quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Um apelo aos “cristãos fundamentalistas”


 

Queria fazer um apelo a você, que se diz “cristão fundamentalista” e que anda por aí a cometer toda sorte de atrocidades.

Em nome de Jesus, pare de dizer que é cristão.

E por quê?

Porque você só está conseguindo é afastar as pessoas de Deus.

Porque as pessoas olham para você, para toda essa sua intolerância, e perguntam: “mas é isso que é ser um cristão?”

E aí, nunca mais querem nem ouvir falar de Deus.

Quando a gente chega para elas, para falar do amor de Deus, da misericórdia de Deus, elas olham a gente com desconfiança, porque se lembram de você.

Você, batendo no peito, gritando aleluia, mas semeando ódio e destruição.

Perdoe-me a franqueza, mas só há uma maneira de você ser de Deus: é se Deus mudar de nome e passar a se chamar satanás.

Porque é de satanás é que é o seu coração.

Você não ama a Deus; você nem sequer sabe quem é Deus.

Você nem sequer se deu ao trabalho de ler os Evangelhos, que carrega no sovaco.

Você só tem de Deus uma visão utilitária: você só vai à igreja para pedir.

É um emprego, uma casa, um carro, dinheiro, saúde, a melhoria do casamento.

Você só se lembra de Deus para alcançar coisas materiais.

E, também, para amaldiçoar o seu irmão.

Para desejar que o seu irmão sofra toda sorte de horrores nesta vida.

E que sofra ainda mais, por toda a eternidade, no fogo infernal.

Não, você nunca encontrou a Deus: toda essa sua fé é apenas da boca pra fora.

Se você de fato conhecesse a Deus, você não se lembraria Dele apenas para pedir e amaldiçoar.

Bastaria olhar o céu, ouvir o cantar de um passarinho; bastaria olhar uma flor, uma árvore, um outro ser vivo, um outro ser humano, e você se lembraria de que tudo isso são expressões da Glória do Criador.

É por não conhecer a Deus que você quase tem orgasmos com os sermões cheios de ódio desses pastores endemoniados.

É por isso que você até idolatra um ídolo de pés de barro, como esse presidente-psicopata.

Não, a luz do Espírito Santo nunca iluminou o seu coração.

Na verdade, você é como aqueles fariseus do tempo de Jesus, a quem Ele chamava de raça de víboras, hipócritas, sepulcros caiados.

Em vez de dizer aos outros para que se arrependam, você é quem precisa se arrepender.

Você usa o nome de Deus em vão; você se utiliza do Santo Nome de Deus, para incitar o ódio contra os seus irmãos.

Você grita o primeiro mandamento: Não Matarás!

Mas é cúmplice de perseguições, espancamentos e assassinatos de gays, feministas, religiosos.

É cúmplice do genocídio de 110 mil brasileiros, por covid-19.

Você até defende a pena de morte e faz arminha com as mãos, profanando a Casa de Deus.

E agora, queria até obrigar uma criança de 10 anos a levar adiante uma gravidez que, quase com certeza, a mataria.

E eu pergunto: será que se fosse a sua filha, você defenderia isso?

Então, por que deseja isso aos outros? Por que faz aos outros o que não quer que lhe façam?

E eu pergunto: será que você ao menos acredita em Deus?

Não nesse Deus enlouquecido, vingativo, cheio de cólera, desses pastores endemoniados.

Mas no Deus Verdadeiro, o Deus de Amor, que entregou o próprio Filho naquela cruz, para derramar sobre nós toda a Sua Graça, toda a Sua Misericórdia.

O Deus que abençoa, conforta.

O Deus que cria maravilhas, todos os dias, em todo o Universo, diante de nós.

O Deus que sofreu com a desobediência do Homem, mas que nunca desistiu de tentar resgatá-lo.

Jesus não era apenas o Espírito de Deus. Jesus também era de carne, como eu e você.

Mas apesar de todas as perseguições, tentações e de todo o sofrimento que enfrentou, Ele nunca se rendeu ao ódio, à soberba, à vaidade, à amargura, ao rancor.

Todas as pessoas que se aproximaram Dele receberam bênçãos, e não maldições; receberam conforto, e não desesperança; receberam amor, e não o ódio.

Jesus teve pena do rapaz que queria segui-Lo, mas que era muito rico e não conseguiu se desfazer de seus bens.

Jesus teve pena da multidão faminta, que O seguia há dias, e multiplicou pães e peixes, para alimentá-la.

Jesus arriscou a própria vida, ao opor-se a uma multidão, que pretendia apedrejar uma mulher.

Jesus perdoou o ladrão crucificado ao Seu lado.

Perdoou até mesmo os que zombavam do Seu sofrimento, naquela cruz.

“Pai, perdoai-os, eles não sabem o que fazem”, clamou Ele a Deus, mesmo em meio a tanta dor.

Jesus era até acusado por fariseus como você, porque comia e bebia com pecadores.

Tudo porque não discriminava ninguém: ia ao encontro de todos os que precisavam de Sua luz e conforto.

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.

Não, Ele não disse: mas se você for gay, feminista, umbandista, negro, gordo, não venha a mim, porque eu vou te perseguir e te matar de porrada!

Jesus não disse: esse meu chamado é só para alguns; é só para quem anda com a Bíblia no sovaco, gritando aleluia e dizendo que é “salvo”.

Jesus nunca perseguiu ninguém.

Nunca desembainhou uma espada – e até repreendeu quem o fez.

Jesus nunca foi cúmplice de assassinatos.

Nunca negou o Seu amor a nenhum de seus irmãos, a nenhum filho de Deus.

Não, você não é cristão.

Você tem inveja, rancor, e um ódio profundo nesse seu coração mergulhado em trevas.

Você acha que seguir a Jesus é tomar um fardo pesadíssimo, que lhe obriga a se privar de tudo o que você gosta.

Até o mínimo prazer você acha que é pecado.

Todas as pessoas que são felizes, riem - têm vida! - você diz que são de satanás.

E aí, o que você quer é se vingar delas, por não serem desgraçadas e amarguradas como você.

Você não sabe o que o amor de Deus é capaz de fazer no coração daquele que de fato O ama.

Como disse o próprio Senhor: “Pois que tão encarecidamente me amou, também eu o livrarei; pô-lo-ei num alto retiro, porque conheceu o meu nome. Ele me invocará, e eu lhe responderei; estarei com ele na angústia; livrá-lo-ei e o glorificarei. Dar-lhe-ei abundância de dias e lhe mostrarei a minha salvação”.

Arrependa-se, meu irmão, enquanto ainda há tempo.

Deixe de ser um guia de cegos, guiado por outros cegos, ou até por endemoniados.

Mire-se no exemplo de Jesus.

Ele nos deixou apenas dois mandamentos, que resumem toda a Lei: amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo, como a nós mesmos.

Não há como amar a Deus, sem amar todas as maravilhas que Ele criou; tudo aquilo que é a expressão da Sua Glória, incluindo o ser humano.

E se você quiser amar a Deus, e Ele sentir sinceridade em seu coração, e Ele lhe estender a Sua Mão, você nunca mais perseguirá o seu irmão.

Nunca mais você será cúmplice de genocídios.

Nunca mais dará ouvido a falsos pastores, falsos profetas, verdadeiros anticristos.

A luz do Espírito Santo será a luz dos seus olhos e da sua alma.

O amor de Jesus, o exemplo de Jesus, transbordará em todos os seus atos e em todos os seus caminhos.

E então você compreenderá, finalmente, o que Jesus quis dizer quando disse que o seu jugo é suave.

Ame a Deus, ame ao seu próximo e não faça ao outro o que não quer que lhe façam: isto resume tudo o que Jesus nos pediu.

Ele não disse para que você vivesse nessa amargura, nesse mundo cheio de pecados em cada canto, em que você transformou a sua existência.

Ele não disse para que você fosse um infeliz, um desgraçado, um reprimido, até porque repressão nem cabe naqueles que estão nos braços de Deus, que é Todo Amor.

Peça a Deus que abra os seus olhos, para que você consiga contemplar toda a grandiosidade daquilo que Ele criou.

Faça isso pela sua alma, que importa muito mais do que todos os tesouros deste mundo, pastores e politicagens.

Jesus é infinitamente superior a Moisés, Paulo, Davi ou qualquer outro ser humano.

Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida.

É Ele o Filho Amado que dá alegria e honra ao nosso Criador.

FUUUUIII!!!!!

terça-feira, 11 de agosto de 2020

É o Brasil chorando por seus filhos que não mais existem...


 

O primeiro caso de covid-19 foi registrado, no Brasil, em 26 de fevereiro.

E até o último sábado, 08/08 (ou seja, em pouco mais de 5 meses), essa doença já havia matado mais de 100 mil brasileiros.

É 172 vezes o maior acidente da história da aviação: a colisão de um Boeing e um Jumbo, em 1977, no aeroporto de Los Rodeos, em Tenerife, que matou 583 pessoas.

É como se o Brasil tivesse sofrido 34 acidentes como aquele por mês, ou mais de 1 por dia.

São 100 mil famílias, cerca de meio milhão de brasileiros, que perderam alguém amado: o pai, a mãe, o avô, a avó, o marido, a esposa, o tio, a tia, o irmão, a irmã...o filho.

São pessoas de carne e osso, como eu e como você, que partiram de repente, deixando aos seus familiares um enorme vazio.

São sonhos, esperanças, risos de repente interrompidos, e que nunca mais voltarão...

Somos, hoje, 210 milhões de seres humanos entregues à própria sorte, em meio a pior epidemia que este país já enfrentou.

Segundo uma reportagem da agência Reuters, nenhuma das muitas doenças que afligem o Brasil há séculos matou tanta gente, em tão pouco tempo, como a covid-19.

Em números absolutos, a covid já ultrapassou até a gripe espanhola, que teria causado de 35 mil a 50 mil vítimas fatais, no país.

Entre 1996 e 2018 (ou seja, em 22 anos) o HIV e as doenças associadas à AIDS mataram mais de 270 mil pessoas – só que levaram 9 anos para ceifar 100 mil vidas.

Também entre 1996 e 2018, a tuberculose matou mais de 104 mil brasileiros. A malária, 2.342; a dengue, 6.984; os diversos tipos de gripe, 9.836.

"Isso é inédito, algo que nunca teve. Deveríamos estar em desespero, isso é uma tragédia como uma guerra de verdade, um conflito armado. Mas o Brasil está em uma anestesia coletiva", diz o infectologista José Davi Urbaéz, porta-voz da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

(Leia a reportagem da Reuters: https://br.reuters.com/article/topNews/idBRKCN253336-OBRTP ).

Mas enquanto se acumulam os cadáveres, Bolsonaro insiste em minimizar essa doença, para livrar-se de qualquer responsabilidade por essa carnificina.

No domingo, Dia dos Pais, enquanto 100 mil famílias choravam a morte de um ente querido, ele fez uma postagem no Facebook.

Disse lamentar “cada morte, seja qual for a sua causa, como a dos 3 bravos policiais militares executados em São Paulo”.

Garantiu que não faltaram recursos para que estados e municípios combatessem a pandemia e que “não se tem notícias, ou seriam raras, de filas em hospitais por falta de leitos UTIs ou respiradores”.

Voltou a defender a hidroxicloroquina e, com base em uma comparação enviesada que teria sido feita pelo jornal inglês Daily Mail, afirmou que o isolamento social mata tanto ou mais do que a covid.

(Leia aqui: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2020/08/09/apos-100-mil-mortes-por-covid-bolsonaro-lamenta-obitos-seja-qual-for-a-causa.htm ).

Esperam até hoje sentados, os que esperavam do presidente ao menos uma lágrima, uma palavra de consolo, a mínima demonstração de empatia com o sofrimento dessas 100 mil famílias, que perderam pessoas tão amadas, das quais não puderam nem ao menos se despedir.

Das quais não puderam segurar as mãos, enquanto partiam. Das quais não puderam nem sentir o perfume, pela última vez.

Nenhuma palavra de apoio aos doentes que sobreviveram, depois de um sofrimento que incluiu até a dolorosa intubação, e que lutam para se recuperar dos danos causados pela doença em seus organismos (danos que talvez persistam por toda a vida).

O “lamento” de Bolsonaro, a frase inteira, foi muito mais pelos três policiais militares mortos em um tiroteio, já que a PM é uma de suas bases de apoio.

Mas como mortes que não sejam à bala não lhe servem à empreitada armamentista, esqueceu-se de que entre esses 100 mil mortos há centenas, milhares de policiais que deram a própria vida, a tentar proteger a nossa população.

Grandes heróis fardados, que, à semelhança dos nossos médicos, enfermeiras, jornalistas e tantas outras categorias, nunca recuaram um milímetro na linha de frente dessa guerra, mesmo conhecendo de perto todo o horror provocado por essa doença.

Mesmo em uma hora tão dolorosa para a Nação, Bolsonaro só consegue pensar em si mesmo: na sua defesa, na sua ânsia de derramamento de sangue, no ódio que precisa sempre atiçar em suas bases; nos seus compromissos com a indústria de armamentos; na sua necessidade de escapar a um provável processo de improbidade, pelas toneladas de hidroxicloroquina que mandou o Exército produzir, e que são inúteis para a covid-19.

Mesmo aos trancos e barrancos, o isolamento social ajudou a salvar mais de 118 mil vidas, apenas no último mês de maio, diz um estudo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2020/07/24/estudo-isolamento-social-pode-ter-poupado-118-mil-vidas-no-brasil-em-maio.htm)

Pois é: o isolamento social que Bolsonaro tanto combateu e combate.

Fosse outro o presidente da República, quantas milhares de vidas teriam sido salvas?

Quantos pais, mães, avós, filhos, estariam ainda enchendo de risos e esperança as vidas de seus familiares?

Quantas milhares de pessoas não teriam sido contaminadas e não estariam, agora, a tentar superar a angústia e as sequelas que essa doença lhes deixou?

Não, não precisaria ser um político honesto, competente ou até de esquerda: apenas e tão somente um ser humano normal.

Uma pessoa que de fato sentisse a dor dos outros; que fosse capaz de se colocar no lugar dos outros.

Você, eu, qualquer um.

Qualquer ser humano, qualquer brasileiro que não fosse essa mistura de psicopatia, ignorância e deficiência intelectual dessa coisa que nos preside.

Teríamos todos os recursos do país mobilizados, de forma coordenada, no combate a essa doença.

Teríamos um ministro da Saúde, cercado por técnicos da área, e não esse monte de militares, que não entendem patavina de coisa alguma.

Teríamos estados e municípios trabalhando todos na mesma direção, em vez de cada governador e prefeito agindo isoladamente, fazendo o que pode e o que acha melhor.

Teríamos, desde o começo, dinheiro e facilidades para a montagem de UTIs.

Teríamos recursos financeiros para que milhões e milhões de brasileiros pudessem ficar em casa, sem terem de enfrentar filas, aglomerações humilhantes, ou até acabando sem receber o auxílio, mesmo precisando.

Teríamos linhas de crédito para que micros, pequenas e médias empresas pudessem suportar esse pesadelo.

Teríamos um discurso único, em todos os níveis de governo, e não essa irresponsabilidade, essa ação criminosa de um presidente que queria até armar as pessoas, para que resistissem à bala ao isolamento social.

Bolsonaro e aqueles que o defendem têm, sim, as mãos manchadas com o sangue de milhares de inocentes.

100 mil seres humanos, 100 mil irmãos brasileiros, pelos quais chora a Nação, porque não mais existem.

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Quero deixar aqui os meus profundos sentimentos a todas as famílias que perderam um ente querido por causa dessa doença.

Que Deus lhes dê forças; que Ele console os seus corações.

Tenham certeza de que essa pessoa a quem vocês tanto amaram agora se encontra nos braços do Senhor, já sem dor alguma.

Está envolto pelo amor infinito Daquele que a tudo criou.

E um dia vocês, certamente, se reencontrarão.

E haverá festa no Céu, pela imensa felicidade de vocês.

Será o tempo de recordarem todas as coisas maravilhosas que viveram juntos; todo esse amor que sempre sentiram uns pelos outros.

Um tempo de Glória, bem distante desse vale de lágrimas que é o mundo.

Meus sentimentos, também, a todos aqueles que perderam amigos, conhecidos, pessoas que faziam parte de suas vidas e com quem dividiram tantos momentos inesquecíveis.

Meu profundo respeito aos nossos médicos, enfermeiros, policiais, políticos, jornalistas, e a todos aqueles que têm sido incansáveis, na linha de frente dessa guerra.

Não há palavras que expressem o valor humano de cada um de vocês.

Cada um de vocês faz uma diferença danada neste mundo, porque são como verdadeiros anjos do Senhor.

Meus votos de plena recuperação a todos aqueles que sofreram tanto, mas conseguiram sobreviver a essa doença.

Deus está com vocês neste momento, meus irmãos!

A mão Dele vai lhes dar toda a força e coragem, para que vocês possam superar tudo isso.

Toda essa dor, todo esse sofrimento vai passar.

É Deus no comando, meus irmãos!

Que o Senhor ilumine o nosso Brasil.

Que Ele estenda as suas asas sobre nós, para nos livrar dessas verdadeiras legiões que hoje oprimem o nosso país.

FUUUUIIIIII!!!!!!   

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Pra vocês, pra todos nós!