quarta-feira, 14 de abril de 2010
O angu da propaganda: Governo e DC3 negam subcontratação. Mas Digital confirma ligação entre Link e DC3
A Secretaria de Comunicação (Secom) negou, ontem, a contratação da empresa Link Propaganda para atuar na publicidade do Governo do Estado.
“Não contratamos ninguém. Apenas soubemos que eles (a Link) procuraram o PT, para oferecer serviços”, disse um assessor.
Segundo ele, a Secom desconhece a existência de algum contrato entre a Link e a DC3, uma das empresas que venceram a licitação da publicidade oficial, já que não possui ingerência sobre entes privados.
Mas, assegurou, “não houve subcontratação para o governo”.
O publicitário Glauco Lima, um dos donos da DC3, também negou a subcontratação e até que possua “acordo operacional” com a empresa baiana.
Mas, um funcionário da Digital, a produtora de boa parte dos programas publicitários do governo confirma: a Link presta consultoria à DC3 e até participa de reuniões na Digital.
A versão de Glauco Lima
“Na verdade, não existe contrato da Link no Pará” – disse Glauco, ontem, ao blog – “O que acontece é que, nesse período pré-eleitoral, há uma grande movimentação das grandes redes (de propaganda). A Propeg, por exemplo, também já andou por aqui”.
Ele negou que exista até mesmo um “acordo operacional” entre a DC3 e a Link, conforme noticiado em vários blogs, apesar de explicar que acordos desse tipo – que não costumam resultar em contratos formais ou valores pré-estabelecidos - são muito comuns no setor.
Glauco rebateu as afirmações de que a DC3 seria uma empresa de parca capacidade financeira, cujo único cliente de grande porte seria o Governo do Estado – daí as especulações de que o contrato com a Link encobriria uma triangulação, para custear a reeleição da governadora Ana Júlia Carepa com dinheiro público.
Segundo ele, a DC3 possui vários clientes de grande porte.
É o caso, por exemplo, do Banco da Amazônia (Basa), que a agência atende em nove estados, e da gigante Facepa, cuja conta, em todo o Norte e Nordeste, também pertence à DC3.
Ou, ainda, da Duelo (que produz diversas bebidas alcoólicas, entre as quais o Ice); da Supersport, que possui dez lojas de artigos esportivos na Região Norte, e do sistema de ensino Universo.
Glauco acentuou a impossibilidade de uma empresa do tamanho da DC3, que possui 25 funcionários, sobreviver exclusivamente da conta do governo, que é dividida com mais sete agências - até porque o grosso da verba publicitária (cerca de 80%) é destinado aos veículos de comunicação.
E lembrou que o aprimoramento das agências de propaganda é uma exigência do próprio mercado, atribuindo as críticas que tem recebido, por essa busca de parcerias, ao período eleitoral.
“Muita gente pensa que agência (de propaganda) é só para fazer jogo de palavras. Mas, devido à profissionalização, temos é de buscar uma rede de parcerias, para atender os nossos clientes. Estamos, por exemplo, conversando com um grupo de São Paulo, para a promoção de vendas. Mas, como estamos no período eleitoral, as pessoas distorcem tudo. E se eu disser que estamos conversando com uma agência de São Paulo, vão logo dizer que estou terceirizando a conta do governo”, queixou-se.
E repisou: “A Link é uma rede nacional. Mas, nem um acordo operacional fechamos, ainda, com ela”.
De acordo com o publicitário, é o porte da agência a impulsionar essa busca de parceiros. “O governo não tem nada a ver com essa história. É muita inverdade”, protestou.
Perguntei-lhe se é a DC3 que está pagando a hospedagem dos funcionários da Link. Ele garantiu que não.
E também garantiu não saber se a Link “está pagando aluguel da sala, uma sala de reunião, que eles usam na Digital (a produtora de boa parte dos comerciais do governo). Mas não sei qual o vínculo deles com a Digital, que é independente”.
Perguntei-lhe se é verdade, como se especula nos blogs, que dá expediente na Digital. Glauco, novamente, negou:
_Não é que dê expediente lá. A maioria dos programas do governo é feita lá e, por isso, vou lá acompanhar isso. É normal acompanhar a realização do comercial. Mas, qualquer coisa que a gente faça agora é mal interpretada.
Glauco disse acreditar que a Link está no Pará “por conta própria”, em busca de alguma campanha política.
E observou que não há nada de inusitado nisso – afinal, a empresa MCI, de Daniel Lavareda, trabalhou para o tucano Simão Jatene, e a Verve, do Ceará, atuou na campanha de Helder Barbalho, em Ananindeua.
Disse que leu em um blog baiano que a Link iria trabalhar na campanha de reeleição da governadora Ana Júlia Carepa, mas não encontrou nada a respeito disso no site da própria Link.
E também não acredita que o governo tenha contratado a empresa para a área publicitária, já que há oito agências licitadas, para esse tipo de serviço.
“Até a marca do governo foi escolhida através de concorrência” – lembrou – “E não tem nem como o Governo fazer esse tipo de contratação que estão dizendo”.
Mesmo assim, perguntei-lhe o que pensaria, como paraense, caso o governo contratasse, de fato, a empresa baiana. Disse ele:
“A minha opinião é que se vier com profissionalismo, com expertise, pode vir. Só não aceito é baixar o nível da concorrência. Já entrei no Ceará e todo mundo torcia o nariz para mim. O Pedro Galvão, por exemplo, já fez campanha fora, o que é motivo de muito orgulho pra gente. Se trouxer expertise, agregar para o mercado, todo mundo ganha. E se eu disser que não aceito empresas como a Link e a Verve, não posso me arvorar a entrar no Maranhão e no Piauí”.
E acrescentou: “Agora, é claro que esses grupos de fora têm muito mais capacidade de investimento. E nós temos é de nos preparar, investir em qualidade, principalmente recursos humanos, já que agência de propaganda é, sobretudo, gente. Tem que ter inteligência – e isso não custa barato”.
Perguntei-lhe, enfim, por que não desmentiu as informações que davam conta da contratação da Link pela DC3.
A resposta dele: “Estou conversando com você, porque você tem uma história no jornalismo. Mas o nível está tão baixo que não dá nem para responder. Se fossem acusações consistentes, de nível... Além disso, eu teria de parar de trabalhar só para responder a essas acusações, e ainda colocadas de maneira anônima”.
Digital confirma ligação Link/DC3
O problema é que as explicações de Glauco Lima não batem com as afirmações da Digital.
Um dos diretores da empresa, Anderson Reis, disse que a Link não possui sala na Digital. Aliás, não possui nem mesmo relações com a Digital – e sim, com a DC3.
E esclareceu: “Eles (a Link) já vieram aqui. Tem uma sala de reunião que a gente reúne sempre. Ela (a Link) reúne com a DC3, com a gente, com o diretor dos comerciais, o Fausto”.
Mas, observou, “o Glauco é que trouxe a Link”.
Anderson explicou que a Digital, como toda produtora de vídeo, faz, eventualmente, trabalhos para os governos, através das agências.
Mas não tem “comando” sobre as peças publicitárias, já que apenas executa os roteiros que lhe são entregues.
“A estratégia é fora da nossa alçada”, acentuou.
Disse que “eles (a Link) estão dando consultoria para a DC3”. Mas desconhece se há ingerência da empresa baiana nos roteiros dos comerciais do governo, que são repassados à Digital pela DC3.
Perguntei-lhe, então, se as reuniões na Digital giram em torno dos programas do governo.
A resposta dele: “Eles se reúnem, não sei se pelo governo. Mas, pelo fluxo de trabalho, acho que estão tratando da campanha”.
Depois, afirmou que nem conhece os funcionários da Link – um homem e uma mulher: “Eles são superdiscretos. Nem transitam pela empresa. Nem na ilha de edição vão”. E que “eles vêm aqui para conversar com a DC3”.
Antes, logo no início da nossa conversa telefônica, Anderson também disse que os funcionários da Link aparecem na Digital duas vezes por semana.
Mas, depois de muitas e insistentes perguntas, emendou: “A Link começou a aparecer aqui na quinta-feira da semana passada, veio aqui umas duas vezes. São duas pessoas que vêm sempre, um homem e uma mulher, mas, não me foram apresentados. Eles vêm com o Glauco. Não é uma equipe grande, como já disseram por aí. Aqui nem tem espaço para isso”.
Anderson disse, ainda, que não tem idéia de onde essas duas pessoas estão hospedadas e garantiu que os funcionários da Digital nunca receberam ordens diretas da Link, em relação aos programas do governo.
Pedi, então, para falar com o diretor de programas, o Fausto, mas Anderson informou que ele havia saído.
O blog também tentou contato, na tarde de ontem, com o diretor da Link Propaganda, Édson Barbosa, em Salvador.
Uma secretária da diretoria, que se identificou como Célia, ficou de repassar meus telefones a Barbosa, mas ele não retornou a ligação.
Também tentei contato novamente com Glauco Lima, para falar acerca das declarações de Anderson Reis, mas ele não atendeu os meus telefonemas.
À noite, tentei falar com o presidente do PT, João Batista, para saber se o partido possui contrato com a Link, mas ele se encontrava em reunião.
Sem hospedagem
No hotel Expresso XXI da Batista Campos, um funcionário de nome Gilberto disse não haver nem hóspede, nem reserva, em nome da Link, da DC3, ou do Governo do Estado, mas que havia um hóspede “pelo marketing do governo, em nome de uma pessoa do governo”, no Expresso XXI de Nazaré.
Mas, no Expresso XXI de Nazaré, uma funcionária de nome Juliana, que trabalha nas reservas do hotel, desmentiu a informação.
“Não tem nenhum hóspede pago pelo Governo. É pagamento direto ou pelas agências de turismo – nenhuma de propaganda”, informou.
E disse, sobre a observação de Gilberto: “Eles (do outro Expresso) não têm acesso ao nosso sistema”.
Na verdade, o mal entendido parece ter sido causado pela transferência de uma hóspede do Expresso da Batista Campos para o da avenida Nazaré, que disse estar a serviço do governo.
O problema é que essa hóspede, além de pagar a conta diretamente, é funcionária do Iphan.
No hotel, também não há ninguém hospedado pela DC3 ou por Glauco Lima.
No cadastro, Juliana conseguiu localizar um cidadão de nome Édson Barbosa, que esteve hospedado lá entre 23 a 25 de março deste ano, mas, por cortesia do estabelecimento.
Além disso, a procedência desse Édson Barbosa é São Paulo.
A Perereca também voltou ao site da Link, mas, ao contrário do que tem sido afirmado nos blogs, não encontrou nenhuma referência ao Governo do Pará.
A origem do angu de caroço em que se transformou a propaganda do governo parece ser o blog Notas da Bahia, do jornalista Giorlando Lima, que noticiou, em 29 de março deste ano:
“A Link Propaganda, de Salvador, está com a cara na rua. Outdoors da agência estão espalhados pelas principais avenidas de Salvador, nos quais ela se vende como uma agência nacional.
Enquanto isso, uma pequena equipe já está em Belém há uma semana, cuidando das preliminares da campanha em busca da reeleição da governadora Ana Júlia.
A agência de Edson Barbosa fechou um belíssimo contrato para um trabalho que, por enquanto, está sendo considerado difícil.
Ana Júlia teve um ano de 2009 muito complicado e a aprovação do seu governo caiu, tendo como principal reflexo uma rejeição alta e baixa intensidade nas pesquisas de intenção de voto, comentam por lá.
A governadora do Pará foi alvo de uma forte campanha negativa, com críticas duras e resvalando para o lado pessoal, até o meio do ano passado, da parte dos dois principais grupos de mídia do Pará: O ORM, ou Liberal, da família Maiorana, com rádios, jornais e TV, e a RBS, de Jader Barbalho, que inclui um jornal, rádios e uma televisão.
Em julho, o esforço dos articuladores políticos do governo e a ameaça de eleição de Jader Barbalho ao governo do Estado – algo que os Maiorana têm como um pesadelo – trouxeram o Liberal para o lado da governadora.
Pouco mudou, em verdade.
O PSDB decidiu-se pelo ex-governador Simão Jatene, reconhecido como competente e que está andando muito pelo interior do estado e apareceria revezando-se com Jader Barbalho na liderança das pesquisas de intenção de votos.
Os jaderistas dizem que o chefe do PMDB paraense está muito bem no cenário e ganharia a eleição.
O PT ainda tenta trazê-lo – com a força da sua mídia e o PMDB junto -, mas a esmagadora maioria dos peemedebistas do Pará querem candidato próprio.
Se isso acontecer, Edinho Barbosa e sua Link terão muito trabalho.
Difícil, mas não impossível.
Primeiro porque a governadora Ana Júlia, apesar da rejeição de agora, tem carisma e muita energia para se recuperar.
E depois porque competência nessa área é o que não falta a Edson Barbosa e a hoje sua Link. Isso todo mundo sabe, mesmo os que não gostam dele”.
( http://notasdabahia.com/2010/03/29/a-link-e-pt-no-para-agencia-ja-comecou-o-trabalho-la-2/ )
Só depois, no começo de abril, é que a possibilidade de contratação da Link, para atuar na campanha de reeleição da governadora, foi noticiada pelo blog do Bacana ( http://blogdobacana-marcelomarques.blogspot.com/)
E pelo Espaço Aberto (http://blogdoespacoaberto.blogspot.com/ )
Já o acordo operacional entre a Link e a DC3 saiu, na mesma época, no blog do Hiroshi Bogéa (http://hiroshibogea.blogspot.com/ )
No último dia 12, a notícia também apareceu no blog Oportunidades Belém, da publicitária Lorena Goretti (http://oportunidadesbelem.blogspot.com/)
Em nenhuma dessas oportunidades houve críticas à DC3 ou a Link, pelos autores das postagens.
No entanto, nenhuma dessas informações foi desmentida.
20 comentários:
Glauco não está sendo sincero quando diz que DC3 possui vários clientes "de grande porte". Duello, por exemplo, é uma grande empresa, mas não é uma grande empresa ANUNCIANTE. Facepa também é uma grande empresa, mas não anuncia a não ser no aniversário do Diário e de O Liberal. Ou seja, dizer que atende "a grandes empresas", não resolve o problema porque nem sempre essa grande empresa é um grande anunciante.
Glauco se enrola quando mete no meio a conta do Banco da Amazônia (Basa), que divide com a OMG. Quem indicou o presidente do Basa foi Ana Júlia pessoalmente.. Dizer que a agência atende em nove estados" é um exagero evidente.
Também nunca vi um anúncio da empresa Supersport, "que possui dez lojas de artigos esportivos na Região Norte", e, como já foi dito aqui, o sistema de ensino Universo compra midia a preço de banana, beneficiado, como todo colégio, pela lei que obriga os veiculos a praticar uma tabela diferenciada.
Foi o próprio Glauco quem disse a Hiroshi Bogéa que subcontrara a Link mas agora desmente, porque viu que seu contrato com o governo poderia ser cancelado se isso se tornasse uma verdade jurídica. O anúncio, publicado em Salvador, onde a Link inclui Belém em seu mapa de praças dominadas foi publicado no blog do Bacana e as referências a Ana Júlia e a campanha no Pará foram deletadas do blog dois dias após as primeiras denúncias surgirem na imprensa local.
Glauco foi desmentido pela Digital e pelos fatos. A presença da Link, sem contrato com ninguém, tendo seus funcionários partilhando espaços comuns com a estrutura do Estado e tendo seu principal diretor, Edinho Barbosa, acompanhando a governadora em agendas públicas, sendo transportado em avião oficial mostram que Ana Júlia e sua turma se meteram em mais uma trapalhada que não pode ser contornada. Deve ser enfrentada e resolvida.
Glauco diz, contradizendo-se, que a presença de empresas de fora em campanhas locais é comum. Que a MCi (Lavareda) fez campanha para os tucanos tendo como biombo a Griffo todo mundo sabe. Que Duda fez campanha para Duciomar tendo como biombo a DC3, todo o mercado sabe. Mas em nenhum desses episódios o rastro da tranferência de recursos públicos para os cofres de uma campanha ficaram tão explícitos como agora.
Glauco está tentando reescrever a história. Mas é tarde demais.
Ana Célia, por que vc acha que o Hiroshi apagou o post que fala do acordo da DC3 do Glauco com a Link do Edinho, lá no blog dele? O que já para consertar (ou esconder)?
Hiroshi Bogea deletou de seu blog o post em que Glauco anunciava o contrato de "transferência tecnológica" entre a empresa baiano-angolana e a DC3. É o estalinismo digital!!!!
Ana Célia, o que transparece nessas declarações de Glauco ao seu blog é que a ficha caiu: deu merda. Será que ainda dá para limpar?
Glauco, meu amigo, sai dessa urgente. Você é do bem, eu sei. Mas tem gente aí do teu lado sacaneando contigo direto: é do tipo de gente que não reconhece o valor dos outros profissionais, mau caráter covarde, que quer porque quer ocupar um espaço que nunca lhe pertenceu porque, simplesmente, não tem competência; gente que arrota o que não sabe, que se promove com notinhas e fotos pagas em colunas. Enfim, gente que não merece o respeito de ninguém.
PALESTRA VALTER POMAR
(Diretório Nacional do PT)
A importância da vitoria da Dilma para o Brasil e para os partidos e governos progressistas e de esquerda na América Latina
DIA: 15, quinta feira
HORÁRIO: 18:30hs
LOCAL: BELÉM - Auditório do INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO,CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ (IFPA – ex-Cefet) ENDEREÇO, Av. Almirante Barroso, 1155 (Bairro do Marco)
faça a propaganda em seu blog !
SAUDAÇÕES PETISTAS !
Leirson azevedo, presidente do PT mosqueiro .
O Anonimo das 2:21 está falando do Orly? Ora se manque! O Orly não precisa disso. Isso é cagada do Glauco e de seus amigos do PT. Quem se mete com a Ana Júlia acaba assim: sujo.
Glauco, cale a boca. Quanto mais você fala, mais se enrola. O escândalo Link/DC3 já chegou aos pauteiros da revista Veja. Agora é esperar pra ver.
Glauco, como você consegue atender a tantos clientes grandes, alguns em nove estados, com uma estrutura tão pequena? Ao invés de ser do Sindicato de Publicitários, você deveria se associar ao Sindicato dos Mágicos do Pará.
"Aí do teu lado"? O anonimo 2:21 exagerou: está acusando o Celinho e o Haroldo de estarem sacaneando com o Glauco!!!
Povinho que pega qualquer fofoquinha e quer transformar em fato político. Que besteira! Lendo esse post dá pra ver claramente que não existe nada de concreto. Só especulação. Só não se sabe pq querem colar essa baixaria no Glauco. Tão perdendo tempo
Ronaldo Brasiliense
É impressionante a série de patetices cometida pelo governo de Ana Júlia Carepa (PT/DS). Sai dia, entra dia, e todo santo dia há uma triste novidade no Diário Oficial do estado. A de hoje, 14, foi a nomeação da atriz performática Elida Braz - mulher do ex-vereador Kaveira - para a assessoria especial da governadora. Quem não se lembra que Ana Júlia, ainda nos primeiros dias de seu governo, no já distante 2007, nomeou como assessoras especiais sua cabeleireira e sua manicure. Depois, o governo do estado firmou convênio de três milhões de reais com o Aeroclube do Pará para o treinamento de 14 pilotos de helicóptero num tempo em que o estado só tinha um aparelho. Bem, é fundamental lembrar que, à época, o presidente do Aeroclube era o namorado de Ana Júlia. O que se viu nesses mais de mil dias foram maracutaias como obras sem licitação na Secretaria de Saúde, convênios sem licitação com o Hangar, Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, o escândalo do hospital regional de Santarém, o escândalo dos bebês mortos na santa casa, o escândalo da menor encarcerada, estuprada e agredida na delegacia de Abaetetuba, a falência do hospital Ophir Loiola, o recrudescimento da violência rural e urbana, invasões de terras e mandados judiciais de reintegração de posse não cumpridos e o mega escândalo do superfaturamento dos Kits escolares comprados por milhões, sem licitação - para variar - pelo governo do estado. Ana Júlia deveria ter seguido o conselho do cantor, compositor e escritor Chico Buarque de Hollanda, uma das raras unanimidades nacionais, e ter nomeado para ser governo um (a) "Secretário (a) do Vai dar Merda!" Ele, ou ela, ficaria encarregado (a) de ler todo dia, antes da publicação, os decretos, convênios e nomeações que sairiam no Diário Oficial do estado e detectar, no nascedouro, as patetices no forno e denunciar ao próprio governo de Ana Júlia, alertando com a frase sugerida pelo grande Chico Buarque: Isso vai dar merda!
www.oparaense.com.br
E impressionante!
A saudade de Orly Bezerra acompanha o Pará!
Ele, engraçado, perdeu todas desde que deixou o governo.
Ele trouxe o Lavareda. Ele agora, junto com a Verve do Ceará, é marqueteiro de Helder Barbalho. e o assunto é o Glauco.
E a propaganda do governo? O "Glaucoduto" tem 35 milhões em 2010. Dividido por 8 agências = 4,4 mi para cada. Mas, puxa, 80% da verba é para os veículos. Sobra uns 800 paus por agência, sem falar em salários, produção de materiais, etc.
Eta saudade do Orly!
O Pará, da Batista Campos, tem saudade da concentração de renda!
Viva o Pará!
O maus engraçado é que, nesse caso da Link/dc3 a merda era totalmente evitável. Vai sobrar para o glauco, que será descartado como foi o andré moreira, da double m depois de fazer o que mandaram com relação aos kit escolares. Se a vida de ana Júlia já não era fácil, esta se tornando ainda mais difícil. Quanto a vida do glauco, ele era feliz com o Dudu e não sabia. E haja merda!
Todo cuidado é pouco, Glauco.
É o fogo amigo!
Uma ação de vanguarda!
Um dos anônimos falou aó em "gente que arrota o que não sabe". É isso mesmo. Gostei pacas. O governo da Ana Júlia é um ajuntamento de gente que arrota o que não sabe: não sabe governar, não sabe fazer política, não sabe cumprir acordo, não sabe juntar os melhores talentos da terra para trabalhar em sua campanha, não sabe seguir o exemplo de Lula e ampliar o seu governo para outras legendas, não sabe unificar seu partido, não sabe partilhar espaço e, ainda por cima, gente que arrota o que não sabe.
Só respondendo ao anônimo que disse que um post sobre a Link foi tirado do meu blog. Você deve estar errando de blog amigo, eu não retirei nada do meu sobre este caso, até porque fui eu que noticiei pela primeira vez que a Link estava aqui.
Obrigado Ana.
A vaidade cega as pessoas. Deve deixá-las burras. Aí gera toda essa fofocada. A Link deve ser aquele tipo de agência que é apenas sondada por um cliente e já planta notinhas por aí, sem existir nada de concreto. Aqui em Belém tem muita gente assim...pavão. Depois nada é fechado... o contrato nem rola
Por trás da vinda da Link pra Belém estão Paulo Haineck, marketeiro do governo e Giorlando Lima, jornalista que publicou aquela nota num jornal baiano. Dizem os plantonistas palacianos que Giorlando e Haineck passaram por Belém nas últimas semanas pra sacramentar a vinda da link pra cá. Giorlando também já trabalhou na Secom há uns cinco meses, fez muita confusão por lá, se achando o próprio, comentam funcionários da Secom, mas simplesmente sumiu. Secretário Paulo Roberto não quer nunca mais Giorlando trabalhando com ele na Secom devido a essas confusões que o baiano fez por lá, mas pelo jeito o baiano volta trazido por Haineck pra trabalhar na campanha, através da Link. Só esse espera que a governadora não ceda ao canto da sereia Haineck, dê murro na mesa e diga NÃO.
Sandra Villa Nova, peço permissão para umas palavrinhas.
Nunca publiquei nota alguma em jornal baiano, o fiz em blog que criei, chamado Notas da Bahia.
Os plantonistas palacianos, suas fontes - se você mesma não é a única -, mentem por inveja ou jogam por interesse de terceiros. Eu não tenho qualquer relação com a Link e há mais de três anos não vejo Edson Barbosa.
Não trabalhei na Secom há cinco meses, prestei uma consultoria até dezembro, quando precisei voltar para Salvador, por circunstâncias familiares e por minha inteira decisão, sem ter sido mandado embora por nenhum dos palacianos a que você se refere. Não sumi, as pessoas que precisavam saber porque vim embora foram avisadas por mim.
Acho que suas fontes – ou você mesma - não são honestas. Não fiz qualquer confusão na Secom e nem me acho o próprio, embora me dê o devido valor e saiba que fiz um bom trabalho, o que o próprio secretário - por ser honesto - reconhece, assim como os demais colegas que trabalham a sério lá. O secretário não teve nada a ver com a minha volta para a Bahia, nem me disse que eu não era querido. Como você me informa isso agora, vou procurar saber dele.
Não sei quem é você, se este nome é verdadeiro ou se é um fake covarde (o mesmo de outra ocasião) que agride a soldo alguém que não conhece. Se pensa que conhece demonstra todo o seu mau-caratismo ao me atacar.
Mas, por fim, para regozijo da sua inveja “inescondível”, não voltarei ao Pará para fazer a campanha de Ana Júlia. E não é porque você deseja isso. É porque tenho outros compromissos.
Quanto ao que a governadora, Paulo Heineck e a Link farão isso é com eles. Não tenho problema com qualquer deles, nem com o PT. Devo tê-los com esses a quem você se refere e que, como você – ou você mesma – devem ter puxado muito o meu saco quando pensaram que eu tinha poder, mas nunca demonstraram sua contrariedade na minha frente - ainda que sorrisos falsos não me enganem.
Antes de encerrar, tenho um pedido. Satisfaça a minha curiosidade e dos muitos leitores deste blog: liste as confusões feitas por mim na Ascom. Preste um serviço a todos; afinal, se (improvável, embora) Paulo Heineck conseguir convencer a governadora de que eu devo estar na equipe de campanha dela, é bom que não haja mais incautos sobre quem sou eu, graças a esta sua valorosa contribuição. Vamos lá. Nomine, sem medo, com quem tive essas confusões a que você se refere e o que deixei quebrado por lá.
Se não consegue, enfie a sua inveja no saco e me deixe em paz, “mulher”.
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