segunda-feira, 22 de julho de 2024

Edmilson Rodrigues ou Igor Normando? Calma, companheiro! Nós não somos inimigos e o grande foco é 2026.


 

Se eu puder dar um conselho aos exércitos do Edmilson Rodrigues e do Igor Normando, é este: controlem a testosterona.

Nós, petistas, psolistas, emedebistas e todos os democratas, não somos inimigos.

Pelo contrário: somos aliados contra um inimigo comum.

E temos um objetivo que está acima de qualquer divergência entre nós: derrotar os nazifascistas, em 2026.

Não precisamos achar uns aos outros “lindinhos, limpinhos e cheirosos”.

Isso não é um namoro, um casamento e nem mesmo uma amizade.

É uma aliança política pragmática, oriunda de um perigo mundial para a Democracia, e até para a sobrevivência da espécie humana.

É provável que petistas e psolistas achem os emedebistas politicamente lamentáveis.

Da mesma forma que os emedebistas devem achar politicamente lamentáveis os petistas e psolistas.

Mesmo assim, precisamos, desesperadamente, continuar a conviver.

Porque se cometermos a burrice de nos dispersar, esses nazifascistas vencerão as eleições em Belém.

E se essa burrice se repetir nos demais municípios paraenses e brasileiros, eles vencerão as eleições de 2026, para os governos, assembleias legislativas, Congresso e Presidência da República.

E se o Trump vencer as eleições nos EUA, como, aparentemente, é o que acontecerá, nem precisa ser a Mãe Delamare, para prever as desgraças que virão, não é?

Talvez uma ditadura, que eles não conseguiram impor por falta de apoio externo e por erros que, certamente, já não cometerão.

Talvez a gradual corrosão da nossa Democracia, para que possam se manter no poder, por décadas, em aparente legalidade.

Certamente, a destruição dos direitos conquistados, ao longo de décadas, por pretos, gays, mulheres, idosos, povos indígenas, trabalhadores.

Em qualquer caso, perseguições, cassações, prisões arbitrárias e sabe-se lá mais o quê, contra todos nós que hoje torcemos o nariz uns pros outros.

Veremos Belém virar um campo de extermínio de pretos e pobres, e perder o pouco que resta de seu patrimônio histórico.

O Pará verá a destruição das suas florestas e rios.

E o Brasil virará um fazendão teocrático, paraíso de escravocratas, pedófilos, estupradores e toda sorte de monstros.

Então, não podemos perder o foco.

Não temos tempo para isso.

E nem temos força política, em nenhum segmento isolado dessa frente, para ficarmos com “nojinho” uns dos outros.

Precisamos compreender que esta não é uma eleição “normal”, como muitas das anteriores.

Antes, podíamos até dizer: “ah, se o meu candidato não passar para o segundo turno, naquele candidato do PSOL ou do MDB eu não voto de jeito nenhum”.

O problema é que, nas eleições de Belém, teremos um segundo turno, provavelmente, entre um candidato da nossa frente democrática e um nazifascista.

E você não terá como apoiá-lo, a não ser que queira virar nazifascista também.

Você não terá nem mesmo como ficar em cima do muro, porque é de oposição ao nazifascismo que estamos a falar, como sabem hoje até as pedras de Belém.

Então, quer você goste ou não, acabará tendo de votar no Edmilson Rodrigues ou no Igor Normando. E buscar votos para ele. Pragmaticamente.

Isso significa que a agressividade entre esses dois exércitos, do Edmilson e do Igor, tem de ser muito bem dosada.

Para não gerar traumas que dificultem muito uma aliança no segundo turno. Ou até mesmo a continuidade da nossa convivência. 

Afinal, Edmilson ou Igor, tudo bem, a gente se reacomoda. 

O que não pode é o cachorro doido vencer.

Isso serve para todas as eleições municipais, de Norte a Sul e de Leste a Oeste, que opõem companheiros dessa nossa frente democrática, no primeiro turno.

Sentiu vontade de usar palavras mais duras, para “acertar uma bicuda no fígado”? Não o faça.

Não dificulte a sua própria vida, quando tiver de buscar votos para esse companheiro, no segundo turno.

Em vez de se aplicar em destruir um aliado, empregue as suas melhores energias para impedir a eleição de prefeitos e vereadores da base nazifascista.

Não esqueça: o grande foco é 2026.

Tudo o mais é adereço.

As eleições de 2026 tendem a ser dramáticas: um tudo ou nada.

Não bastasse isso, a nossa situação pode se complicar bastante, já a partir do ano que vem, caso Trump vença as eleições dos EUA.

Então, companheiro, respire fundo e meça muito bem as suas palavras.

Para que, lá na frente, em vez de chorar como os nossos irmãos argentinos, a gente possa é celebrar a derrota dessas hordas, como fizeram os nossos irmãos franceses.


FUUUIIIII!!!

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