sexta-feira, 23 de abril de 2010

Aviso aos leitores

Infelizmente, por uma série de fatores, estou com os telefones bloqueados para celulares e interurbanos.


Também preciso correr atrás de algum, para o final de semana.


Assim, não tenho condições de fazer as matérias que havia pensado, uma vez que o bloqueio dos meus telefones só deve estar resolvido na semana que vem; e só vou poder atualizar o blog hoje à noite ou amanhã, mas, apenas, com o que eu conseguir catar na internet e com comentários em cima disso.


Além disso, na segunda-feira, se Deus quiser, vou fechar um trabalhinho bacana, mas que vai me exigir disponibilidade de tempo.


À noite ou amanhã, libero os comentários.


Conto com a compreensão de vocês.


FUUUUUUIIIIIIIIIII!!!!!!!!!!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

As “rosas e as pedras” no caminho de um grande partido: o PMDB


É possível que Jader Barbalho venha a enfrentar, nestas eleições, um dos maiores testes de liderança de sua trajetória.


Até porque, no cipoal de interesses em jogo, é quase impossível ter uma imagem veraz das circunstâncias que determinarão as suas próximas cartadas.


Há questões complicadíssimas que Jader terá de responder, com um bom grau de certeza, apesar desse cipoal.


A primeira é o tamanho da relutância das bases peemedebistas a um eventual acordo com o PT, ou até mesmo com o PSDB.


A segunda é a probabilidade de as lideranças peemedebistas contornarem tal relutância, caso a decisão da cúpula contrarie o desejo das bases partidárias.


A terceira é quanto às condições materiais, objetivas, para uma eventual candidatura ao Governo - e as chances efetivas de sucesso.


A quarta é o tamanho do estrago nos interesses nacionais de Jader, a partir de uma candidatura própria ou do apoio local ao PSDB.


O problema é que são tantos os jogadores a puxar a sardinha para a própria brasa, que o terreno em que se pisa, ao se tentar responder a tais perguntas, pode acabar se revelando uma armadilha, mesmo para o instinto e o olhar aguçado de um Jader Barbalho.


No entanto, é da resposta a essas perguntas que dependerá o acerto da próxima cartada desse grande jogador.


“Para Jader, ocupar o Governo novamente seria como casar com a mesma mulher pela terceira vez – e ainda ter de brigar para casar”, diz-me uma fonte peemedebista.


O problema, observa, é que pesa sobre os ombros do velho cacique peemedebista “o ônus da liderança”.


Em outras palavras: a cobrança de seus liderados para que seja, novamente, candidato a governador.


“É como em 1998. O Jader não queria ser candidato, mas foi - pelo partido. Ele não tinha a menor vontade de fazer campanha e todo o projeto dele era nacional. Além disso, ele havia recebido uma proposta irrecusável de Almir Gabriel: a metade do Governo Estadual, todos os cargos federais, o Senado e a vice e, ainda por cima, ajuda financeira ao PMDB”, recorda.


Ele não estaria inclinado a se aliar nem ao PT, nem ao PSDB, por considerar os problemas do PMDB com as duas legendas.


Daí que Jader estaria a analisar “com a maior serenidade” todas as circunstâncias das quais dependem uma eventual candidatura ao governo.


E faz isso enquanto devora “As Rosas e Pedras de Meu Caminho”, livro de memórias do jornalista (e político) Carlos Lacerda...

Uma parruda Mega-Sena

Nos arraiais peemedebistas há quem calcule que uma campanha ao Governo de um candidato como Jader não sairia por menos de R$ 40 milhões, o equivalente a uma Mega-Sena bem parruda.


E olhem que se está a falar de um candidato conhecido, com um partido de grande capilaridade e que jamais enfrentaria essa parada sem uma forte coalizão.


Nesta semana, uma liderança peemedebista me falou sobre as dificuldades de cada alternativa diante de Jader.


“Como vamos subir no palanque do Jatene e pedir votos para Dilma?” Como você acha que a direção nacional do PT veria isso?”– indaga.


“Mas, também é muito difícil recuperar a relação com a Ana, com o nível a que chegou a distensão. Mesmo quando a gente sai em lua de mel, tem porrada em cima do palanque. Agora, imagine o PMDB e o PT, hoje, em cima do mesmo palanque. E imagine isso, principalmente, no interior”- salienta.


Quer dizer, haveria dificuldades “de lógica diferente”, mas, proporcionalmente idênticas, quer para uma aliança com o PT, quer para uma aliança com o PSDB.


Daí que essa liderança peemedebista defenda, ardorosamente, uma candidatura própria.


Mas aí surge outro problemão: onde arranjar dinheiro para a campanha?


“A falta de dinheiro é a dificuldade, embora já tenhamos alguma possibilidade de adquirir; embora a gente já comece a enxergar alguma coisa”, desconversa.


No entanto, observa mais adiante: o PMDB não desistiu da hipótese da terceira via.


Campanha nacional


Ao longo de doze anos de tucanato, os peemedebistas comeram o pão que o diabo amassou.


Mesmo durante o governo do democrático Simão Jatene, suas prefeituras e a bancada estadual foram lipoaspiradas de tal maneira que até o fidelíssimo Bira Barbosa acabou trocando de canoa.


Do grupo de comunicação dos Barbalho, então, nem se fala: a tentativa de asfixia atingiu das verbas de propaganda ao noticiário, já que era proibido repassar ao grupo até uma simples sugestão de pauta.


O problema é que os peemedebistas também penaram, e muito, nestes três anos de PT – ao ponto de reclamarem de falta de dinheiro até para o pagamento das contas de luz, em secretaria sob seu comando.


É verdade que mantiveram muitos DAS – mas, perderam a esperança.


Em outras palavras: a frustração que sentem é proporcional à empolgação que demonstravam, em 2006, após doze anos de vacas magras.


É pouco provável, no entanto, que o PMDB se alie a Jatene, uma vez que a solidez do palanque de Dilma Rousseff no Norte e Nordeste vai se transformando numa questão de vida ou morte para o PT nacional.


Nos bastidores políticos, o que se diz é que a própria ida da governadora Ana Júlia Carepa à casa de Jader, na última segunda-feira, pode ter sido motivada por isso.


No sábado, antes de embarcar para Recife, diz-me uma fonte, o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, teria mantido um diálogo “muito duro” com a governadora, para mostrar-lhe as dificuldades da campanha de Dilma.


“Há uma preocupação muito grande do PT nacional, porque a vitória da Dilma só se configura no Norte e Nordeste” – contou-me a fonte – “E se o Serra colocar 60% a 40% em São Paulo, as coisas complicam. São uns cinco milhões de votos e, no Rio, se considera que a coisa será neutra. A grande aposta é o Norte e Nordeste. E, se rachar, a vaca vai pro brejo. Aliás, no Amazonas, onde o PT contava com um milhão de votos de diferença, já rachou”.

Uma proposta tentadora

Mas, a improbabilidade de fechamento com os tucanos, não coloca o PMDB, necessariamente, nos braços do PT.


Por isso, talvez, a proposta tentadora apresentada pelos petistas aos peemedebistas: dinheiro, máquina, para a campanha – ou seja, uma verdadeira sacola de bondades, nestes tempos bicudos em que os financiadores rareiam, por medo de escândalos.


“A nossa proposta para eles passa pelos interesses naturais de um partido de ampliar as suas bases e bancadas. E isso não é ilegítimo”, diz uma fonte petista.


É claro que uma proposta assim seduz todos os pré-candidatos – quer dizer, boa parte das principais lideranças partidárias.


Mas, até que ponto seduzirá as bases peemedebistas, levando-as a esquecer, ou ao menos a relevar, os sucessivos atritos destes três anos?


Além disso, haverá condições reais de conter aqueles petistas que também parecem agir no sentido da ruptura?


No último sábado, por exemplo, a Democracia Socialista (DS), a tendência da governadora Ana Júlia Carepa, aprovou uma moção de apoio às críticas feitas ao PMDB, pelo deputado Zé Geraldo, da tendência PT Pra Valer.


Além disso, diz-me alguém, integrantes da DS estariam “profundamente incomodados” com a ida dela à casa de Jader, na última segunda-feira.


Tudo porque a visita ocorreu no dia seguinte à publicação de um artigo do ex-chefe da Casa Civil, Cláudio Puty, no jornal O Liberal, repleto de críticas ao PMDB – o que passou a impressão de que a governadora desautorizou a atitude de seu assessor, talvez, a principal liderança da DS local.


E, se não foi assim, parece mesmo. Até porque a visita de Ana a Jader era para ter acontecido ainda na noite de domingo. Mas, o morubixaba peemedebista já dormia, quando petistas encerraram uma reunião de organização da campanha, na qual a estratégica e surpreendente visita foi decidida.


As pedras e as rosas...


Antes da visita de Ana a Jader, o PMDB vinha empurrando com a barriga qualquer definição.


“Não é para cozinhar as bases” – dizia-me um peemedebista, antes de saber da visita da governadora – “É uma questão estratégica a nível de candidatura. Quando a gente disser o que é, começam os custos e as bordoadas. E maratona, para nós, não dá”.


Tal estratégia, no entanto, já começava a irritar até mesmo petistas que defendem a aliança com o PMDB.


“Não dá para ficar esperando todo esse tempo que o Jader quer; é ficar dependendo muito dele. Não dá para a gente ficar de pires na mão como ele quer, até porque é muito cômodo pra ele”, queixou-se um integrante da Unidade na Luta, uma das tendências majoritárias do PT local.


A visita de Ana, no entanto, parece ter acalmado os petistas e deixado até os veículos de comunicação dos Barbalho “mais contemplativos”, digamos assim...


Ana está otimista e trabalha para uma definição até meados do mês que vem.


Jader não disse que sim – mas, também, não descartou a proposta que lhe foi apresentada.


No meio da semana que vem, ele deve voltar a se reunir, em Brasília, com a direção nacional do PT.


Resta, portanto, aguardar pelos acontecimentos desta semana e da próxima, que deverão lançar algumas luzes sobre a decisão do PMDB e o inteiro teor da proposta que lhe foi apresentada – que, talvez, inclua outros acepipes.


Quer dizer: os próximos dias devem sinalizar como o PMDB resolveu lidar, afinal, com as pedras e as rosas em seu caminho.

Para participar, efetivamente, do Poder. Ou, quem sabe, até para tentar reconquistá-lo.

Cada macaco no seu galho



Jornalistas são jornalistas. Historiadores, historiadores.


Cada um tem o seu território, no arranjo multidisciplinar da sociedade.


Nunca me arvorei a fazer análise histórica, até porque não possuo instrumental teórico para isso.


Capto o momento, a conjuntura, as “verdades” de determinadas situações.


Porque é este, afinal, o papel do jornalista: “congelar”, em forma de notícia, um conjunto efêmero, factual.


Ou, às vezes, até fazer análise conjuntural, como fazem vários comentaristas do Sul e Sudeste, sem que isso pareça uma “afronta” às demais profissões.


Em qualquer caso, o bom jornalismo implica ir às fontes, à caça da informação.


Não é tititi, não é simples especulação: é ouvir e ouvir e ouvir; apurar e apurar e apurar. Até para que se possa “construir” uma notícia digna do leitor.


Por isso, ao saber do encontro da governadora Ana Júlia Carepa com o deputado federal Jader Barbalho, fiz o que todo jornalista tem de fazer: fui às fontes.


Até por perceber, como repórter de política, a importância desse fato, que pode resultar numa reviravolta do quadro eleitoral.


Sim, porque jornalismo também é isto: a devida valoração dos fatos.


A Perereca da Vizinha é um blog jornalístico.


E foi, talvez, um dos primeiros blogs paraenses especializado em jornalismo político e investigativo, escrito por uma mulher.


Não disputa território com profissionais de outras especialidades.


Porque cada macaco tem seu galho – e todos os galhos, ao fim e ao cabo, são importantíssimos para a sociedade.


Além do que, a polifonia social é fundamental à Democracia.


Por isso, a entrevista de Jader Barbalho foi feita sob este ângulo: o jornalístico, o factual.


Sem pretender “chatear” os profissionais que o entrevistarão sob o prisma de suas especialidades.


Desde o começo, este blog incomoda muita gente – em geral, aqueles que adorariam submeter a sociedade a uma simples parcela dos acontecimentos.


Mas, foi para a multiplicidade que nasceu a Perereca.


E é assim, quer gostem ou não, que vai continuar.

A força da Ágora Virtual

No Na Ilharga, uma nota para refletir:



"Um fato indesmentível


Um fato muito significativo aconteceu nesta semana sem que talvez as pessoas tenham se dado conta de sua real dimensão. A Rede Globo retirou do ar uma campanha pelos seus 45 anos, que mal fora lançada, por pressão da blogosfera que denunciou a peça como propaganda para o candidato tucano José Serra.


É importantíssimo ressaltar que não houve ação judicial, que nenhum partido fez queixa formal à emissora, mas que a movimentação nas redes sociais foi tão forte que o império global se viu pressionado a voltar atrás. O episódio revelou o poder da internet e dos blogs, que já se contrapõem à grande mídia, aliada a José Serra, e têm uma velocidade impressionante para veicular as informações e transformá-las em fato político.


Tem mais aqui: http://nailharga.blogspot.com/2010/04/um-fato-indesmentivel.html

Bom Dia Cidadão no Twitter




O boa praça Santino Soares manda avisar que caiu no twitter:

“Estamos tentando usar as novas tecnologias de mídia em apoio ao nosso programa na Rádio Liberal “Bom Dia Cidadão”.

Os fatos mais relevantes noticiados nas reportagens ou revelados nas entrevistas diárias que realizamos divulgaremos no twitter Santinopapa.


O Bom Dia Cidadão, que, por enquanto, vai ao ar das 10h às 12h, faz cobertura diária da Câmara Municipal de Belém, Assembléia Legislativa do Pará, Câmara dos deputados e Senado Federal em Brasília, com reportagens, a maioria ao vivo.


Também apresentamos três quadros fixos: Cidadania em Ação, Advogado de Defesa e Debate Liberal.


Esperamos, com essa iniciativa, levar informações de interesse público sobre cidadania às pessoas que não podem, por alguma razão, ouvir o “Bom Dia Cidadão”.


Se você se interessar, acesse o Santinopapa. E se o achar relevante, divulgue entre seus amigos. O endereço é: http://twitter.com/santinopapa

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Vai Passar!

Pro anônimo que sugeriu "Vai Passar" e pro "Zolho Diçartre" (poucas vezes vi uma denominação tão engraçada...), com o seu tucunaré, gelada, vitrola e Chico Buarque.
Pra todos os que lutamos contra a ditadura.
Pra vocês, queridinhos! Pra todos vocês!...

terça-feira, 20 de abril de 2010

Diálogo reaberto: Ana Júlia espera fechar aliança com PMDB até o mês que vem




A governadora Ana Júlia Carepa está otimista: embora não haja um prazo determinado para isso, ela acredita que a aliança como PMDB pode estar fechada até meados do mês que vem. “Pelo menos, vou trabalhar para isso”, disse a governadora, há pouco, à Perereca da Vizinha.


Ana não quis falar sobre a proposta entregue na noite de ontem ao presidente regional do PMDB, Jader Barbalho, pelo presidente regional do PT, João Batista, com vistas às eleições do próximo outubro.


Mas revelou que foi dela a idéia de ir à casa de Jader, na manhã de ontem, para conversar sobre a coalizão. E explicou o porquê:


“Todos os diálogos que temos tido, inclusive o último, apontavam para que a gente conversasse. Na democracia as lideranças têm de conversar, é natural. Então, por isso é que procurei o diálogo com o deputado (Jader), como tenho feito com outros partidos e lideranças”.


Perguntei à governadora se é verdade que ela e Jader já nem se falavam mais. Ela negou: “Eu tinha falado com ele por telefone há umas semanas. O que estava acontecendo é que a gente não estava conseguindo se encontrar. Mas o diálogo estava acontecendo”.


E acrescentou, mais adiante: “Se vai sair a aliança, não é uma resposta que eu tenha agora. O meu papel é procurar os partidos que integram o meu governo, para que a gente possa caminhar juntos. Isso é o que me move. Estou seguindo a estratégia das lideranças nacionais”.


Ana riu quando lhe perguntei se foi estratégica, também, a sua visita-surpresa à casa de Jader. E comentou: “ele é meu vizinho. Fui lá fazer uma visita ao meu vizinho!”


Disse que todas as conversas que manteve com Jader sempre foram muito amistosas e respeitosas: “Nunca deixamos de ser gentis; isso sempre foi uma marca das nossas conversas. Agora, na política, se discute quando há problemas a superar”.


Perguntei à governadora como ela via, em meio a todo esse esforço de negociação com o PMDB, até com a participação da direção nacional do PT, as críticas feitas, na semana passada, pelo deputado federal Zé Geraldo e pelo ex-chefe da Casa Civil, Cláudio Puty.


A resposta dela: “A gente não tem responsabilidade disso, assim como há críticas do PMDB a mim. Isso faz parte. As lideranças políticas têm liberdade de se expressar. Não creio que isso seja um problema. Vamos contornar isso e trabalhar no sentido de uma aliança ampla”.


Ana lembrou, porém, a dificuldade de aprovação, pela Assembléia Legislativa, do empréstimo de R$ 366 milhões que o Governo pretende contrair junto ao BNDES, para compensar as perdas decorrentes da crise financeira internacional.


“Há um fato inédito, que é a Assembléia Legislativa não aprovar esse empréstimo” – disse ela – “E penso que a preocupação de lideranças como o Zé Geraldo é muito mais nesse sentido. Ele sabe que os municípios estão precisando muito desses recursos”.


Perguntei também à governadora se é verdade, como diz o deputado Parsifal Pontes, que ela resolveu tomar as rédeas do próprio governo, em vez de deixar as articulações, apenas, nas mãos de interlocutores nacionais.


A resposta: “A idéia de ir lá foi minha. O PT é um partido nacional e uma coisa é a ajuda das lideranças, o que é importante. Agora, as rédeas têm de ser minhas mesmo e do partido. Quem vai fechar isso somos nós. A gente está conduzindo o diálogo com a nacional, porque as alianças também acontecem em nível nacional”.


Perguntei-lhe se admitia erros nas articulações políticas do governo, não apenas com o PMDB, mas, com a totalidade da base aliada.


“Reconheço que em todo processo político existem percalços. E, até numa relação familiar, existem situações em que, mesmo a gente se amando, há problemas. Cabe a quem tem liderança procurar superar isso”, respondeu.


Indaguei se está otimista, quanto à possibilidade de fechar a aliança com o PMDB nos próximos dias.


Disse ela: “Sou otimista por natureza. Acho que demos um passo. Sei que não é um processo da noite para o dia. Mas é um passo importante no processo de diálogo. Não podemos é perder tempo”.


Ana contou ter tido conhecimento de que vários prefeitos estiveram na Assembléia Legislativa, solicitando aos deputados a aprovação do empréstimo de R$ 366 milhões. E comentou: “Eles estão agindo legitimamente como líderes”.


Perguntei se considerava, como alegam alguns petistas, que o PMDB agiria, hoje, muito mais como inimigo do governo – seja devido às críticas veiculadas pelo grupo de comunicação dos Barbalho, seja em decorrência da relutância do partido em aprovar o empréstimo de R$ 366 milhões.


O que disse a governadora: “Acho que o PMDB é um aliado que está dentro do governo. Mas tem lideranças do PMDB que trabalham pela aliança, e tem outras que trabalham pela ruptura”.


Então, em que grupo se inclui o deputado Jader Barbalho? A resposta: “Jader está ouvindo. Como fez questão de dizer, não é o dono do partido. E vai fazer a sua avaliação em cima do que achar adequado. O que eu propus é que ele se paute pelos interesses do desenvolvimento do estado”.


E acrescentou: “Temos feito um governo inovador e estamos atraindo investimentos, como esses que resultaram na siderúrgica de Marabá. Estamos agregando valor aos nossos recursos naturais, estamos industrializando os nossos recursos. Aquilo que se sonhou durante muito tempo está finalmente acontecendo. Expus isso a ele (Jader). Falei sobre o Ofir Loyola que, pela primeira vez em muitos anos, não tem fila. Falei sobre isso: sobre todos esses imensos avanços”.


Ana disse que não foi fixado um prazo para o fechamento da aliança com o PMDB, embora esteja trabalhando para que isso aconteça nos próximos 15 dias ou até meados do mês que vem.


E observou: “Foi uma preocupação comum, nossa, a de que não podemos perder tempo. Vou trabalhar para fechar até o final do mês, mas, não posso criar expectativas. Espero que até meados do mês que vem isso esteja resolvido”.


E arrematou: “Sei que as coisas não são assim. Sei que isso merece um tempo. Quando as relações ficam difíceis, estremecidas, a gente tem de fazer um trabalho de reconquista, que nem acontece com dois namorados que têm de ter um tempo mínimo antes de poderem voltar”.

Máquina vai apoiar PMDB e aliança com PT pode ser fechada nos próximos 15 dias.



Segundo fonte ouvida pelo blog, a proposta petista já se encontra, sim, desde ontem à noite, nas mãos do PMDB


Apoio da máquina aos candidatos do PMDB nas eleições de outubro próximo – entre eles o presidente regional da legenda, Jader Barbalho, que concorreria ao Senado Federal.


Essa seria uma das propostas que o PT apresentou ao PMDB, para a repactuação da aliança vitoriosa de 2006, segundo uma fonte ouvida há pouco pelo blog.


E, ao contrário do que afirma Jader (leia a postagem anterior), a fonte garante que a proposta já foi entregue, sim, ao PMDB na noite de ontem.


A fonte negou que a proposta preveja um percentual de 50% de participação no novo governo para os peemedebistas: “Não é nada disso. Acho que para ele (Jader) cargo é secundário. Ele quer é ter segurança de que será eleito senador e fazer uma boa bancada, para ter força no governo”.


E acrescentou; “O que foi oferecido a ele é a segurança de que ele se elege senador”.


Além disso, esclareceu, a proposta também “passa pelo apoio aos deputados federais e estaduais”.


Perguntei à fonte: é dinheiro para a campanha? A resposta dela: “é campanha, positividade do governo”.


Mas, depois de muita insistência, acabou admitindo que a proposta passa, sim, pelo apoio da máquina aos peemedebistas, nas próximas eleições.


O acordo inclui ainda, segundo a fonte, “quebrar essa relação mal feita” com os prefeitos do PMDB.


A configuração prevista da aliança é de Ana para o Governo, Jader e Paulo Rocha para o Senado e Anivaldo Vale para vice-governador.


A fonte considera que uma aliança tão abrangente é boa para o próprio Jader, na medida em que permitirá que PR e PTB também trabalhem a candidatura dele ao Senado.


Jader teria pedido tempo para pensar acerca da proposta.


Mas a expectativa, diz a fonte, é que o acordo do PT com o PMDB seja fechado nos próximos 15 dias.


Daqui a pouco a Perereca retorna com novas informações.

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Atualizada às 15h45:

PT divulga nota sobre encontro de Ana e Jader


Nota à Imprensa


O presidente do PT, João Batista, disse nesta terça-feira, 20, em reunião da Executiva Estadual, que “o gesto da governadora Ana Júlia em visitar o deputado federal, Jader Barbalho, demonstra sua capacidade de grande líder, que sabe colocar os interesses do estado acima das paixões partidárias. Isso nos revela uma Ana Júlia guerreira e determinada, como sempre, em fazer o melhor para o Pará”.

Jader revela: PT deve apresentar “leque de motivações” ao PMDB ainda nesta semana

“Acho que foi um gesto espontâneo da parte dela, em conseqüência da visita do José Eduardo Dutra (presidente nacional do PT), que deve ter conversado com ela e ela deve ter decidido estabelecer um canal de conversação. Creio que o Dutra deve ter recomendado que ela conversasse comigo, para retomar as conversações, com vistas às próximas eleições”.


A declaração foi feita há pouco à Perereca da Vizinha, pelo presidente regional do PMDB, deputado federal Jader Barbalho, acerca da conversa que manteve, na manhã de ontem, com a governadora Ana Júlia Carepa – que quebrou o protocolo e foi à casa do deputado, para um cara a cara com ele, durante cerca de uma hora (leia a postagem anterior).


Jader evitou entrar em detalhes em relação ao que Ana ofereceu ao PMDB, para a repactuação da aliança vitoriosa de 2006. Disse, apenas, que Ana ficou de lhe apresentar “um leque de motivações”, para que ele discuta com seus correligionários.


Ele não soube dizer ao certo a data de apresentação dessas propostas pela governadora, mas acredita que isso ocorrerá ainda nesta semana.


O morubixaba peemedebista negou que tenha ficado sem reação, tamanha a surpresa, na manhã de ontem, ao receber a visita da governadora em sua casa, no condomínio Cristal Ville.


“Não fiquei sem saber o que dizer. Ela é minha vizinha, afinal de contas. Nunca tive dificuldades pessoais com ela, em nenhum momento houve indelicadeza, falta de educação. As conversas sempre foram cordiais entre nós. É natural que, na política, haja momentos de atritos e de inconveniências. Mas nunca houve, no meu relacionamento com ela, indelicadezas”, afiançou.


Jader contou que, durante o encontro, disse à governadora mais ou menos o seguinte: “Vocês conversem e proponham, façam uma proposta de participação e eu vou conversar com os companheiros do PMDB”.


E acrescentou ao blog: “Sim, porque eu não sou dono do partido. Eu converso com os meus companheiros”.


Perguntei-lhe se é verdade que há grande resistência entre os peemedebistas em relação a uma aliança com os petistas, para as eleições do próximo outubro.


A resposta de Jader: “Existe hoje no PMDB entusiasmo em relação a uma candidatura minha ao Governo, em razão até das pesquisas. O que existe é isso. O sonho de um partido é ter candidatura própria. E evidentemente que entre uma candidatura ao Governo e apoiar outro partido, a simpatia é mais pela candidatura própria”.


O deputado deixou claro, porém, que ainda não decidiu seu futuro político – se será candidato ao Governo ou ao Senado:


_Estamos examinando essas questões com muita calma. Até porque são questões políticas; não podem ser examinadas como projeto pessoal. Como líder do partido, tenho obrigação de examinar todos os ângulos.


Perguntei-lhe, então, se hoje o PMDB estaria mais próximo de Ana Júlia ou do tucano Simão Jatene. A resposta: “hoje, estamos distantes de todos dois”.


Indaguei-lhe, ainda, o que existe de verdade, nas especulações da blogosfera, acerca do distanciamento ou reaproximação com o PT.


A resposta dele: “O que existe é diálogo, principalmente fomentado pela direção nacional e por setores locais do PT”.


Apertei: perguntei quais as chances, numa escala de 1 a 10, de retomada da aliança com os petistas.


A resposta: “Fica difícil estabelecer, porque a política é profundamente dinâmica. Acho que o importante é não amesquinhar essas questões. Vamos analisar e aí ver o caminho que vamos tomar, evitando posturas preconceituosas. Não existe isso, especialmente num comandante de longo curso, como é o meu caso. Já vi muita noite de luar e já enfrentei muitas tempestades. Temos que ter tranqüilidade para isso, para não assumir posturas precipitadas. Isso fica para os iniciantes, que é um direito que eles têm. Aliás, até li um dia desses uma frase que considerei fantástica: Não sou tão jovem para saber tudo”.


Jader também confirmou o encontro que deverá manter, possivelmente no meio da próxima semana, em Brasília, com o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra: “O Dutra me fez um pedido nesse sentido, que a gente sente para conversar”.


Perguntei-lhe, por fim, se as propostas que serão apresentadas pelo PT ao PMDB incluirão, além de participação no governo, também na campanha eleitoral. A resposta dele: “A essa altura, vamos discutir é a campanha eleitoral. Qualquer outro tipo de tema é perda de tempo”.

Ana Júlia quebra o protocolo e vai ao encontro de Jader, para resgatar aliança com o PMDB



É possível que a governadora Ana Júlia Carepa tenha dado um passo decisivo para a repactuação da aliança entre o PT e o PMDB: na manhã de ontem, em companhia do deputado federal Paulo Rocha, ela atravessou os cem metros que separam a casa dela da casa do deputado Jader Barbalho, no condomínio Cristal Ville, e teve um longo bate-papo com o morubixaba peemedebista.


A notícia, sob o título “Adivinhe quem veio para o café?”, foi publicada na noite de ontem pelo blog do deputado Parsifal Pontes, do PMDB, e também no Espaço Aberto.


Diz o deputado na postagem:


“Hoje pela manhã o deputado federal Jader Barbalho gravava uma participação radiofônica. O seu assessor, Antônio José, entrou-lhe no gabinete e disparou:


- A governadora Ana Julia e o deputado federal Paulo Rocha estão aqui...


Jader Barbalho, entre incrédulo e surpreso:


- Aqui aonde, rapaz?!


Antônio José, em tom mais convincente, ratificou:


- Dr. Jader, eles estão aqui, na sua casa: na sala.


A governadora mora a menos de 100 metros do deputado Jader e, talvez convencida pelo deputado federal Paulo Rocha, resolveu afastar os interlocutores de fora das fronteiras do Pará.


Ao atravessar a pequena distancia física que separa a casa dela, da residência dele, Ana Júlia fez um gesto para encurtar a enorme distancia política que os dista.


Talvez, tenha sido este o gesto mais aprumado que a governadora tenha tomado no seu relacionamento com o PMDB: o outro seria mandar a criançada que a cerca para o abecedário, inclusive o doublé de articulista dominical.


A surpresa de Jader Barbalho ao se ver, não mais que de repente, com a governadora do Pará em sua sala, sem nada ter sido marcado, sensibilizou-o: refeito da contingência, recebeu-a com gentileza, como lhe é peculiar.


A conversa foi longa. Jader, comme il faut, mais ouviu do que falou. O deputado Paulo Rocha fez algumas observações.


Embora não muita coisa nova tenha sido tratada, permita-me o leitor, por questões estratégicas, e até protocolares, não revelar o teor da entrevista.


Mas, prometo que um dia brindar-lhes-ei com a completa crônica do episodio, que passará a ser um dos mais pitorescos da historia política do Pará”.


O link para a postagem está aqui, e vale à pena dar um pulo lá, até pelos muitos comentários que recebeu: http://pjpontes.blogspot.com/2010/04/adivinhe-quem-veio-para-o-cafe.html

Conversei, na noite de ontem, com Parsifal. Ele disse que a conversa de Ana e Jader durou de 40 minutos a uma hora, mas garantiu que nada de novo foi decidido, nem sequer a data do próximo encontro entre os dois.


Ana teria renovado ofertas já feitas a Jader – uma vaga ao Senado (a outra é de Paulo Rocha), até pelo fato de o cacique peemedebista ter dito ao presidente do PT, José Eduardo Dutra, na manhã do último sábado, em Belém, que gostaria, de fato, de se candidatar a senador.


Ana também teria oferecido ao PMDB participação no Governo e na campanha, mas, sem entrar em detalhes.


Além disso, não teria tocado na Vice, embora tenha oferecido essa vaga publicamente ao PMDB, há cerca de dois meses.


Ana teria chegado a pé na casa de Jader e demonstrado, no início, certo nervosismo. Até porque, segundo me disse no início da noite uma fonte peemedebista, Jader já teria decidido não mais atender os telefonemas da governadora.


“Ela devia saber que o Jader estava em casa, porque os assessores mais próximos dele estavam lá. Aí, ela nem se preocupou em telefonar: foi lá. Entrou e se colocou na sala. E foi algo tão surpreendente que o Jader, no início, não acreditou: achou que era brincadeira do Antonio José”, contou Parsifal.


De tão supreso, Jader teria até comentado a assessores próximos: “No tempo de vida que tenho e acostumado a qualquer situação, fiquei uns 60 segundos sem saber o que ela dizia, tentando me recompor e pensando no que ia fazer”.


Parsifal afirma que também ficou surpreso com o fato: “Qualquer um ficaria. A coisa que ele (Jader) menos esperaria ela chegar na sala da casa dele e encontrar a Ana Júlia, sem que nada tivesse sido combinado”.


Ele jura, no entanto, que nem essa atitude da governadora conseguiu apaziguar os ânimos entre o PT e o PMDB – que andam pra lá de exasperados.


Mas, admite: “Ela quebrou a incomunicabilidade. Ela queria restabelecer o diálogo e quebrou aquela coisa de eles não se falarem”.


Perguntei a Parsifal o que ele achou, afinal, da ida de Ana à casa de Jader.


A resposta dele: “Achei uma atitude corajosa. Mas, é claro, isso também pode ser analisado como um gesto de desespero e uma atitude de quem quer realmente fazer essa coalização”.


O deputado lembrou que, ao ir ao encontro de Jader dessa maneira, “ela (a governadora) abriu mão do próprio rito do cargo. Foi uma coisa extrema, que deixa o Jader numa situação muito complicada, do ponto de visto político e pessoal”.


E analisa: “Ela resolveu agir. Se ela se colocasse a consultar os conselheiros dela, não tomaria essa atitude”.


Para ele, o gesto de Ana Júlia “pode ser o início da busca de uma autoridade da qual ela abriu mão, já que começou a ficar à mercê de interlocutores, o que demonstra fraqueza. Ela pode ter resolvido tomar as rédeas novamente. E como ela é a governadora, você acaba tendo de considerar as colocações dela, já que o resto – Puty e outros interlocutores - já não levamos a sério, até porque achamos que eles contribuíram para a deterioração do mandato dela, não apenas em relação a nós, mas, à Assembléia Legislativa como um todo”.


Perguntei a Parsifal se ele acredita que isso, afinal, abriu a porta para a renovação da aliança entre petistas e peemedebistas.


A resposta dele: “Não digo que isso vá levar à repactuação da aliança, mas, se tiver que levar, é por aí. O caminho seria esse, a governadora tomando as rédeas de seu governo. Se ela resolver ser governadora, fazer a articulação, é por aí o caminho para a repactuação com o PMDB”.


O deputado salientou que o PMDB já não aceita os interlocutores do governo e que as conversas mantidas com o PT, em Brasília, têm versado muito mais sobre a coalizão nacional.


E observou: “Agora, no momento em que ela (a governadora) arreda essa turma e se coloca como interlocutora, a conversa muda de figura. É uma demonstração de que ela quer tomar as rédeas do governo dela. E o problema sempre foi esse: ela entregou as rédeas do governo a esse pessoal, que não sabe fazer articulação política”.


Por “esse pessoal” leia-se assessores próximos da governadora, como é o caso de Cláudio Puty, Carlos Botelho, Maurílio e Marcílio Monteiro, todos integrantes da Democracia Socialista (DS), a corrente política de Ana Júlia; e todos, também, integrantes do chamado “núcleo duro” do Governo.


Perguntei ainda ao deputado se esse encontro com Jader, da forma como aconteceu, pode ter contribuído para a aprovação, pela Assembléia Legislativa, do empréstimo de R$ 366 milhões que o Governo Estadual pretende contrair junto ao BNDES, para repor as perdas decorrentes da crise financeira internacional, no ano passado (o empréstimo, aliás, tem gerado uma verdadeira queda de braço entre o Governo e os deputados estaduais).


Mas Parsifal garantiu que Ana Júlia só mencionou o empréstimo, sem entrar em detalhes.


E acrescentou: “Não é só tratar com o PMDB esse assunto. Isso tem de ser rearticulado na Assembléia. O fato de o PMDB apoiar pode facilitar as coisas, mas os partidos não ficarão a reboque de nós. Isso precisa de uma rearticulação total. E só ela (Ana Júlia) salva isso. Essa coisa de ficar querendo fazer pressão em cima dos deputados não resolve. A Assembléia Legislativa não é uma fábrica, um sindicato. É fazer o que o Lula fez, quando teve problemas no Legislativo: chamou para ele. Nem que o PMDB caminhe com ela (a governadora), tem outra questão a resolver, que é a rearticulação da base do governo”.


Na sua opinião, o que há de novo, de fato, é que Ana Júlia “tomou uma atitude. É como se ela tivesse parado de brincar e dissesse: a política aqui sou eu. Se foi assim realmente que ela pensou, o caminho é esse”.


Mas, embora cordial, essa não foi a melhor conversa entre Ana e Jader. Diz Parsifal:“Ele (Jader) nunca tratou a governadora de maneira indiferente, nem mesmo nos momentos piores. Mas já houve melhores (conversas), quando ainda estávamos em lua-de-mel, antes de ela tomar posse”.


Reunião

No começo da noite de ontem, já se podia notar certo otimismo em liderança petista ouvida pelo blog.


Apesar dos sucessivos atritos entre petistas e peemedebistas, que vêm se acirrando desde fevereiro, a informação era de que as conversas com Jader “estão avançando bem”.


“Vai ser surpresa. Ele (Jader) deve fechar com o PT”, afiançou a fonte.


Disse ainda não haver data para o fechamento da aliança, mas que isso “deve ser logo, logo”.


No meio da próxima semana, aliás, a previsão é de um novo encontro, em Brasília, entre Jader e a direção do PT.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Jatene em Salinas, no domingo



Simão Jatene bate ponto em Salinas, no domingo.
Vai participar da eleição e posse da diretoria da Associação dos Vereadores do Nordeste Paraense, que reúne 45 municípios da região. Nos últimos dois meses, Jatene já esteve em quase 20 municípios.
Tudo através da caravana “O Pará que Queremos”, promovida pelo Instituto Teotõnio Vilela.

 Papo animado

Falar em Jatene: o tucano foi visto num papo animadíssimo com o deputado federal Lúcio Vale, filho do cap do PR paraense, Anivaldo Vale.
Foi no domingo, em Aurora do Pará, durante o aniversário de um ex-prefeito.
Jatene e Lúcio conversaram durante uns 40 minutos.
Quem viu garante que pareciam muito à vontade, um ao lado do outro..

Patrulhas mecanizadas para 100 prefeituras



Ao que parece, o Governo resolveu, finalmente, trabalhar no atacado.


No próximo 1 de Maio, o Mangueirão será palco de uma grande festa, com a entrega de mais de 500 máquinas, entre patrulhas mecanizada e kits agrícolas, além de caçambas e caminhões, a mais de 100 prefeituras paraenses.


A festança acontecerá pela manhã, no estacionamento do estádio, e são esperadas caravanas de todo o interior.


As patrulhas mecanizadas ajudarão a recuperar vicinais e, também, a incrementar a agricultura familiar.

Justiça volta a suspender leilão de Belo Monte

No jornal O Globo, há pouco, em reportagem de Gustavo Paul

BRASÍLIA - A Justiça Federal de Altamira, no Pará, concedeu nesta segunda-feira mais uma liminar suspendendo o leilão da usina de Belo Monte, previsto para esta terça-feira. A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que irá recorrer.


Na semana passada, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), tinha cassado a liminar concedida pela Justiça Federal do Pará que suspendia o leilão da usina de Belo Monte.


O leilão estava marcado para esta terça-feira, 20 de abril, mas o horário ainda não tinha sido definido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)".


Mais aqui: http://oglobo.globo.com/economia/mat/2010/04/19/justica-federal-da-nova-liminar-suspende-leilao-de-belo-monte-916382922.asp
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Atualizado às 18h37


No site do Tribunal Regional Federal da 1 Região:


Mais uma liminar suspende o leilão de Belo Monte

O juiz federal Antonio Carlos Almeida Campelo, da Subseção de Altamira, concedeu há pouco a segunda liminar que manda suspender o leilão que selecionará as empresas que vão construir a Hidrelétrica de Belo Monte, na região do Xingu, sudoeste do Pará. O certame está marcado para esta terça-feira (20). Se a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não suspender os efeitos do edital que autoriza o leilão, ficará sujeita à multa de R$ 1 milhão.


Além de suspender o leilão, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) terá que anular a licença prévia que expediu e não poderá emitir uma nova, até que a ação seja apreciada no mérito. Ainda cabe recurso da decisão ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília (DF).


Na semana passada, o mesmo magistrado, ao apreciar outra ação civil pública também ajuizada pelo MPF, mandou suspender o leilão marcado para amanhã, sob o argumento de que ainda não foi regulamentado o artigo 176 da Constituição Federal. O dispositivo dispõe, no seu parágrafo 1º, sobre a pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais (inclusive os hidráulicos) em todo o País.


Na primeira ação, o MPF levantou questões de direito para mostrar que a construção da usina feria dispositivos da Constituição Federal. Na outra ação, com liminar concedida nesta segunda-feira, Campelo concordou com as alegações do Ministério Público de que houve infrações à legislação ambiental, inclusive a não consideração das contribuições colhidas nas audiências públicas durante a fase em que os estudos de impacto ambiental decorrentes da construção da hidrelétrica estavam sendo analisados.


“As audiências públicas servem para dar publicidade do teor do empreendimento e também, senão principalmente, tem a finalidade de colher críticas e sugestões das pessoas presentes interessadas. Por critério lógico, essas críticas e sugestões não podem ser desprezadas, porquanto se assim fosse não estabeleceria o normativo a expressa necessidade de oitiva dos interessados”, diz Campelo num trecho da decisão, que tem 50 laudas.


“Meras encenações” -O magistrado afirma ter ficado evidenciado, nos autos do processo, que as audiências públicas “se transformaram em meras encenações para cumprimento dos normativos legais, e, ainda pior, a equipe de analistas ambientais reconhece a exiguidade do tempo para examinar as sérias implicações que podem redundar em prejuízos irrecuperáveis de degradação do meio ambiente.”

Aqui, a íntegra da matéria e da decisão judicial: http://www.pa.trf1.gov.br/noticias/ver.php?id=853

Duas Postagens: a Link e o sujo e o mal lavado

Depois do Marcelo Bacana Marques (link ao lado) também pousa na Perereca o jornalista baiano Giorlando Lima, do blog Notas da Bahia.


Tudo na caixinha de comentários da matéria “O Angu da propaganda: Governo e DC3 negam subcontratação. Mas Digital confirma ligação entre Link e DC3”, publicada no último dia 14.


Aqui: http://pererecadavizinha.blogspot.com/2010/04/o-angu-da-propaganda-governo-e-dc3.html

E na caixinha da postagem “O Sujo e o Mal Lavado”, entram na roda até Cilene Couto e Ronaldo Brasiliense. Aqui: http://pererecadavizinha.blogspot.com/2010/04/o-sujo-e-o-mal-lavado.html

O blog agradece a todos, especialmente aos anônimos, que também têm trazido informações relevantes a tais debates.

Diário confirma notícia antecipada pela Perereca em fevereiro. Plim!Plim!




“O Jader será candidato à majoritária, decididamente – senador ou governador”.


A declaração acima é de uma boa fonte da Perereca e data de fevereiro deste ano.


Foi finalmente confirmada no jornal Diário do Pará, no último sábado, pelo próprio Barbalhão.


A íntegra da matéria está aqui. http://pererecadavizinha.blogspot.com/2010/02/extra-extra-jader-e-pt-reunem-na-terca.html

Trazia, inclusive, um “furo”: uma das primeiras reuniões em Brasília, se bem me recordo, entre Jader e Padilha.


Note que até já passou – e muito – a data prevista pelos petistas para recuperar o casamento com o PMDB.


Mas as declarações da fonte quentchura da Perereca continuam pra lá de atuais.


Por isso é que eu sempre digo: não deixe de entrar na Perereca. Mas, aprecie com moderação...

IAP discute identidades afroindígenas na Amazônia

O Instituto de Artes do Pará (IAP) dá prosseguimento ao projeto Saber da Fonte, que busca levar ao público pesquisas acadêmicas sobre o universo cultural da Amazônia.


Nesta terça-feira, dia 20, quem participa do projeto é Sarraf Pacheco, professor doutor em História Social.


Ele vai falar sobre matrizes culturais afroindígenas na palestra “No Rastro/ Resíduo da História: Linguagens e Identidades Afroindígenas no coração da Amazônia”. O evento começa às 18h30, no auditório do IAP (Nazaré, ao lado da Basílica).


A perspectiva desta apresentação é estimular entre o público a valorização de experiências de grupos de tradições orais africanas, indígenas e mestiças que se esparramaram, interagiram e conformaram marcas das identidades materiais e sensíveis amazônicas.


Segundo Sarraf Pacheco, rastros da presença indígena, africana e mestiça e suas trocas culturais, captados nos dois lados do arquipélago de Marajó – campos e florestas –, em referências presentes na historiografia amazônica, assim como em documentários, narrativas literárias e depoimentos orais, permitem discutirmos como outras linguagens comunicacionais foram canais por onde populações amazônicas de matrizes multiétnicas sabiamente inscreveram suas identidades e trajetórias.


De acordo com o pesquisador, a dinamicidade do processo cultural impede que essa cultura – formada por narrativas fantásticas, cantigas, chulas, rezas e benzeções -, por ser uma tradição oral, corra o risco de desaparecer ou sofrer modificações demais em relação às suas origens. A tendência, diz ele, é que uma cultura mais rica surja dessa interação.


“Inicialmente é preciso entender o caráter dinâmico das culturas populares. Nenhuma cultura consegue permanecer igual ao seu nascimento ou a sua dita primeira invenção. As modificações são processos que expressam a historicidade das práticas culturais. As populações marajoaras, por estarem situadas em espaços de grandes circulações de ideias, desde o período colonial, constituíram suas identidades em amplo processo de trocas culturais. As tradições orais marajoaras adaptam-se, recriam-se, abandonam o que não mais lhes interessa e constroem sua história”, ensina.


SERVIÇO


Projeto Saber da Fonte. Programação todas as terças-feiras do mês de abril, às 18h30, com entrada franca, no auditório do Instituto de Artes do Pará (Nazaré, ao lado da Basílica). Informações: 4006-2945.

(Fonte: Ascom/IAP)