O vice-presidente Hamilton Mourão disse que não vai comentar a invasão do Congresso dos EUA, porque se trata de uma “questão interna” daquele país.
Mourão mente. E o faz, sem trocadilho, para vacinar o Brasil contra o que ele imagina que pode vir por aí, após a posse do Biden.
A luta que hoje travamos vai muito além de nacionalidades e de sistemas econômicos.
É uma luta pela Democracia, e até pela própria Civilização.
Por isso, o que ocorreu no Congresso norte-americano diz respeito, sim, a cada ser humano comprometido com tais conquistas, em cada cidade, em cada país, em cada continente.
É verdade: não foram os ETs que cercaram e invadiram o Congresso dos EUA, como em filmes de ficção científica.
Mas foi quase isso.
Foram milhares de pessoas que vivem em uma realidade paralela; que perambulam pelo mundo feito zumbis do patriarcado.
Infelizmente, muito boa gente ainda não entendeu isto: essa luta transcende, imensamente, as diferenças entre liberais, socialistas, comunistas e todas as colorações democráticas, à esquerda e à direita.
É uma luta pela sobrevivência mesma, e em todo o mundo, de todas as conquistas das sociedades humanas, em milhares de anos de processo civilizatório.
Não tenho ilusões de que Biden será um “revolucionário”, ou de que não defenderá, com unhas e dentes, os interesses econômicos dos EUA, inclusive no Brasil.
Mas espero, sim, que ele e os manos norte-americanos compreendam que estamos em uma guerra sem fronteiras contra um inimigo comum.
O pior inimigo já enfrentado pelo Ocidente, e até por grande parcela do Oriente, devido ao poder de manipulação mental que possui, através de suas redes de notícias falsas e da disseminação do medo, uma das forças mais poderosas e destrutivas do nosso inconsciente.
São Hordas da Intolerância, que pretendem a destruição de todos aqueles que sejam diferentes: dos costumes ao pensamento.
Se vencerem, mulheres voltarão a ser meras propriedades familiares. Gays serão trancados em prisões e hospícios. Negros nascerão e viverão para a escravidão. E os pobres não terão roubados “apenas” os direitos trabalhistas, mas até os direitos políticos.
Se vencerem, com as ferramentas de controle individual e coletivo hoje existentes, mergulharemos em uma Idade das Trevas bem mais difícil de superar.
O ataque ao Congresso dos EUA, país que é visto como o coração da Democracia, dá a medida do que enfrentaremos até que consigamos vencer esse exército obscurantista, inclusive, no Brasil.
O problema não é o Trump, o Bolsonaro, o Malafaia, mas os milhões, bilhões, de zumbis do Patriarcado que se identificam com eles.
Ou porque realmente pensam como eles, ou porque foram tão manipulados que também passaram a pensar assim.
Esse ataque não foi “apenas” contra o Congresso dos EUA e contra a eleição do Biden: foi um ataque a todas as forças civilizatórias e democráticas do Planeta e à vitória mais significativa que obtivemos até aqui.
E não há como vencermos essa luta sem uma profunda solidariedade internacional a cada um dos nossos companheiros, ainda que eles não representem o nosso ideal de sociedade.
FUUUIIII!!!!
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