Sobre Almir: “É uma avaliação injusta e equivocada”
Perereca: O senhor traiu o doutor Almir Gabriel e o PSDB?
Jatene: Com absoluta certeza, não. E mais do que qualquer palavra que possa dizer a respeito disso, acho que as pessoas que participaram, desde o início, da criação do partido, como o Paulo Chaves, o Paulo Elcídio, a Ana Diniz, a Adelina, o Zé Augusto Afonso; essas pessoas que viveram, desde o primeiro momento, todo esse processo dificilmente estariam ao lado de alguém que tivesse traído o partido. Acho isso uma avaliação equivocada, injusta, que me entristece.
Perereca: A que o senhor atribui, então, o fato de o ex-governador Almir Gabriel ter dito que o senhor fez “corpo mole”, nas eleições de 2006? O senhor fez, realmente, “corpo mole”?
Jatene: Acho que a avaliação do ex-governador Almir Gabriel, como a avaliação de qualquer pessoa, merece de mim todo o respeito.
Agora, não tenho como concordar quando não corresponde à realidade e aos fatos.
Corremos este estado, estivemos em vários municípios - e veja, de novo, uma indicação: você acha que alguém pode fazer corpo mole sem que as pessoas percebam?
E por que é que essas pessoas, que são fundadoras do partido; por que é que os deputados, que viveram a campanha também de forma muito direta, continuam tendo uma clara indicação a respeito de uma candidatura nossa? Esses deputados jamais estariam conosco se, efetivamente, tivessem percebido algo assim.
Além disso, você acha que alguém que pretende, por alguma razão, ver um aliado derrotado; alguém que está no governo e que terá o seu governo, no período seguinte, olhado com lentes de todas as formas por um partido historicamente opositor, teria feito algo assim, sem, no mínimo, procurar uma tribuna para se defender? Não faz sentido isso, não é? Porque se, na verdade, existisse alguma intenção desse tipo, não seria razoável que eu tivesse buscado um mandato para, pelo menos, supostamente me proteger?
Agora, não posso deixar de dizer uma coisa: quando começamos a conversar sobre essa entrevista, eu lhe disse que não quero, porque acho que não agrega nada na discussão deste estado, ficar nisto: “mas a avaliação de fulano foi nessa direção”; “mas o que pensa sicrano nessa direção”...
Acho que a sociedade tem uma avaliação dessas coisas; os fatos se impõem aos discursos.
O que me preocupa muito, neste momento, com todo o respeito que tenho por todas as avaliações que possam fazer, é que estamos vivendo um momento crítico, neste país, e, particularmente, na Amazônia e no Pará.
Estou preocupado é com a necessidade de formatarmos um projeto de saída para isso.
O mundo vive um momento muito especial. Essa questão ambiental está na ordem do dia. Ninguém imagine que isso é um modismo, uma coisa passageira – não é; veio para ficar.
A Amazônia está no olho desse furacão; o Pará é, sem dúvida, a melhor síntese disso na Amazônia. E eu espero que as lideranças políticas comecem a discutir isso, porque, no ano que vem, vamos ter de escolher um governador e ele terá de se posicionar nessa questão.
Perereca: Mas, se não houve essa traição, esse corpo mole, por que, na sua opinião, o doutor Almir, que foi seu amigo durante 30 anos, tem essa leitura? O senhor acha que ele se equivocou na leitura de alguma coisa?
Jatene: Não tenho nenhuma dúvida de que a leitura dele, além de equivocada, é injusta. Mas, não tenho como responder o porquê dessa leitura.
Mas, quero dizer uma coisa, reafirmando o que já disse a respeito disso: isso não muda um milímetro do meu respeito por ele. Não muda um milímetro da avaliação que faço da importância política que ele teve no estado do Pará. Não muda um milímetro da avaliação que faço dos oito anos de governo do Gabriel. Ou seja, os conceitos que construí, durante anos, não são alterados por uma entrevista, por um equívoco, por uma avaliação divergente daquela que considero a correta.
Porque isso está sendo dito, concretamente, para quê? Para explicar o resultado das eleições. E eu acho que o resultado das eleições não se encontra aí.
5 comentários:
Essa aparição de 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16 jatene e bicho1 já é a nova palta do perereca após o "Boa Noite!" de Sábado, Junho 13, 2009?
Se é assim eu te digo que o perereca deixou de ser interessante pra mim. Boa sorte, felicidade, todo o respeiro do mundo por você, sucesso, mas eu FUUUUUUUIIIIIIIIII!!!!!!!!!!!!
e o jogo do jatene mandando os filhos de seus secretários (ex) para assumirem os cargos da direção da Juventude do PSDB. É um acordo em troca de cargos no ex-quese futuro governo de Simão. Eu acho que pegou mal.
mas esse calor no blog....tambëm.
sorry ana, mas foi mal....
Caríssmo (a) anônimo (a) 1:05, é lamentável ver pessoas que se auto denominam líderes ficarem arrumando desculpas para as diversas comprovações de suas sandices.
É triste ver um modelo mal talhado de político que se auto lançou candidato a candidato ameaçando jovens simplesmente porque eles não concordam com os interesses de um senador que só entende de jogo de azar e tapioca. E agora querer vir aqui tentar justificar o fato dessa juventude ter se posicionado publicamente comprometendo suas pretenções fisiológicas.
Cara Jornalista: O Jatene continua o mesmo subserviente ao Gabriel, por isso mesmo perdeu a eleição e perderá de novo, por falta de fibra, por ausência de auto-respeito, por impostura e servilismo.O PSDB tem e sempre teve dono. No dizer de Chico Buarque,para o jatene que tem DNA de músico, a voz do dono e o dono da voz.
Ana Célia, bem que tava na hora de você falar um pouquinho da política cultural do estado. Acabaram com a OSTP, ontem foi o último dia do IAP, a Funtelpa, nem precisa falar, a Secult construindo Centro de Convenções em Santarém, indicando os pontos de cultura... O curro velho, então, chega lá os oficineiros sem fazer nada, o Centur com as bibliotecas fechando as 14h..
Tá uma vergonha!
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