Amansando as Águas
Vou às águas.
Assim, peço: “a bênção, Senhora!”
Que a Senhora me proteja das ondas, das pedras, do além mar.
Que a Senhora esteja comigo.
E com todos os que me acompanhem.
Que as ondas me reconheçam
E que eu seja parte do teu mar...
Que as tuas ondas me conduzam.
Como fazem à espuma do mar.
Que estejas comigo, Senhora!
E que me protejas, Senhora!
E que me protejas, Senhora!
E que me protejas, Senhora!
Meu Pai Oxalá
Atotô Abaluayê
Atotô babá
Atotô Abaluayê
Atotô babá
Vem das águas de Oxalá
Essa mágoa que me dá
Ela parecia o dia
A romper da escuridão
Linda no seu manto todo branco
Em meio à procissão
E eu, que ela nem via
Ao Deus pedia amor e proteção
Meu pai Oxalá é o rei
Venha me valer
O velho Omulu
Atotô Abaluayê
Que vontade de chorar
No terreiro de Oxalá
Quando eu dei com a minha ingrata
Que era filha de Iansã
Com a sua espada cor-de-prata
Em meio à multidão
Cercando Xangô num balanceio
Cheio de paixão
Atotô Abaluayê
Atotô babá
Atotô Abaluayê
Atotô babá
(Vinícius de Moraes/ Toquinho)
Um comentário:
“Bendito quem inventou o belo truque do calendário, pois o bom da segunda-feira, do dia 1º do mês e de cada ano novo é que nos dão a impressão de que a vida não continua, mas apenas recomeça...”
Mário Quintana
Feliz recomeço em 2008.
Walter Jr e Solange
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