segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

municipais 8

Fala o DEM: Márcio Miranda



Mas, para o deputado estadual Márcio Miranda, dos Democratas (DEM), se o PSDB não apoiar, de fato, a pré-candidatura de Valéria Pires Franco, na capital, isso poderá criar até obstáculos para uma composição com os tucanos, em 2010.

“Temos que ser parceiros, para ajudar. Mas, quando estamos em melhores condições eles não têm que apoiar? A própria Valéria não terá condições de apoiar, lá na frente, um candidato que não a apoiou, quando teve condições de avançar. Deve, sim, ficar alguma seqüelazinha aí”, avisa.

Ele observa que, em todas as pesquisas, Valéria aparece muito bem posicionada, entre Edmilson e Duciomar.

E salienta que esse é um fenômeno espontâneo na sociedade belemense, já que ela ainda nem se lançou oficialmente à disputa.

Daí raciocinar:

_ “Eu não acredito que o PSDB ‘case’ conosco em Belém. Como vamos construir um projeto com o PSDB se eles não têm candidato no nível da Valéria, como apontam as pesquisas? Não é porque andamos a reboque deles que vamos continuar. No jogo democrático, quem tem mais força é que puxa”.

E prossegue:

_ “Se o PSDB continuar em outra direção e não apoiar a Valéria, sinto que isso criará dificuldades imensas até para qualquer caminhada conjunta. O Jatene tem força no interior e aparece bem, para governador e senador. Mas, nas pesquisas, o povo não o vê como prefeito de Belém. Então, como vamos ter um prefeito que o povo olha e não enxerga e continuar a sinalizar: é Edmilson, é Valéria, é Duciomar?”

Márcio Miranda também assegura que, se conquistar a Prefeitura, Valéria cumprirá, sim, todo o mandato – em vez de sair candidata ao Governo do Estado, em 2010, como se imagina nos bastidores políticos:

_ “Já conversei com ela e ela disse que vai cumprir todo o mandato, até porque o povo cobrará isso. Ela não vai dar outro vôo logo em seguida, usar a Prefeitura como trampolim. A PMB é o maior passo que o DEM pode dar agora. E, se conseguir, vai ter é de mostrar competência. Hoje, o que buscamos é o nosso espaço”.

E, de forma ainda mais surpreendente, acrescentou, mais adiante:

_ “Nós também não temos nada fechado para as eleições de 2010 e estaremos abertos para discutir composição com todo mundo. Vivemos numa democracia. 2008 é um marco, mas, depois é que vamos analisar e compor para 2010. E aí tudo dependerá dos municípios e da conjuntura. Em 2010, não descartamos nenhuma aliança – nem com o PMDB, nem com o PT”.

Na mesma linha de raciocínio, Márcio diz que o DEM, nestas municipais, terá candidatos próprios em várias cidades, mas que construirá, nas demais, um amplo leque de alianças:

_“Teremos candidatos próprios, por exemplo, em Cametá, Salvaterra, Irituia e Santa Izabel. Mas, também vamos compor em vários municípios. Teremos liberdade de movimentação em todos eles e não haverá restrição a nenhum partido. O que importa é a questão local. Não vamos boicotar ninguém”.

Assim, o DEM deverá coligar, em vários municípios, com o PR (em São Miguel do Guamá, Magalhães, Barata, Dom Elizeu, Terra Alta, Castanhal e Capanema, por exemplo).

Mas, também, estará junto com o PMDB (em Bujaru e Santa Maria do Pará, por exemplo) e, por incrível que pareça, até com o PT, em Mãe do Rio. “O candidato do PT pediu para trabalharmos uma coligação e nós liberamos o partido”, contou.

“Vamos com o PR, o PMDB, o PSDB, o PDT, o PTB”, disse Márcio Miranda, que, de tão empolgado, não descartou aliança nem com o PC do B: “Nosso partido está aberto ao diálogo, com as lideranças locais”.

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