segunda-feira, 25 de maio de 2020

Bolsonaro e o bolsonarismo: o que eles querem é matar.





Confesso que só ontem, após assistir o vídeo da “célebre” reunião de Bolsonaro com os seus ministros, é que entendi realmente quem são e o que querem o “mito” e os seus adoradores.

Não, eles não são “patriotas”, nem estão preocupados com a família, Deus, religião - isso é tudo lári-lári.

Também não estão preocupados com o respeito à Lei, à Liberdade e à Democracia – não, não é nada disso.

Na verdade, o que Bolsonaro e a sua patota querem é uma espécie de licença para serem bandidos.

Querem fraudar, maltratar, espancar, matar sem serem incomodados.

Querem é descumprir impunemente todas as leis, para poderem se dar bem.

O ponto chave dessa compreensão é a noção expressa por Bolsonaro e o seu bando do que seria a “Liberdade”.

Em nome da “Liberdade”, eles acham que têm o direito de reabrir o comércio, mesmo que isso signifique expor milhões de brasileiros a um vírus mortal.

Em nome da “Liberdade”, acham que têm o direito de distribuir notícias falsas, para destruir adversários ou convencer as pessoas de que a Covid-19 não passa de uma “gripezinha”.

Em nome da “Liberdade”, buscam até se armar, para acabar com a quarentena nem que seja à bala.

Na verdade, a noção de “Liberdade” dessa gente é a barbárie; é a lei do mais forte.

Não, eles não querem armas para “se proteger”, como sempre disseram: o que eles querem é matar quem se opuser a eles.

E matar não “apenas” civis.

Quando Bolsonaro disse que quer armar os “cidadãos” para que possam se opor à quarentena, ele “esqueceu” de dizer que quem está nas ruas a fazer cumprir a Lei não são os prefeitos e governadores.

Quem está nas ruas são os nossos policiais civis e militares e os nossos guardas municipais.

São os nossos agentes de Segurança, que estão até adoecendo e morrendo, para proteger a população.

Não, não foram governadores e prefeitos que prenderam o idoso referido naquela reunião: foram policiais militares, depois que ele tentou até tomar o celular de um deles (https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2020/04/19/idoso-descumpre-decreto-de-isolamento-se-recusa-a-deixar-calcadao-de-boa-viagem-xinga-policiais-e-e-detido-veja-video.ghtml)

Também foram policiais que detiveram a esposa e a filha do deputado Luiz Lima (PSL), porque elas furaram a quarentena decretada no Rio de Janeiro, como se a Lei não se aplicasse às Vossas Excelências e a seus familiares (https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/covid-mulher-e-filha-de-deputado-que-furaram-quarentena-est%C3%A3o-infectadas/ar-BB14pNiO?li=AAggXC1 ).

Naquela reunião, aliás, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, chegou a dizer que, se um fato semelhante ocorresse com a sua família, pegaria suas “15 armas” para “matar ou morrer”.

Incrível, né?

A maioria esmagadora de nós, se tivesse familiares detidos, correria para a delegacia, chamaria um advogado, a imprensa, e até processaria o Estado, se fosse o caso.

Mas não o presidente da Caixa: para ele, a solução é o bang-bang.

No fundo, Bolsonaro e o seu bando descarregam o seu ódio apenas nos governadores e prefeitos para que os nossos policiais não percebam que estarão entre os alvos dessas milícias, que pretendem estabelecer à luz do dia, como se inexistisse Lei neste país.

E no entanto, quem age assim não é o “cidadão de bem”, que nem sequer cogita a possibilidade de sair por aí atirando em policiais.

Quem age assim é bandido, e bandido perverso: assassinos frios, cuja mais “eloquente declaração” de desrespeito à Lei, à Ordem, à Democracia, à República é meter bala nos nossos agentes da Segurança Pública.

Tão ou mais revelador é que a “Liberdade” apregoada por Bolsonaro só se aplica a ele e aos seus adoradores.

Em nome da “Liberdade”, eles espancam nas ruas mulheres e idosos que resolveram vestir uma camiseta vermelha.

Em nome da “Liberdade”, humilham e agridem jornalistas, gays e agentes de saúde.

Em nome da “Liberdade”, pedem a volta da ditadura e um novo AI-5, que fechou o Congresso Nacional, cassou parlamentares, suspendeu direitos políticos, manifestações, reuniões; ampliou a censura à imprensa, música, teatro, cinema; ampliou perseguições, demissões, prisões, torturas, mortes e “desaparecimentos” dos opositores ao regime militar, incluindo até oficiais das Forças Armadas.  

Em nome da “Liberdade”, tentam negar a todos nós o maior de todos os direitos: o Direito à Vida. 

O direito de tentarmos nos proteger desse vírus, com as únicas medidas realmente eficazes: o isolamento e o distanciamento sociais.

Até mesmo criminosos terríveis como os traficantes impuseram toque de recolher, nos morros cariocas, contra essa doença.

Já essas criaturas nem titubeiam em empurrar milhões de brasileiros para a morte: idosos, doentes, grávidas, médicos, enfermeiros, policiais, jovens que estão a morrer por causa dos AVCs provocados por esse vírus.

Não, não é a Liberdade, como a maioria de nós a entende, aquilo que move Bolsonaro e o seu bando: não é a Liberdade que termina onde começa o direito do outro, e que se curva, democraticamente, civilizadamente, aos interesses da coletividade, especialmente, em se tratando do Direito à Vida.

Também não é com os mais pobres que estão preocupados: enquanto choram lágrimas de crocodilo por aqueles que “morrerão de fome por causa da quarentena”, o Governo Federal possui um orçamento de R$ 3,6 trilhões para este ano, o que permitiria a Bolsonaro, se quisesse, garantir uma renda mínima aos mais pobres (e não os R$ 200,00 que ele queria oferecer), pelo tempo necessário para conter esse vírus.

Não, eles não são nem mesmo cristãos, já que lhes falta amor, misericórdia, solidariedade, HUMANIDADE.

Também não são patriotas, já que entregam as riquezas nacionais a grileiros, madeireiros, grandes empresários; destroem a imagem do Brasil em todos os cantos do Planeta; destroem o futuro deste país.

O que move Bolsonaro e o seu bando é o direito que julgam possuir de imporem as suas ideias paleolíticas e ações criminosas.

É o “direito” de pisotearem as leis, a Democracia, a República, a Constituição, a Civilização.

Tudo o que lhes importa é que todos se curvem à sua vontade, mesmo que isso custe à Nação milhares e milhares de cadáveres.

Seja através dessa doença, seja através de suas milícias, seja através de uma guerra civil.

FUUUIIIII!!!!!

quinta-feira, 21 de maio de 2020

MPF e DPU pedem que Justiça autorize prefeituras paraenses a contratar médicos cubanos durante pandemia da Covid-19. Eles endossaram a ação ajuizada pelas secretarias municipais de Saúde e pediram que autorização seja estendida ao Governo do Estado. Conselhos de Medicina se opõem à contratação desses médicos. Caso foi noticiado com exclusividade pela Perereca.




Da Assessoria de Comunicação do Ministério Público Federal no Pará, com título da Perereca:
"O Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União (DPU) entraram na Justiça nesta segunda-feira (18) com pedido para figurarem como coautores de ação ajuizada pelo Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Pará (Cosems/PA) para que seja autorizada a contratação de médicos formados no exterior para atuação durante a situação de calamidade pública provocada pela pandemia da covid-19.
O MPF e a DPU também pediram à Justiça Federal a ampliação das demandas da ação do Cosems/PA, ajuizada no último dia 14. O conselho pediu que todos os municípios do estado sejam autorizados a fazer a contratação de médicos formados no exterior. A DPU e o MPF pedem que a autorização também seja concedida ao Estado do Pará.
Os membros do MPF e da DPU pediram, ainda, que a União seja obrigada a priorizar a alocação de médicos e demais profissionais de saúde dos programas federais para os locais com índices deficitários desses profissionais e que estejam com altos índices de contágio, como o Pará.
Segundo o governo federal, há mais de 15 mil médicos brasileiros e estrangeiros formados no exterior, residentes em território nacional que não tiveram seu diploma revalidado para o exercício da profissão no Brasil, embora estejam habilitados como médicos no exterior. Para o MPF e DPU, a falta da realização do Revalida – prova para reconhecer diplomas de medicina do exterior – é uma omissão inconstitucional da União. A prova não é aplicada há três anos.
Precariedade agravada – O Pará é o segundo estado no Brasil com menor quantidade proporcional de médicos por habitantes. Com apenas 0,97 médicos para cada mil habitantes, só perde para o Maranhão, onde a proporção é de 0,87 médicos para cada mil habitantes, informa pesquisa do Conselho Federal de Medicina citada na ação do Cosems/PA e na manifestação do MPF e DPU.
O MPF e a DPU alertam que a precariedade crônica do sistema de saúde do Pará foi agravada pela pandemia, configurando uma situação caótica. No estado, que até o final da tarde desta segunda-feira contabilizava mais de 14,7 mil casos de covid-19 e 1,3 mil mortes, sistemas de saúde e funerário já estão saturados, e pesquisas apontam que os números reais de casos podem ser até oito vezes maiores que os dados oficiais".
Processo nº 1013673-17.2020.4.01.3900 – 5ª Vara da Justiça Federal em Belém (PA)
Íntegra da manifestação do MPF e DPU: https://is.gd/aditamento

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Usada sem controle, hidroxicloroquina pode até matar. Mesmo assim, redes de notícias falsas do bolsonarismo fazem campanha para uso em massa desse medicamento. Pesquisadores afirmam que não há prova de que hidroxicloroquina funcione contra a Covid-19, mas Bolsonaro libera o uso até nas fases iniciais da doença. Propaganda do remédio por Donald Trump seria motivada por interesses bilionários de financiadores das campanhas eleitorais dele.







O presidente Jair Bolsonaro mandou e o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, liberou, hoje (20/05), o uso da hidroxicloroquina para tratamento da Covid-19 nas fases iniciais da doença.

Até então, o medicamento só podia ser usado, na rede pública de saúde, em pacientes internados, em estado grave.

Nem Bolsonaro nem Pazuello são médicos e nenhum médico assinou o novo protocolo do Ministério da Saúde, diz o jornal O Globo.

Para usar o remédio, o paciente terá de assinar um documento dizendo que sabe que não há garantia de que ele funcione e que há o risco de graves efeitos colaterais, como incapacidade temporária ou permanente, e até morte.

Esse termo de consentimento terá de ser assinado também pelo médico que receitou.

Mas, na prática, transfere para a possível vítima (o doente) a responsabilidade por tudo o que de ruim vier a lhe acontecer.

Um fato ainda mais assustador quando se leva em conta que os pacientes do sistema público de saúde são, na maioria, pessoas pobres, de baixo nível educacional e pouquíssimo acesso à informação.

E que, ainda por cima, estão desesperadas, com medo dessa doença.



Rede de fake news induz população a usar em massa o medicamento


A liberação da hidroxicloroquina pelo governo de Bolsonaro foi antecedida por dias de intensa atividade da rede de notícias falsas (fake news), controlada pelos bolsonaristas.

Na foto que abre esta postagem, você vê essa rede espalhando um boato de “cura” da Covid-19, através de um coquetel de remédios à base de azitromicina (AZT), hidroxicloroquina (HCQ) e zinco.

Durante a pandemia de Covid-19, já foram várias as mentiras espalhadas no Facebook, Twitter, Youtube e WhatsApp por essa rede, para fazer com que a população não acreditasse no perigo da Covid-19 e voltasse a trabalhar.

Agora, a rede tenta fazer com que a população use em massa a hidroxicloroquina, um remédio que pode causar problemas de audição, visão, danos no fígado e nos rins, e alterações no ritmo das batidas do coração (as chamadas arritmias cardíacas), que podem até levar à morte.

Tão ou mais grave é que NÃO há comprovação de que a hidroxicloroquina funcione contra a Covid-19.

Pelo contrário: a maior e mais recente pesquisa, realizada com mais de 1.400 pacientes dos hospitais do estado de Nova York, nos Estados Unidos, concluiu que esse remédio NÃO evita que as pessoas morram por causa da Covid-19, e ainda pode causar problemas no coração.

Na Suécia, hospitais pararam de usar esse remédio, devido às arritmias cardíacas e problemas de visão que teria causado nos pacientes.

A Agência de Saúde Pública do Canadá e a FDA, a agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, chegaram a emitir alertas sobre os riscos da hidroxicloroquina na prevenção ou tratamento da Covid-19.

Em Manaus, um estudo sobre esse remédio teve de ser interrompido depois da morte de 11 pacientes.
Leia no site da Deutsche Welle, emissora internacional da Alemanha. A notícia é de 14 de abril: https://www.dw.com/pt-br/estudo-sobre-cloroquina-no-brasil-%C3%A9-cancelado-ap%C3%B3s-morte-de-pacientes/a-53122089

Ontem, 19/05, Marcos Espinal, que é diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço regional da Organização Mundial de Saúde (OMS), disse que a Opas NÃO recomenda o uso da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19 e que NÃO há evidência científica de que ela funcione contra essa doença. Ele também ressaltou os seus efeitos colaterais, principalmente os problemas cardíacos.



Objetivo é acabar com o isolamento social


Então, por que a insistência de Bolsonaro em liberar a hidroxicloroquina?

Na minha opinião, o que ele quer é que a população acredite que pode voltar a trabalhar porque “já existe” um remédio para a Covid-19.

O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, também acredita que seja essa a motivação do presidente.

Ou seja, trata-se de mais uma tentativa de Bolsonaro de sabotar o isolamento e o distanciamento sociais, as únicas medidas eficazes para conter o avanço do novo coronavírus, mas que ele se recusa a aceitar.

Penso também que a hidroxicloroquina continua a ser receitada contra a Covid-19, por médicos do Brasil e de outros países, devido à pressão da população, que, apesar de todas as pesquisas científicas, prefere acreditar nas declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.


Interesses bilionários e financiamento eleitoral


Foi Trump o primeiro a anunciar o tal “milagre” da hidroxicloroquina, em março último.

No entanto, o seu entusiasmo não teria motivações humanitárias, mas sim financeiras, pessoais e partidárias.

Segundo o jornal New York Times e a revista Forbes, dois dos maiores veículos de comunicação dos Estados Unidos, o bilionário Ken Fisher, que é um dos principais doadores das campanhas eleitorais de Trump e do partido dele, é também um dos maiores acionistas da Sanofi, empresa que produz o Plaquenil, um dos medicamentos à base de hidroxicloroquina.

O próprio Trump é um pequeno acionista da Sanofi. E o secretário de Comércio do governo dele foi administrador de um fundo que investiu na empresa.
E no site da Opera Mundi, o link para a reportagem (em inglês) do New York Times: https://operamundi.uol.com.br/permalink/64012

Outros gigantes da indústria farmacêutica, como a Novartis, Teva e Bayer também devem lucrar com a hidroxicloroquina.

As três, aliás, seriam membros da Pharmaceutical Research and Manufacturers of America (PhRMA), uma das financiadoras do Job Creators Network, que é um grupo de apoio ao presidente Donald Trump, fundado pelo bilionário Bernard Marcus, que, além de doador das campanhas eleitorais do partido de Trump, já teria prometido que gastará parte de sua fortuna para reeleger o presidente norte-americano. 
Leia no site do jornal português Diário de Notícias, a matéria publicada em 7 de abril: https://www.dn.pt/mundo/por-que-insiste-trump-no-tratamento-com-hidroxicloroquina-12042840.html

No jornal O Estado de São Paulo, também em matéria de 7 de abril, há informações de que outras indústrias farmacêuticas, que fabricam medicamentos genéricos, se preparam para produzir pílulas de hidroxicloroquina.

Uma delas é a Amneal Pharmaceuticals, que tem como co-fundador Chirag Patel, membro do Trump National Golf Course Bedminster, um clube de golfe criado por Trump.

No entanto, até mesmo a Sanofi, que produz o Plaquinol (aparentemente, o nome brasileiro do Plaquenil) admitiu em uma nota publicada em seu site, em 26 de março, que não há evidência científica de que a hidroxicloroquina seja eficaz contra a Covid-19.

“Até o momento, não existem evidências clínicas suficientes para tirar conclusões sobre a eficácia ou segurança clínica da hidroxicloroquina (ou cloroquina) no tratamento da COVID-19. Os resultados preliminares de diferentes estudos independentes requerem análises adicionais e estudos clínicos mais robustos e amplos para avaliar o perfil de riscos e benefícios do Plaquinol para o paciente com COVID-19”, diz a nota.

E você aí pensando que esses “causos” só acontecem no Brasil...


Um coquetel de Trump, Bolsonaro e Nicolás Maduro. É mole ou quer mais?



Com o avanço das pesquisas mostrando a ineficácia e os riscos da hidroxicloroquina, Trump deu uma pausa na defesa do medicamento.

Aparentemente, só Bolsonaro e, ironicamente, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, continuavam a defender o tal “milagre”. 

No entanto, no último dia 18, Trump voltou a defender a hidroxicloroquina e disse até que está a usá-la para prevenir a Covid-19, apesar das recomendações em contrário dos órgãos de saúde de seu próprio governo.
Leia na reportagem da BBC do Brasil: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-52717323



A pressão popular, as fake news e os fatos


A propaganda da hidroxicloroquina por Trump levou, ainda em março, a uma corrida às farmácias em busca desse medicamento, em vários países do mundo, inclusive no Brasil.

Além disso, criou uma pressão popular sobre os médicos e autoridades de saúde, um problema agravado, no Brasil, pela rede de fake news do bolsonarismo e pelos pronunciamentos de Bolsonaro.  

Mas o FATO, sem fake news, pressão popular ou disputas políticas, é que a hidroxicloroquina só tem eficácia comprovada contra outras doenças (como é caso da artrite reumatoide), todas muito diferentes da Covid-19.

E mesmo nas doenças em que tem efeito comprovado, esse remédio tem de ser usado com acompanhamento médico e exames periódicos.

Além disso, até medicamentos aparentemente “banais” como AAS, Melhoral e Aspirina, usados rotineiramente pela população para dor e febre, podem ter resultados desastrosos em pessoas que tenham doenças como a dengue, por exemplo, já que aumentam o risco de hemorragia.

Vou deixar abaixo outros links, caso você queira mais informações.

E aí, caro leitor, você decide se acredita nas pesquisas científicas realizadas em vários países, ou se prefere acreditar em uma rede de notícias falsas e no Bolsonaro, um ex-capitão do Exército que não entende patavina nem de governo nem de Medicina.

FUUUIIIIII!!!!!   

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Aqui, uma reportagem, de 29 de abril, sobre o “estudo” da empresa Prevent Senior, que bolsonaristas espalham, nas redes sociais, como “prova” de eficácia da hidroxicloroquina contra a Covid-19, no começo da doença:

Aqui, uma reportagem da revista Carta Capital, de 17 de maio, mostrando que os hospitais da Prevent Senior, em São Paulo, também estão lotados, apesar dos resultados do tal “estudo”:  https://www.cartacapital.com.br/saude/exemplo-de-sucesso-da-cloroquina-prevent-senior-tem-utis-no-limite/?fbclid=IwAR2JAR8bjhDf2yj1LBQPJMZxagzwYYw0fEFHEK1BB61QGbmeZzz7cRbq9IY

Aqui, reportagem da RFI (Rádio França Internacional), de 22 de abril, sobre uma pesquisa, em hospitais para ex-combatentes de guerra norte-americanos, que não encontrou evidência da eficácia da hidroxicloroquina contra a Covid-19 e ainda detectou maior taxa de mortalidade entre os que tomaram o remédio: http://www.rfi.fr/br/am%C3%A9ricas/20200422-veteranos-americanos-que-tomaram-hidroxicloroquina-contra-covid-19-tiveram-alta-taxa-de-mortalidade-diz-estudo

Aqui, o Parecer do Conselho Federal de Medicina (CFM), que permitiu, em abril, que os médicos prescrevessem esse medicamento contra a Covid-19, mas tendo de alertar sobre os seus possíveis efeitos colaterais e sobre o fato de que não há comprovação de eficácia desse remédio contra essa doença, além de obterem uma declaração de consentimento do paciente. https://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=28672:2020-04-23-13-08-36&catid=3

Aqui, Nota da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) também dizendo que, até aquela data, 9 de abril, não havia evidência científica suficiente sobre a eficácia desse remédio contra a Covid-19 e até citando a publicação do British Medical Journal sobre os riscos da hidroxicloroquina, devido aos seus efeitos colaterais: https://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2020/04/09/unicamp-divulga-nota-sobre-uso-de-cloroquina-e-hidroxicloroquina

Aqui, uma boa reportagem do site The Intercept, de Jornalismo Investigativo, datada de 8 de maio, que desmente, inclusive, a fake news divulgada até por Donald Trump de que portadores de lúpus não estariam contraindo a Covid-19 porque tomam hidroxicloroquina: https://theintercept.com/2020/04/08/tratamento-hidroxicloroquina-covid-19-coronavirus-trump-bolsonaro/

Aqui, uma boa reportagem da Pública, Agência de Jornalismo Investigativo, datada de 13 de abril, sobre o uso desse medicamento contra a Covid-19: https://apublica.org/2020/04/a-cloroquina-nao-e-a-bala-de-prata-que-o-bolsonaro-diz/

Aqui, a ministra Damares Alves tentando convencer a população sobre a “cura milagrosa” da Covid-19 através da hidroxicloroquina, também tendo por base uma fake news: a de que um hospital do Piauí teria “zerado” a UTI usando esse remédio. A notícia, do site Viomundo, do jornalista Luiz Carlos Azenha, é de 15 de maio : https://www.viomundo.com.br/politica/agencias-da-uniao-europeia-e-dos-eua-advertem-sobre-mortes-causadas-por-cloroquina-mas-deputada-evangelica-receita-e-damares-diz-que-viu-milagre-video.html?fbclid=IwAR1e8eT0fFEwisLyuZT489Tr4SsTY8-GawxBhUF0HmjxlfS6k-lSIzbspcE

Aqui, o desmentido de outra fake news do bolsonarismo: a de que médicos de 30 países confirmam a eficácia da hidroxicloroquina. A informação da Agência Lupa é de 16 de abril. Mesmo assim, a fake news continua a circular com força nas redes sociais e nos sites que produzem as notícias falsas dessa rede. Leia aqui: https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2020/04/16/verificamos-medicos-30-paises-eficacia-cloroquina/

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Inacreditável: Conselhos de Medicina tentam barrar médicos cubanos, apesar da pandemia de Covid-19. Secretarias Municipais de Saúde do Pará ajuízam ACP para contratação desses profissionais, devido à situação dramática do estado, o segundo pior do Brasil em número de médicos por 1000 habitantes. Governo e rede particular não conseguem contratar médicos em quantidade suficiente. Municípios precisam de pelo menos 300 profissionais.





É incrível, mas verdadeiro: os estados e municípios brasileiros e até a Defensoria Pública da União (DPU) estão tendo de brigar na Justiça contra o Conselho Federal de Medicina (CFM) e seus conselhos regionais (CRMs), para que os médicos cubanos possam atender a população durante a pandemia de Covid-19.

Até ontem, 14/05, o Brasil já possuía 203 mil casos confirmados da doença, e quase 14 mil mortos. No Pará, eram 11,5 mil casos e 1.095 mortos.

A velocidade com que a Covid-19 se alastra agravou, de maneira inimaginável, a crônica falta de leitos hospitalares, UTIs e profissionais de Saúde: em vários estados, há pacientes morrendo em casa ou até na porta de UPAs e hospitais, devido à impossibilidade de atendimento gerada pela hiperlotação.

E tantos são os mortos, nas unidades de saúde ou fora delas, que caminhões frigoríficos estão sendo usados como extensão de institutos médicos legais, para a recolha de corpos.

O quadro é de guerra, de emergência sanitária.

Mesmo assim, o CFM insiste em barrar a contratação de médicos formados no exterior que não tenham realizado o Revalida, o exame para a revalidação de seus diplomas em território nacional.

E isso apesar de o Revalida não ser realizado desde 2017 e de o próximo exame estar previsto apenas para outubro, quando, certamente, muita gente já terá morrido por falta de atendimento.

Além disso, muitos desses médicos cubanos já atenderam a população brasileira durante o programa Mais Médicos. E, até onde se sabe, trabalharam muitíssimo bem.

Como disse o ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em uma entrevista ao jornalista Juca Kfouri, em 2018, a competência desses profissionais é mundialmente reconhecida.

Agora mesmo, durante a pandemia, dezenas de países (inclusive da Europa) estão a receber a ajuda de médicos cubanos, que muitas vezes desembarcam nos aeroportos sob aplausos da população.

Então, o que é que alega o CFM para se opor à contratação desses médicos?

Segundo o CFM, o Revalida diminui o risco de expor os pacientes a profissionais sem a devida qualificação.

Estaria certíssimo, não fosse por um “detalhe”: neste momento, impedir o trabalho de médicos formados no exterior, que possuem autorização para exercer a Medicina em seu país de origem, significa expor milhares de pacientes a um risco infinitamente maior, já que ficarão sem médico algum.

Bem mais provável, porém, é que a preocupação do CFM seja outra: o corporativismo, a reserva de mercado, o que revela um nauseante descompromisso com a população.

E não “apenas” com a população em geral: é um descompromisso com os próprios médicos brasileiros, que estão a ser contaminados, e até a morrer, em meio a jornadas desumanas de trabalho, já que em número claramente insuficiente para tantos pacientes de Covid-19.

No entanto, há uma prova dos nove fácil, fácil que esses senhores e senhoras do CFM e dos CRMs podem nos dar, de que estão realmente preocupados com a saúde do nosso povo, e não com a simples reserva de mercado.

Basta que peguem seus jalecos tão bem engomados e vão trabalhar lá em Curralinho, lá em Bagre, lá em Anajás, lá em Melgaço, onde o nosso povo, há décadas, sofre e morre por falta de atendimento.

Ontem, um juiz federal de São Paulo negou a liminar pedida pela Defensoria Pública da União (DPU), para que o CFM e o Governo Federal (os dois parceiros dessa empreitada insalubre) parassem de inviabilizar a contratação de médicos formados no exterior, que ainda não fizeram o Revalida, por órgãos públicos de todo o país.

Também ontem, o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado do Pará (COSEMS) ajuizou Ação Civil Pública (ACP), na Justiça Federal, pedindo uma liminar para que as nossas prefeituras possam contratar médicos formados no exterior, durante essa pandemia.

Médicos que embora não tenham feito o Revalida, possuam autorização para o exercício profissional em seus países de origem, ou tenham atuado no Mais Médicos.

O COSEMS quer que o Conselho Regional de Medicina do Pará expeça licenças provisórias para que esses profissionais possam trabalhar nos nossos municípios, enquanto durar a situação de calamidade pública que eles enfrentam.

Mas o CRM/PA já criticou publicamente a contratação de médicos cubanos pelo Governo do Estado, o que indica que poderá assumir a mesmíssima posição vergonhosa do CFM.

A Ação Civil Pública do COSEMS é assinada pelo advogado Napoleão Nicolau da Costa Neto.

Ela está nas mãos do juiz federal Jorge Ferraz de Oliveira Junior, que mandou intimar o CRM e o Governo Federal, para só então decidir sobre a liminar.

O COSEMS observa que apesar das medidas adotadas pelo Governo do Estado e prefeituras, crescem os casos confirmados e as mortes provocadas por essa doença, situação que deverá se agravar nas próximas semanas.

Também observa que a ampliação do atendimento à população esbarra na carência de médicos, problema que atinge até mesmo a rede particular: a Unimed, o maior plano de saúde do estado, “luta para atender seus clientes, tendo que suspender seu atendimento em diversas ocasiões pela falta de médicos”.

O próprio Governo do Estado tem dificuldades para contratar esses profissionais: “Há mais vagas do que interessados. Em recente parecer, cuja cópia segue em anexo, foi admitida a contratação de médicos cubanos, ainda que não disponham de diploma revalidado ou registro no Conselho Regional de Medicina, em tudo observada a necessidade da população”, diz a ACP.

“Neste caso, o Estado do Pará entendeu por revalidar, provisoriamente, os diplomas dos médicos cubanos que se propuserem a trabalhar para o Estado, através da Universidade do Estado do Pará, face a não ocorrência do REVALIDA desde 2017”, acrescenta.

Além disso, quase metade dos profissionais de saúde da rede pública estadual está afastada do trabalho, ou por pertencer a algum grupo de risco, ou por ter sido contaminada por esse vírus (um problema que também atinge em cheio as prefeituras).

“Disso tudo resulta que o quadro epidemiológico é gravíssimo no Estado, principalmente na Capital, há carência notória de médicos para atuar na atenção básica e como intensivistas nas UTIs, as vagas existentes e disponibilizadas pelo Estado não estão sendo preenchidas pelos mais diversos motivos, incluindo a falta de profissionais interessados”, assinala.

De acordo com o COSEMS, o Pará é o segundo estado do Brasil com a menor quantidade de médicos por 1.000 habitantes, perdendo apenas para o Maranhão.  

Para completar, diz o Sindicato dos Médicos do Estado do Pará (SINDMEPA), 42% dos casos confirmados de Covid-19 no Pará são de profissionais de saúde, devido à falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e até mesmo de água e sabão.

Apenas os municípios que apresentaram suas demandas ao  COSEMS necessitam de pelo menos 304 médicos. Em várias dessas cidades, há unidades de saúde que não dispõem nem sequer de um desses profissionais.


quarta-feira, 13 de maio de 2020

Opinião: Se os evangélicos conseguirem reabrir as igrejas, será o fim do isolamento e do distanciamento sociais no Pará. E o coronavírus agradece.





Pensei, pensei e não encontrei um só motivo para que igrejas sejam consideradas um serviço essencial e possam reabrir as portas, apesar do isolamento e do distanciamento sociais, e até do Lockdown decretado em toda a Região Metropolitana.

No entanto, pastores e políticos evangélicos pressionam o governador para que isso aconteça, apesar do risco de contaminação pelo coronavírus, que isso trará aos seus fiéis e à toda a população do Pará.

Alguns afirmam que permanecerão com os cultos online, e que querem as igrejas declaradas serviço essencial apenas como “reconhecimento” da importância delas.

Mas não explicam como se conseguirá impedir que, após esse "reconhecimento", infinitas denominações evangélicas retomem a celebração de cultos presenciais, na periferia de Belém e em cidades interioranas. 

Se isso ocorrer, serão milhares de pontos de aglomeração, e milhares de adeptos a transitar pelas ruas, em um momento em que os nossos hospitais já se encontram lotados e que já temos cerca de 10 mil infectados e quase mil mortos por essa doença.

Será o fim das únicas medidas capazes de conter esse vírus: o isolamento e o distanciamento sociais.

Então, a quem interessa a reabertura dessas igrejas?

A Deus, que é Todo Amor e Misericórdia, certamente é que não é.

Afinal, se nem o Homem expõe os seus filhos ao perigo, por que Deus quereria algo assim?

Já vi evangélicos fazendo pouco caso do uso de máscaras e do distanciamento social, porque dizem: “ah, eu não preciso de nada disso, porque tenho a minha fé a me proteger”.

E no entanto, nem Jesus ousou tentar a Deus.

Quando satanás disse a Jesus “se és o Filho de Deus te atira deste monte, porque os anjos vão te segurar”, Jesus respondeu a satanás: “Não tentarás o Senhor teu Deus!”

O que nos leva a concluir que tais “crentes” devem se imaginar maiores do que Jesus, já que tentam a Deus ao se exporem a um vírus mortal.

Além disso, esses “crentes” parecem não dar a mínima aos seus semelhantes, já que tais comportamentos incentivam outras pessoas a fazerem o mesmo.

Então, é o caso de se perguntar a esses evangélicos: quanto sangue vocês estão dispostos a ter nas mãos, só para provar, por simples soberba, por simples orgulho, que têm fé em Deus?

Também fico me perguntando que crentes são esses que só conseguem orar, louvar e sentir a presença de Deus se estiverem em uma igreja.

Desde quando a gente precisa estar em uma igreja para isso?

Deus está em tudo. Deus está em cada maravilha que Ele criou!

Olhe para o céu, o azul, as nuvens, o negrume da noite, as estrelas: Deus está em tudo isso, meu irmão!

Olhe para o seu próximo, que assim como você foi feito à imagem e à semelhança de Deus.

Olhe para uma pedra, uma ave, uma flor; olhe para uma simples folha de uma árvore: Deus também está em tudo isso; tudo isso são maravilhas que Ele criou!

Então, qual a sua dificuldade de encontrar a Deus fora de uma igreja, se Ele está em tudo; se Ele É, em mim e em você?

Qual a sua dificuldade de enxergar a Deus a cada minuto, a cada hora, a cada dia?

Qual a sua dificuldade de enxergar a Deus agora, junto de você, aí na sua casa?

Não é você que proclama aos quatro ventos a sua fé em Deus?

No entanto, meu irmão, também preciso lhe dizer o seguinte: é preciso arrumar a “casa”, que é o seu coração, para que Deus possa nele morar.

E como é que se “arruma” o coração, meu irmão? 

Será que basta ir à igreja, gritar aleluia e andar com a Bíblia debaixo do braço?

Será que basta rezar pelas calçadas, como fariam até os fariseus?

No Evangelho de Mateus, Jesus disse que, no Juízo Final, vai separar os bodes das ovelhas.

E aí, dirá aos bodes: “Apartai-vos de mim, malditos! Para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos! Porque tive fome, e não me destes de comer. Tive sede, e não me destes de beber. Era estrangeiro, e não me recolhestes. Estava nu, e não me vestistes. Estava enfermo ou na prisão, e não me visitastes”.

E então, tais criaturas dirão a Jesus, provavelmente, muito espantadas: Peralá, Senhor! Quando foi, já, que a gente deixou de fazer tudo isso pra Ti?

E Ele, então, responderá, mais ou menos assim: Foi quando vocês deixaram de fazer qualquer uma dessas coisas, a qualquer um desses pequeninos; a qualquer uma dessas pessoas tão frágeis e necessitadas; a qualquer um dos seus semelhantes, a qualquer um dos seus irmãos.

É como se Jesus dissesse: me vejam no seu próximo! Me vejam no seu irmão! Ajudem o seu irmão, como se estivessem ajudando a Mim, a quem vocês dizem tanto amar! Provem que me amam, amando cada um dos seus irmãos! Mesmo aqueles tão rejeitados, tão abandonados! Mesmo aqueles que parecem, ao mundo inteiro, tão pequeninos!...

Não há mandamento maior do que o amor. O amor a Deus, sobre todas as coisas. O amor ao próximo, como a nós mesmos.

E no entanto, já vi postagens de “evangélicos”, aqui no Face, quase a comemorar essa doença, essa pandemia, por considerá-la "um castigo de Deus”.

Um deles até gargalhava, mesmo diante do sofrimento e da morte de tantos seres humanos.

E pensei comigo: devem ser os mesmos “crentes” que até profanaram a Casa de Deus, fazendo “arminha” com as mãos.

Os mesmos “crentes” que até idolatram um ídolo de pés de barro, como se fosse um novo “messias”.

E agora eu vejo evangélicos tentando reabrir igrejas, apesar do risco que isso representa para milhões de paraenses.

O risco de doença e sofrimento.

O risco de uma morte horrenda para pais, mães, filhos, avôs, avós.

Uma morte na qual não se tem nem mesmo o direito de receber o carinho, o adeus, daqueles a quem se ama.

Porque quem morre dessa doença, morre em isolamento, morre sozinho.

Morre, a tentar respirar, sem conseguir!

Falta-lhe não apenas o ar...

Faltam-lhe as mãos dos filhos e netos, que ensinou a andar e a falar.

Faltam-lhe as mãos da esposa ou do esposo, a quem tantas vezes consolou.

Fui evangélica, na adolescência, e até estudei a Bíblia, porque queria ser pastora.

E não me lembro de ver, nenhuma vez, o meu Senhor Jesus desejando o mal, ou fazendo o mal a quem quer que fosse.

Pelo contrário.

Mesmo naquela cruz, mesmo sentindo dores terríveis, por seu corpo tão machucado e por carregar todos os pecados do mundo; mesmo diante da zombaria de tantos por todo o seu sofrimento, o meu Senhor Jesus reuniu todas as forças que ainda tinha, não para maldizer, mas para implorar a Deus: “Pai, perdoai-os, porque eles não sabem o que fazem!”.

Nós, cristãos, somos a luz do mundo.

Uma luz capaz de iluminar mesmo a mais profunda escuridão.

Uma luz capaz de semear a esperança mesmo nestes tempos tão sombrios, para bilhões de seres humanos.

E essa luz é tão somente o reflexo em nós do exemplo de Nosso Senhor.

Ame o seu próximo, meu irmão.

Não o exponha ao sofrimento, a dor e à morte, apenas para provar que você tem fé, ou até para atender aos interesses de pastores-políticos.

Fique em casa e só saia em caso de muita necessidade: para comprar comida, remédio, ir ao médico, ao banco, ou se você trabalhar em algum serviço essencial.

A maior prova de amor a Deus e ao próximo que podemos dar, neste momento, é evitar que essa doença se espalhe; é ajudar a salvar vidas; é ajudar a derrotar esse vírus, em nome de Jesus!

Deus está aí com você, na sua casa, neste momento.

Dobre os seus joelhos, feche os seus olhos, cante um louvor, e você, certamente, sentirá a presença Dele.

Cada um de nós é a verdadeira Igreja de Cristo. Ele está em nós. Ele É em nós.

Que a Luz do Espírito Santo ilumine o seu coração, meu irmão.

Que o Senhor lhe abençoe e lhe guarde, e faça resplandecer o Seu rosto sobre você.

Que Ele tenha misericórdia de você.

Que Ele não permita que você, até sem perceber, acabe por fazer o mal ao seu irmão.

FUUUIIII!!!!!!