quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

lambança4

Prestando Contas ao Leitor




Apresentei, hoje, quatro pedidos de investigação dos indícios de irregularidades que detectei no Hangar Centro de Convenções e na Associação Via Amazônia, a Organização Social que o administra.


Os pedidos foram protocolados nos Ministérios Públicos Federal e Estadual, na Assembléia Legislativa e na Controladoria Geral da União (CGU).


Ao Ministério Público Federal e à Controladoria solicitei que investiguem possíveis irregularidades, entre as quais superfaturamento de preços e fraudes licitatórias, nos contratos da Via Amazônia com o Governo do Estado, alguns deles, talvez, até com verbas da União – e eu, agora à noite, já encontrei dinheiro federal que foi parar nessa entidade.


Justifiquei meu pedido apontando os fortes indícios de crimes que detectei, que podem até configurar improbidade administrativa.


Pedi, ainda, uma investigação paralela, de ambas as instituições, CGU e MPF, acerca de um possível esquema de financiamento irregular de campanhas eleitorais (Caixa Dois), através do Hangar e da Via Amazônia.


Reproduzi, no requerimento, a reportagem que publiquei neste blog, bem como a nota de esclarecimento do Hangar.


Além disso, apontei as investigações realizadas pela CPI da Biopirataria, que detectaram enorme movimentação financeira em contas bancárias pertencentes à Maria Joana da Rocha Pessoa, à época, assessora da então senadora Ana Júlia Carepa.


Joana Pessoa, como todos vocês sabem, é a presidente da OS Via Amazônia.


E, pelo que li nas notas taquigráficas e no relatório daquela CPI, a movimentação nas contas bancárias de Joana, conforme constataram os deputados, foi, em 2004, várias vezes superior aos seus ganhos salariais – e tanto mais intensa, quanto mais se aproximavam as eleições daquele ano.


E o presidente da CPI, deputado federal Sarney Filho, queria solicitar, inclusive, que a Receita Federal investigasse essas movimentações.


Só não o fez, conforme alegou, para evitar que o fato ensejasse recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF), uma vez que isso extrapolaria o objeto de análise da CPI.


Até porque não foram encontrados depósitos de empresas madeireiras nas contas de Joana Pessoa.


Mesmo assim, tendo em vista aquela movimentação e as suspeitas levantadas na época, e o fato de a Via Amazônia ter movimentado, também no pleito deste ano, grande quantidade de recursos financeiros, solicitei que as duas instituições investiguem a possibilidade de um esquema de Caixa Dois, através do Hangar e dessa entidade.


Encaminhei idênticos pedidos ao Ministério Público Estadual e à Assembléia Legislativa.


No caso dessa última, solicitei que ela requeira, ao Governo do Estado, com prazo de resposta de 30 dias, sob pena de crime de responsabilidade, informações sobre os contratos com a Via Amazônia.


Tanto no caso da Assembléia Legislativa, quanto no caso do Ministério Público Estadual, pedi que as investigações se estendam à própria contratação dessa OS, para a administração do Hangar.


Ainda nesta semana encaminho pedidos de investigação, também, ao Tribunal de Contas do Estado e à Receita Federal – só aguardo o recebimento das cópias dos cheques e extratos bancários de Joana Pessoa, que foram examinados pela CPI da Biopirataria, a partir da quebra de seus sigilos bancário, fiscal e telefônico.


Nos próximos dias, também estarei protocolando Ação Popular contra a contratação da Via Amazônia pelo Governo do Estado, para a gestão do Hangar.


Também estou estudando outras providências, como, por exemplo, um pedido de acompanhamento dessas investigações pelos conselhos nacionais da Magistratura e do Ministério Público, bem como pela Ordem dos Advogados do Brasil.


Ou, se for o caso, até um pedido ao Congresso Nacional, para que investigue a possível existência de esquemas ilegais de financiamento de campanha, em outros estados brasileiros.


Creio que essa é uma chance ímpar para que a doutora Joana Pessoa, se for o caso, se livre de todas as suspeitas que pesam sobre ela desde os tempos da CPI da Biopirataria.


E para que comprove que sou, de fato, “sem ética e sem escrúpulos”, como afirmou naquela página que fez publicar em um jornalão de Belém.


Mas, caso fique provado que tudo o que escrevi é a cristalina verdade e que há, sim, fortes indícios de irregularidades em tudo o que descobri, então, me desculpe, doutora Joana Pessoa, mas, dessa vez, tenha certeza, a senhora não ficará impune.


Porque, doutora Joana, o que será investigado por essas instituições são, tão somente, os fatos.


Sem a possibilidade, portanto, dessas falácias do “argumento contra o homem” e do “apelo à piedade”, tão caras à senhora e ao seu partido, quando se trata de tentar justificar o injustificável, perante o cidadão comum.


Além disso, vou, sim, acionar todos os recursos que os cidadãos dispomos, no Estado Democrático de Direito.


Como já disse neste blog, doutora Joana, não vou persegui-la. Tampouco vou processá-la, como já até me aconselharam alguns, devido àquela página que a senhora fez publicar.


Vou, simplesmente, lhe entregar nas mãos das instituições que nós, Sociedade, criamos, para nos defendermos de toda a arrogância e o autoritarismo daqueles que não sabem respeitar, porque a índole não suporta, os limites da Democracia.


Vou, em suma, lhe entregar nas mãos da Justiça.


Dos homens e de Deus.


FUUUIIIIIII!!!!!



É



É!
A gente quer valer o nosso amor
A gente quer valer nosso suor
A gente quer valer o nosso humor
A gente quer do bom e do melhor...


A gente quer carinho e atenção
A gente quer calor no coração
A gente quer suar, mas de prazer
A gente quer é ter muita saúde
A gente quer viver a liberdade
A gente quer viver felicidade...



É!
A gente não tem cara de panaca
A gente não tem jeito de babaca
A gente não está
Com a bunda exposta na janela
Prá passar a mão nela...



É!
A gente quer viver pleno direito
A gente quer viver todo respeito
A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão
A gente quer viver uma nação...


É! É! É! É! É! É! É!...



É!
A gente quer valer o nosso amor
A gente quer valer nosso suor
A gente quer valer o nosso humor
A gente quer do bom e do melhor...



A gente quer carinho e atenção
A gente quer calor no coração
A gente quer suar, mas de prazer
A gente quer é ter muita saúde
A gente quer viver a liberdade
A gente quer viver felicidade...



É!
A gente não tem cara de panaca
A gente não tem jeito de babaca
A gente não está
Com a bunda exposta na janela
Prá passar a mão nela...


É!
A gente quer viver pleno direito
A gente quer viver todo respeito
A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão
A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão
A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão
A gente quer viver uma nação...



(Gonzaguinha)

17 comentários:

Anônimo disse...

Cara Ana Célia.
Por favor, não afogue-se na sua ignorância, ou na pressa de mostrar sua coragem.
Os documentos que você diz esperar da CPI, você vai cansar esperando, porque não vão chegar nunca. Não, mesmo.
São sigilosos, e continuarão assim para todo o sempre.
Antes dos seus rompantes, pesquise, estude, para que o que é verdadeiro não seja confundido com ficção, e vice versa, como tem acontecido nas suas matérias, e facilmente descoberto.
Da sua carta aberta para a dona Joana, pra cá, a sua matéria do Hangar perdeu muito em credibilidade jornalistica.
Você deixou a imparcialidade de lado, e se vestiu de militante política, o que não é nada saudável para o bom jornalismo. Jornalismo não tem partido. Nem partido, nem rabo preso. Se muito, com o eleitor. E o seu rabo, com todo respeito, continua atrelado ao PSDB, conforme seus próprios posts, aqui na sua perereca, não é mesmo ?
Hoje, você joga no lixo, a sua matéria sobre o Hangar. Não serve mais pra nada, a não ser pra estudos universitários, de como não se faz jornalismo, me desculpe, sinceramente.
Ana, você inaugura o folclore do jornalismo brasileiro, em que o próprio jornalista, e não as instituições, faz os dois papéis, o de investigar e o de acusar para a justiça.
Mais um pouco, e a senhora vai acabar querendo, também, julgar a dona Joana.
E se duvidar, ser a carcereira, também.
Cuide-se Ana. Você é uma grande jornalista, e sabe muito bem disso.
Faça a sua escolha. Jornalista, ou militante política. A hora é agora.
Ontem, no Diário, foi a Valéria, que você elogia tanto aqui no seu blog.
Quem foi que mudou ? A Valéria, ou o que você pensava dela ?
Hoje, é a Joana. Quem nos garante que amanhã, você não estará aqui na sua perereca, enchendo a Joana de elogios, como fez com a Valéria.
Ei Ana, será que você pensa que a gente não pensa ?

Anônimo disse...

Jornalista, presta contas, com a sua matéria, e só.
Daí pra frente, não é mais com ele, e sim com as instituições. Assim é o estado de direito.
Quem presta contas, é o político, mas com o eleitor.
Decididamente, você está naquela linha quase que invisível, entre a política e o jornalismo.
O que é um verdadeiro perigo.
Você não tem uma pena nas mãos.
Tem uma arma.
É uma pena...

Anônimo disse...

Dá-lhe perereca

Só lamento que na ALEPA não vai dar em nada, afinal, com Juvenil e Barbalho no comando... Eles só vão apresentar o preço do de$-$erviço

Anônimo disse...

Jornalista Ana Célia Pinheiro,

Fique certa de que você tem o nosso apoio nessa luta. Não será em vão, vá firme mesmo, resista a tudo e a todos. Esperemos que o Ministério Público faça a sua parte. Aliás, nunca mais ouvi aquele promotor tão cioso das suas obrigações, de nome Jorge Mendonça, se pronunciar sobre qualquer um dos tantos casos que acontecem nesse governo. Ele está fazendo falta, ou mesmo outro que resolva tomar as providências que se fazem necessárias.

Anônimo disse...

São cidadãs como você que merecem o respeito e apoio por parte de toda sociedade. Continue firme em sua luta, não vai ser fácil, mas tenho quase certeza que os resultados virão. E o resto do iceberg começará a exalar o cheiro pútrido característico da má-fé e leviandade de deslumbrados e arrogantes. Parabéns pela coragem, Ana. Deus lhe ilumine!

Anônimo disse...

Parabéns! Isso é que se diz, matar a cobra, ops, cacetar a cobra e mostrar o pau (ou cacete?)! Estou ansioso para ver em que vai dar tudo isso. Não gostaria de dizer mais tarde: Ó Ministério Público, onde estás que não respondes! Tomei conhecimento do caso através do JORNAL PESSOAL, do Lúcio Flavio Pinto. Quer dizer que a doutora Joana transformou o Hangar no "Hangar da Mãe Joana"? Com a diferença de que só ela tasca. Deve ter gente graúda envolvido nesse esquema.

Anônimo disse...

Ana, se vc "scanear" as diversas gestões petistas, refiro-me as secretarias executivas, ficará perplexa com tantas irregularidades e desmandos.

Impera a lei do vale tudo e tudo pode. E quem viver verá!

Em 2 anos, a Governadora nos faz lembrar do ex-gov Carlos Santos!

Anônimo disse...

Parabéns Ana, estamos com você . Que Deus a proteja .
Vítima da Corrupção

Anônimo disse...

Estou acompanhando essa sua luta nessa história do Hangar. Você é uma prova viva do jornalismo, que infelizmente não existe mais por essas bandas. Vamos esperar agora que o Ministério Público também faça a sua parte e invetigue tudo e puna os culpados.
Quanto aos defensores de plantão da sra. Joana Pessoa, não se preocupe porque eles devem ter lá seus interesses também por lá ou mesmo algo ainda não revelado mas que mais cedo ou mais tarde vamos saber.
a) Rosa Brito

Anônimo disse...

Pelo menos para alguma coisa serviu Ana: o pessoal da SEMA ( do Hangar) hoje arrumou os trapos e voltaram para a sede da SEMA na Lomas, isso tudo na surdina.

Ana Célia Pinheiro disse...

Aos Anônimos da 6:54 e da 7:53:


Queridos:


Decididamente, esta é uma excelente discussão: qual o papel social do jornalista e os limites da nossa atuação?


Ao longo de 28 anos de profissão, é a primeira vez, apesar das muitas reportagens que já fiz, em que assumo, também, o papel de “protagonista”.


Mas, talvez que essa afirmação não seja correta.


Afinal, “protagonista” também se é quando, mesmo que de forma não tão direta, o jornalista vai pra cima das instituições, questiona as instituições, para que se posicionem diante de “tenebrosas transações” com dinheiro público.


Sempre agi assim, porque, para mim, não se trata, apenas, de noticiar por noticiar; de ver meu “nomezinho” numa manchete...


Mas, sim, de fazer com que a informação produza o efeito que deve e precisa produzir.


Quer dizer: que melhore o funcionamento das nossas instituições, o trato da coisa pública, fazendo com que a Ética prevaleça nos meios utilizados nas disputas de poder.


Então, não é exatamente correto dizer que nuncafui “protagonista”.


Assim como não é exatamente correto dizer que nunca foram “protagonistas” as centenas, milhares de jornalistas do Brasil e do mundo, que também tentam garantir não apenas a divulgação da informação, mas, a sua eficácia social.


E isso nos leva a um ponto igualmente importante: jornalista que se cala, que se acumplicia, é de fato jornalista?


Até que ponto a busca pela divulgação e pela eficácia social da informação não são características inerentes a essa “coisa” a que chamamos “Jornalismo”?


E isso tanto no caso de um escândalo como esse, que é o do Hangar, quanto num fato bem menos chamativo, mas nem por isso menos importante, que são as condições de vida da dona Maria e do seu José.


O fato de a dona Maria e o seu José serem condenados, por esse sistema iníquo, a viverem que nem bicho, na lama, em barracos caindo aos pedaços, sem água, sem luz, sem saúde, sem saneamento, sem educação, sem trabalho, sem lazer. A viverem pior que escravos, em pleno Século XXI.


E essa é uma coisa de que muito me orgulho, queridos anônimos: logo no início da minha carreira jornalística, fui até apelidada de “departamento de protestos” de O Liberal. Tantas as matérias que fiz, não apenas sobre greves, manifestações e passeatas. Mas, também, sobre o cotidiano miserável da nossa gente, nesse “Horror” que eram, como ainda são, as baixadas de Belém.


De lá para cá muita coisa mudou em minha vida. Há dez anos, enveredei pelo jornalismo investigativo. E hoje confesso, até com certo desgosto, que já nem sei se possuo aquela sensibilidade de outrora, que me permitia lacrimejar, na forma de palavras, todo o sofrimento do nosso povo...


Mas, para além desses parágrafos lacrimejantes aí de cima, creio que há outro ponto muito importante a discutir, porque tem tudo a ver com este debate: que é o jornalista?


Bom, poderia dizer, numa tentativa de definição, que é o profissional que tem por matéria-prima a Informação.


No entanto, tal definição me parece demasiado “frouxa”: afinal, nela cabem muitos outros profissionais que, na Era da Informação, também têm por matéria-prima a Informação.



Bem, então eu poderia acrescentar, para “amarrar” a definição: jornalista é o profissional que tem por matéria-prima a informação, que é capaz de “vestir” nesse formato a que chamamos “notícia”, para divulgá-lo, através dos veículos de comunicação, ao conjunto da sociedade.


O problema é que essa definição também não me parece exata.


Ora, bem vistas as coisas, também transformam informação em notícia, para divulgá-la em todos os veículos de comunicação, ao conjunto da sociedade, infinitas categorias de cidadãos: sindicalistas, integrantes de associações comunitárias, padres, pastores, advogados, políticos e até os nossos vizinhos, quando resolvem “detonar” o cônjuge...


O “discurso” que utilizam é até estruturado de forma semelhante ao nosso “lead”: o que, quem, quando, onde, como, por que e para que.


E não falta mesmo, na maioria das vezes, até o recurso ao contraditório: “os patrões dizem isso, oferecem isso, fizeram isso, mas nós, companheiros, consideramos que nada disso nos satisfaz”.


Ou: “Ele me espancava e ainda gritava, comadre: “é porque eu te amo, é porque eu te amo!”...


Então, sou forçada a admitir que, pelo menos neste momento, não consigo encontrar tal definição.


Mas, uma coisa eu sei, que é um pressuposto não só à condição de jornalista, mas de todo e qualquer profissional: antes de ser jornalista, sou CIDADÃ.


Anterior à minha condição de CIDADÃ não existe jornalista, economista, médico, assistente social, engenheiro, pipoqueiro, padre ou pastor.


Anterior a minha condição de CIDADÃ, só existem a minha condição de ser vivo e, num outro patamar, a condição de Ser Humano – ambas, também, socialmente concebidas, porque decorrentes da acumulação cultural que permitiu, ao “bicho” que todos somos, ver-se, enxergar-se, e enxergar o mundo.


Assim, já que sou, sobretudo, CIDADÃ não vejo porque não possa, ao constatar uma sangria de dinheiro público, acionar as instituições democráticas.


Ao contrário do que diz o anônimo das 6:54, quando aciono tais instituições não estou assumindo nem o papel de promotor, nem de juiz e muito menos o de “carcereira” – até porque, anônimo, será preciso garantir à doutora Joana, no âmbito do Judiciário, o amplo e inalienável direito de defesa, até que se chegue, finalmente, à carceragem....


Estou, sim, agindo de forma legítima, dentro dos limites do Estado Democrático; ao invés de tomar a Justiça nas próprias mãos, estou é entregando um caso às instituições, às quais compete a aplicação da Justiça.


Quer dizer, esse “justiçamento” que o senhor, deputado, ops, anônimo das 6:54, insinua, aconteceria, na verdade, se eu desse uns tabefes na doutora Joana. Ou se começasse a xingá-la de tudo que é sorte de coisa, até invadindo a sua vida pessoal.



Mas, qual a ilegitimidade que existe em entregar à análise das instituições os atos públicos de uma figura pública?


A Joana Pessoa não preside uma Organização Social?


Então, que preste contas de seus atos públicos, às instituições públicas, às quais compete fazer cumprir a Lei!...



Quanto à minha credibilidade, Senhor Deputado, ops, anônimo das 6:54, ela já não interessa nem minimamente a essa discussão.


A partir de agora o que conta são, tão somente, os fatos.


Quer o senhor goste ou não de mim; que acredite ou não em mim; que me ache bonita ou feia, magra ou gorda, velha ou jovem, honesta ou desonesta, nada disso interessa mais – se é que, alguma vez, considerações tão “rascas” puderam interessar a uma discussão tão importante para a sociedade...



O que será examinado pelas instituições é a legalidade dos contratos da Via Amazônia com o Governo do Estado e até da própria contratação dessa OS para a gestão de um patrimônio público como o Hangar, sem licitação e com aparente direcionamento.



O que será examinado é a possibilidade de um esquema ilegal de financiamento de campanha, através daquela entidade.



Por isso, se o senhor quiser continuar a me atacar, tanto se me dá: já não conto rigorosamente nada em tudo isso – se é que alguma vez contei...



A discussão, agora, na roda que começou a se mover, vai girar em torno, tão somente, dos fatos e da Legislação.



E eu só não entendo é uma coisa: se não há nada de errado no Hangar, se tudo está conforme a Lei, por que o medo e a revolta diante dessas investigações?



Por que a revolta diante do fato de eu, cidadã, ter levado o caso à análise das instituições?



Por que tais investidas contra mim, se tudo está “certinho”, dentro da Lei?



Também não entendo o fato de ficarem dizendo que fiz isso porque sou tucana – e esse é outro direito meu, líquido e certo: a minha opção política.



Nem o fato de outros anônimos, até em outros blogs, ficarem me cobrando que investigue os tucanos.



Cada vez que leio um comentário desses, eu fico pensando: égua, mais?!!!...



Mais do que investiguei a PrevSaúde? Mais do que investiguei a Sespa? Mais do que investiguei a dupla dinâmica Chico Ferreira/Marcelo Gabriel? Mais do que investiguei o Projeto Alvorada? Mais do que investiguei o Santino e o Vieira? Mais do investiguei a Medserve e o Ipasep? Mais do que investiguei a história das assessorias especiais? Mais do que investiguei a construção do Hangar – Centro de Convenções? Mais do que investiguei o convênio da Funtelpa, fazendo coro com o Lúcio Flávio Pinto que, há anos, clamava sozinho no deserto?



Mais?!!!...



Então, eu acho, sem brincadeira, que os tucanos até têm motivos de sobra para dizer: olha, muito obrigado, mas a gente não quer que você seja tucana – vá é ser petista!...


Ou até que afirmem, como alguns já me disseram: você é uma tucana-goiaba – amarela por fora e vermelha por dentro...



Contudo, nem isso mais importa, a minha opção política, se é que alguma vez importou, já que jamais interferiu no meu trabalho, nas minhas investigações – e a prova disso são esses casos que citei aí em cima, além de muitos outros...



Agora, toda essa história da Joana Pessoa e do “seu” Hangar virou aquele conhecido jargão dos delegados de polícia: então, aos costumes!



Bjs,


Ana Célia

Ana Célia Pinheiro disse...

A todos os anônimos que têm deixado comentários neste blog:


Quero agradecer, do fundo do coração, a atenção de vocês.


Não a mim. Mas a fatos tão graves que precisam, sim, ser esclarecidos.


Obrigada pela força, pela fé; por vocês me fazerem sentir que não estou sozinha nesta batalha.


Obrigada por vocês me fazerem ver que somos muitos e muitos com vontade de mudar, de verdade, este país.


Obrigada até a quem me critica - e crítica, pra mim, é sempre bem vinda, eis que ajuda na reflexão e até na correção dos nossos erros.


Espero trazer a todos vocês, brevemente, mais notícias sobre esse assunto, apesar da minha dificuldade em concatenar a atualização deste blog com o meu trabalho, do qual retiro o sustento da minha família.


Mais uma vez obrigada a todos.


E vamos torcer para que toda essa discussão sirva, ao menos, para que todos, petistas, tucanos, pefelistas, peemedebistas, verdes, pedetistas, todos os agentes políticos, enfim, e os formadores de opinião consigamos estabelecer limites éticos à ação política.


Pois, que se o que projetamos e tudo pelo que lutamos é, de fato, para o bem do povo, para o bem de todos, para o bem comum, então, é preciso, sim, estabelecer limites à forma como agimos, para conquistar e manter o poder.


Já me sentirei muito feliz e gratificada se tudo isso servir para, ao menos, as pessoas discutirem um pouco mais disso daí.


Bjs,


Ana Célia

Anônimo disse...

Infelizmente não há apoio sério a iniciativas como a sua Ana, os jornais sobrevivem da bondade dos órgãos e do Governo, logo...Não se deixe abater, essa corja safada que rouba o dinheiro do povo deve é ir todinha pra CADEIA lavar latrina sem luvas ...

barretão disse...

Ana, continue com o seu serviço sem medo porém não e só no hangar que existem irregularidades em outras secretarias (todas) tambem tem. Agora feita as denuncias cobre providencias das Autoridades competantes.È matenhamos informado do andamento das apurações.

Anônimo disse...

Por exemplo: Na Secretaria de Transportes=SETRAN tem umas coisas "cabeludas" que, se aparecerem, vai dar muito rolo.

Anônimo disse...

Ana Perereca,

Tu deverias deixar rolar todos os comentários que tentamos deixar neste "bloguete". Afinal, quem não deve, não teme.

Ana Célia Pinheiro disse...

Caro anônimo, nem tão anônimo assim:


Não vou publicar o comentário que você me mandou.

Tento ser o mais democrática possível neste blog - e já publiquei até ofensas que pouca gente aturaria.

Mas, estou de saco cheio de gente covarde - a Joana foi a gota d'agua da minha quota de paciência deste ano.

Assino este blog, tenho a coragem de dar a cara, de assinar embaixo de cada vírgula que escrevo - e olhe que uso saia, visse?...

Portanto, maninho, pegue as suas ameaças e leve lá no Diário do Pará.

Chegue lá com o "filho do Homem" e pergunte pra ele o que você me perguntou...

Ou você só é "corajoso" com mulher?

Ou você só é corajoso com quem não tem nem jornal, nem poder político pra se defender?

Pra mais, o que é que você espera ganhar com isso?

Você tá pensando que o PT vai lhe atirar um osso, uma babugem, que sobre desse banquetão, é?

Vá lá no Diário, mano. Tenha a coragem de disparar o seu "estalinho" pra cima dos Barbalho...

Força, mano - é sério, que eu lhe dou a maior força...

Aí, quando você demonstrar que é um pouquinho mais que um frouxo - aí, sim - a gente conversa.

Beijinhos,


Ana Célia