No
portal das ORM:
“Líder
de comunidade Quilombola é assassinado em Belém. Teodoro Lalor, que já era
ameaçado de morte, levou uma facada no peito na madrugada de domingo.
19/08/2013 - 19:59 - Polícia
O líder da comunidade Quilombola de Gurupá,
em Cachoeira do Arari, na ilha do Marajó, Teodoro Alalor (de branco na foto
abaixo), foi assassinado na madrugada do último domingo enquanto estava
hospedado na casa de parentes no bairro da Cabanagem, em Belém.
Alalor, que já sofria diversas ameaças de
morte por denunciar várias formas de expropriação que as comunidades
quilombolas da região de Gurupá sofriam, foi esfaqueado do lado esquerdo do
peito por um homem que invadiu a casa e depois fugiu.
Alalor resistiu por pouco
tempo ao golpe e morreu no portão da residência.
Colegas de outras comunidades Quilombolas já
fizeram a denúncia e preencheram o boletim de ocorrência. A polícia dará início
à investigação em breve.
Terceiro
Encontro - O Terceiro Encontro
Estadual de Quilombolas do Pará acontece do dia 19 até o dia 22 de agosto, na
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na Travessa Barão do Triunfo,
3151, bairro do Marco”.
http://noticias.orm.com.br/noticia.asp?id=667072&|l%EDder+de+comunidade+quilombola+%E9+assassinado+em+bel%E9m#.UhKxXX_EdZc
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Atualizada às 00h40:
No Face: Alarmada, comunidade pede ajuda ao MP
"NOTA À IMPRENSA
Líder quilombola do Marajó é assassinado
Belém (19.08) - O líder quilombola Teodoro Lalor de Lima, conhecido
como senhor Lalor, presidente da Associação dos Remanescentes de
Quilombo de Gurupá, no município de Cachoeira do Arari, no Marajó, foi
morto esta manhã em Belém, quando desembarcava para uma reunião na
capital paraense de organizações quilombolas do Pará. Ainda não há
informações sobre a forma que foi assassinado. O corpo foi liberado pelo
Instituto Médico Legal, para ser enterrado no Marajó.
No
último dia 13 de agosto, durante audiência pública promovida pelo
Ministério Público Federal (MPF-Pa) e Ministério Público do Estado, em
Cachoeira do Arari, Teodoro Lima havia denunciado a perseguição de
fazendeiros da região à comunidade quilombola e afirmou que ficou preso
por dois meses sem acusação formal, a mando de fazendeiros que se sentem
prejudicados pela demarcação das terras quilombolas. O líder quilombola
declarou ainda que crianças da comunidade estavam sendo presas por
colher açaí em áreas quilombolas. Ele questionou também os prejuízos
sofridos pelas famílias quilombolas devido à expansão do plantio de
arroz na região.
Nesta audiência o INCRA entregou à Comunidade
de Gurupá o Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID),
passo fundamental para o reconhecimento do Território Quilombola. No
Marajó, há mais de 40 comunidades, 17 das quais em Salvaterra e esta de
Gurupá, em Cachoeira do Arari, e somente 2 tem o RTID. O fato é que as
comunidades de Salvaterra e Cachoeira do Arari se sentem ameaçadas pela
expansão das monoculturas do arroz e a expansão do agronegócio.
Representantes do Colegiado de Desenvolvimento Territorial do Marajó
(Codetem), da Diocese de Ponta de Pedras, da Igreja Católica, e do
Instituto Peabiru visitaram o quilombo no último dia 14 de agosto para
saber a situação em que vivem os mais de 700 moradores. A comunidade
está alarmada e pede ajuda do Ministério Público para que os direitos da
população não sejam cerceados e que haja proteção das pessoas que fazem
denúncias de discriminação e opressão.
Esse crime preocupa
não somente a comunidade de Gurupá, mas todos os que lutam em prol dos
mais desfavorecidos e oprimidos, e ofende profundamente os sentimentos
de humanidade dos marajoaras e dos paraenses. Sentimo-nos solidários com
todos os quilombolas e, especialmente, com os familiares de Teodoro.
CODETEM (Colegiado de Desenvolvimento Territorial do Marajó)
Diocese de Ponta de Pedras
Instituto Peabiru
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