terça-feira, 30 de março de 2021

Sem vocês, policiais, nós não conseguiremos vencer essa guerra.


 

Lamentável a politização da morte desse pobre soldado, Wesley Goés.

Custa a crer que a nossa polícia, tão hábil em reconhecer as mentiras das "crianças" que enfrenta, se deixe levar tão facilmente pelas mentiras dos bolsonaristas, que caíram feito um bando de urubus em cima do cadáver desse rapaz.

Ao multar ou deter pessoas que desrespeitam o lockdown; ao acabar com festas clandestinas e aglomerações, a polícia não está "perseguindo" trabalhadores.

Está, na verdade, é ajudando a salvar a vida de milhares de seres humanos.

Quem sabe, até mesmo a vida daqueles que estão sendo detidos e multados.

Querem função mais nobre do que essa?

Querem função mais heroica do que salvar vidas, e apesar de todas as dificuldades que o Brasil enfrenta?

Essa doença mata.

E quando não mata, deixa a pessoa com graves sequelas.

Ela está destruindo famílias  inteiras.

Está matando até mesmo bebezinhos e mulheres que acabaram de dar à luz.

Muito me admira que vocês, policiais, embarquem nas mentiras sobre o baixo risco dessa doença.

Vocês estão, todos os dias, se expondo a ela, para tentar proteger a nossa população.

Por causa disso, quantos colegas  vocês já viram adoecer e morrer?

Quantos amigos e familiares vocês já perderam, nessa guerra contra esse inimigo invisível?

Não se deixem manipular pelos bolsonaristas.

Esse pobre soldado que morreu na Bahia estava claramente doente.

E não são poucos os soldados que adoecem mentalmente, e até fisicamente, porque essa profissão de vocês é simplesmente terrível.

Todos os dias, vocês lidam com o pior lado do ser humano: aquele que é capaz de matar por qualquer vinte reais.

Vocês lidam com o pesadelo das drogas.

Com o submundo, com todo tipo de violência.

E todo santo dia, quando saem de casa, nunca sabem se conseguirão voltar para os braços da família que amam.

Esse rapaz da Bahia sucumbiu a todas essas pressões da vida de um policial.

A impressão que dá é que ele queria morrer, mas não tinha coragem de se matar.

Daí abrir fogo contra os próprios colegas, porque sabia que eles revidariam.

E é bem difícil imaginar quem não revidaria, em uma situação assim.

Que Deus conceda paz à sua alma, e consolo aos seus familiares.

Mas precisamos que esse triste episódio sirva de alerta, e ajude a garantir maior apoio psicológico às nossas polícias.

E não só isso: também melhores salários e condições de trabalho.

Vocês prestam um serviço extraordinário à sociedade.

E muitas vezes, não são reconhecidos.

Nunca permitam que alguém, em nome de qualquer partido ou ideologia que seja, faça com que vocês se sintam menos importantes do que realmente são.

Nós dependemos desesperadamente de vocês, no dia a dia, para a nossa segurança.

E hoje isso é ainda mais verdade, porque não temos como vencer essa doença sem a participação de vocês.

O pessoal da área da Saúde, vocês, policiais, nós, os jornalistas, e várias  outras categorias, estamos na linha de frente dessa guerra.

E atrás de nós, creiam, não há mais ninguém.

Somos apenas nós, entre esse vírus e a nossa população.

Não se deixem levar por mentiras. Ajudem-nos. Permaneçam firmes.

Do contrário, assistiremos a uma carnificina como nunca imaginamos, no nosso amado Brasil.

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