terça-feira, 22 de março de 2022

Você sabia que os nazistas eram tão perversos que até faziam capas de livros com pele humana? Sabia que o nazismo está crescendo no Brasil e que “novos nazistas” apoiam Bolsonaro?


 

Ela tinha um passatempo que parecia de um filme de terror: colecionava pedaços de pele tirados de prisioneiros. Peles com tatuagens. 

E até mandava fazer carteiras, livros e luminárias (abajures) com aquelas peles.

Seu nome era Ilse Koch, esposa do comandante do campo de concentração criado pelos nazistas na localidade de Buchenwald, na Alemanha.

 

6 milhões de judeus assassinados, incluindo bebezinhos

Os nazistas dominaram a Alemanha e ocuparam vários países da Europa, entre as décadas de 1930 e 1940. Seu principal líder foi Adolf Hitler.

Eles foram derrotados na Segunda Guerra Mundial, que acabou em 1945.

Durante a guerra, eles assassinaram 6 milhões de judeus, um povo que queriam eliminar da face da Terra.

Entre esses 6 milhões de mortos estavam mais de 1 milhão de crianças, inclusive bebezinhos.

Muitos desses judeus foram mortos em campos de concentração, como esse de Buchenwald.

A matança planejada, premeditada, dos judeus pelos nazistas ficou conhecida como Holocausto.

Mas eles também mataram milhões de ciganos, gays, deficientes físicos e mentais, prisioneiros de guerra soviéticos, poloneses, além de comunistas e outros inimigos políticos (veja ao final).

 

Campos de Concentração

Os campos de concentração eram enormes prisões onde as pessoas eram forçadas a trabalhar como escravas.

Esses prisioneiros não recebiam comida suficiente e podiam ser espancados, torturados ou até assassinados, por qualquer coisa que fizessem.

Todos dormiam amontoados em galpões: cinco ou seis em cada cama, onde cabiam, no máximo, duas pessoas.

O ajuntamento, a sujeira e a falta de comida faziam com que eles pegassem várias doenças.

E quem ficava fraco ou doente demais para trabalhar era assassinado.

Vários presos, inclusive crianças, também foram usados como cobaias em “experiências médicas”, que eram verdadeiras torturas.

 

Matança em “câmaras de gás”

Mas o principal tipo de matança, nos campos de concentração, era com um gás venenoso.

Muitas pessoas, principalmente idosos, crianças, doentes e mulheres grávidas eram mandadas para esses campos para serem assassinadas assim que chegassem.

Os guardas mandavam que eles tirassem as roupas, para que tomassem um banho.

Mas, na verdade, os “banheiros” eram “câmaras de gás”: galpões onde eram trancados e sufocados até a morte, com esse gás venenoso. 

 

Muitos locais de matança e várias formas de matar

Grandes matanças também ocorreram fora dos campos de concentração. E eram muitas as formas de matar usadas pelos nazistas.

Por exemplo:

1-Com tiros ou enforcamentos, no meio da rua.

2-Em florestas, onde os nazistas fuzilavam as pessoas na beira de grandes covas coletivas.

3- Em caminhões fechados, conhecidos como “vagões de gás”. Nesses caminhões, o escapamento dos veículos era colocado dentro do compartimento onde estavam os prisioneiros, que morriam sufocados.

4-Em “guetos”, que eram bairros cercados por muros e vigiados por soldados. Lá, os judeus viviam em condições desumanas e muitos morriam de fome e de doenças, ou eram assassinados.

 

“Raça superior”

O nazismo é um conjunto de ideias que tem o racismo como uma das suas principais características.

Os nazistas afirmavam que os alemães descendiam de uma “raça superior”, chamada de “raça ariana”, que teria o direito de dominar e oprimir todas as demais “raças”.

Os “arianos” e seus descendentes “mais puros” seriam brancos, altos, fortes, de olhos azuis.

Para manter a “pureza da raça”, os nazistas proibiram casamentos entre “arianos” e pessoas de “raças inferiores”, principalmente judeus.

Também passaram a realizar cirurgias forçadas, para impedir a reprodução de alemães que possuíssem doenças hereditárias.

E assassinavam, com injeções ou gases venenosos, as pessoas, inclusive crianças, que possuíam deficiências físicas ou mentais.

 

Nem “raça” existe. Muito menos “ariana”

Hoje já se sabe que nunca existiu essa tal de “raça ariana”.

Essa lenda dos “arianos” foi criada por “estudiosos” europeus, no século 19.

A lenda serviu para justificar o roubo das riquezas de países da África e da Ásia, por países da Europa, já que os brancos seriam “superiores” a negros e amarelos.

Também já se sabe que não existe nem mesmo esse negócio de “raça”, ou seja, uma diferença biológica, orgânica, entre os seres humanos, por causa da cor da pele.

O estudo dos nossos genes, ou seja, do nosso DNA, pelos cientistas, mostrou que as diferenças genéticas entre brancos e negros são insignificantes. "Raça", na verdade, é apenas um "rótulo", uma criação das sociedades, da cultura.

 

A “Bruxa de Buchenwald” e a capa de pele humana

Ilse Koch era uma pessoa perversa, que gostava de humilhar e torturar os prisioneiros.

Por isso, um de seus apelidos era “A Bruxa de Buchenwald”.

Em 1967, aos 60 anos de idade, Ilse se matou, na penitenciária onde cumpria pena de prisão perpétua, por causa de seus crimes.

No ano passado, um museu da Alemanha divulgou a foto de um álbum com capa de pele humana (que você vê no quadrinho acima, ao lado da foto de Ilse).

O álbum foi doado ao museu e teria sido feito em Buchenwald.

Para o museu, o álbum é mais uma prova dos crimes contra a Humanidade cometidos pelos nazistas.

 

O avanço do nazismo: inquéritos da PF crescem 450%

Hoje, novos nazistas estão se reorganizando em vários países do mundo.

Assim como os nazistas do tempo de Hitler, os novos nazistas afirmam que a “raça” branca é “superior” e pregam a violência contra negros e gays, por exemplo.

No Brasil, o novo nazismo vem crescendo durante o governo de Bolsonaro, que é apoiado por muitas dessas pessoas.

Segundo um levantamento do jornal O Globo, a Polícia Federal (PF) abriu apenas 20 inquéritos, em 2018, para investigar crimes de apologia (defesa) do nazismo.

Já em 2019, foram 69 inquéritos desse tipo.

E, em 2020, nada menos que 110 inquéritos.

Ou seja, um crescimento de 450 por cento, entre 2018 e 2021.

Além disso, segundo um levantamento da antropóloga Adriana Dias, houve um crescimento de 270 por cento, entre janeiro de 2019 e maio de 2021, na quantidade de núcleos de novos nazistas no Brasil.

Leia a reportagem “Há uma onda neonazista no Brasil?” publicada pelo site Brasil de Fato, em janeiro deste ano: https://www.brasildefato.com.br/2022/01/27/ha-uma-onda-neonazista-no-brasil-entenda-o-que-dizem-os-numeros-e-especialistas-no-tema

E a reportagem do jornal Folha de São Paulo “Brasil vive escalada de grupos neonazistas e aumento de inquéritos de apologia do nazismo na PF”, de agosto do ano passado: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2021/08/brasil-vive-escalada-de-grupos-neonazistas-e-aumento-de-inqueritos-de-apologia-do-nazismo-na-pf.shtml

 

Novos nazistas e Bolsonaro: ideias parecidas?

Para muita gente, o problema é que as ideias de Bolsonaro seriam muito parecidas com as ideias nazistas. Tanto que ele até usa frases de propaganda (slogans) dos nazistas dos tempos de Hitler.

É o que diz o professor Michel Gherman, diretor-acadêmico do Instituto Brasil-Israel.

Para Gherman, aliás, o uso da bandeira de Israel e o fato de Bolsonaro se dizer “amigo dos judeus” é apenas uma maneira de enganar as pessoas, para que elas não percebam isso.

Veja a entrevista de Gherman na TVT: https://www.youtube.com/watch?v=zNM-shUEsX8

Outras pessoas afirmam que os novos nazistas enxergaram “certos estímulos” no governo de Bolsonaro.

Veja o que disse o jornalista Josias de Souza, quando Bolsonaro, recentemente, “repudiou” o nazismo: https://www.youtube.com/watch?v=51jQlzZUFoE

 

Milhões e milhões de seres humanos assassinados

Famílias inteiras foram assassinadas pelos nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial.

Mas até hoje são se sabe o número exato de mortos.

Há, porém, uma estimativa publicada pela Enciclopédia do Holocausto, do Museu do Holocausto dos Estados Unidos:  https://encyclopedia.ushmm.org/content/pt-br/article/documenting-numbers-of-victims-of-the-holocaust-and-nazi-persecution

Além dos judeus, os nazistas também assassinaram 7 milhões de civis soviéticos, 3 milhões de prisioneiros de guerra soviéticos, 1,8 milhão de civis poloneses, 312 mil civis sérvios, 250 mil deficientes que viviam em instituições, 250 mil ciganos, 1.900 testemunhas de Jeová, além de milhares de gays e opositores políticos.

......

 

Para saber mais sobre Nazismo:

Aqui: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-e-nazismo.htm

Aqui: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/nazismo-1.htm

E aqui: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/nazismo.htm

 

Sobre o Holocausto: 

Aqui: https://www.museudoholocausto.org.br/

Aqui: https://www.memorialdoholocausto.org.br/

Aqui: https://www.yadvashem.org/es.html

Aqui: https://encyclopedia.ushmm.org/content/pt-br/article/victims-of-the-nazi-era-nazi-racial-ideology

Aqui: https://encyclopedia.ushmm.org/content/pt-br/article/gassing-operations

Aqui: https://encyclopedia.ushmm.org/content/pt-br/article/buchenwald

E aqui: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/solucao-final-plano-nazista-exterminio-dos-judeus-na-europa.htm

 

Para saber mais sobre:

Ilse Koch: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ilse_Koch

Buchenwald: https://encyclopedia.ushmm.org/content/pt-br/article/buchenwald

O álbum com capa de pele humana:

Aqui: https://history.uol.com.br/guerras/encontrado-album-de-fotos-feito-com-pele-de-prisioneiro-de-campo-de-exterminio-nazista

E aqui: http://www.auschwitz.org/en/museum/news/a-unique-cover-historical-proof-of-the-crime-,1406.html

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