domingo, 22 de setembro de 2013

Mortalidade na infância do Pará é a segunda maior do Brasil. Em 22 anos, estado subiu do 11º para o 2 º lugar e hoje só perde para o Amapá. Queda da mortalidade de crianças do Pará foi a quarta pior do Brasil e ficou abaixo da média nacional e até da Região Norte.




A taxa de mortalidade na infância do Pará já é a segunda maior do Brasil e só perde para o Amapá.

A cada mil crianças que nascem no Pará, 24,1 morrem antes de completar  cinco anos. No Amapá, as mortes são de 29,0 por mil.

Em 1990, a mortalidade na infância do Pará era ainda maior: 53,3 por mil nascimentos.

No entanto, o estado ocupava a 11ª posição do ranking nacional, atrás de Alagoas, Paraíba, Ceará, Pernambuco, Maranhão, Rio Grande do Norte, Bahia, Sergipe, Piauí e Acre.

No Acre, o 10º colocado, a mortalidade de crianças menores de 5 anos alcançava 65,1 por mil nascimentos; em Alagoas, o primeiro do ranking, chegava a 117,8 por mil – o dobro do Pará.

Mas entre 1990 e 2012, ou seja, em 22 anos, a mortalidade na infância caiu nesses estados muito mais do que no Pará.

No Pará, a queda foi de 54,8%. No Ceará, por exemplo, 82,3%.

Com isso, a taxa de mortalidade do Ceará baixou de 91,6 para 16,2 por mil nascidos vivos.

Os dados são do Ministério da Saúde e foram manchete do jornal O Liberal deste domingo, 22/09 (caderno Atualidades, página 9).

O jornal, porém, preferiu destacar a redução paraense da mortalidade na infância.

Mas essa redução de 54,8% do Pará foi a quarta menor do Brasil, à frente apenas de Roraima (52,8%)Mato Grosso (51,8%) e Amapá ( 33,9%).

No entanto, Roraima e Mato Grosso possuem taxas de mortalidade na infância de 21,6 por mil nascimentos – ou seja, menores que a do Pará.

Na verdade, a queda paraense de mortalidade na infância ficou abaixo da média nacional (que foi de 68,5%) e até da média da Região Norte (56,1%).

E mais: no Pará, o número de mortes de crianças de até 5 anos por mil nascimentos (24,1) é superior à média do Brasil (16,9) e até da Região Norte (23,2), a mais alta entre as regiões brasileiras.

O Pará foi, também, um dos 10 estados brasileiros que ainda não alcançaram um dos “Objetivos do Milênio” da Organização das Nações Unidas (ONU): a redução dessa mortalidade para 20 crianças por mil, até 2015.

Além do Pará, continuam abaixo da meta os estados do Maranhão (23,4), Acre (22,8),  Amazonas (22,6), Bahia (22,0), Piauí (21,7), Tocantins (21,6), Roraima (21,6), Mato Grosso (21,6) e Amapá (29,0).

Entre os estados que já alcançaram a meta da ONU estão 6 que apresentavam taxas de mortalidade na infância maiores que a do Pará, em 1990: Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe.

Veja acima o quadro extraído do jornal O Liberal.

E abaixo, nos quadrinhos (clique em cima deles para ampliar) uma parte da reportagem do jornal:




Leia mais sobre a queda da mortalidade na infância registrada no Brasil, que foi a maior da América Latina: http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/13295/162/brasil-registra-maior-queda-entre-os-paises-da-america-latina.html

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