Outro tarimbado marqueteiro vai pelo mesmo caminho. “As eleições movimentarão, com certeza, mais de R$ 100 milhões, mas ninguém vai assumir isso, porque ninguém quer que se venha mexer nisso”, comenta.
E acrescenta: “Todo mundo vai dizer que os custos diminuíram, porque não tem mais showmício e ninguém contrata uma banda de fora por menos de R$ 100 mil. É verdade que isso caiu, mas ficaram vários custos pesados. E você vai fazer campanha para um cargo majoritário, mas, quem é que vai segurar a onda dos proporcionais?”.
E vai desfiando as contas de campanha, que ninguém desfia a luz do dia, especialmente ao TRE:
_ “Para você ter uma idéia, R$ 1 milhão, em Belém, paga, quando muito, só a agência, a produtora (de rádio e TV) e as pesquisas. Um programa de TV custa uns R$ 1.200,00 por minuto, no mínimo. Mas, os grandes partidos têm mais de três minutos – e são necessários mais de 20 programas. E aí tem mais o rádio – e uma produtora vai cobrar uns R$ 150 mil, por baixo. E aí tem a agência, que cobra, por baixo, R$ 300 mil, R$ 400 mil. E aí tem mais uns R$ 100 mil em pesquisa. E aí vem a gráfica, outro custo pesado. E por aí vai”.
Ele acredita que, nos municípios menores, com 20 mil habitantes e três ou quatro candidatos, é quase impossível que uma campanha a prefeito saia por menos de R$ 150 mil.
“E há custos embutidos, que nem são computados, como veículos, prédios, combustíveis, convenção”, comenta. E arremata: “Agora, imagine os custos de uma campanha a prefeito em uma cidade do tamanho de Belém e onde já se tem pelo menos sete concorrentes...”
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