segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

municipais 11

Meio bilhão de reais III



Um experimentado deputado estadual também aposta que a movimentação financeira das eleições municipais ultrapassará os R$ 100 milhões. “Em Belém e Ananindeua você gasta, tranquilamente, uns R$ 20 milhões”, observa.

Isso porque, estima, mesmo a campanha mais barata a prefeito, na capital, não consumirá menos de R$ 3 milhões.

Já em municípios de médio porte, como Marituba, Cametá, Abaetetuba, as campanhas às prefeituras devem ficar em torno de R$ 1 milhão.

“Esses são municípios com grandes deslocamentos e o pessoal pede óculos, cesta básica. Não há como se colocar numa campanha e não ser vítima disso”, acrescenta.

No ano passado, um marqueteiro pesquisou os gastos com o pessoal necessário à área de marketing, para a campanha à Prefeitura de Santarém. E só aí – incluídas passagens aéreas – a conta ficou em quase R$ 200 mil.

“Só para o pagamento dos profissionais de marketing, que você tem de levar de Belém para os dois meses de campanha num município do interior, você vai gastar em torno de R$ 150 mil, com um mínimo de profissionais”, observa, “E veja que isso é só a mão de obra – não inclui os equipamentos”.

O custo da mão de obra é alto, observa, porque, nas municipais, há uma profusão de candidatos e carência de mão de obra nessa área – que é estratégica.

E lembra que, no caso de Belém e Ananindeua, é preciso considerar, ainda, os gastos do segundo turno – que encarece em 70% a campanha, até porque exige a produção de programas diários de rádio e televisão.

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