O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)
do ensino médio público do Pará é o pior da Região Norte e o quarto pior do
Brasil.
Segundo o ranking nacional divulgado pelo jornal O
Globo, no último dia 8, a nota do Pará no Ideb do ensino médio público foi de apenas 3,0, em 2015.
Atrás dele ficaram apenas Sergipe (com Ideb de 2,6),
Alagoas e Rio de Grande do Norte (empatados com 2,8) e Bahia (2,9).
Em Pernambuco e São Paulo, que ocupam o primeiro
lugar do ranking, o Ideb ficou em 3,9.
Veja
o Ideb do ensino médio público na Região Norte:
Amazonas – 3,5
Acre – 3,5
Roraima – 3,4
Rondônia – 3,3
Tocantins – 3,3
Amapá – 3,1
Pará – 3,0
E aqui, extraído do jornal O Globo, o ranking
nacional:
Entre
os piores também nas séries iniciais e finais do fundamental
Segundo a reportagem, apenas quatro estados alcançaram
as metas do Ideb, em 2015, para o ensino médio: Amazonas, Pernambuco, Piauí e
Goiás.
Todos os demais – incluindo, é claro, o Pará – foram
reprovados.
Também nas séries iniciais (primeira à quinta) e
finais (sexta à nona) do ensino público fundamental, o Ideb do Pará ficou entre
os piores do Norte e do Brasil.
Nas séries iniciais, o Ideb do Pará (4,3) foi o
segundo pior das 27 unidades federativas, empatado com Alagoas e Amapá, e à frente
apenas de Sergipe (4,1).
O melhor do ranking é São Paulo, com Ideb de 6,2.
Veja
o ranking das séries iniciais do ensino fundamental, na Região Norte:
Acre – 5,3
Rondônia – 5,3
Roraima – 5,1
Amazonas – 5,0
Tocantins – 5,0
Amapá – 4,3
Pará – 4,3
E
veja o ranking nacional das séries iniciais:
Nas séries finais do ensino público fundamental, o
Ideb do Pará (3,6) foi o quinto pior do Brasil, à frente apenas do Amapá e Paraíba
(ambos com 3,5); Bahia e Rio Grande do Norte (3,4); Alagoas (3,2), e Sergipe (3,1).
Veja
o ranking das séries finais do ensino fundamental, na Região Norte:
Acre – 4,4
Amazonas – 4,2
Rondônia – 4,1
Tocantins – 4,0
Roraima – 3,7
Pará – 3,6
Amapá – 3,5
E
veja o ranking nacional das séries finais:
Pior
que o Maranhão e o Piauí
Nos três rankings publicados pelo jornal O Globo, o
Pará perde até para dois estados paupérrimos do Nordeste, que costumam disputar
com ele as lanternas dos indicadores sociais brasileiros: Maranhão e Piauí.
No Maranhão, o Ideb ficou em 3,1 no ensino médio;
4,4 nas séries iniciais; e 3,7 nas séries finais do fundamental.
No Piauí, o Ideb foi de 3,2 no ensino médio; 4,6 nos
anos iniciais; e 3,9 nos anos finais.
Na Região Norte, Acre e Amazonas tiveram o quinto
melhor Ideb do ensino médio público do Brasil (3,5), empatados com Distrito
Federal, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
Nos anos iniciais do fundamental, Acre e Rondônia
(empatados com o Mato Grosso do Sul) apresentaram o sexto melhor Ideb do país:
5,3
Nos anos finais, o Acre obteve a quinta melhor nota
do Ideb (4,4).
O Ideb, que é o maior indicador da educação básica
do País, considera, no cálculo, o rendimento escolar (aprovação, reprovação e
abandono) e o desempenho dos alunos em testes de português e matemática –
explica o jornal O Globo.
O ensino médio é de responsabilidade dos governos
estaduais. Já o ensino fundamental é administrado pelas prefeituras.
Abaixo
da meta no ensino médio...
Pesquisa da Perereca
no site do Inep (Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira), do Ministério da Educação, mostra que 2009 foi o único ano em que o Pará
cumpriu (e até superou) a meta do Ideb para o ensino médio.
A meta, naquele ano, era de 2,7 – mas o Pará
alcançou 3.0
Nos anos seguintes (2011 e 2013), as notas do Pará
até caíram.
No ano passado, a nota subiu para 3,0 (ou seja,
voltou ao mesmo nível de 2009, seis anos atrás).
No entanto, a meta estabelecida para 2015 era que
essa nota ficasse em 3,5.
O resultado já indica que o Pará dificilmente conseguirá
atingir também a meta para 2017, que é de 4,0.
Veja
o quadro:
Em 2005, o Ideb estimado do Pará, no ensino médio,
era de 2,6. Isso significa que, nos últimos dez anos, essa nota cresceu apenas
0,4.
É verdade que, nesse período, apenas dois estados (Amazonas
e Pernambuco) cresceram mais de 1 ponto na nota do Ideb, enquanto outros (Rio
Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe) até regrediram.
Mas também é verdade que outros dez estados, além de
Amazonas e Pernambuco, cresceram acima do Pará: Piauí, Maranhão, Paraíba, Mato
Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Goiás, Acre, Distrito Federal, Espírito Santo e
Paraná.
Vale salientar, ainda, que Amazonas, Piauí e
Maranhão, que possuíam as piores notas estimadas do Ideb e estavam atrás do
Pará, obtiveram, no ano passado, uma nota superior a dele.
Veja o quadro preparado pela Perereca:
E
aqui, a série histórica do Ideb do ensino médio, em todos os estados, extraída
do Inep. Clique em cima para ampliar:
...e
abaixo da meta também nas séries finais do fundamental
Nas primeiras séries do ensino fundamental da rede pública,
as metas têm sido até ultrapassadas, no Pará – tanto que a nota obtida no Ideb
do ano passado (4,3) corresponde à meta fixada para 2017.
Em relação a 2005, quando o Ideb do Pará foi de 2,7,
o crescimento ficou em 1,6.
Veja o quadro específico do Pará:
Veja
a série histórica das séries iniciais do fundamental, em todos os estados:
Já nas séries finais do fundamental, a meta do Ideb
só foi alcançada em 2009.
No ano passado, a meta era de 4,4, mas a nota ficou
em apenas 3,6.
Em 2005, a nota do Pará das séries finais era de
3,2.
O crescimento ínfimo do período já indica que,
também aqui, o estado dificilmente conseguirá atingir a meta do Ideb para 2017,
que é de 4,7.
Veja o quadro específico do Pará:
Veja
a série histórica das séries finais do fundamental:
SEDUC
jura que melhorou e até comemora
Apesar desse quadro desolador, a antecipar até
fracassos futuros, a Agência Pará, a central de notícias do Governo do Estado, diz
que o desempenho paraense no Ideb até melhorou.
“O Pará obteve o segundo maior crescimento da nota
do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2015 e, com o resultado,
subiu quatro posições no ranking nacional em comparação com os dados do
levantamento de 2013”, diz o texto que está no site do Governo.
“Enquanto em 2013 o Pará ocupava a 26ª colocação no
Ideb, em 2015 o Estado subiu para o 22º lugar, passando de 2,7 para 3,0 no
ensino médio, à frente de Estados como Alagoas, Bahia, Rio Grande do Norte e
Sergipe. Se considerada a evolução, isto é, a diferença entre a nota obtida em
2013 e 2015, o Pará, com acréscimo de 0,3 na nota, registrou resultado igual ou
melhor que Unidades da Federação como Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará,
Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do
Sul, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio
Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe,
São Paulo e Tocantins”, comete, ainda, o texto da Agência Pará.
Também segundo o texto, a secretária estadual de
Educação, Ana Cláudia Hage, até comemorou o resultado.
“Estamos comemorando porque avançamos, o que é sinal
de que estamos no caminho certo, pois fomos o segundo Estado que mais cresceu no
ensino médio, apesar de 2015 ter sido um ano atípico na educação no Pará.
Enfrentamos 73 dias de greve, mas tivemos uma nota maior em relação ao Ideb
anterior. Isso se deve ao esforço coletivo de professores e técnicos e,
especialmente, à dedicação dos nossos alunos, que abraçaram nossos projetos se
preparando para a Prova Brasil. Esse resultado é uma grande vitória da
sociedade paraense”, teria dito a secretária.
Sem
palavras frente à tamanha desgraceira e enrolação, a Perereca recomenda que
você leia a postagem “O Rei da Urucubaca: Jatene quer desplanejar o Pará até
2030! Bollywood perdeu um grande canastrão”: http://pererecadavizinha.blogspot.com.br/2016/07/o-rei-da-urucubaca-jatene-quer.html
E
confira o texto completo da Agência Pará, para você não achar que estou exagerando.
Clique em cima dos quadrinhos para ampliar:
Para
ler a reportagem completa do jornal O Globo sobre o ranking ( que foi checado
pela Perereca): http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/apenas-4-estados-atingem-metas-do-ideb-para-ensino-medio-publico-20072233
2 comentários:
Infelizmente, creio que o MPF do Pará e a Justiça Federal do Pará não está tão preparados para fazer uma operação como a Lava Jato no Pará. Com todas essas provas, era para Jatene, Orly Bezerra, secretários, Zenaldo etc estarem todos presos. Cadê a operação mãos limpas no Estado MPF?
Infelizmente o idiota povo paraense ainda vota nesses imundos. Vinte anos de tucanalha no pará, e não tem melhora. Andamos igual caranguejo.
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