É certo que, por muito tempo, a política nacional conviverá com a polarização entre o PT e o PSDB. Não apenas pela condição gemelar desses partidos, que são, por assim dizer, uma versão revista e ampliada do clássico Esaú e Jacó. Mas porque representam – e isso soa até como obviedade ululante – o que de mais avançado foi produzido pela política brasileira, em muitos anos.
Por isso, causa espécie o nível rasteiro da disputa entre esses dois partidos, com a reedição de práticas eleitorais arcaicas e a possibilidade até de violência física, em graves proporções.
Comportamento estranho esse, quando proveniente de partidos que dispõem de tão brilhantes intelectuais. E que erigem na ética e na democracia o centro do discurso político.
Sinal que o suburbano coração está sempre presente, mesmo nas melhores famílias. E que, como já disse alguém, nessa grande zona cinzenta da política, a prática nem sempre corresponde ao discurso.
Não creio, porém, que essa polarização venha a se repetir no Pará, nas próximas eleições. É certo que vai influenciar nas alianças e nos recursos disponíveis. Mas, aqui, a polarização ocorrerá entre PMDB e PSDB.
Vou tomar uma e refletir acerca disso. Fui.
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