado o 'rei dos tambores', um pícone da cultura regional. Ao longo da carreira, gravou dez discos e quatro CDs. Uma produção que lhe rendeu o Prêmio Mestre Humberto Maracanã, do Ministério da Cultura.
O 'Rei do Carimbó' teve sua história contada no filme 'Chama Verequete', nome de uma de suas músicas mais conhecidas. A produção foi a vencedora do Kikito de Ouro na categoria curta metragem no Festival de Gramado, um dos mais reconhecidos festivais de cinema do país. Em Brasília, Verequete recebeu do governo federal o título de Comendador da República.
Em várias ocasiões prestei aqui homenagem ao Mestre Verequete e ao carimbó.
E, não faz muito tempo, tive a felicidade de assistir a um show, pelo aniversário do Mestre, no teatro da Estação Gasômetro.
Foi uma das raras ocasiões em que saí de casa, para ir a um espetáculo.
Levei minha filha, que ficou fascinada pela beleza de Verequete.
E eu fiquei toda orgulhosa da minha melhor criação...
Hoje, a notícia de que Verequete morreu me entristeceu profundamente.
Sou fã de carteirinha de seu universo mágico, traduzido em carimbó.
Sou uma papa-chibé apaixonada por tudo de belo que Deus colocou pra gente – só pra gente!... – neste extraordinário país chamado Pará.
Num post abaixo, escrevi uma crônica sobre esse orgulho danado que sentimos - nós, os paraenses.
Mas, penso que cometi enorme falha ao não mencionar essa riqueza que é o carimbó, e os seus grandes representantes: Verequete, Pinduca, Mestre Lucindo, Mestre Cupijó.
Vou deixar pra vocês o documentário "Chama Verequete", que achei no youtube, no canal do Acauã Pyata (http://www.youtube.com/user/AcauaPyata#p/f ).
Vou rezar pela alma do Mestre - e não que ele precise.
O céu ganhou mais uma poderosa estrela.
Égua do ano, este!...
FUUUUIIIIIIII!!!!
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