A esta altura do campeonato, já não sei mais o que dizer para abrir os seus olhos, meu irmão, minha irmã.
Se saber que o bolsonarismo é nazista; se saber que Bolsonaro tem ligações com neonazistas desde 2004 (https://pererecadavizinha.blogspot.com/2022/10/bolsonaro-tem-ligacoes-com-neonazistas.html); se saber que os nazistas, na Alemanha, assassinavam até recém-nascidos; se nada disso lhe comove ou lhe assusta, em relação ao destino do Brasil, o que mais posso dizer?
Domingo passado, você viu na TV, o ex-deputado bolsonarista Roberto Jefferson, recebeu policiais federais à bala.
Ele disparou 60 tiros de fuzil, além de lançar três granadas, contra os policiais, ferindo dois deles: https://pererecadavizinha.blogspot.com/2022/10/jefferson-e-bolsonaro-uma-profunda.html
Hoje, outra bolsonarista, a deputada federal Carla Zambelli sacou uma arma e perseguiu um homem negro, em uma rua de São Paulo, colocando em risco um monte de pessoas.
Para se justificar, ela disse que aquele homem a empurrou, jogando-a no chão, mas há um vídeo mostrando que ele não tocou nela e que ela caiu sozinha:https://www.metropoles.com/colunas/guilherme-amado/video-mostra-que-zambelli-nao-foi-empurrada-antes-de-sacar-a-arma
Mais sobre o caso aqui: https://noticias.uol.com.br/colunas/leonardo-sakamoto/2022/10/29/aliada-de-bolsonaro-zambelli-segue-jefferson-e-provoca-terror-armado-em-sp.htm
Você acha que isso são “casos isolados”?
Não, meu irmão, minha irmã: o bolsonarismo é uma seita extremamente violenta.
Em maio deste ano, publiquei um levantamento com 12 de casos que me pareceram reveladores acerca do ódio e da intolerância dessas pessoas: https://pererecadavizinha.blogspot.com/2022/05/uma-seita-perigosa-violencia.html
A lista mostra que você pode ser cuspido, xingado, espancado, atropelado, e até mesmo assassinado, por qualquer coisa que desagrade um bolsonarista: a cor da sua camiseta, um produto que está vendendo, uma resposta a um xingamento.
O maior exemplo disso foi o assassinato do petista Marcelo Arruda, guarda municipal no estado do Paraná, em junho deste ano.
Marcelo estava comemorando o seu aniversário, com uma dessas festinhas que acontecem em qualquer cidade, todos os dias.
Mas o bolsonarista Jorge Guaranhos, um policial penal, soube da festa e foi lá, xingar, provocar.
E quando o Marcelo reagiu, jogando um punhado de terra no carro do Guaranhos, o bolsonarista se sentiu “humilhado”.
E quando voltou àquele local, invadiu a festa dando tiros: https://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2022/09/09/assassinado-tesoureiro-do-pt-dois-meses-apos-crime-acusado-que-e-apoiador-de-bolsonaro-ainda-nao-foi-ouvido.ghtml
Ele baleou o Marcelo na frente da mulher e dos filhos.
E se o Marcelo, antes de morrer, não tivesse baleado o Guaranhos, será que não teríamos ali uma chacina?
Quando foi, meu irmão, minha irmã, que você viu esse ódio, essa violência política no Brasil?
É esse o Brasil que você quer deixar para os seus filhos e netos?
Um Brasil onde a gente vive com medo de ser a próxima vítima desses sujeitos?
Um Brasil onde a gente não pode nem mesmo usar uma determinada cor, ou ser de uma determinada religião, ou amar quem quiser, porque pode aparecer uma besta-fera desocupada, que vai lhe cuspir, xingar, bater, e até matar?
É preciso compreender que a essência do nazismo é a violência e o ódio.
Para o nazismo, a vida dos outros não tem nenhum valor.
Você tem de pertencer ao que eles chamam de “raça superior”: a “raça” branca.
E tem de fazer tudo o que eles querem.
Inclusive, ficar em silêncio, enquanto eles massacram seres humanos.
Na Alemanha, nas décadas de 1930 e 1940, os nazistas assassinaram 6 milhões de judeus.
E milhões e milhões de russos, poloneses, tchecos, franceses, gays, ciganos, comunistas, Testemunhas de Jeová, deficientes físicos e mentais.
E qualquer um que eles achassem “inferior”.
E qualquer um que resistisse a eles, seja fazendo oposição, seja apenas ajudando as pessoas que estavam massacrando.
Eles mataram crianças, bebezinhos, grávidas, idosos, para eles não fazia diferença, porque a especialidade deles é matar.
Mataram pessoas no meio da rua, em campos de trabalhos forçados; fuziladas, à beira de covas coletivas; sufocadas com gás venenoso, em câmaras de gás; em guetos, em dolorosas experiências científicas.
E hoje, mesmo depois de derrotados na Segunda Guerra Mundial, ressurgem como neonazistas (novos nazistas), em vários países do mundo.
E, novamente, tentam destruir a Democracia, para instaurar ditaduras, eliminar os que consideram “inferiores” e garantir uma boa vida apenas à “raça superior”.
Não é à toa que o mundo está com os olhos voltados, neste momento, para o Brasil.
As forças democráticas vão travar, neste domingo (30), no Brasil, uma batalha decisiva não apenas para este país, mas para todas as Democracias do mundo.
Então, pense muito bem em como votar.
Lembre dos quase 700 mil mortos que tivemos na pandemia, boa parte deles pobres, pretos, idosos, doentes.
Lembre que só não morreu muito mais gente porque Bolsonaro ainda não possuía poderes de um ditador.
Governadores, prefeitos, Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) forçaram esse homem a dar auxílio financeiro às famílias mais pobres e a comprar vacinas, além de obrigarem o uso de máscaras e fecharem os comércios, para impedir que esse vírus se espalhasse ainda mais.
Só que agora, Bolsonaro comprou o Centrão com o Orçamento Secreto, e tem o Congresso na mão.
Bolsonaristas e ele mesmo já sinalizaram várias vezes que vão interferir no Supremo, aumentando o número de juízes, para que ele tenha maioria lá.
E quanto aos governadores e prefeitos, eles estarão, no ano que vem, de pires na mão, sem dinheiro para programas sociais, por exemplo, já que perderam boa parte dos recursos do ICMS.
Ou seja: se Bolsonaro for reeleito, e tivermos uma nova epidemia, igual ou pior do que a covid, é bem possível que não tenhamos vacinas e nenhuma medida para conter o avanço da doença.
Então, pense muito bem na sua escolha deste segundo turno.
FUUUIIII!!!!!
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