I
O DEM fez publicar pesquisa de intenção de voto às próximas eleições municipais.
A Perereca, como sempre atrasada, encharcada em álcool e novamente ao som do Skank, só agora vem comentar a tal da pesquisa.
Para dizer o óbvio, que todo mundo já deve ter dito.
Em primeiro lugar a amostragem, claro está, não é significativa; quer dizer, a resultante nem científica é.
Foram ouvidas 850 pessoas, num universo superior a 927 mil eleitores (sim, a Perereca, como sempre enjoada, foi buscar, no site do TRE, o quantitativo dos eleitores de Belém...)
Ou seja, a tal da amostragem não consultou nem 1%, quanto mais os 20% exigíveis do universo, numa pesquisa realmente bacana, digna de crédito.
Além do que não se tem idéia do intuito das perguntas, como foram elaboradas, pra modo de quê...
Isso sem falar no fato de o instituto que fez a tal da pesquisa ser ligado aos tucanos.
E de o “encomendante” ser quem (quem? Quem?) todos nós sabemos quem é...
Acho que essas são as principais considerações, acerca da tal pesquisa, para começar.
Em outras palavras, não vale um chavo. Até pela distância a que nos encontramos das próximas eleições.
Um dia, em uma eleição, como sabem bem todos os políticos, é um tempo demasiado longo. Quanto mais um ano...
Mesmo assim, a tal da pesquisa agitou, há algumas semanas, os meios políticos.
Pelo frisson que toma conta dos meios políticos, em relação às próximas eleições, simplesmente porque são as próximas eleições.
O próximo embate, a próxima guerra. E por aí vai.
Dito isso, tentemos ver o que quiseram dizer o DEM e os tucanos, realmente, com a tal pesquisa.
Tentemos ler o não-dito, para aclarar os eventuais cenários.
Mas, aperem lá, enquanto a Perereca vai buscar a próxima “celveja”....
II
Vamos começar pela insistência do DEM em relação ao Edmilson.
Porque o Edmilson é o paradigma do candidato que ninguém deveria ter como candidato e que qualquer oposição adoraria ter como candidato a enfrentar.
Em primeiro lugar, porque Edmilson é o nosso Ciro Gomes: incuravelmente destemperado. Incapaz de segurar a língua. O que o transforma em alvo fácil de qualquer provocação.
Isso significa que, num eventual debate com Valéria ( no caso de Edmilson ser o candidato da situação, com certeza, a candidata do DEM/PSDB) ela seria, sem muita dificuldade, vitimizada.
Afinal, como todos sabemos, há uma distância enorme entre o que, efetivamente é, e aquilo que “parece ser”, aos olhos das “pessoas”, do senso comum.
Valéria pode ser uma catitinha – e é! Bem espertinha, como toda mulher, afinal... Mas, ofendida por um homem, pra mais com a pinta de lady que cultiva, estaria em franca vantagem sobre ele, aos olhos de quem assiste o debate.
Afinal, é mulher, a parte “mais frágil”, aquela que não pode ser espancada nem com uma flor...
Valéria é excelente, em relação ao imaginário popular, se Edmilson for o adversário.
É o homem rude, arrogante – e que nem consegue explicar as próprias idéias, porque, como já disse em post anterior, Edmilson é um intelectual alucinado, que nem consegue se fazer entender – contra a mulher honesta, boa esposa, boa mãe e pra mais, ó xentes!, uma dama, pois, pois!
Isso sem falar na desenvoltura dela, em frente às câmeras de TV...É, em suma, o sonho sonhado de qualquer marqueteiro...Mais ainda quando esse marqueteiro se chama Orly Bezerra (que a oposição pode detestar admitir, mas que é o melhor que temos aqui... Eu, se tivesse poder, ao invés de hostilizá-lo, me dedicaria, todos os dias, aplicadamente, a seduzi-lo...).
Mais ainda quando Valéria disporá de farto tempo de Tv, contra a penúria do PSOL.
Moral da história. O score de eventual debate de Valéria sobre Edmilson será de 10 a 0. Ou, a bem dizer, no boliche, nada menos que um strike.
Em outras palavras, nem dá para falar em competição. Porque tudo o que ele disser, mesmo em relação ao Fernando Dourado, será usado contra ele...
Resumo da ópera: o DEM, espertamente – e é de tirar o chapéu à perspicaz da Valéria (não, não, definitivamente não é ao Vic...) - quer escolher, avaliem, o próprio adversário!...
III
Tudo o que foi dito acima pode ser observado, também, em relação a Mário Cardoso e ao Priante.
Mário é o meu candidato do coração, o sujeito em que, um dia, eu gostaria de votar para governador, ou até, para presidente da República.
É trabalhador, extremamente democrático e honesto. Um cidadão capaz de escutar, realmente, os outros cidadãos, mesmo que em posição socialmente inferior. Um político de esquerda que tem em mente os limites da ação política, para a conquista do poder.
Mário é o sujeito que respeita uma pessoa simplesmente pelo que é: uma outra pessoa. Com os direitos, os deveres, as falhas e as qualidades que tem toda e qualquer pessoa.
Mas, Mário tem um problema sério: na condição de candidato – não nas proporcionais, mas, nas majoritárias - é muito, muito ruim...
Teria de ser pacientemente trabalhado, “ensinado”, até quanto à maneira de se comportar – e de se vestir – diante das câmeras.
Teria de ser estimulado até em relação à maneira de falar – porque os professores das matemáticas, que nem ele, infelizmente, parecem desconhecer que a expressão em língua mátria também advém da lógica pura...
Quer dizer: Mário precisa de tempo para possibilitar o Mário prefeito, ou até quem sabe, o Mário governador...
Priante é ainda mais complexo. A não ser que tenha mudado muito, padece de uma ira quase incontrolável, semelhante a de Edmilson. E disso deu claras demonstrações naquele triste primeiro debate, com o “velhinho” Almir Gabriel...
Pra mais, Priante, ainda à semelhança de Edmilson carece de “consistência” partidária – e essa coisa dos “fazedores-de-opinião-ao-pé-do-ouvido”, é fundamental, decisiva, especialmente numa eleição municipal.
Não creio que Jader admita Priante no jogo, na condição de prefeito do maior colégio eleitoral do Pará. Nem, tampouco, Ana Júlia permitirá.
Priante, se não conseguir subir por si só, amparado no cacife que tem em mãos (e ele, pelo visto, ainda não se deu conta do potencial da estrutura que tem nas mãos...) continuará na condição de peão. Jamais será um cavalo, um bispo, uma torre, quanto mais um rei ou uma rainha...
Simplesmente, porque tem projetos próprios e que, por isso mesmo, são bem diferentes daqueles dos atuais “donos” do tabuleiro.
IV
Bom, já “ensaiei” demais e quero mais é tomar as minhas em paz.
Mas, deixo aqui uma consideração.
Se não fosse NC (Nada Consta), se mandasse nesse jogo, escolheria, liminarmente, uma mulher, como eventual adversária aos tucanos, à Prefeitura de Belém.
Não conheço bem, mas imagem por imagem, me ocorre a Vanessa Vasconcelos. Belíssima, educadíssima e com excelente domínio de câmera
No caso de a Valéria ser a candidata do DEM/PSDB, Vanessa é a candidata ideal do PMDB, em coligação com o PT.
O problema é que não podemos esquecer o jogo do Jatene, este sim um grande jogador. Da mesma forma que não podemos esquecer o Jader, outro grande jogador.
Essa escolha, do candidato ou candidata, será definida no último segundo do segundo tempo, com espiões de parte à parte, nas convenções, para evitar surpresas.
Sim, porque tanto Valéria quanto Vanessa, embora mexam com o imaginário popular, pela imagem que possuem, não são páreo para um candidato (a) tarimbado (a), com domínio sobre o imaginário popular e com cinco quilômetros a mais de vivência administrativa.
Dudu tem domínio à beça do imaginário popular e cinco quilômetros a mais de vivência administrativa, apesar de Brasília.
Não voto nele. Mas, será o Dudu?
3 comentários:
Ei, Perereca, devias ter tomado bem mais que umas....Quem te disse que pesquisa pra valer tem que ter pelo menos 20% de amostragem? Assim, pelos teus próprios números, precisaríamaos pesquisar 20 mil pessoas. Aí não é mais pesquisa, é eleição mesmo. Pense um pouco: o Ibope, Sensus e outros fazem pesquisa no Brasil com 2 mil pessoas entrevistas. Essa amostragem é suficiente para se saber, com a devida margem de erro, os números, as tendências e outras "cositas" mais. Portanto, 850 entrevistas em Belém é mais do que suficiente, ainda quando estamos há mais de 1 ano das eleições. Pode-se aumentar até 1.500 entrevistas para mais segurança e diminuir a margem de erro. Fazer com mais, ou a empresa contratada para pesquisar não presta ou é querer jogar dinheiro fora.
Quanto a BMP, do Renato Condurú, é uma empresa séria e tem demonstrado em vários momentos - eleitoral e/ou empresarial - muitos acertos em suas pesquisas. Acho, até, que só não é mais valorizado, por causa daquela máxima: santo de casa não faz milagre. Uma coisa é certa: pesquisa é instrumento de trabalho, serve para definições de estratégias e de posicionamentos políticos. E pelos números que essa e ouyrtas pesquisas indciam, temos , nesse momento, dois caminhos: 1) o bom desempenho do Edmilson (favorecido pelo péssimo desempenho do Dudu), assim como da Valéria (favorecido pelo que fez no Estado como vice e secertária e pelo seu carísma pessoal); 2) a constatação da decepção do eleitorado com Dudu, e que, no meu entender, dificilmente se recupera até a leição.
Essa de queimar a pesquisa porque foi contratada por A ou B é babagem pura. Afinal, alguém tem que contratar. E a contratação é movida, evidentemente, por algum interesse, não é mesmo? E é assim aqui ou em qualquer outro lugar.
Errata: leia-se 200 mil pessoas, no lugar de 20 mil pessoas ...
SE ESSA ONDA DO 20% DA POPULAÇAO PEGAR, IMAGINA UMA PESQUISA PARA ELEIÇÕES PARA PRESIDENTE, OU SEJA, O BRASIL TODO. O INSITUTO DE PESQUISA, TADINHO, TINHA QUE ENTREVISTAR CERCA DE 118 MILHÕES DE ELEITORES. PÔ ACABAVA A ELEIÇÃO E NÃO ACABAVA A PESQUISA. POR ESSAS E OUTRAS QUE DIZEM...CADA MACACO NO SEU GALHO. JORNALISTA NO DE JORNALISTA, ESTATÍSTICO NO DE ESTATÍSTICO, PERERECA NA PERERECA, 20% NO 20%, 1% NO 1%, E POR AÍ VAI, E A PESQUISA NO BRASIL CONTINUA...
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