segunda-feira, 20 de abril de 2020

Bolsonaro: um criminoso que as instituições precisam afastar do poder, para salvar milhares de vidas.


 

Se pudesse dar um golpe de Estado, Bolsonaro já o teria feito.

Além disso, desde os primórdios de sua carreira política, ele sempre defendeu a ditadura militar. 

Logo, não há novidade alguma na presença dele em uma manifestação pedindo “intervenção militar”. 

É grave, sim; há crime, sim; é um atentado, sim, contra a Democracia. 

No entanto, é preciso não perder foco: o verdadeiro alvo de Bolsonaro, neste momento, nem é a Democracia. Mas sim a quarentena contra o novo coronavírus. 

O xis da questão é que o Brasil e o mundo enfrentam duas crises (uma sanitária; outra, econômica), capazes de desafiar até os melhores administradores que este Planeta já conheceu. 

Então, o que dizer de um sujeito que não possui o mínimo preparo para o cargo que ocupa, como é o caso de Bolsonaro? 

Não, o problema não é a sua baixa escolaridade: afinal, Lula também possuía baixa escolaridade, assim como boa parte dos prefeitos e parlamentares deste país. 

O problema é o fungo da ignorância, capaz de infectar desde o analfabeto até o sujeito que possui PhD. 

Ele torna o doente incapaz de compreender a diversidade dos seres humanos e das sociedades que criaram. 

Tudo se resume a preconceitos, crendices, magia, infalibilidade, autolatria.  

Tudo é simples e exato: inexiste o aleatório e a infinita teia de complexidades que sempre traz. 

O pensamento mágico que o fungo atiça não permite enxergar além “dos Bons e dos Maus”.  

E assim, tudo o que não se amoldar a essa visão distorcida “provém do maligno” e deve ser negado. 

Daí que o doente poderá ler o que quiser; estudar o que quiser, que, ainda assim, continuará um ignorante, a não ser, é claro, que Deus tenha misericórdia de sua alma... 

A agravar o quadro clínico de Bolsonaro, há a sua claríssima psicopatia, decorrente de alguma má-formação ou lesão cerebral. 

Qualquer ser humano com um mínimo de empatia; com um mínimo de capacidade de “sentir” a dor do outro, jamais homenagearia um psicopata como Brilhante Ustra, ao votar pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff, torturada por aquela criatura. 

Qualquer ser humano com um mínimo de empatia estremece diante da visão de milhares de pessoas morrendo de uma doença horrível, e ainda por cima sozinhas, e ainda por cima tendo seus corpos lançados em covas coletivas, como ocorre em todo o mundo, em decorrência desse novo coronavírus. 

Qualquer pessoa com um mínimo de empatia, sofre não apenas com a dor daqueles que morreram em agonia, mas também diante da dor daqueles que ficaram: seus filhos, pais, avós, maridos, esposas, que não puderam nem mesmo se despedir daqueles a quem tanto amavam, ou ao menos lhes dar um velório e um enterro decentes. 

Mas Bolsonaro homenageou Ustra; não deu a mínima para os traumas que até hoje Dilma deve carregar, pelas torturas que sofreu. 

E agora tenta sabotar de todas as formas possíveis todo o esforço de médicos e enfermeiros, e de governadores e de prefeitos, e do Congresso Nacional, e do Judiciário, e de boa parte da sociedade brasileira, para deter o avanço dessa doença e a multiplicação de cadáveres. 

Ele não está nem aí se o Brasil virar uma Itália, uma Espanha, ou até um Equador. 

Ele não está nem aí nem mesmo para os integrantes de sua seita, que estão arriscando a própria vida e de seus familiares, nessas manifestações. 

Para o duplamente doente Jair Bolsonaro tudo o que importa é a sua vontade, as suas crenças, os seus interesses políticos, o seu umbigo. 

Não, Bolsonaro não foi a essa manifestação para apoiar, neste momento, uma “intervenção militar”. 

Em um golpe militar, nem ele, nem a sua seita, nem as milícias que o apoiam escapariam: o governo seria exercido por um militar, ou por militares da ativa e de alta patente – e não por um ex-capitão expulso por indisciplina. 

Ele deve ter percebido isso, aliás, durante aquela semana em que tentou demitir Mandetta, mas foi impedido pelos militares. 

Até porque há uma diferença fundamental entre Bolsonaro e muitos dos militares que o apoiam ou apoiaram: eles também são autoritários, mas não estão duplamente doentes. 

Na verdade, o que Bolsonaro quer é intimidar o Congresso, os governadores, o Supremo Tribunal Federal (STF) e a maioria da sociedade brasileira, para acabar com a quarentena.  

Mas a sua ida a essa manifestação, além de uma tentativa de intimidação e de cumprir o papel de incentivar os integrantes de sua seita, é também uma demonstração de desespero. 

Bolsonaro está morrendo de medo, porque vê o poder escapar-lhe das mãos, com a dissidência de muitos ex-aliados, e a impossibilidade de levar governadores, prefeitos, o Congresso, o STF e a maior parte da imprensa e da sociedade a embarcarem em sua insanidade. 

É o seu sonho de poder e de glória que se esvai, em decorrência do imprevisível, do acaso: uma epidemia causada por um vírus para o qual não há imunidade, vacina ou remédio e que, além de matar milhares de seres humanos, também massacra os sistemas de saúde e as economias de todo o mundo. 

Bolsonaro é o sujeito errado na hora errada, já que o Planeta precisará se reinventar, o que exige inteligência, sensibilidade, competência, criatividade, diálogo, ou seja, um conjunto de capacidades que ele não possui e, provavelmente, nunca possuirá. 

Ele jamais compreenderá que Saúde e Economia não são setores fechados em si mesmos ou excludentes, mas partes que se comunicam e influenciam mutuamente, em um todo social. 

Ele jamais entenderá o quanto uma enorme quantidade de mortos e de doentes e o colapso de um sistema de saúde são nocivos para a Economia de qualquer país. 

Mesmo assim, o duplamente doente Jair Bolsonaro persistirá em sua jornada de insanidade. 

As ameaças da seita que comanda incluem até vídeos de atiradores, com camisetas dele, em um clube de tiro, disparando armas. 

Pura bravata, que só evidencia ainda mais o seu desespero. 

Boa parte dos integrantes dessa seita são empresários, que, em geral, comparecem a essas manifestações em carrões, devidamente paramentados com máscaras e luvas. 

São pessoas que gostam de uma boa vida e que, dificilmente, estarão dispostas a morrer por Bolsonaro. 

Um punhado de seus apoiadores, talvez, se estiverem tão doentes quanto o seu “messias”. 

Mas não o grosso dos que ainda o defendem e que o fazem muito mais por desinformação de fake news e desespero diante dessa crise, do que por qualquer outra coisa. 

E a grande pergunta é: até quando as instituições fecharão os olhos aos crimes do bandoleiro Jair Bolsonaro? 

E não “apenas” contra a Democracia, mas contra a vida mesma de milhares de brasileiros. 

O que Bolsonaro vem fazendo atenta contra a Saúde Pública e levará à morte milhares de cidadãos, especialmente os mais pobres, os mais vulneráveis a essa doença e ao colapso do nosso sistema de saúde. 

Não, já não bastam manifestos, cartas, entrevistas, em defesa da Democracia. 

Estamos diante de um bem ainda maior, o maior de todos: a Vida. 

E as instituições precisam é agir com urgência, para apear esse criminoso do Poder e proteger a nossa população.



FUUUIIIII!!!!!

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