sábado, 19 de julho de 2008

Despedida

Pensando, pensando...




Lá vou eu sumir de novo, caro leitor, a passar mais um tempo distante daqui.




Novamente, seremos interrompidos.




E, infelizmente, só disponho de quatro minutos para me expressar.




Pois, que como viajarei de madrugada, preciso, infelizmente, dormir.




Para caminhar, entre as nuvens, no espaço e na vida...




Tão distante de mim, como está cada um de si mesmo...




Ah, a hora da partida!...




Aquela em que arredamos os móveis da porta...




Os móveis com que obstruímos as portas.




Naquele doce tempo em que ainda havia móveis e portas!...



Como se só quiséssemos da vida essa doce ilusão de perenidade!...




Quem levará as estantes?




Os livros, as prateleiras, os bibelôs?...




Quem levará as lembranças – sim, que essas, em qualquer partilha, são o mais importante!...




A quem ficará o vazio, a sensação de insignificância?...



E quem herdará os risos, as mãos-sempre- dadas, o sorvete que se dividiu?...




O abraço, o beijo, a esperança furtiva, desse tão furtivo coração?!!!...




Como repartiremos o que foi comum?




O dito, o não-dito, o mais que dito... O projetado... O que se queria e o que não queria... E, por vezes, a ilusão que a gente teve de engolir...




Quem redescobrirá o amanhã?




E a quem restará a sensação de uma nau à deriva, aquela que apenas busca agarrar-se a qualquer porto?...




Quem se irá como se nunca tivesse chegado?...




E quem ficará como se estivesse ali – à espera... tão somente, à espera...



Como repartiremos os filhos que não tivemos? E os nossos castelos de areia?...




E as ondas e o mar e as estrelas, que nos fizeram partícipes do infinito!... – um do outro... Sim, um do outro!...




Talvez, que digamos, afinal: levarás o castelo; e eu, a estrelas de que foi concebido!...




Para que em ambas as mãos reste, tão somente, o nada...




O nada...




O nada que sempre fomos e seremos nós!...




Um do outro...




Sim, um do outro!...







FUUUIIIIIII!!!!







Lama Nas Ruas


Deixa
Desagüar a tempestade
Inundar a cidade
Porque arde um sol dentro de nós

Queixas,
Sabes bem que não temos
E seremos serenos
Sentiremos prazer no tom da nossa voz

Veja
O olhar de quem ama
Não reflete um drama, não
É a expressão mais sincera, sim

Vim pra provar que o amor, quando é puro
Desperta e alerta o mortal
Aí é que o bem vence o mal
Deixa a chuva cair, que o bom tempo há de vir

Quando o amor decidir mudar o visual
Trazendo a paz no sol
Que importa se o tempo lá fora vai mal
Que importa?

Se há
Tanta lama nas ruas
E o céu
É deserto e sem brilho de luar

Se o clarão da luz
Do teu olhar vem me guiar
Conduz meus passos
Por onde quer que eu vá


Veja
O olhar de quem ama
Não reflete um drama, não
É a expressão mais sincera, sim

Vim pra provar que o amor, quando é puro
Desperta e alerta o mortal
Aí é que o bem vence o mal
Deixa a chuva cair, que o bom tempo há de vir

Quando o amor decidir mudar o visual
Trazendo a paz no sol
Que importa se o tempo lá fora vai mal
Que importa?

Se há
Tanta lama nas ruas
E o céu
É deserto e sem brilho de luar

Se o clarão da luz
Do teu olhar vem me guiar
Conduz meus passos
Por onde quer que eu vá (se há)

Se há
Tanta lama nas ruas
E o céu
É deserto e sem brilho de luar

Se o clarão da luz
Do teu olhar vem me guiar
Conduz meus passos
Por onde quer que eu vá.

(Almir Guineto/Zeca Pagodinho)




E depois de muito buscar, encontrei um hino - meu, mermo!...


Vai Vadiar




Eu quis te dar
Um grande amor
Mas você não
Se acostumou
À vida de um lar
O que você quer é vadiar...


Vai Vadiar! Vai vadiar!
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
(Vai Vadiar!)
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
Vai Vadiar! Vai Vadiar!


(Eu quis te dar!)
Eu quis te dar
Um grande amor
Mas você não
Se acostumou
À vida de um lar
O que você quer é vadiar...


Vai Vadiar! Vai vadiar!
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
(Vai Vadiar!)
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
Vai Vadiar! Vai Vadiar!


Agora!
Não precisa se preocupar
Se passares da hora
Eu não vou mais te buscar
Não vou mais pedir
Nem tão pouco implorar
Você tem a mania
De ir prá orgia
Só quer vadiar
Você vai prá folia
Se entrar numa fria
Não vem me culpar
Vai Vadiar!...


Vai Vadiar! Vai vadiar!
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
(Vai Vadiar!)
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
Vai Vadiar! Vai Vadiar!


Quem gosta da orgia
Da noite pro dia
Não pode mudar
Vive outra fantasia
Não vai se acostumar
Eu errei quando tentei
Lhe dar um lar
Você gosta do sereno
E meu mundo é pequeno
Prá lhe segurar
Vai procurar alegria
Fazer moradia na luz do luar
Vai Vadiar!...


Vai Vadiar! Vai vadiar!
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
(Vai Vadiar!)
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
Vai Vadiar! Vai Vadiar!


(Eu quis te dar!)
Eu quis te dar
Um grande amor
Mas você não
Se acostumou
À vida de um lar
O que você quer é vadiar...


Vai Vadiar! Vai vadiar!
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
(Vai Vadiar!)
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
Vai Vadiar! Vai Vadiar!


Agora!
Não precisa se preocupar
Se passares da hora
Eu não vou mais te buscar
Não vou mais pedir
Nem tão pouco implorar
Você tem a mania
De ir prá orgia
Só quer vadiar
Você vai prá folia
Se entrar numa fria
Não vem me culpar
Vai Vadiar!...


Vai Vadiar! Vai vadiar!
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
(Vai Vadiar!)
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
Vai Vadiar! Vai Vadiar!


Quem gosta da orgia
Da noite pro dia
Não pode mudar
Vive outra fantasia
Não vai se acostumar
Eu errei quando tentei
Lhe dar um lar
Você gosta do sereno
E meu mundo é pequeno
Prá lhe segurar
Vai procurar alegria
Fazer moradia na luz do luar
Vai Vadiar!...


Vai Vadiar! Vai vadiar!
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
(Vai Vadiar!)
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
Vai Vadiar! Vai Vadiar!


(Vai Vadiar!)
Vai Vadiar! Vai vadiar!
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
Vai Vadiar! Vai vadiar!
Vai Vadiar! Vai Vadiar!


(Zeca Pagodinho)

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