sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Tutu, o totó psicótico.


Pit Bulls e Chihuahuas: só Tutu não vê a diferença...

Chihuahua com mania de Pit Bull é a pior coisa que existe. 

O bicho late, late, late... 

E você, com toda a paciência do mundo, só pode é dizer:

_Calma, Tutu!... Vai tomar a tua vacina, Tutu!...

É que o bichinho, em surto psicótico, não enxerga o próprio tamanho, coitadinho dele!

E, a bem da verdade, a culpa nem é do Tutu, que é só um totó.

A culpa é do dono, um sujeito tão covarde, tão canalha que até se esconde atrás de um arremedo desses.

Mas, como diz o ditado, nada como um dia após o outro...

E o dono, caro leitor, NEM IMAGINA o que o espera.

FUUUUIIIIIIIII!!!!!!!

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

TRE nega pedido do MP para tirar do ar RBA e Rádio Clube. E a justiça prevalece, enfim, nas eleições para o Governo do Pará.

O desembargador Raimundo Holanda Reis: não ao MP


O desembargador Raimundo Holanda Reis negou, agora à tarde, a liminar pedida pelo Ministério Público para tirar do ar, por 48 horas, a TV RBA e a Rádio Clube do Pará.

Excelente – e de fato justa, imparcial -  a decisão do vice-presidente e corregedor do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). 

Afinal, ou se tira do ar todo mundo ou não se tira ninguém. 

Leia a íntegra da decisão: 

AÇÃO CAUTELAR N.º 3061-79.2014.6.14.0000
REQUERENTE: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
REQUERIDOS: HELDER ZAHLUTH BARBALHO, JOAQUIM DE LIRA MAIA, JADER FONTENELLE BARBALHO FILHO E CAMILO AFONSO ZAHLUTH CENTENO
DECISÃO
Trata-se de Ação Cautelar Preparatória de Ação de Investigação Judicial Eleitoral - AIJE, proposta pelo Ministério Público Eleitoral com o objetivo de reprimir os atos de abuso pela utilização indevida de veículos e meios de comunicação que estariam sendo perpetrados pelos requeridos acima nominados, em benefício da candidatura dos dois primeiros.
Houve pedido liminar, inaudita altera pars, de suspensão da programação dos veículos de comunicação RBA - Rede Brasil Amazônia de Televisão e Rádio, pelo período de 48 (quarenta e oito) horas, nos termos do art. 56 da Lei n.º 9.504/97.
É o relatório do essencial. Decido.
Inicialmente, ressalto que, na Justiça Eleitoral, em regra, para que haja a concessão de liminar faz-se necessário que se tenha a presença conjunta de dois requisitos, quais sejam: fumus boni juris e periculum in mora.
Tais requisitos permitem ao julgador o deferimento da tutela de urgência, neste momento processual, por meio de uma análise meramente perfunctória.
No caso dos autos, e em análise preliminar, ao que tange os elementos de fato e de direito apresentados pelo requerente, NÃO vislumbrei a presença do fumus boni iuris, ou seja, a plausibilidade jurídica do direito invocado. Explico.
José Jairo Gomes preleciona que "A ação cautelar tem em vista salvaguardar o processo principal, o resultado útil que dele possa advir. Tanto poderá ser preparatória, quanto incidental a este processo, do qual é sempre dependente. Admite a concessão de liminar inaudita altera pars e tanto poderá ser preparatória quanto incidental, podendo suspender o feito principal, até seu julgamento."  (Gomes, 2010, p. 458)" .
A presente cautelar foi proposta como preparatória do ajuizamento de uma futura Ação de Investigação Judicial Eleitoral. Entretanto, diante do vasto material probatório colacionado aos autos, entendo que a medida cautelar é inócua diante da plena possibilidade de se ajuizar a ação principal, não havendo o que ser salvaguardado. Tanto é assim, que a própria Coligação que apresentou as denúncias que originaram o Procedimento Preparatório anexo à presente Ação Cautelar, já apresentou uma AIJE contra os requeridos e outros e sob o fundamento do abuso pela utilização indevida de veículos e meios de comunicação a nº 2503-10.2014.6.14.0000.
No mais, a AIJE possui medida cautelar própria, prevista no art. 22, inciso I, alínea "b"  da Lei n.º 64/1990, in verbis:
"Art. 22 (...)
I - O Corregedor, que terá as mesmas atribuições do Relator em processos judiciais, ao despachar a inicial, adotará as seguintes providências:
(...)
b) determinará que se suspenda o ato que deu motivo à representação quando for relevante o fundamento e do ato impugnado puder resultar a ineficiência da medida, caso seja julgada procedente;"
Ora, a relevância do fundamento da cautelar é evidente, mas não verifico que do ato impugnado possa resultar qualquer ineficiência da medida, no caso de futuro julgamento da AIJE, que, em sendo julgada procedente, terá seus devidos consectários no tempo devido, não cabendo a antecipação de qualquer sanção.
Dessa forma, por tudo que foi exposto, INDEFIRO A LIMINAR pleiteada tendo em vista a ausência do fumus boni juris.
Intime-se o requerente da referida decisão.
CITEM-SE os requeridos no prazo legal.
PRIC.
Belém, 20 de outubro de 2014.
Desembargador RAIMUNDO HOLANDA REIS
Relator

domingo, 19 de outubro de 2014

Opinião: Ministério Público tenta fraudar as eleições do Pará. Procurador eleitoral pede à Justiça que tire do ar TV RBA e Rádio Clube, mas nada diz contra os veículos de comunicação das ORM, que fazem campanha ostensiva para o candidato tucano. É o liberou geral para as gangues de Orly e Jatene, que vão poder arrepiar até as eleições.



Que me perdoem os nossos ilustres promotores e procuradores, mas a impressão que me dá é que o Ministério Público se juntou à bandidagem, para fraudar as eleições do Pará. 

Vou repetir: fraudar as eleições do próximo domingo, ao Governo do Estado do Pará. 

Sim, porque outro não pode ser o resultado do pedido que o Ministério Público Eleitoral ajuizou, ontem, para que a Justiça tire do ar, por 48 horas, a TV RBA e a Rádio Clube, que pertencem à família Barbalho. 

E tudo isso, vejam só a estranhíssima coincidência, quando duas pesquisas de opinião  -  do IVeiga e do Ibope – apontam a vitória de Helder, contra o atual governador, o “ínclito”, o “puro”, Simão “Cerpasa” Jatene. 

Não sei quem assinou esse pedido. Mas creio que esse procurador deve achar que somos todos ou lesos ou muito burros. 

Ora, por que tirar do ar só os veículos de comunicação dos Barbalho e deixar livres os veículos de comunicação das ORM, que apoiam acintosamente o candidato-governador, de quem recebem, aliás, milionária verba de propaganda? 

Ou o nosso ilustre procurador não sabe disso? 

Deve ser só ele, né?, o único cidadão no estado do Pará que ainda não viu a campanha escancarada das ORM em favor do Jatene e que não tem conhecimento dos milhões em propaganda que o Jatene despeja nas ORM. 

Então, que não se venha com esse lári-lári, com essa conversa de virgem de beira de estrada em fim de programa, de que esse pedido é pra garantir a “isonomia” na disputa eleitoral. 

Se a intenção fosse essa, então que tivesse pedido pra tirar do ar todos eles: RBA e ORM. 

O MP não foi provocado pra tirar do ar os veículos das ORM? 

E desde quando o MP precisa ser provocado pra alguma coisa? 

O MP pode agir de ofício.

E se não o faz é porque não tem coragem; é porque não é digno das garantias constitucionais que a Sociedade lhe concedeu. 

Diz o MP que a RBA e a Rádio Clube estão fazendo campanha para Helder Barbalho. 

É engraçado isso!... 

Simão Jatene faz campanha eleitoral há quatro anos, não apenas através das ORM, mas, também, através de vários veículos de comunicação, aos quais distribui, por ano, cerca de R$ 40 milhões em verbas de propaganda. 

O marqueteiro de Jatene, o Orly Bezerra, é dono da Griffo Comunicação, que recebe milhões de verbas de propaganda do Governo, em uma relação promíscua impressionante, talvez única no Brasil, e que pode, sim, possibilitar o uso de dinheiro público na campanha do atual governador. 

Em toda campanha eleitoral, há mais de 10 anos, o Orly faz circular aquele jornal imundo, que é o Paraense, que foi flagrado recebendo verba de propaganda repassada pela mesmíssima Griffo do Orly, pra elogiar o Jatene e desancar o Helder. 

Assessores do Governo, que até assinam a liberação da verba de propaganda, são ex-funcionários do Orly, foram indicados para esses cargos pelo Orly, da mesma forma que também são ex-funcionários dele várias das pessoas que julgaram as licitações que a Griffo “ganhou”.

Jatene também montou uma das mais impressionantes redes de tráfico de influência que já se viu neste estado, com a distribuição de “favores” a parentes de juízes, deputados, conselheiros de contas e por aí vai. 

Agora mesmo, denúncias filmadas e documentadas pelo Diário do Pará mostram que o candidato-governador está distribuindo cheque-moradia a rodo, em todo o estado, em troca de votos. 

No Governo dele, não se sabe o paradeiro de pelo menos R$ 12 bilhões, que foi o quanto cresceu a arrecadação do Estado, acima do previsto, nestes últimos quatro anos. 

E o que não falta é nepotismo cruzado: parentes do governador nomeados na Prefeitura de Belém, Tribunal de Justiça do Estado, Tribunal de Contas do Estado, Tribunal de Contas dos Municípios e sabe-se lá onde mais. 

Em outros estados, o Ministério Público tem ido pro pau contra esse tipo de coisa. Mas aqui no Pará, esse nosso ministeriozinho vagabundo, que a gente devia é grafar em minúscula, parece até que foi é operado pelo Duciomar. 

A concessão desse pedido, pra amordaçar a RBA e a Rádio Clube, vai representar um “liberou geral” não só para a propaganda eleitoral das ORM, mas, também, para que as gangues do Jatene e do Orly possam arrepiar nesta reta final. 

Eles vão poder comprar voto adoidado, mais ainda do que já estão comprando. 

Vão usar funcionários públicos e equipamentos do Estado na campanha de Jatene, mais ainda do que já estão usando. 

Vão aterrorizar, até na fila de votação, aqueles que se opuserem a eles. 

Então, se era isso o que esse procurador queria, já pode ir lá receber os seus parabéns com o Jatene. 

Mas, amanhã mesmo, deveria é deixar o cargo que ocupa, porque não tem condições morais para representar a Sociedade, muito menos como fiscal das eleições. 

Se não simpatiza com Helder, mas simpatiza com o “ínclito” Simão Cerpasa Jatene, que guarde esse seu sentimento lá pra cabine de votação. 

Se quer se meter em disputa político-partidária, então que largue o cargo e vire militante. 

O que não pode é, em sendo “xerife”, amordaçar um lado, enquanto libera o outro. 

Porque isso - é sim! - ajudar a fraudar as eleições para o Governo do Estado do Pará. 

FUUUIIIIIII!!!!!!!!

Opinião: Um rei nu e cada vez mais só





O governador e dois candidatos deixados na chuva: o senador Mário Couto e o vice, Helenilson Pontes. Será que ainda existe político que acredite no político Simão Jatene?



Não gosto do Jefferson Lima e nem voto nele.

Mas dizer que ele apoia o Helder porque recebeu dinheiro... Pera lá!

Desde quando algum candidato tem mais dinheiro do que o Jatene, que está sentado na máquina pública?

E se o Jefferson Lima quisesse dinheiro pra apoiar o Jatene, ele não ia pagar? Sério ‘mermo’ que vocês acreditam nisso?...

Dá até pra imaginar a cena.

O Jefferson Lima chega com o Jatene e diz: “Te apoio pela mesma bufunfa que sempre dás para o meu clone”.

Mas aí, o Jatene se vira pra ele e diz: “caboco’, eu não faço isso!!!...Sou um cara honestíssimo, ‘caboco’!!!...Essa fortuna de R$ 40 milhões da minha família é tudo invenção da Jucepa e dos cartórios!!!...

“Mas e aquela propina bacana da Cerpasa?”, pergunta o Jefferson.

“Tudo mentira do MPF, da PF e daqueles fiscais amargurados da Receita, do INSS e do Ministério do Trabalho...”, garante Jatene, “Aliás, aquelas fotos da grana apreendida na Cerpasa é tudo coisa de photoshop...

Mas aí, depois de muito se “arrevirá” no túmulo, eis que surge o espírito do Papudinho, que diz: “maneira na peroba, Jatene, que até a careca já tá lustrosa demais!...”

Então, o mais lógico é que tudo isso não passe de lári-lári do Orly, pra satanizar o Jefferson Lima e minimizar o apoio dele ao Helder.

Até porque, ao fim e ao cabo, a “culpa” por esse apoio é do próprio Jatene.

E por quê?

Porque o Jatene é uma pessoa inconfiável, o que é um defeito mortal para qualquer político.

Nesse meio, perdoa-se quase tudo – menos deslealdade.

E a eleição do Paulo Rocha ao Senado, com impressionante quantidade de votos, arrancou de vez a máscara do Jatene.

Ele simplesmente rifou o Jefferson Lima, o Mário Couto e o Helenilson Pontes, só pra tentar se reeleger.

Sim, porque essa tática de três candidaturas ao Senado tava na cara, desde o início, que só teria UM beneficiário: o próprio Jatene.

Por mim, achei foi ótimo, porque o meu candidato era o Paulo Rocha. Além disso, quem acompanha o meu blog, sabe muito bem o que penso daquele detestável do Mário Couto.

No entanto, é forçoso admitir que Jefferson Lima, Mário Couto e Helenilson Pontes têm todos os motivos pra estarem tiriricas com o Jatene.

Afinal, foi como se o Jatene jogasse os três em uma arena, para que se estapeassem.

Na certa, como se imagina um “iluminado”, deve ter achado que ninguém perceberia o que foi capaz de fazer aos próprios companheiros...

Enganou-se, no entanto, o nosso Einstein tupiniquim: até quem só possui um Tico e um Teco já entendeu que Jatene não tem limites, nem mesmo de lealdade partidária, quando se trata de livrar o próprio pescoço. Com farinha pouca ou muita, o pirão será sempre só pra ele.

Então, se os tucanos quiserem culpar alguém por essa “desertificação” têm é de apontar o dedão acusador para o Jatene, cujo perfil complicadíssimo é o oposto do finado Almir.

E que não se pense que esse pessoal está com o Helder porque o Jatene está afundando.

A vitória de Helder, no primeiro turno, foi por apenas 50 mil votos. Uma diferença tão pequena que se pode até considerar que eles estavam empatados. E, na verdade, foram os apoios do Zé Carlos, do Elton Braga e, principalmente, do Jefferson Lima, que fizeram com que a balança começasse a pender para o Helder.

Jefferson Lima teve um desempenho eleitoral impressionante: 741.427 mil votos, 465 mil deles nos seis municípios da Região Metropolitana, onde Jatene obteve uma boa vantagem de votos (mais de 167 mil), o que reduziu o estrago das lambadas que levou no interior.

Juntos, Jefferson, Zé Carlos e Elton Braga tiveram cerca de 500 mil votos na RMB. E se conseguirem transferir só um terço disso para o Helder, acabou a eleição.

Dá pra entender a campanha do Orly contra esses três, não dá? Afinal, dificilmente o Jatene conseguirá crescer no abandonado interior do Pará...

Então, caro leitor, não se deixe levar por esses láris-láris.

A questão desses apoios é, sobretudo, de confiança.

Se você quer apresentar  um conjunto de reivindicações, não vai preferir um enrolão: vai é procurar o sujeito que diz claramente o que pode e o que não pode fazer. E que amanhã, em vez de lhe enfiar uma faca nas costas, vai é lhe dar chances de crescer.

Em política, nem tudo é sórdido, imundo.

Às vezes, política é apenas política.

Ou seja, um bocado de lealdade e um belo jogo de cintura.

E é por isso que políticos como Jatene acabam da maneira que estamos vendo: um rei nu e cada vez mais só.

FUUUUUIIIIIIII!!!!!! 

domingo, 5 de outubro de 2014

Fortuna da família do governador Simão Jatene pode chegar a mais de R$ 40 milhões. Postos de gasolina de Beto Jatene faturam 21,6 milhões por ano e valem pelo menos R$ 15 milhões. Fazendas, terrenos e empreendimentos imobiliários de Eduardo Salles, sobrinho de Jatene, alcançam quase R$ 15 milhões. Apartamentos de luxo da família do governador valem mais de R$ 3 milhões. E ainda falta contabilizar casas noturnas e cabeças de gado.


O governador Simão Jatene, do Pará, e a família Sarney, do Maranhão: qualquer semelhança não é mera coincidência


Finalmente, a população paraense começa a tomar conhecimento de um fato estarrecedor: o extraordinário enriquecimento de familiares do governador do Pará, Simão Jatene, quase todos eles apenas funcionários públicos, assim como o próprio governador. 

O fato vem sendo denunciado pela Perereca desde 2006. Mas só agora, depois que virou manchete na grande imprensa, começa a ser investigado pelo Ministério Público. 

O que já se conseguiu rastrear impressiona: por baixo, mas muito por baixo, a fortuna da família Jatene alcança pelo menos R$ 37,3 milhões, entre postos de gasolina, terrenos, fazendas, empreendimentos imobiliários e apartamentos de luxo. E olhe que ainda não entraram nessa conta os  carros, rebanhos bovinos e casas noturnas. 

As maiores fortunas são de Alberto Lima da Silva Jatene, o “Beto Jatene”, filho do governador; e de Eduardo Salles, sobrinho de Jatene. 

A estimativa é que o patrimônio de Beto Jatene alcance pelo menos R$ 13 milhões. Já o sobrinho do governador possui pelo menos R$ 14,5 milhões. 

O restante está distribuído entre o governador Simão Jatene, com bens estimados em R$ 3,2 milhões, na declaração que entregou, no ano passado, à Receita Federal; Izabela Jatene e Ricardo Augusto Garcia de Souza, filha e genro do governador, com patrimônio de pelo menos R$ 5,6 milhões; e Heliana Lima da Silva Jatene, ex-mulher do governador, cujo apartamento vale pelo menos R$ 1 milhão. 

No entanto, as fortunas de Beto Jatene e Eduardo Salles são tão significativas que é muito provável que essa estimativa acabe por ultrapassar, nos próximos dias, os R$ 40 milhões. 

É que esse levantamento inicial ainda não inclui o valor das casas noturnas de Beto Jatene e o rebanho bovino (Nelore) de Eduardo Salles. 

Da conta também ficaram de fora as empresas de Izabela Jatene, que deteve 50% das quotas do bar Relicário, em Belém, e possui 80% da empresa Manufatura Exportação Indústria e Comércio de Roupas e Acessórios Ltda (CNPJ: 08.091.497/0001-02). Os 20%  restantes pertencem à mãe dela, Heliana. 


De onde veio o dinheiro? 

Porém, o que já se conseguiu rastrear impressiona. Afinal, o governador e todos esses parentes milionários, à exceção de Eduardo Salles, sempre foram apenas funcionários públicos. 

Beto Jatene é assessor de órgãos públicos estaduais desde 2000 e não há, nos sites do Tribunal de Justiça do Estado (TJE) e do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF), qualquer processo em que tenha atuado como advogado. A mulher dele, Luciana Lopes Labad, é assessora no TJE, desde 2006. 

Izabella Jatene Souza, a outra filha do governador, é professora da Universidade Federal do Pará,  coordenadora do Propaz e foi assessora especial no primeiro governo do pai. O marido dela, Ricardo, é assessor, há anos, do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). 

Heliana, a ex-mulher do governador, também é funcionária pública há décadas. 

Idem para Jatene, que foi professor da UFPa, secretário de Estado, secretário executivo em dois ministérios e governador. 

Além disso, Jatene veio de família tão modesta que teve até de tocar em bares, para pagar os estudos, como ele mesmo já cansou de afirmar. 

Então, é inevitável a pergunta: de onde é que veio tanto dinheiro? 


Uma recuperação estonteante 

É a mesmíssima pergunta que tem de ser feita em relação a Eduardo Salles, embora ele seja empresário. 

Em 1997, o sobrinho do governador havia hipotecado ou vendido quase tudo o que possuía e foi até processado, pela Caixa Econômica Federal, porque não pagou um empréstimo. 

Mas, a partir de 1997 (por mera coincidência, o ano em que teve início a privatização da Celpa, comandada pelo então secretário estadual de Planejamento, Simão Jatene), Eduardo começou a apresentar uma extraordinária recuperação financeira. 

Entre 1997 e 2001, ele comprou 2.700 hectares, nos municípios de Castanhal e Inhangapi. E toda essa imensidão de terrenos, adquirida em apenas quatro anos, representou um patrimônio 7 VEZES SUPERIOR a tudo o que ele registrou, no cartório de Castanhal, nos 17 anos anteriores. 

No segundo governo de Almir Gabriel, de quem Jatene foi secretário de Planejamento e braço-direito, e no governo do próprio Jatene, entre 2003 e 2006, Eduardo também obteve contratos milionários com o Governo do Estado. 

Além de alugar uma casa à Polícia Civil (o que lhe rendeu pelo menos meio milhão de reais, em valores da época), uma empresa a ele ligada, a Engecon, faturou quase R$ 3,5 milhões em obras viárias. A Engecon funcionava dentro de um galpão de uma das fazendas de Eduardo. 

Hoje, só duas das fazendas do sobrinho do governador, em Castanhal e Inhangapi, somam quase 5.500 hectares. E, no mês passado, uma fazenda de apenas 400 hectares, em Castanhal, cortada por rios, como muitas das terras de Eduardo, estava sendo vendida, na internet, por R$ 4 milhões. 

O sobrinho do governador também exporta gado para o Líbano e possui vários empreendimentos imobiliários. E só em um deles, o Salles Jardins, em Castanhal, ele ficou de integralizar R$ 3 milhões, até dezembro do ano que vem. 

Ele também declarou na Justiça, em abril de 2012, que pagou R$ 1 milhão por um terreno em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém. 

Além disso, até o ano passado, Eduardo possuía pelo menos 400 hectares (cada hectare tem dez mil metros quadrados) na avenida Barão do Rio Branco e imediações, no centro de Castanhal. 

Naquela avenida, um terreno de 40X40, estava sendo negociado na internet, no mês passado, a R$ 3,3 milhões. 


Leia as reportagens da Perereca sobre o impressionante enriquecimento do sobrinho do governador Simão Jatene e confira os documentos – inclusive certidões cartorárias: 
http://pererecadavizinha.blogspot.com.br/2012/04/familia-feliz-projeto-do-governo-do.html 
http://pererecadavizinha.blogspot.com.br/2013/02/sobrinho-de-jatene-enriquece-olhos.html

Veja nos quadrinhos a oferta de uma fazenda em Castanhal, com fontes de água, como é caso de muitas das terras de Eduardo:





E aqui, os preços de terrenos na avenida Barão do Rio Branco, naquela cidade: 





A estimativa dos bens da família do governador Simão Jatene. 

O blog cotou os 5.500 hectares  de Eduardo Salles a apenas mil reais por hectare, embora as terras dele fiquem à beira de estradas, sejam cortadas por rios e igarapés e, como você viu acima, haja fazenda de apenas 400 hectares, em Castanhal, custando R$ 4 milhões.

Também cotou em apenas R$ 3 milhões os 400 hectares que ele possuía, até o ano passado, no centro de Castanhal (e apesar de só um terreno de 40X40, naquela área, valer esse preço).

O blog também só incluiu na conta um dos vários empreendimentos imobiliários de Eduardo. E considerou, apenas, o capital a ser integralizado (leia as matérias nos links acima). Ou seja, deixou de fora  o lucro do empreendimento.

A Perereca avaliou os três postos de gasolina de Beto Jatene em R$ 5 milhões cada um, já que essa é média de corretores de imóveis, ouvidos pelo blog, para postos de combustíveis, em Belém.

O faturamento anual desses três postos é estimado em R$ 21,6 milhões, segundo documentos do Serasa a que o blog teve acesso.

Mas a Perereca utilizou apenas 1 ano de faturamento, para calcular as partes de Beto Jatene e Ricardo, marido de Izabela, embora o primeiro dos três postos de combustíveis do filho do governador tenha sido adquirido há oito anos.

O blog também preferiu avaliar os apartamentos de luxo pertencentes a Beto, Izabela e Heliana Jatene em apenas R$ 1 milhão cada um.

A avaliação foi com base nos apartamentos que os três possuíam no edifício Wing, em 2011 (leia aqui: http://pererecadavizinha.blogspot.com.br/2011/10/extraextra-filhos-do-governador-jatene.html).

Hoje, Beto, Izabela e Heliana teriam se mudado para um edifício ainda mais luxuoso, o Neon. Mas, quem sabe, podem alegar que compraram os novos apartamentos com o dinheiro da venda dos imóveis do Wing...

Como você já deduziu, tudo foi calculado muito, mas muito por baixo, justamente para evitar erros a maior.  

Simão Jatene: 
Bens declarados, no ano passado, à Receita Federal (a cópia da declaração está no site do Tribunal Superior Eleitoral-TSE): R$ 3,2 milhões. 

Eduardo Salles (sobrinho de Jatene) 
5.500 hectares em fazendas, nos municípios de Castanhal e Inhangapi:  R$ 5,5 milhões
400 hectares no centro de Castanhal: R$ 3 milhões
1 terreno em Ananindeua: R$ 1 milhão
Empreendimentos imobiliários: R$ 3 milhões 

Alberto Lima da Silva Jatene, o “Beto Jatene”, filho do governador:
1/3 da propriedade de três postos de gasolina: R$ 5 milhões
1/3 do faturamento anual de três postos de gasolina: R$ 7 milhões
1 apartamento de luxo: R$ 1 milhão 

Izabela Jatene e o marido, Ricardo Souza: 
1/3 da propriedade de um posto de gasolina: R$ 1,6 milhões
1/3 do faturamento anual de um posto de gasolina: R$ 3 milhões
1 apartamento de luxo: R$ 1 milhão 

Heliana Lima da Silva Jatene (ex-mulher do governador) 
1 apartamento de luxo: R$ 1 milhão 

Total já rastreado:  R$ 37,3 milhões


Os postos de gasolina de Beto Jatene 

Veja nos quadrinhos os documentos da Junta Comercial do Pará (Jucepa) que mostram a aquisição de três postos de gasolina por Beto Jatene e seus sócios.

Repare que os únicos valores citados são os R$ 155.400,00 da transferência das quotas de capital, talvez para induzir o leitor a acreditar que a compra  custou apenas isso.

Mas o Diário do Pará mostrou (e a Perereca também mostra, nos quadrinhos extraídos da internet), que postos de combustíveis valem milhões de reais - e não apenas R$ 155.400,00.

Aqui, o anúncio de um posto de gasolina em “bairro nobre”, vendido no site Posto à Venda a R$ 3,5 milhões:


Aqui, um posto na Arthur Bernardes, que fatura R$ 3 milhões por ano (menos da metade do que faturam dois dos postos de Beto Jatene) oferecido a R$ 5 milhões, no mesmo site:



Auto Posto Verdão 

Veja os documentos da Jucepa sobre o primeiro posto de gasolina comprado pelo filho do governador: o Auto Posto Verdão, na avenida Doutor Freitas, 1546, no bairro da Pedreira, em Belém.

Ele foi adquirido por Beto Jatene em junho de 2006, ainda no primeiro governo do pai dele.

A transferência de capital teria ficado em apenas R$ 25 mil, apesar de a receita líquida do Verdão ter atingido, naquele ano, R$ 7,9 milhões, e de ele faturar, segundo estimativa do Serasa, R$ 8,9 milhões por ano.

Veja algumas das páginas da alteração do contrato social do Verdão, em 2006, mostrando a entrada de Beto Jatene na sociedade:



 


Aqui, o balanço patrimonial do Verdão, também em 2006:



Aqui, nova alteração contratual, em 16 de abril de 2012, quando o Verdão passou a pertencer apenas a Beto Jatene e a Eduardo Simões Araújo – um advogado que tem o mesmo nome de um assessor especial do Governo do Estado:






E aqui, o assessor especial do Governo do Estado de nome Eduardo Simões de Araújo, cujo salário é de R$ 3 mil: 



Posto Umarizal 

O Umarizal, na Jerônimo Pimentel, 651, foi o segundo posto comprado por Beto Jatene.

A transferência das quotas de capital, que ocorreu em 23 de março de 2007, teria ficado em apenas R$ 80 mil, apesar de esse posto apresentar um faturamento que o Serasa estima em R$ 8,9 milhões por ano.

Os sócios são Beto Jatene, Eduardo Simões Araújo e Ricardo Augusto Garcia de Souza, o marido de Izabela Jatene.

Veja nos quadrinhos algumas das páginas: 







Posto Girassol 

O terceiro posto comprado por Beto Jatene foi o Girassol, na Augusto Montenegro, 1800.

A transferência das quotas de capital, que ocorreu em março de 2011, já neste segundo governo de Simão Jatene, teria ficado em apenas R$ 50 mil, apesar de o Serasa calcular o faturamento do Girassol em R$ 3,8 milhões por ano.

Através de uma alteração contratual, em 16 de novembro de 2012, o posto passou a pertencer apenas a Beto Jatene e a Eduardo Simões Araújo.

Veja a documentação do Girassol: 








Casas noturnas 

A Perereca também não incluiu na estimativa dos bens da família Jatene as casas noturnas que pertenceriam a Beto Jatene, um assunto há muito tempo comentado em Belém.

Mas já conseguiu um forte indício ligando o filho do governador a pelo menos dois bares: os Ventura.

E quem forneceu esse indício foi o advogado Paulo Sérgio Mota Pereira Filho, que é primo de Beto Jatene.

Em entrevista à Revista Troppo, do jornal O Liberal, em 5 de dezembro de 2010, Paulo contou que era sócio de Alberto Jatene e Ricardo Souza (possivelmente, o marido de Izabela) em um concorrido bar de Belém, aberto, então, há três anos e com filial no bairro do Marco.

As informações são compatíveis com o bar Ventura, que é o nome de fantasia da empresa Paulo S M Pereira Filho Bar e Restaurante –EPP (repare nas iniciais), com CNPJ: 09.165.733/0001-50, aberta em setembro de 2007, na travessa Almirante Wandenkolk, 727, segundo a Receita Federal. Em 2010, o Ventura também já possuía filial na avenida Duque de Caxias, no bairro do Marco.

No entanto, há informações ainda não confirmadas de que também a casa de espetáculos Cangalha, no Km 1 da BR 316, pertenceria ao filho do governador e a Marquinhos Klautau.

Além disso, já se conseguiu identificar, através de blogs e jornais, uma rede de bares que estariam em nome de parentes da mulher de Beto Jatene.

A rede inclui o bar Baronesa, que substituiu o Ventura, além do Maricotinha, Favela Chic, Boteco Modesto e Cortiço Pub.

Eles pertenceriam ao empresário Albert Farid Soares Labad, pai de Luciana Lopes Labad, a mulher de Beto; e à decoradora Milene do Socorro Fonseca Franco, que foi sócia de Izabela Jatene no bar Relicário, e figura como administradora da empresa Manufatura Exportação Indústria e Comércio de Roupas e Acessórios Ltda, que pertence à Izabela e à mãe dela.

Veja aqui a entrevista de Paulo Sérgio Mota Pereira Filho à Revista Troppo:




Aqui, os bares que pertenceriam a parentes da mulher de Beto Jatene: 



 A trajetória de Beto Jatene como funcionário público estadual

Aqui, a nomeação do filho do governador para o TCM, no Diário Oficial do Estado de 15 de setembro de 2004:




Aqui, no Diário Oficial de 11 de janeiro de 2005, averbação de tempo de serviço mostrando que Beto Jatene  já trabalhara como assessor de várias instituições públicas paraenses (Arcon, Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Tribunal de Justiça do Estado –TJE):






Aqui, reportagem da Folha de São Paulo, de 3 de março do ano passado, mostrando que Beto Jatene é hoje assessor do Ministério Público junto ao TCM:



Aqui, o registro de Beto Jatene na OAB e as buscas nos sites do TJE e TRF da 1ª Região que não retornaram qualquer resultado, para processos em que ele tenha atuado como advogado.

O registro da OAB:


Sem resultados no Primeiro Grau do TJE:



Sem resultado nos Juizados Especiais do TJE:



Sem  resultado nas Turmas Recursais do TJE:



Sem resultado na Justiça Militar:



Sem resultado no TRF:




Aqui, anúncios de apartamentos à venda no edifício Wing, em 2011, onde Beto, Izabela e Heliana Jatene possuíam imóveis:



 Aqui, o filho de Eduardo Salles, o sobrinho de Jatene, tenta obter licença da Sectam para criação de gado em uma fazenda de quase 200 hectares em Inhangapi:



Aqui, outra fazenda de Eduardo Salles, a Santa Rita, na rodovia Castanhal/Inhangapi, além daquelas que a Perereca já conseguira encontrar nas reportagens anteriores (leia nos links acima):



Aqui, outro empreendimento imobiliário de Eduardo Salles – o Parque Paraíso:



Abaixo, a nomeação de Izabela Jatene, para assessora da Sectam, em 2001, e para assessora especial, pelo próprio pai, Simão Jatene, em 2003:






Aqui, a nomeação de Ricardo Augusto Garcia de Souza, marido de Izabela, para chefe de Gabinete do TCM, pelo presidente do Tribunal e ex-vereador do PSDB, Zeca Araújo, em fevereiro de 2011, logo no início deste segundo Governo Jatene. Até então, Ricardo era assessor especial:




E leia a postagem da Perereca “Pará, o novo Maranhão”: http://pererecadavizinha.blogspot.com.br/2013/03/opiniao-para-o-novo-maranhao.html