Há poucas coisas mais pervertidas do que o uso que os bolsonaristas estão fazendo da palavra “liberdade”.
É como se um criminoso pudesse invadir a sua casa para lhe espancar, roubar e matar.
Mas nem a polícia, nem o Judiciário pudessem fazer nada contra ele, porque, afinal de contas, o criminoso estava apenas exercendo a “liberdade” dele.
Pois é: para os bolsonaristas, “liberdade” é uma espécie de “licença”, de “salvo-conduto”, para que possam cometer tudo que é crime impunemente.
É o sujeito poder humilhar uma mulher, chamá-la de imbecil, de vagabunda, bater nela, estuprá-la, sem que sofra qualquer tipo de punição da Justiça.
É poder perseguir, espancar, e até matar, um gay.
É poder ameaçar de assassinato até ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e as famílias deles.
É ameaçar invadir e vandalizar o Congresso Nacional e o STF.
É armar bandidos milicianos.
É ensinar pessoas a atirar em policiais.
É pedir a volta da ditadura, para prender, torturar e matar quem não pensa igual a eles.
“Liberdade”, para os bolsonaristas, é pegar um monte de trabalhadores e colocar numa fazenda, como escravos, dormindo no chão, tomando a água suja que é dada aos bois, comendo uma babugem que esses fazendeiros imundos não dão nem mesmo aos seus porcos.
É bandidos fantasiados de ruralistas poderem contratar psicopatas semelhantes àquele Lázaro, para assassinar até mulheres e crianças.
É destruir terreiros de umbanda, é quebrar estátuas de santos católicos, é se aliar a traficantes de drogas, como eles têm feito nos morros cariocas, para impor a todos a sua religião.
É poder espalhar esse vírus, adoecendo e matando milhares de brasileiros: idosos, grávidas, jovens, crianças, e destruindo famílias inteiras.
É superfaturar até vacinas.
É roubar milhões dos cofres públicos, através de “rachadinhas”.
É incendiar florestas, envenenar os rios e a nossa comida, massacrar animais, roubar minérios que pertencem a todos os brasileiros, assassinar indígenas e quilombolas, para ficar com as terras deles.
É agredir e ameaçar pessoas.
É espalhar fake news, nas redes sociais, destruindo reputações e até levando à morte milhares de brasileiros, por acreditarem em curas milagrosas para a covid.
Na verdade, a “liberdade” dos bolsonaristas é a liberdade do crime organizado, do roubo, do assassinato, da corrupção, do trabalho escravo, das agressões, da tortura, das milícias e do tráfico de drogas.
É a liberdade para que a bandidagem possa agir sem ser incomodada, porque poderá ameaçar e matar impunemente policiais, jornalistas, políticos, advogados, promotores e até ministros do STF.
É a liberdade para transformar o Brasil em uma república dominada por milicianos e pastores vigaristas, capazes de arrancar dinheiro até de quem está desempregado e sobrevivendo da ajuda de seus familiares.
É a liberdade para facilitar o acesso às armas até a assaltantes perigosos, que invadem cidades e tocam o terror, como fizeram em Araçatuba.
E a pergunta é seguinte: é essa a “liberdade” que você quer para o Brasil?
Um país onde milicianos, traficantes e fanáticos religiosos determinem até mesmo o que as pessoas podem ou não vestir, como já acontece nos morros cariocas.
Um Brasil onde até velhinhos e crianças morram de fome pelas ruas.
Um Brasil onde você não possa se manifestar, não possa reclamar, não possa dizer o que pensa, não possa ser do jeito que é, sob pena de acabar preso, torturado e morto, porque a “liberdade” só vai existir para essa bandidagem bolsonarista.
É esse o Brasil que você quer?
É esse o país que você pretende deixar para os seus filhos e netos?
Neste 7 de Setembro, os bolsonaristas estarão nas ruas pedindo o fechamento do Congresso, do STF e outros crimes, para instalar uma ditadura, sob o comando de Bolsonaro.
Mas neste 7 de Setembro também estarão nas ruas milhões de brasileiros pedindo o impeachment de Bolsonaro e dizendo NÃO à essa liberdade-bandida, reivindicada por meia dúzia de criminosos covardes, que querem submeter a Nação ao seu autoritarismo, ao seu banditismo, pela força das armas.
Chegou a hora de escolher o Brasil que queremos.
Ou um Brasil dominado pelo crime organizado e por fanáticos religiosos, ou um Brasil democrático, feito para todos os brasileiros, que respeite a diversidade do nosso povo, com as suas crenças, religiões, opiniões e maneira de ser.
Um Brasil que combata a fome e a miséria.
Um Brasil que gere empregos.
Um Brasil de direitos para os trabalhadores.
Um Brasil soberano, capaz de nos encher de orgulho perante todas as Nações do mundo.
Neste 7 de Setembro, a escolha é sua.
Ninguém pode mais ficar em cima do muro.
Ninguém pode mais se manter alheio.
A hora é agora.
FUUUIIII!!!!!!
Um comentário:
Artigo primoroso. Texto impecável. Parabéns !!
Postar um comentário