A taxa de mortalidade na infância
do Pará já é a segunda maior do Brasil e só perde para o Amapá.
A cada mil crianças que nascem no
Pará, 24,1 morrem antes de completar cinco anos. No Amapá, as mortes são de 29,0
por mil.
Em 1990, a mortalidade na
infância do Pará era ainda maior: 53,3 por mil nascimentos.
No entanto, o estado ocupava a 11ª
posição do ranking nacional, atrás de Alagoas, Paraíba, Ceará, Pernambuco,
Maranhão, Rio Grande do Norte, Bahia, Sergipe, Piauí e Acre.
No Acre, o 10º colocado, a
mortalidade de crianças menores de 5 anos alcançava 65,1 por mil nascimentos;
em Alagoas, o primeiro do ranking, chegava a 117,8 por mil – o dobro do Pará.
Mas entre 1990 e 2012, ou seja,
em 22 anos, a mortalidade na infância caiu nesses estados muito mais do que no
Pará.
No Pará, a queda foi de 54,8%. No
Ceará, por exemplo, 82,3%.
Com isso, a taxa de mortalidade do
Ceará baixou de 91,6 para 16,2 por mil nascidos vivos.
Os dados são do Ministério da
Saúde e foram manchete do jornal O Liberal deste domingo, 22/09 (caderno
Atualidades, página 9).
O jornal, porém, preferiu destacar
a redução paraense da mortalidade na infância.
Mas essa redução de 54,8% do Pará
foi a quarta menor do Brasil, à frente apenas de Roraima (52,8%), Mato Grosso
(51,8%) e Amapá ( 33,9%).
No entanto, Roraima e Mato Grosso
possuem taxas de mortalidade na infância de 21,6 por mil nascimentos – ou seja,
menores que a do Pará.
Na verdade, a queda paraense de
mortalidade na infância ficou abaixo da média nacional (que foi de 68,5%) e até
da média da Região Norte (56,1%).
E mais: no Pará, o número de
mortes de crianças de até 5 anos por mil nascimentos (24,1) é superior à média do
Brasil (16,9) e até da Região Norte (23,2), a mais alta entre as regiões
brasileiras.
O Pará foi, também, um dos 10
estados brasileiros que ainda não alcançaram um dos “Objetivos do Milênio” da
Organização das Nações Unidas (ONU): a redução dessa mortalidade para 20
crianças por mil, até 2015.
Além do Pará, continuam abaixo da
meta os estados do Maranhão (23,4), Acre (22,8), Amazonas (22,6), Bahia (22,0), Piauí (21,7),
Tocantins (21,6), Roraima (21,6), Mato Grosso (21,6) e Amapá (29,0).
Entre os estados que já
alcançaram a meta da ONU estão 6 que apresentavam taxas de mortalidade na
infância maiores que a do Pará, em 1990: Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco,
Rio Grande do Norte e Sergipe.
Veja acima o quadro extraído do
jornal O Liberal.
E abaixo, nos quadrinhos (clique
em cima deles para ampliar) uma parte da reportagem do jornal:
Leia mais sobre a queda da mortalidade na infância registrada no Brasil, que foi a maior da América Latina: http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/13295/162/brasil-registra-maior-queda-entre-os-paises-da-america-latina.html
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