Enquanto, finalmente, “bato o martelo” aos meus “novos rumos” (depois, é claro, de infinita “consumição”) vou deixar a vocês, queridinhos, essa música bem bacana, na interpretação da atriz-cantora Cida Moreira.
A música é do Chico.
E creio que diz muito acerca da decisão que tomarei na próxima segunda-feira – ou melhor, que anunciarei na próxima segunda-feira, eis que já está razoavelmente “arquitetada”.
Obviamente que, quando tudo isso se tornar público, ensejará enorme tititi...
Será, quem sabe, uma das notícias mais comentadas da blogosfera paraense...
Mas, devo dizer que é uma decisão “amadurecida”.
Não apenas porque preciso, é claro, sobreviver.
Mas, porque me ofereceram um projeto em que resolvi acreditar.
Estou assim, como que levantando, junto a vocês, todo o meu crédito, em todas as mesas deste imenso cassino, para apostar todas as fichas nesse novo projeto.
Se tal aposta se mostrará, de fato, acertada, só o tempo dirá...
Mas, desde já, deixo aos antigos companheiros a música que mencionei acima.
Um excelente domingo a todos!
Beijinhos!
FUUUIIIII!!!!
A Voz do Dono e o Dono da Voz
Até quem sabe a voz do dono
Gostava do dono da voz
Casal igual a nós, de entrega e de abandono,
De guerra e paz, contras e prós
Fizeram bodas de acetato - de fato
Assim como os nossos avós
O dono prensa a voz, a voz resulta o prato
Que gira para todos nós
O dono andava com outras doses
A voz era de um dono só
Deus deu ao dono os dentes
Deus deu ao dono as nozes
Às vozes Deus só deu seu dó
Porém a voz ficou cansada após
Cem anos fazendo a santa
Sonhou se desatar de tantos nós
Nas cordas de outra garganta
A louca escorregava nos lençóis
Chegou a sonhar amantes
E, rouca, regalar os seus bemóis
Em troca de alguns brilhantes
Enfim a voz firmou contrato
E foi morar com novo algoz
Queria se prensar, queria ser um prato
Girar e se esquecer, veloz
Foi revelada na assembléia - atéia
Aquela situação atroz
A voz foi infiel, trocando de traquéia
E o dono foi perdendo a voz
E o dono foi perdendo a linha - que tinha
E foi perdendo a luz e além
E disse: minha voz, se vós não sereis minha
Vós não sereis de mais ninguém!
(O que é bom para o dono é bom para a voz!)
(Chico Buarque)
Um comentário:
Ei, Ana Célia! Tu já estavas porre, é???
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