domingo, 9 de agosto de 2009

Divagações inevitáveis


A minoria com complexo de maioria





Numa coisa Renan Calheiros tem razão: o PSDB é, de fato, uma minoria com complexo de maioria.


Nem quando está fora do poder, consegue descer do salto, para buscar, enfim, aquilo que lhe faz mais falta: o apoio da sociedade civil organizada.


O autismo de que padece o partido o impede de ver que as casas parlamentares são, apenas, uma frente de batalha.


Aquela em que se pode, é verdade, andar enfatiotado.


Mas que, ao fim e ao cabo, é infinitamente inferior à grande frente de batalha das ruas deste país.


Falta aos preparadíssimos técnicos e intelectuais tucanos a necessária humildade para ir ao encontro do povo onde o povo está.


Nas baixadas, nas periferias repletas de lama e poeira, onde inexiste o mínimo para a sobrevivência digna de um cidadão.


Falta ao PSDB até mesmo a humildade para acarinhar as poucas lideranças populares que vêm ao seu encontro.


Lideranças que penam que nem sovaco de aleijado, sempre que tentam ponderar ao partido a realidade existente para além desse autismo que o consome.


Ao contrário do PT, o PSDB nunca conseguiu inserir-se no movimento popular, nas associações comunitárias, nos sindicatos, nos clubes de mães.


Pode-se argumentar que o partido padece de um defeito genético, uma vez que galgou o poder pouco depois do nascimento.


Quer dizer: queimou etapas imprescindíveis ao amadurecimento político.


Como a ciência sabe, a genética influi, mas o meio exerce papel preponderante sobre os rumos orgânicos.


E o meio em que cresceu o PSDB, nestes 15 anos, foi o do fisiologismo, do compadrio, da corrupção, do coronelismo.


Ou seja, esse caldeirão do inferno em que se realiza, desde sempre, a política brasileira.


Um caldeirão que também tem feito um mal danado ao PT, o mais partido entre os partidos brasileiros e o único que possui, de fato, “anima” popular.


E é graças a essa “anima” que o PT vacila, titubeia e nunca consegue apoiar, em bloco, as tenebrosas transações da “massa atrasada”.


Em outras palavras, sempre haverá, no PT, liderança sindical ou comunitária a indagar: “Mas o que é que eu vou dizer em casa?”.


Falta ao PSDB esse controle social interno; o controle pelo qual tanto lutou na exterioridade que é o Estado.


O controle que também tem o poder de “levantar as ruas”, quando necessário.


Simples assim.


As lições de Sarney


O Caso Sarney nos deixa a todos, Nação, preciosas e dolorosas constatações.


A mais acachapante é que somos um corpo envelhecido com rosto de menina-moça.


A par de todos os avanços dos últimos 100 anos, somos, ainda, uma sociedade de “coronéis”; a sociedade comandada pelos herdeiros legítimos dos senhores da Casa Grande.


O pior é que a maioria do povo brasileiro sequer se dá conta dessa continuidade; sequer reconhece, sob as novas denominações, as velhas práticas escravistas.


Daí o patrimonialismo (e suas expressões, como o nepotismo) ser encarado como coisa “normal” – e não como o escândalo que efetivamente é.


Daí a persistência de práticas políticas que os jornais de países desenvolvidos têm até dificuldade de explicar a seus leitores, tão surrealistas lhes parecem.


Daí o poder – e democrático – de um partido como o PMDB.


A alma desta Nação ainda vagueia pela Senzala, enquanto suspira pela Casa Grande – e não pela Democracia.


Claro sintoma dessa mentalidade arcaica é que ainda andamos a discutir o fim da prisão especial para diplomados, que perfazem, talvez, nem dez por cento dos cidadãos.


E que essa revogação proposta não se aplique aos políticos e a outras categorias, eis que não se reconhecem – e nem nós as reconhecemos – como “cidadãos comuns”.


Claro sintoma de que ainda permanecemos a suspirar pela Casa Grande é, também, o silêncio das ruas diante da evisceração pública do coronelismo, no Senado Federal.


Tivemos, apenas, a manifestação de 50 gatos pingados convocada, em São Paulo, pelo PSOL e um punhado de mensagens no Twitter e em outros “neoquilombos” da Internet.


Mas, não conseguimos transbordar para as ruas a indignação que estamos a sentir, nós, os “quilombolas”.


A maioria segue a própria vida como se nada disso lhe dissesse respeito.


E, bem lá no fundo, até a considerar que Sarney está é certo. Ou, ao menos, não está tão errado assim.


Porque, para a maioria, é “natural” usar “benesses naturalmente conquistadas” em favor dos seus.


Como se cargo público fosse ou desse direito a “benesses”. Ou fosse “conquista” forjada por mero “valor” individual.


É o suspiro pela Casa Grande, entranhado na alma brasileira.


Uma disfunção cultural que o PMDB conhece e maneja tão bem.


Daí a sua capilaridade.


Daí a conclusão de que Sarney pode até cair, pela ação dos “neoquilombolas”.


Mas o coronelismo, certamente, sobreviverá.




O fio dental da minha xará I


Leitor me pergunta se não vou comentar esse tal projeto que a minha xará, a governadora Ana Júlia Carepa, sancionou e que obriga os restaurantes paraenses a disponibilizarem fio dental a sua clientela.


Em primeiro lugar, agradeço a fidelidade do leitor, que continua a bater ponto neste blog, apesar das minhas ausências.


Em segundo lugar, quero deixar registrado que ainda não entendi a carga que alguns estão a fazer, por conta desse projeto, contra a minha xará.


Se estivesse no lugar da Ana Júlia, também teria sancionado essa história do fio dental.


E por quê?


Porque essa é uma lei tão xexelenta que já nasce morta. E, se alguém resolver cumprir, mal não fará à população.


Daí que não vejo motivo para que a governadora compre briga com a Assembléia Legislativa, com o Joaquim Passarinho e com a bancada do PTB por causa de uma besteira dessas.


E duvido muito que qualquer governador – Almir, Jatene, Jader, Gueiros – armasse um pé- de- vento por causa disso.


Ademais, quem tem de se explicar não é governadora – é a Assembléia Legislativa e o autor de tal projeto.


Tá certo que é um direito democrático do deputado Joaquim Passarinho apresentar qualquer projeto que considere importante para a população – e, pelo visto, ele considera isso importante.


Mas, também é direito democrático nosso, eleitores, contribuintes, considerar que esse é um projeto pra lá de estapafúrdio, diante das enormes carências do estado do Pará.


Ficaria bem lá na Dinamarca ou na Suécia.


Mas, no Brasil, e especialmente em estados paupérrimos como Pará, soa como brincadeira de mau gosto.


Não creio, porém, que esse projeto me autorize a atribuir, per si, “falta de caráter” ao deputado Joaquim Passarinho.


É, antes, enorme leseira dele e “senso de oportunidade” de muitos dos deputados que o apoiaram...


Pelo visto, Joaquim Passarinho não tem sequer noção do Pará existente para além dos muros da mansão em que vive.


Tanto, que esse projeto parece até coisa de “Maria Antonieta no Tucupi” - o pau comendo, a população sem nem farelo pra botar no prato e ela a recomendar, displicentemente: “que comam brioche!”...


É o retrato da ignorância de boa parte da elite brasileira, acerca da insuportável miséria do nosso povo.


É, portanto, um projeto até emblemático, quanto ao fosso que separa as nossas elites da massa de “descamisados”.


Sujeito que propõe que se disponibilize fio dental em nossos restaurantes não é “ruim” – a não ser, é claro, que possua uma fábrica de fio dental!...


É, antes, um cidadão absolutamente desconectado da realidade, além de muitíssimo mal assessorado.


Porque a idéia é boa: fio dental é, sim, indispensável à higiene bucal.


Mas, só é realmente bacana num país em que as pessoas têm dentes. E, sobretudo, têm o que o comer.



O fio dental da minha xará II


Há outra coisa que gostaria, também, de anotar.


Essa história do “fio dental da Ana Júlia” tem, claramente, um tom sexista, muito parecido, aliás, àquela perseguição que alguns moviam contra a vida sexual dela.


Uma perseguição, como já disse aqui, até ofensiva não só à Ana Júlia, mas, a todas as mulheres – e nós, mulheres, é sempre bom lembrar a uns e outros, somos maioria no eleitorado...


Mas, é até engraçado o aspecto subliminar dessa coisa do “fio dental”.


Afinal, quem projeta Ana Júlia de fio dental a projeta seminua. “Sexy”, portanto.


Quer dizer: essa macharada mal resolvida não consegue sequer dissimular o “tesão reprimido” em relação a uma “mulher poderosa”...


(É coisa meio masoquista – aquele negócio de algemas e chicote, capitchi?...)


Mas, se estivesse no lugar da nossa governadora nem me importaria com mais esse “ato falho”...


Antes, até cantaria, que nem no Diário de Bridget Jones: “Tá chovendo homem, aleluia!”.




São Mário, o Cosanostra e a governadora


Li, não sei onde, que o PT decidiu torpedear o nosso senador-bicheiro, devido aos persistentes ataques à governadora Ana Júlia Carepa.


E o último ataque é demonstração cabal do pensamento machista, hipócrita e tortuoso desse infeliz parlamentar.


Mário Couto criticou duramente Ana Júlia por freqüentar um bar, o Cosanostra; por, como se diz, “tomar uns copos”, depois do expediente.


E a primeira coisa a se perguntar é: o que é que ele tem a ver com isso? Ele, por acaso, pagou-lhe a bebida?


Mas será que um senador da República não tem mais o que fazer?


Será que nós, contribuintes, pagamos seu altíssimo salário apenas para ficar bisbilhotando a vida alheia? Então, melhor é pagar à vizinha fofoqueira, pois não?


Além disso, é o caso de se dizer: melhor beber do que comandar jogatina...


Mas, que nem acionista da Perobal S/A, Mário Couto faz de conta que todos ignoramos quem, de fato, ele é.


E manipula um preconceito imundo contra as mulheres, que, nessa sua visão típica dos “padrinhos”, não podem nem botar a cara para fora de casa, sob pena de serem tachadas de “vagabundas”.


Nunca soube de qualquer crítica desse pitoresco senador às bebedeiras do Hélio Gueiros – que até incorporou essa interessante característica ao seu marketing pessoal... – nem ao uísque fartamente consumido pelo ex-governador Almir Gabriel.


No entanto, Ana Júlia sai para tomar uma cerveja e lá está o “santo” do Mário Couto a apontar-lhe o dedão acusador.


O mesmo Mário Couto que fez fortuna com o jogo do bicho, como toda a população de Belém sabe que fez.


Trata-se, portanto, de uma beata com passado de prostituta!...


Um “santo” que amealhou o dinheiro que possui através da exploração de milhares de pessoas pobres deste estado.


Um “santo” que fez fortuna à margem da Lei, numa atividade ligada ao crime organizado; ao tráfico de drogas e à lavagem de dinheiro.


E é no crime organizado, além da miséria da população – dessa mesmíssima população que Mário Couto cansou de explorar – que se deve buscar a causa de milhares de mortes de crianças, adolescentes e jovens deste estado.


É na corrupção, na distribuição de cestas básicas com dinheiro público e objetivos eleitoreiros, que se perpetua essa miséria que estimula a criminalidade.


Não, não é o bar Cosanostra nem nas noitadas da governadora que devem ser buscadas as raízes dessa violência que o nosso senador-bicheiro diz, hoje, abominar.


Não fosse tão hipócrita, Mário Couto faria é um mea culpa, em vez de ficar se aproveitando, de forma politiqueira e nojenta, do cadáver de uma criança.


Porque a culpa pela morte daquele garoto - e de tantos outros milhares de garotos paraenses - é, em verdade, da “Cosanostra”.


Ou seja: de todas as máfias que o Mário Couto, certamente, conhece muitíssimo bem...



Um esclarecimento necessário



Quero deixar registrado que essa defesa da minha xará não significa um “alinhamento”.


Tento, apenas, ser justa.


Além de marcar posição contra o uso dessa politicagem machista contra a primeira governadora do Pará.


Porque acredito que a luta das mulheres por respeito, dignidade, igualdade, não pode estar subordinada aos interesses eleitorais de qualquer legenda.


Nossa luta tem milhares de anos; custou milhões de vidas.


Não pode, portanto, ser simplesmente “rifada” em nome de uma vitória tucana.


De resto, continuo a divergir do atual governo em quase tudo.


Ana Júlia, para mim, foi uma grande decepção.

Pela falta de pulso e de conhecimento da administração pública.


Penso que é saudável o alinhamento ideológico. É qualidade, e não defeito, ser leal a companheiros de uma determinada corrente de pensamento.


Mas, daí a governar apenas para um grupo, há enorme diferença.


Ana e Almir, entre os nossos mais recentes governantes, foram aqueles que chegaram ao Poder mais cercados de esperança.


Almir, até pelo perfil autoritário, conseguiu se impor.


Ana, no entanto, perdeu-se nessa fidelidade canina à Democracia Socialista – esquecendo, talvez, que a sua primeiríssima fidelidade teria de ser é ao povo do Pará.


Infelizmente, a minha xará perdeu-se na ilusão dos projetos juvenis.


Continuou a gritar “abaixo a ditadura” e “o povo unido jamais será vencido”, enquanto, nas ruas, na “vera”, a sociedade avançava por outros caminhos – para alcançar, bem lá na frente, quem sabe, até os mesmíssimos objetivos estratégicos da DS...


Mas a DS não soube fazer a crítica da sua postura. E Ana, como liderança – e apesar do Poder que lhe foi concedido pelos cidadãos – não soube conduzir a sua corrente a essa crítica necessária.


Tornou-se, antes, refém da DS e dos que, inteligentemente é verdade, souberam conquistar o comando dessa corrente.


É uma pena que seja assim.


Com um pouquinho mais de jogo de cintura, Ana poderia ser, hoje, a governadora de todos os paraenses.


Mas, optou por ser, simplesmente, a governadora da DS.


Deu no que deu.


Um novo livro na Praça


O jornalista Lúcio Flávio Pinto está com novo livro nas bancas e livrarias: "A História Censurada (O Pará dos nossos dias)".


Lúcio, como todo mundo sabe, tem sido um batalhador incansável pela liberdade de imprensa e de expressão.


Recentemente, sofreu uma condenação absurda: foi sentenciado a indenizar os Maiorana, proprietários de O Liberal, em R$ 30 mil (há um post neste blog sobre esse assunto).


Em seu novo livro, Lúcio conta as perseguições de que tem sido vítima e critica a promiscuidade entre o Judiciário paraense e os proprietários dos veículos locais de comunicação.


É leitura imperdível, portanto.


E quem quiser ajudar o Lúcio a pagar essa indenização absurda que lhe foi imposta – e que coloca em risco até a sobrevivência do seu “Jornal Pessoal”, um dos poucos espaços realmente livres da imprensa paraense – pode depositar um dinheirinho no Unibanco (banco 409), agência 0208, Conta 201.512-0, em nome de Lúcio Flávio Pinto (CPF 610.646.618-15).


É mais ou menos como naquele filme estupendo: “A Felicidade não se compra”.


Dormindo no ponto


Deve ser touca: até o momento nenhum jornalão do Sudeste se interessou pelas contas de campanha do presidente do Senado, José Sarney, e da filha dele, a governadora do Maranhão, Roseana.


Só da Caemi – Mineração e Metalurgia, empresa controlada pela Vale, Roseana recebeu R$ 1,3 milhão e Sarney outros R$ 400 mil.


E, fato curioso: a exceção dos comitês financeiros únicos do PMDB, no Amapá, e do antigo PFL (hoje DEM), no Maranhão, a Caemi encabeçou a lista do financiamento de campanha tanto de Sarney, quanto de Roseana.


Aliás, a Caemi, através de três CNPJs, doou quase R$ 15,5 milhões a 152 candidatos de vários partidos (PT, PMDB, PSDB, DEM, PV, PP, PL, PSB, PPS, PDT, PC do B e por aí vai), nas eleições de 2006.


Mas, nenhum candidato recebeu tanto da Caemi quanto Roseana e José Sarney.


Na prestação de contas de campanha de Roseana também figuram várias construtoras, entre elas a Camargo Correa, além de outras empresas.


É pegar tais contribuições e verificar se os doadores não “conquistaram” algum contrato no Maranhão ou no Amapá, através da “mão amiga” dos Sarney.


Simples assim.



CPI da Petrobras


Atenção, pessoal da CPI da Petrobras: não deixem de passar o pano na Delta Construções, empresa que está bamburrando no PAC e em obras de engenharia aqui, no estado do Pará (tem matéria sobre isso, neste blog, nos arquivos do primeiro semestre – em abril ou maio, se não me falha a memória).


A Delta, que é a campeã de verbas do PAC, adquiriu, em setembro de 2008, a empresa Sigma, que presta serviços nas áreas de engenharia, construção, montagem e manutenção no segmento de petróleo e gás.


E adivinhem só os três grandes clientes da Sigma...


Um doce para quem falou Petrobras, Transpetro e BR Distribuidora.


Fui e não FUI


Como todos vocês já devem saber, me mudei de mala e cuia para o Blog do Vic, que já estreou no Twitter e deve começar a operar, a todo vapor, no final deste mês.


Com isso, a Perereca, como já disse aqui, ficará, apenas, para as minhas bebedeiras, “produção literária”, digamos assim, comentários e para uma ou outra nota.


O grosso da minha produção – principalmente reportagens – irá para o Blog do Vic, do deputado federal Vic Pires Franco.


Espero, sinceramente, que vocês gostem desse novo espaço da internet, que pretende fazer aquilo que quase não temos mais, no Pará, mas que tanto almejamos: jornalismo.


E jornalismo investigativo de boa qualidade.


Gostaria, é claro, de ter um espaço só meu. Mas, como todos vocês estão cansados de saber, não tenho condições financeiras para isso.


Já pensei até em mudar o nome deste blog, para poder captar anúncios – afinal, vamos e convenhamos, ninguém vai querer anunciar num blog chamado “A Perereca da Vizinha”. Por motivos óbvios, pois...


Se calhar, mais adiante, até faço isto: troco o nome do blog, vou em busca de anunciantes e passo a fazer o que mais amo – jornalismo investigativo para vocês, queridinhos!...


Até lá, vou ficando com o Vic, que, até agora, não me colocou qualquer restrição a qualquer tipo de matéria.


Nesse um mês e meio em que funcionei como editora de conteúdo do seu Twitter, pude selecionar um monte de matérias, sobre os mais diversos assuntos, sem que o deputado, uma única vez que fosse, me pedisse para tirar ou não colocar alguma coisa no seu blog.


Pelo contrário: Vic até tomou a iniciativa – talvez até para evitar meu constrangimento – de colocar, ele mesmo, no Twitter, matéria do Congresso em Foco em que era citado como beneficiário da “farra” das passagens aéreas, na Câmara dos Deputados.


Gostei dessa atitude dele. É bacana, em vez de simplesmente censurar, permitir que os cidadãos tomem conhecimento das acusações, ao mesmo em que se “gasta cuspe” com a própria defesa.


Creio que é por aí que a gente pode, de fato, “fazer” Democracia.


Da mesma forma, também gostei do fato de ele ter me chamado para trabalhar, nesse novo blog.


Alguns acham que isso significou, apenas, reconhecimento à minha competência profissional.


Mas, eu, particularmente, vejo isso antes como sinal de uma poderosa tolerância democrática da parte dele.


Porque outro, no lugar do deputado Vic Pires Franco, talvez preferisse é passar com o carro por cima de mim, tendo em vista as matérias que escrevi a respeito dele – todas de conhecimento público, porque devidamente assinadas – e até devido às discussões acaloradas que travamos na blogosfera...


Não sei se essa experiência dará certo – e creio que nem ele sabe se dará...


Mas, rezo para que dê; para que possamos, enfim, concretizar um veículo de comunicação democrático e com um padrão de qualidade bem superior ao que hoje existe no estado do Pará.


Somos, é claro, pessoas muito diferentes, em todos os sentidos – e, principalmente, em termos ideológicos.


Mas, quem sabe, não será justamente essa diferença, permeada pelo respeito democrático, que nos levará, afinal, a produzir, com todo o carinho do mundo, o jornalismo que vocês, de fato, merecem.


Torço para que seja assim.


Porque, de minha parte, o que me move, neste grande cassino que é a política, não é poder, fama ou dinheiro.


É, simplesmente, a possibilidade de servir à sociedade que tantas magníficas oportunidades me deu.


É, em suma, a oportunidade extraordinária de servir a cada um de vocês!...


FUUUIIIIII!!!!!!!!

9 comentários:

Anônimo disse...

Cara amiga Ana Célia,em momento algun você mencionou que o Senador Mário Couto apenas comentou ana tribuna do Senado uma matéria publicada no Jornal Diário do Pará,com relação a questão da total falta de segurança em nosso estado.Com relação a nossa governdora o fato comentado também foi amplamente comentado pela imprensa local em veiculo de circulação de grande circulação.

Anônimo disse...

Acho a idéia muito boa e quem sabe você não possa começar a reescrever as reportagens que você assinou contra o deputado Vic Pires Franco e sua mulher Valéria e que foram publicadas com destaque no Diário do Pará, quem sabe o casal não teria agora informações adicionais que você talvez não tenha tido a oportunidade de esclarecer na reportagem.

Anônimo disse...

Perereca: Qual o motivo porque voce até hoje não fez uma matéria sobre a atual COSANPA? Será porque voce trabalhou no Diário do Para? Será que é gratidão ao Jader Barbalho? Se voce for realmente fazer alguma materia na COSANPA, tenha muito cuidado com a sua bolsa ao passar pela Diretoria de Mercado!

Anônimo disse...

Viva a solidariedade entre as bebuns.... ai ai!

Anônimo disse...

O negócio, Aníssima, é que como me disseram um dia desses "Deus deu um dia de 24:00hs p/ que o ser humano cuide bem da sua vida, mas tem gente que adora uma hora extra cuidando da vida alheia"...

Deixe nós na mão não, viu?!?

Tô indo visitar vc no lado de lá!

Sucesso sempre!

Edson Pantoja

Anônimo disse...

Prezada jornalista,

Vc, que é bem informada, me diga uma coisa: qual é a bebida preferida da governadora do Pará?

É que fiquei curioso de saber...

Val-André Mutran  disse...

Excelente análise Ana.

O PSDB sofre de um mal terrível. Arrisco-me a taxar de: o "mal da emplumação."

É patológico esse mal. Provavelmente incurável.

Abraços.

Anônimo disse...

Enquanto isso, na Sala da Justiça...

Super-Homem comenta:

Neste caso específico, a saída deste diretor de mercado da Cosanpa, apesar de existirem milhares de motivos para tanto, não foi pela Justiça. Com tantas denúncias por parte dos SUPER AMIGOS DO PARÁ, o que vimos foi mais um capítulo da impunidade na Terra Sem Lei para Cidadãos de Direitos. Amigos, neste desgoverno de Ana Kit Fat, onde a Cosanpa está nas mãos barbalhianas, este vilão saiu porque assim o quis, para gerenciar sua própria empresa em sociedade com ex-presidente da Cosanpa, atual consultor, e outros dois empreiteiros/consultores da Cosanpa, com o firme intuito de ser fornecedor da própria Companhia de Saneamento. Portanto, amigos, ainda temos muito trabalho a fazer: ESTAREMOS VIGILANTES PARA QUE O PROPÓSITO MAIOR DESTE MÁRCIO ESPÍNDOLA SEJA TOTALMENTE BANIDO DA FACE DESTA TERRA DE FLORESTAS E RIOS.

Aquaman diz:

Pode deixar comigo Super-Homem, este assunto é meu e Netuno está com a gente. Não só lutarei para que não sejam mais saqueadas as caixas-d’água (cofres) da Cosanpa por empreiteiros desonestos, quanto também tentarei livrá-la do restante desta Direção e seus comparsas piratas. A começar pelo Presidente Eduardo Ribeiro que está permitindo que a Companhia entre em Processo de Privatização, dizendo ser culpa apenas do prefeito Ultra-Asfalto-Podre de nossa metrópole. Quando é de conhecimento público da desgovernadora Ana Kit Fat, do prefeito Ultra-Asfalto-Podre e deste Eduardo Ribeiro. Hum... Sinto cheiro de corrupção do tamanho dos mananciais amazônicos... Não posso deixar que levem nosso maior tesouro: ÁGUA!

Anônimo disse...

Pows Aninha, minha linda, tudo bem com os melhores princípios democráticos, as esperanças de convivência harmoniosa, os anjinhos dando amém na blogosfera, as ilusões, as utopias, mas o vic? a velória? Foi demais prá mim...
Preciso me reciclar, acho que eu tô ficando meio leso...
Ainda assim, sucesso prá ti.
Te amo. Beijos. F.