sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

TRE aprova peça de ficção: Jatene alega que gastou menos de R$ 1,3 milhão com rádio e TV.



Ao aprovar, ontem, as contas de campanha do governador eleito Simão Jatene (PSDB), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) aprovou uma peça de ficção: pelo menos as despesas de propaganda declaradas pelo tucano estão muito abaixo do mercado e, inclusive, dos gastos dos candidatos que ganharam as últimas eleições nos estados da Região Norte.

E da mesma maneira que as doações (leia a aqui: http://pererecadavizinha.blogspot.com/2010/12/advogado-pode-pedir-investigacao.html ) também as despesas de campanha não foram pagas diretamente por Jatene, mas, pelo Comitê Financeiro Único, numa triangulação que dificulta até mesmo a identificação dos fornecedores, outro grupo que também é contemplado no “toma-lá-dá-cá” dos governos.

Embora não seja ilegal, essa triangulação torna as contas de Jatene uma das menos transparentes de todo o Brasil, já que apenas dois ou três governadores eleitos não identificam doadores e fornecedores, na proporção feita pelo tucano.

Em sua prestação de contas, Jatene declara despesas de R$ 5.310.903,37.

Desse total, R$ 13.833,99 são “baixas de recursos estimáveis”, em nome de André Dias, Cilene Couto e Zenaldo Coutinho. Outros R$ 22,40 são encargos financeiros e taxas bancárias. Todo o restante da despesa está declarado em nome do Comitê. Ou seja, 99%.

A despesa declarada de apenas R$ 5,3 milhões faz da campanha dele a terceira mais barata da Região Norte, atrás apenas do Acre (R$ 42 mil em despesas) e do Amapá (R$ 395 mil), e a quinta menor do Brasil, entre os candidatos vitoriosos no último pleito.

E isso apesar do tamanho do Pará e de sua população; da enorme dispersão populacional e até das diferenças culturais que obrigam à regionalização das campanhas paraenses.

De acordo com a prestação de contas do Comitê Financeiro Único, os gastos de Jatene com impressos, placas, estandartes e faixas teriam ficado em R$ 3,7 milhões; a publicidade através de carros-som teria custado apenas R$ 74 mil; e a produção dos programas de rádio e TV teria saído por R$ 1,274 milhão.

São valores difíceis de acreditar, tendo em vista as despesas dos candidatos eleitos na Região.

Tome-se como exemplo o vizinho estado do Amazonas, onde a campanha do governador reeleito Omar José Abdel Aziz (PMN) custou mais de R$ 14 milhões.

O Amazonas é maior que o Pará: são 1,559 contra 1,247 milhões de quilômetros quadrados.

No entanto, o Amazonas tem apenas 62 municípios e mais da metade de seus 3,4 milhões de habitantes vive na capital, Manaus.

Mas só com a publicidade através de carros-som Aziz gastou mais de R$ 127 mil – contra os R$ 74 mil de Jatene.

Além disso, os programas de rádio e TV de Aziz ficaram em mais de R$ 1,6 milhão.  

Outro exemplo: Rondônia, com 237,5 mil quilômetros quadrados, 52 municípios, 1,56 milhão de habitantes, quase 30% na capital. 

Lá, o governador eleito Confúcio Aires de Moura (PMDB) declarou despesas de R$ 9,78 milhões – mais de R$ 2,5 milhões só com os programas de Rádio e TV, e R$ 1,766 milhão em materiais gráficos, para uma população menor que a da Região Metropolitana de Belém.

Em Roraima (224 mil quilômetros quadrados, 15 municípios, 451 mil habitantes, mais de 60% na capital), José de Anchieta Junior, que venceu a disputa ao Governo, gastou R$ 9.786.000,00.

Correligionário de Jatene, ele garante que os seus programas de rádio e TV ficaram em apenas R$ 100 mil. No entanto, declarou despesas superiores a R$ 430 mil com carros-som; e mais de R$ 1,370 milhão com impressos e materiais gráficos em geral, embora a população de Roraima seja quase 17 vezes menor que a paraense (7,5 milhões).

No Tocantins (277 mil quilômetros quadrados, 139 municípios, 1,38 milhão de habitantes, 230 mil deles na capital), o tucano José Wilson Siqueira Campos declara que gastou R$ 6,3 milhões, dos quais apenas R$ 50 mil com os programas de rádio e TV; R$ 40 mil com impressos e R$ 615 mil em carros-som.

No Acre (164 mil quilômetros quadrados, 22 municípios, 732 mil habitantes, quase a metade na capital), o petista Sebastião Viana declarou despesas de apenas R$ 71.500,00.

No Amapá (142 mil quilômetros quadrados, 16 municípios, 668 mil habitantes, mais da metade na capital), Carlos Camilo Capiberibe (PSB) diz que gastou apenas R$ 395.075,91.

Gastos equivalem a menos da metade do mercado

De acordo com a prestação de contas do Comitê Financeiro Único do PSDB do Pará, o R$ 1,27 milhão gasto com a produção dos programas de rádio e TV teria contemplado principalmente a Griffo Comunicação e Jornalismo e a produtora 3D.

A Griffo, que é a agência do publicitário Orly Bezerra que comandou a campanha de Jatene, teria recebido R$ 261 mil. Já a 3D teria embolsado R$ 700 mil.

"Uma produtora custa em torno de R$ 1,8 milhão para o candidato majoritário, durante dois meses, incluindo quatro equipes externas e gravações em estúdio. E fora isso ainda tem as despesas com redator, locutor, repórteres, pesquisa, apresentadores, já que a produtora só dá os operadores dos equipamentos e os motoristas”, diz um publicitário paraense, que prefere não se identificar.

Segundo ele, uma equipe “modesta”, para a produção dos programas de TV de um candidato ao Governo, mobiliza cerca de 50 pessoas e consome de R$ 700 mil a R$ 1 milhão.

“Dificilmente alguém consegue fazer os programas de TV por menos de R$ 3 milhões” – observa.

Mas há ainda os programas de rádio, que embora exijam uma estrutura menor e até aproveitem materiais realizados para a TV, acabam consumindo pelo menos R$ 600 mil.

Além disso, há gastos com alimentação, transporte, telefone, dentre outros, para a manutenção dessas equipes.

Outro problema são os comerciais (as inserções), bastante utilizados durante a campanha.

“Hoje, um comercial de 30 segundos para um comerciante, feito aqui, com produção local, custa em torno de R$ 5 mil a R$ 6 mil. E numa campanha, dificilmente um comercial sai por menos de R$ 3 mil. E em 40 dias de campanha, até porque se trabalha de forma regionalizada, não devem ser menos de 50 comerciais”, informa. 

Segundo ele, é até possível que uma agência de publicidade, já de olho na futura conta de propaganda do candidato, feche um pacote por um preço mais em conta.

No entanto, é pouco provável que isso aconteça, também, com a produtora.

“A produtora vive disso. Cada programa é um cenário diferente e cada cenário é um custo. Por isso, dificilmente ela vai topar menos de R$ 1,8 milhão”, comenta.

Mas não é só quando se olha o mercado de Belém e os custos de campanha dos demais estados da Região Norte que se percebe a defasagem dos valores declarados pelo Comitê Financeiro Único do Pará.

Em Alagoas, a despesa declarada pelo tucano Teotônio Vilela Filho ficou em R$ 28,2 milhões – talvez uma das prestações de contas mais realistas do Brasil.

Lá, os custos de produção dos programas de rádio e TV ficaram em R$ 1,137 milhão – ou quase o mesmo do Pará.
Mas o Comitê Financeiro Único de Alagoas também gastou outros R$ 300 mil nesse item - enquanto que aqui no Pará não há menção de gastos com a produção de programas de rádio e TV nas contas da Direção Estadual do PSDB – e nem mesmo nas contas do candidato eleito pelos tucanos ao Senado, Fernando Flexa Ribeiro.

Além disso, Alagoas tem apenas 27.779 mil quilômetros quadrados, 102 municípios, 3,1 milhões de habitantes (quase um terço na capital) e nem a metade dos problemas de deslocamento do Pará – ou até mesmo a diversidade cultural que exige a regionalização de programas e inserções.

E lá, além de os programas de rádio e Tv terem custado quase o mesmo que no Pará, Teotônio ainda gastou cerca de R$ 4,8 milhões com materiais gráficos e R$ 2,4 milhões em carros-som.

Quer dizer: levando em conta a disparidade entre os dois estados, ou há algo de mal explicado nas contas de Jatene, ou Teotônio deve ter transformado a vida dos alagoanos num verdadeiro inferno.

Os fornecedores da campanha de Jatene na área da propaganda.

Produção dos programas de rádio e TV: R$ 1.274.000,00

GRIFFO COMUNICACAO E JORNALISMO LTDA (CNPJ: 04.144.804/0001-15): R$ 261.000,00

IMAGEM PRODUÇOES E SERVIÇOS LTDA (CNPJ: 08.635.539/0001-29): R$ 128.000,00

JOAO SILVIO P. DE P. GONÇALVES JUNIOR (CPF: 236.039.842-34): R$ 47.000,00

L. F. PUBLICIDADE PROMOÇÕES E PRODUÇÕES LTDA. (CNPJ: 34.885.160/0001-87): R$ 10.000,00

NOVA COMERCIO E PRODUÇÕES DE AUDIO LTDA (CNPJ: 07.042.693/0001-24): R$ 110.000,00

SERGIO LUIS FERNANDES MONTOYA-ME (CNPJ: 07.486.743/0001-62): R$ 14.000,00

3D PRODUÇOES LTDA EPP (CNPJ: 83.647.040/0001-57): R$ 700.000,00

CONTROMIDIA NORTE LTDA (CNPJ: 04.001.505/0001-21): R$ 4.000,00

Produção de jingles, vinhetas e slogans: R$ 15.000,00
EDILSON JOSE CASTRO SILVA (218.145.892-87): R$ 15.000,00

Criação e inclusão de páginas na internet: R$ 36.000,00
LUIS CLAUDIO ROCHA LIMA (292.587.822-91): R$ 23.000,00
ONBYTE TECNOLOGIA S/S LTDA (CNPJ: 09.330.618/0001-94): R$ 13.000,00

Impressos, placas, estandartes e faixas: R$ 3.760.794,50
ANNA'S SERVIÇOS E COMÉRCIO LTDA (CNPJ: 04.819.490/0001-03): R$ 417.020,00
ARAUJO & OLIVEIRA COMUNICAÇAO E MARKETING LTDA  (CNPJ: 10.536.256/0001-71): R$ 36.520,00
ATIVA GRAFICA E EDITORA LTDA (CNPJ: 10.840.057/0001-52): R$ 30.000,00
B. S. ALMEIDA (CNPJ: 07.916.679/0001-02): R$ 37.500,00
BRUNO PEREIRA LOBATO ME (CNPJ: 09.304.263/0001-69): R$ 700,00
C CARVALHO IND COM LTDA (CNPJ: 04.837.208/0001-10): R$ 272.010,00
DELTA GRAFICA E EDITORA LTDA (CNPJ: 07.960.738/0001-40): R$ 2.200,00
ELPIDIO SOUSA DA SILVA – ME (CNPJ: 07.209.341/0001-10): R$ 31.500,00
G. S. OLIVEIRA GRAFICA – ME (CNPJ: 05.775.396/0001-62): R$ 1.850,00
GRAFICA FONSECA LTDA (CNPJ:14.166.268/0001-02): R$ 1.000,00
H. C. S DA SILVA (CNPJ:02.188.156/0001-73): R$ 127.700,00
HALLEY S/A - GRAFICA E EDITORA (CNPJ: 10.308.997/0001-03): R$ 890.865,50
H.C.S DA SILVA - ME (CNPJ: 02.188.156/0001-73): R$ 80.500,00
ITAPIREMA E SILVA INDUSTRIA GRAFICA LTDA (CNPJ: 09.348.395/0001-92): R$ 1.500,00
J. B. MONTEIRO CARDOSO (CNPJ:00.673.266/0001-03): R$ 306.190,00
J. M. DOS SANTOS & FILHOS LTDA (CNPJ: 04.894.382/0001-03): R$ 350.000,00
LEAO E MARINHO LTDA (CNPJ: 09.308.316/0001-10): R$ 23.000,00
L. P. D´ AVILA FILHO (CNPJ: 83.928.226/0001-84): R$ 246.040,00
LIOHANNA S P D'AVILA COMERCIO E SERVIÇOS DE IMPRESSAO DIGITAL (CNPJ: 11.289.990/0001-46): R$ 25.000,00
M E G COMERCIO LTDA (CNPJ: 01.035.797/0001-25): R$ 2.661,00
M M M SANTOS EDITORA (CNPJ: 07.015.922/0001-11): R$ 150.000,00
M V D A MORAIS – EPP (CNPJ: 02.446.439/0001-78): R$ 1.700,00
MARCILENE CORREA SARMENTO (CNPJ: 11.874.558/0001-12): R$ 226.500,00
MARTINS & VILHENA LTDA (CNPJ: 03.573.717/0001-10): R$ 158,00
METNE DECORAÇOES LTDA (CNPJ: 04.279.570/0001-13): R$ 980,00
PAPELARIA E GRAFICA ANISERGIO (CNPJ: 83.277.384/0001-11): R$ 275.700,00
PONTO PRESS LTDA EPP (CNPJ: 83.902.296/0001-63): R$ 48.000,00
RM GRAPH LTDA    (CNPJ: 03.547.690/0001-91): R$ 150.000,00
SALIN KIZAN LOURENÇO-ME (CNPJ: 11.238.824/0001-10): R$ 24.000,00

Carros-som: R$ 74.231,00

ALESANDRO PASSOS DE CARVALHO R$100,00
ANDRE RICARDO R$ 420,00
DAWISON WILLER PEREIRA REIS R$ 400,00
DIEGO AFONSO GONÇALVES R$ 180,00
EDILSON GOMES DANTAS R$ 1.000,00
EDILSON OLIVEIRA R$ 800,00
ETEVALDO MASCATE DE SOUZA R$ 200,00
FATIMA DOS SANTOS FARIAS R$ 800,00
FRANCISCO EVERTON DE OLIVEIRA FILHO R$ 800,00
GUARANY COMERCIO E SERVIÇOS LTDA (05.147.616/0001-03) R$ 50.085,00
IVONALDO RIBEIRO ALVES DE OLIVEIRA R$ 260,00
JACKSON ARLAN PINHEIRO MACHADO R$ 350,00
 JIVANILDO DE OLIVEIRA CARMO DE SOUZA R$ 800,00
JOAO BATISTA CARDOSO MOIA R$ 514,00
JOAO BATISTA MATOS PINHEIRO R$ 6.000,00
JOAO PARAENSE BEZERRA JUNIOR: R$ 900,00
JOAO ZACARIAS ALVES DOS SANTOS R$ 420,00
JORGE MARCELO PRAÇA BARBOSA R$ 800,00
JOSE DANIEL R$ 400,00
JOSE EDUARDO MORAES DE OLIVEIRA R$ 400,00
JOSE JORGE DA SILVA JUNIOR R$ 840,00
JOSE VELOZO MELEM R$ 300,00
MIGUEL BRITO R$ 400,00
NIVALDO CAMPOS DA COSTA R$ 800,00
NILSON CARLOS SOARES DE AGUIAR R$ 400,00
 OBERDAN FURTADO BEZERRA R$ 630,00
PAULO ROBSON DE SOUSA TRINDADE R$ 900,00
PEDRO ALVES R$ 800,00
RAIMUNDO DESTERRO DE SOUZA KATARI R$ 900,00
ROSINEY REIMAO DO CARMO   R$ 232,00
SANDRO HENRIQUE ARAGAO    R$ 600,00
SERGIO RAIMUNDO VALENTE MEIRELES R$ 400,00
 WILSON MENDES R$ 1.000,00
XXX : (170.973.802-25): R$ 400,00

Pesquisas: R$ 275.200,00
DOXA ARTE E COMUNICAÇAO S/S LTDA (CNPJ: 07.317.438/0001-47): R$          15.200,00
H B S PESQUISA LTDA – ME (CNPJ: 01.036.970/0001-00): R$ 210.000,00
VIRTU ANALISE E ESTRATERGIA LTDA (CNPJ: 00.794.068/0002-70): R$ 50.000,00

A prestação de contas dos governadores eleitos


ACRE: Sebastião Viana (PT). Do total de Receitas (R$ 71.500,00), R$ 50 mil vieram do Diretório Estadual e o restante de pessoas físicas. As despesas se resumiram a impressos, locação de veículos, combustíveis e segurança privada. Todos os fornecedores foram declarados.

ALAGOAS: Teotônio Vilela Filho (PSDB). Arrecadou R$ 26.712.400,00 e gastou R$ 28.251.074,62. Apenas R$ 55 mil vieram de pessoas físicas; o restante veio de grandes empresas (construtoras, indústrias ligadas à agropecuária e à exportação), e quase R$ 16,9 milhões de comitês e do Diretório Nacional. Declarou diretamente os fornecedores.

AMAZONAS: Omar Abdel Aziz(PMN). Arrecadou R$ 14.186.215,92, gastou R$ 14.179.442,03. Quase todos os doadores foram grandes indústrias; apenas 4,4 milhões viram do Diretório Estadual. Declarou diretamente os fornecedores.

AMAPÁ: Carlos Camilo Capiberibe (PSB). Arrecadou R$ 395.200,00, gastou R$ 395.075,91. As contribuições vieram na maioria do Diretório Estadual (R$ 300 mil); o restante de empresas e pessoas físicas. Declarou os fornecedores.

BAHIA: Jacques Wagner (PT).  Arrecadou R$ 26.257.500,70, gastou R$ 26.256.803,33.  As contribuições vieram principalmente de grandes empresas, especialmente construtoras, mineradoras e agroindústrias. Do Comitê Financeiro Único e dos diretórios vieram pouco mais de R$ 7,2 milhões. Declarou os fornecedores.

CEARÁ: Cid Ferreira Gomes (PSB). Todas as doações, num total de R$ 28.953.718,01, foram feitas através do Comitê Financeiro Único, numa triangulação semelhante a de Jatene. O mesmo aconteceu com as despesas, que também somaram R$ 28.953.718,01 e foram declaradas através do Comitê.

DISTRITO FEDERAL: Agnelo Santos Queiroz (PT). Arrecadou R$ 10.787.129,45, gastou R$ 12.322.325,52. Teve como doadores uma enorme quantidade de pessoas físicas – uma das maiores do país – mas também contou com as contribuições de grandes empresas. Dos comitês e diretórios vieram pouco mais de R$ 6 milhões. Declarou os fornecedores.

ESPÍRITO SANTO: José Casagrande (PSB). Receitas de R$ 9.460.330,48; despesas de R$ 9.460.125,66. As doações vieram de grandes empresas, especialmente construtoras. Dos diretórios vieram pouco mais de R$ 2,1 milhões. Declarou fornecedores.

GOIÁS: Marconi Perillo (PSDB). Arrecadou R$ 29.483.043,88, gastou R$ 29.347.821,82. Grandes empresas, como bancos e construtoras, foram os principais doadores.  Do comitê e do diretíro vieram cerca de R$ 17 milhões. Declarou fornecedores.

MARANHÃO: Roseana Sarney Murad (PMDB). Arrecadou e gastou R$ 24.430.687,76. Recebeu contribuições de grandes empresas, como construtoras. Do comitê e dos diretórios vieram cerca de R$ 21,5 milhões. Declarou os fornecedores.

MINAS GERAIS: Antonio Augusto Anastasia (PSDB). Arrecadou R$ 38.036.983,57; gastou R$ 38.033.640,31. Recebeu doações de grandes empresas, como bancos e construtoras, mas também de uma grande quantidade de pessoas físicas. Do Comitê Financeiro Único e do Diretório Estadual vieram pouco mais de R$ 18 milhões. Também identificou os fornecedores.

MATO GROSSO DO SUL: André Puccinelli (PMDB). Arrecadou e gastou R$ 17.801.478,10. Grandes empresas (agroindústrias, bancos) e pessoas endinheiradas, capazes de doar até R$ 1 milhão de reais, foram os principais contribuintes da campanha. Do Diretório Estadual vieram R$ 4.290.000,00. Identificou os fornecedores.

MATO GROSSO: Silval da Cunha Barbosa (PMDB). Arrecadou R$ 21.278.254,54; gastou R$ 21.277.864,23. Financeiras, bancos, construtoras, empresas de agropecuária, pessoas físicas endinheiradas entre os principais contribuintes. Do Diretório Estadual veio pouco mais de R$ 1,1 milhão. Declarou fornecedores.

PARAÍBA: Ricardo Vieira Coutinho (PSB). Arrecadou R$ 9.546.862,49, gastou R$ 10.610.247,63. Recebeu várias doações de pessoas físicas, mas também de empresas de agronegócios, bancos e construtoras. Dos diretórios vieram apenas R$ 3,5 milhões. Identificou fornecedores.

PERNAMBUCO: Eduardo Campos (PSB). Arrecadou e gastou R$ 13.870.811,12. Recebeu doações de grandes empresas, como construtoras, indústrias de alimentos e bancos. Dos diretórios vieram mais de R$ 9 milhões. Declarou fornecedores.

PIAUÍ: Wilson Martins (PSB). Arrecadou R$ 5.003.655,59 e gastou R$ 5.002.538,90. Entre os doadores, uma grande quantidade de pessoas físicas, mas também grandes empresas, como banco e construtoras. Dos diretórios vieram pouco mais de R$ 410 mil. Declarou fornecedores.

PARANÁ: Carlos Alberto Richa (PSDB). As receitas somaram R$ 23.718.112,01; as despesas, R$ 23.711.207,11. As doações vieram de pessoas físicas, mas também de grandes empresas - bancos, construtoras, metalúrgicas e postos de combustíveis. Os diretórios contribuíram com pouco mais de R$ 9 milhões. Declarou fornecedores.

RIO DE JANEIRO: Sérgio Cabral (PMDB). Empresas de navegação, planos de Saúde, construtoras, indústrias alimentícias foram os grandes contribuintes. Mas é difícil saber quanto veio do comitê e dos diretórios devido ao enorme fracionamento dos valores. Declarou apenas o fornecimento de pessoas físicas e usou o comitê para os demais fornecedores.

RIO GRANDE DO NORTE: Rosalba Carlini Rosado (DEM). Arrecadou R$ 5.646.040,00; gastou R$ 5.646.006,37. Grandes empresas foram os principais doadores. Do comitê e do diretório vieram R$ 3,6 milhões. Identificou os fornecedores.

RONDÔNIA: Confúcio Aires de Moura (PMDB). As receitas ficaram em R$ 9.130.286,80; as despesas, em R$ 9.780.817,30.  Grandes empresas e pessoas físicas – inclusive o candidato – entre os grandes doadores. Do comitê e do diretório vieram menos de R$ 2 milhões. Identificou os fornecedores.

RORAIMA: José de Anchieta Junior (PSDB). Arrecadou e gastou exatos R$ 9.786.000,00. Bancos, pessoas físicas, empresas de engenharias entre os doadores. Do comitê e do diretório vieram R$ 7.850.000,00. Identificou os fornecedores.

RIO GRANDE DO SUL: Tarso Genro (PT). Arrecadou R$ 7.880.044,68; gastou R$ 7.823.195,07. Empresas de agronegócios, alimentos, engenharia entre os doadores. Do comitê e do diretório vieram pouco mais de R$ 1,8 milhão. Identificou fornecedores.  

SANTA CATARINA: João Raimundo Colombo (DEM). Receitas de R$ 3.236.692,11; despesas em R$ 3.226.899,36. Pessoas físicas e empresas entre os doadores, mas do comitê e do diretório vieram mais de R$ 2,9 milhões. Os fornecedores, em boa parte, também foram encafuados no comitê.

SERGIPE: Marcelo Deda (PT). Arrecadou e gastou R$ 6.301.389,57. Os doadores foram, principalmente, construtoras. Pouco mais de R$ 2,2 milhões vieram do diretório estadual. Identificou fornecedores.

SÃO PAULO: Geraldo Alckmin (PSDB). Arrecadou e gastou exatamente R$ 34.221.236,96. O Banco Itau, que contribuiu com R$ 1.000.000,00, foi o único doador direto do tucano –  as demais doações foram realizadas ao Comitê Financeiro Único. Quase tão “transparente” quanto o seu colega paraense, Alckmin só identificou entre os fornecedores a empresa Campanhas Comunicação, que levou quase R$ 1 milhão. Todos os demais fornecimentos foram feitos através do comitê.

TOCANTINS: José Wilson Siqueira Campos (PSDB). Receitas de R$ 6.327.084,28; despesas em R$ 6.310.919,28. Só identifica pouco mais de R$ 100 mil em doações de pessoas físicas e de empresas. O restante foi doado ao comitê. Parte expressiva dos fornecedores também não foi identificada. 

12 comentários:

Anônimo disse...

Ana Célia, acho que você precisa ser mais coerente, pois deixa a impressão que sofre de transtorno de dupla personalidade. Eu não sei se você se lembra, mas você trabalhou com muito afinco para eleger o Jatene e agora dia sim outro também tira um tempinho pra meter o pau nele. Se você quer ser isenta, não deveria trabalhar na campanha de ninguém porque depois fica tudo muito estranho. Afinal, qual é a tua?

Anônimo disse...

Sinceramente como acho que essa sua análise só comprova que as conats do governador Simão Jatene estão certas e plausíveis, pelo menos é essa a impressão que me causou e digo isso porque as comparações que você se fundamenta sinceramente como não bate nada com nada, sabe dona Ana Célia, querer que o candidato gaste mais do que outro em carro som não me parece fazer sentido.

Anônimo disse...

Quanto a Ana Célia Pinheiro ganhou na campanha do Jatene ? Se abrir isso, eu acredito na honestidadeda repórter;

Anônimo disse...

Gasta quem tem. Jatene não tinha dinheiro e não arrumou com facilidade. Algumas empresas, pressionadas, contribuiram mais com a campanha da Ana Julia que com a dele. Em meu municipio, a campanha tucana foi bancada por empresários locais: carro-som, formiguinhas, pintura de muro, fiscais, etc. Em muitos outros municipios foi assim. Quando o candidato não tem dinheiro, conta mais com a boa vontade do povo. Ana Julia gastou milhões e milhões porque podia.

Anônimo disse...

Ana, o Jatene ganhou.
Qual o interesse em se complicar com as contas???
Coma rejeição do governo da ana julia, ele seria eleito com a metade do que foi divulgado.
Graças a incompetência dela e a competência dele, do Orly e de todo o time, incluindo vc.

Anônimo disse...

Se fosse assim como a colunista quer que seja, só ganharia eleição quem gastasse mais na campanha. É brincadeira, minha cara, quem ganha eleição é a vontade do povo, independente de mais ou menos dinheiro.

Anônimo disse...

ÉGUA, ESTAS DESCONTROLADA MULHER, A INVEJA MATA.

Anônimo disse...

Ana Célia,
Estou acompanhando toda as tuas observações sobre as eleições. E sei que estás falando a verdade. Continue e não ligue para esses comentários que democraticamente estas postando. Continue, e sei que muitos te agradecem por essa posição tomada, que caracteriza o jornalismo investigativo.

Anônimo disse...

Quando você ganhou na campanha, Ana. Conta aí, vai? :)

Jean Lucio de Paula disse...

Oi Ana Célia, acho que você esta desconsiderando três coisas.

1º As campanhas realizadas em Belém estão longe de serem campanhas milionárias, principalmente, no setor privado, que você usa como referência. Jornalistas até ganham bem, mas os demais profissionais de comunicação são mal remunerados, basta ver tópico sobre o tema no blog Oportunidade Belém.

2º Uma reclamação constante na campanha sempre foi a falta de material, já que a quantidade oferecida era pequena em relação a demanda. Sintoma de que não havia tanto dinheiro quanto você alega.

3º A campanha contou com profissionais locais e comprometidos. Não se precisou importar profissionais a peso de ouro de outros estados. Não se pagou salários astronômicos, nem se contratou um batalhão de profissionais.

Anônimo disse...

E agora minha cara perereca.O Totó do Orly, está cotadíssimo para Secretário de Comunicação do governo Simão Jatene.

Anônimo disse...

A diária de um carro de som não sai por menos de R$ 100,00.

O que acontece com a Justiça Eleitoral? ela vive em que mundo?

Você está corretíssima Ana, tem algo de podre no reino da dinamarca.