Um Tsunami Político
1) O vendaval provocado pela ameaça de impugnação do PFL, de cabo a rabo, desarrumou as peças do tabuleiro político paraense.
Se a situação já não era fácil para os tucanos, dada a existência de três fortes candidaturas oposicionistas, a impugnação, se consumada, será uma espécie de jornada ao inferno.
Para os analistas políticos, o principal estrago será a redução do tempo de rádio e tv da propaganda governista, que cairá quase à metade, crescendo, em contrapartida, o espaço das oposições.
Nunca é demais lembrar: o horário gratuito é ouro, em período eleitoral.
Até segundos são disputados à tapa, pelos partidos, dado o alcance e o impacto desses veículos de comunicação sobre o eleitorado.
E muito mais num ano, como lembra um experimentado marqueteiro, em que foram vetados diversos tipos de materiais de propaganda.
Outro estrago considerável virá da necessidade de substituição da vice. Pelo bom desempenho de Valéria, nos palanques, pela simpatia do eleitorado feminino.
Mas, principalmente, pelo trânsito e confiança que ela conquistou entre os partidos aliados, aí incluído o PSDB.
Para além da figura de Valéria, porém, a substituição obrigará, também, a um delicado rearranjo das forças coligadas, no interior da União pelo Pará. Afinal, a vice não é um cargo qualquer.
Outra conseqüência será a perda de parlamentares aliados, cuja eleição é dada como certa, tanto para a Câmara dos Deputados, quanto para a Assembléia Legislativa.
Ou seja, para um eventual novo governo tucano, sairia de cena o certo; entraria o duvidoso, sabe-se lá em que dimensões.
E todas essas alterações, diga-se de passagem, em plena campanha eleitoral.
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