segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Uma questão de bom senso.


A redação do Diário do Pará quase deserta: adesão à greve já é de 80% e pode aumentar ainda mais



Se eu pudesse dar um conselho aos diretores do Diário do Pará seria este: recuem.

Recuem porque a posição de vocês é rigorosamente indefensável.

Não acreditem em quem garante que vocês serão “vitoriosos” e sairão muito bem de toda essa história.

Na verdade, vocês já perderam essa batalha.

Mas se forem minimamente inteligentes, tentarão é reduzir os prejuízos.

É indefensável um salário de apenas mil reais para um jornalista.

Assim como é indefensável uma redação que não dispõe nem mesmo de cadeiras.

Ou de água potável.

Ou de papel higiênico.

Ou de sabonete para lavar as mãos.

De igual forma, é indefensável assédio moral ou demissão de trabalhador por reivindicar direitos – sim, porque é de DIREITOS que se está a tratar.

A greve dos jornalistas do Diário do Pará é justíssima.

Aliás, já vem é com anos e anos de atraso.

Porque é inconcebível que cidadãos, trabalhadores, seres humanos, se submetam por tanto tempo a tais condições.

É claro que ninguém é ingênuo: essa greve será, sim, usada politicamente no ano eleitoral de 2014.

Mas isso faz parte do jogo – e vocês sabem disso até melhor do que eu.

No entanto, tentar reduzir essa greve à mera politicagem é desrespeito à inteligência do distinto público.

Além do que, me perdoem a franqueza, é uma tremenda burrice.

Em primeiro lugar, porque isso só faz é acirrar os ânimos de uma categoria que já está até aqui, ó!

E burrice, também, porque vai de encontro aos interesses da própria empresa.

Leiam atentamente a pauta de reivindicações dos grevistas.

Não há ali nada que não seja, também, do interesse do Diário do Pará: piso salarial de R$ 1.900,00, tíquete-alimentação, plano de cargos e salários, eventual reposição de postos de trabalho, equipamentos de proteção para os repórteres policiais...

Ou seja: condições que vão se refletir diretamente na qualidade do jornal e na produtividade desses trabalhadores.

Por isso, não adianta cara feia, melindres “porque a família foi ofendida” ou até (lamentável isso!...) ficar apontando motivações partidárias nessa greve.

Tudo isso não passa de pura e simples infantilidade, que, por isso mesmo, não resolve rigorosamente nada.

É preciso esfriar a cabeça e NE-GO-CI-AR.

Até porque, quanto mais o tempo passa, maiores são os prejuízos.

Como vocês bem sabem, tenho pelo Diário do Pará um grande apreço; boas lembranças dos tempos em que trabalhei aí...

Também tenho perfeita consciência da importância do Diário para o equilíbrio das forças políticas no estado do Pará, já que esse jornal ainda é um dos poucos, entre os grandes veículos de comunicação, a divulgar reportagens "incômodas” ao Governo Estadual e a fazer um contraponto às ORM.

E é por isso que gostaria de pedir a vocês: recuem e negociem.

Porque nessa batalha tudo o que vocês conseguirão é mais e mais desgaste.

Desgaste perante os jornalistas – mão de obra imprescindível a qualquer jornal – e desgaste, também, perante a opinião pública.

Tenham um pouco de bom senso e parem de procurar chifre em cabeça de cavalo.

Parem de projetar nos outros os próprios erros e responsabilidades.

O que os grevistas estão a reivindicar é apenas e tão somente melhores salários e condições de trabalho.

E o tamanho do prejuízo político dessa greve dependerá exclusivamente de vocês.

...........


Aos leitores da Perereca: 

Na última sexta-feira, como já era de esperar, os jornalistas do Diário do Pará deflagraram uma greve geral por tempo indeterminado, que já contabiliza o apoio de 80% dos trabalhadores daquela empresa.

Nos links abaixo, você encontra informações sempre atualizadas sobre a greve e as manifestações realizadas pelos jornalistas, inclusive a que ocorreu neste domingo, na Praça da República: 


E leia a carta aberta dos jornalistas, na qual explicam as suas reivindicações: 


Carta aberta à direção do grupo RBA de Comunicação 

Nós, jornalistas do Diário do Pará e do Diário Online (DOL), com o apoio do Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor), declaramos à direção do grupo RBA de Comunicação que estamos em franca campanha por melhores condições de trabalho, remuneração, pelo fim da superexploração da nossa mão de obra, da intimidação e assédio moral que enfrentamos diariamente. Exigimos a abertura imediata das negociações entre a direção desta empresa e seus trabalhadores para a avaliação da nossa pauta de reivindicações, anexa a esta carta. Também exigimos a imediata interrupção dos processos de demissão em curso e todo tipo de retaliação a funcionários que se manifestam a favor de melhores condições trabalhistas.

Informamos aos diretores desta empresa e a todos os colegas jornalistas, de todos os veículos de comunicação do Pará e do Brasil, que não ficaremos mais calados diante de todas as atrocidades que enfrentamos para realizar nosso trabalho. Nenhum de nós se conformará com um salário líquido que não chega a mil reais, com as frequentes horas extras nunca pagas, com cadeiras e computadores sucateados, que prejudicam nossa saúde com cada vez mais gravidade, com a falta até mesmo de água potável na copa e de papel higiênico nos banheiros.

Nenhum de nós reproduzirá novamente o discurso de que “é normal o jornalista trabalhar muito e ganhar pouco”. Uma miséria, na realidade. Não é normal! Não deixaremos mais que nosso sofrimento como trabalhadores seja ocultado por todos os prêmios conquistados a duras penas e que fazem o Diário do Pará se autointitular como “o jornal mais premiado do mundo”. Estamos aqui para denunciar que essas conquistas se devem ao suor de homens e mulheres que sequer ganham o bastante para se alimentar com decência todos os dias do mês. Tampouco deixaremos que a ameaça de demissão e o assédio moral voltem a calar qualquer um de nós.

Com o Sindicato dos Jornalistas do Estado do Pará (Sinjor) em nossa retaguarda, denunciaremos toda tentativa de desrespeito à nossa dignidade como seres humanos e trabalhadores. Defenderemos aguerridamente todas as reivindicações contidas em nossa pauta e não arrefeceremos nem nos intimidaremos até que haja uma negociação efetiva entre a direção desta empresa e seus funcionários, com ganhos reais para nossa categoria. Usaremos de todos os instrumentos trabalhistas, políticos e jurídicos para que nossa causa nunca mais volte a ser ignorada.

À sociedade em geral, que diariamente consome a informação que nós produzimos, reafirmamos o compromisso com a qualidade do nosso trabalho, porque entendemos que a informação séria, produzida com responsabilidade, é a base para a sociedade democrática que todos desejamos construir. Conclamamos a todos os colegas de profissão, trabalhadores, estudantes, movimentos sociais e sindicais para que nos ajudem a ampliar nossa voz diante de todas as mazelas aqui expostas. Queremos que a família Barbalho entenda que o compromisso com a informação de qualidade não pode ser menosprezado e, com isso, se disponha a garantir um mínimo de condições decentes para que seus funcionários cumpram com sua função social de informar bem a nossa população. 

 > Pauta de reivindicações dos jornalistas do Diário do Pará e do Diário Online (DOL)

1 – Piso salarial de R$ 1.908,25 para todos os jornalistas que trabalham no jornal Diário do Pará e no Diário Online, lotados nas funções de Repórter, Repórter Fotográfico, Produtor, Webjornalista, Diagramador, Ilustrador e Multimídia. Com progressão a cada ano de trabalho efetivo, partindo da categoria A à categoria C.

2 – Queremos o estabelecimento de um Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), com estabelecimento de categorias A, B e C para todas as funções referidas no item anterior.

3 – Incluir editores do Diário do Pará e coordenadores do Diário Online no Acordo Coletivo 2013, estabelecendo piso salarial para tais categorias com acréscimo de 40% sobre o piso salarial de repórter.

4 – Instituir o tíquete-alimentação de R$ 253,25. Esta é a estimativa da cesta básica deste ano feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – Dieese.

5 – Reintegração ao quadro de funcionários da empresa do repórter Leonardo Fernandes, lotado no caderno Você do jornal Diário do Pará. Esta comissão de jornalistas considera que a demissão do funcionário é uma clara retaliação a nossa iniciativa de reivindicar melhorias salariais e em nossas condições de trabalho.

6 – Propomos uma avaliação dos dados do quadro funcional do Diário do Para e do Diário Online nos últimos 12 meses para saber se foram feitas todas as reposições dos postos de trabalho ou se está havendo sobrecarga de atividades aos jornalistas e estagiários que trabalham na empresa.

7 – Manifestamos nosso desejo de que seja incluído no acordo coletivo o início de uma discussão com a direção do jornal para a construção de uma proposta de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) como forma de recompensa pela nossa participação nos lucros da empresa.

8 – Também queremos que a empresa reinstitua o pagamento de biênio em percentuais de reajuste que diferenciam o salário dos novatos para os mais experientes que o Diário do Pará já pagou para seus funcionários como política de incentivo.

9 – Propomos a participação dos funcionários na implantação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) que será implantado no grupo RBA.

10 – Igualar as remunerações de quem trabalha no interior do Estado com quem trabalha em Belém.

11 – Equipamentos de segurança para todos os jornalistas que fazem cobertura policial, incluindo os que cobrem somente em escalas.

Trabalhadores do Diário do Pará e Diário Online (DOL)
Belém, Pará, 18 de setembro de 2013”. 


E aqui, uma carta  mais recente dos grevistas (clique para continuar a ler): 


“Diante do comunicado enviado ontem por email pela direção do Grupo RBA, a Comissão de Trabalhadores do Diário do Pará e DOL responde, ponto a ponto:

1. Não precisamos convencer ninguém a se revoltar contra a exploração e o desrespeito à dignidade aos quais todos os trabalhadores das redações do grupo RBA são submetidos diariamente. Porém, cerca de 90% dessas pessoas resolveram resistir a todas as formas de assédio moral, veladas ou não, e decidiram aderir à greve iniciada ontem porque a direção desse grupo é intransigente ao ponto de ser a única a não ter sentado para negociar piso salarial desde abril, quando legalmente as negociações deveriam ter sido abertas. A primeira vez que sentaram conosco foi às vésperas da greve (19/09), e isso é claramente fruto da pressão imposta por nós. Ainda assim, esse momento revelou apenas propostas insatisfatórias, sobre as quais falaremos melhor adiante.

2. Devemos ressaltar que antes da insurreição de trabalhadores do Diário e do DOL a empresa estava apenas disposta a dar um reajuste de 7%, para repor as perdas com a inflação no último ano baseado no índice INPC. Na primeira reunião, recebemos a proposta de um aumento de R$ 200,00 que elevaria o salário para R$ 1.200,00. A segunda proposta, de R$ 1.300,00, foi apresentada depois, apenas por telefone, mas ainda está muito distante do piso por nós solicitado, que é equiparação com o salário do repórter A do jornal Liberal, cuja remuneração é aproximadamente R$1.900,00. E se percentualmente o aumento é considerado elevado, isto é graças ao arrocho imposto sobre nós durante os anos nos quais conseguiram nos manter calados.

3. Nenhum acordo coletivo de trabalho 2013/2014 foi assinado pelo Sinjor, segundo a direção deste sindicato. Todas as negociações continuam em andamento. Além disso, o Sertep é o Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão e não tem absolutamente nada a ver com o acordo entre Diário e DOL. A direção da RBA informou em comunicado aos funcionários que na última quinta-feira (19/09) fechou acordo coletivo em uma reunião na SRT com Sertep, Sinjor e Ministério do Trabalho. Mas como seria possível a empresa fechar acordo coletivo pela manhã e durante a tarde sentar para negociar com representantes da Comissão de Trabalhadores do Diário e DOL e do sindicato sem em nenhum momento mencionar tal acerto?
É um trabalho árduo propor e deflagrar uma greve legal, após seguir todos os ritos jurídicos. Se dependesse unicamente de nossa vontade, em detrimento à lei, entraríamos em greve logo após a demissão do jornalista Leonardo Fernandes. O que consideramos ilegal e abusivo é o salário e as condições de trabalho humilhantes aos quais somos todos submetidos. O que deu sentido a esta greve foi o desrespeito histórico dessa direção. Somente sairemos da rua após o acordo coletivo de trabalho ser fechado entre empresa, funcionários e sindicato.

5. A Comissão dos Trabalhadores do Diário e DOL já apresentou as propostas à direção e acrescenta que manter as cláusulas do acordo anterior não contempla os anseios da categoria. Reiteramos que não houve acordo fechado na reunião na sede da SRT. Estamos em greve, desde ontem (20) e em estado de greve desde o último sábado (14). Não há sentido nenhum o Grupo RBA negociar com o Sertep, entidade que não nos representa legalmente, quando há comissão de trabalhadores e Sinjor dispostos a negociar.

6. É equivocado afirmar que a direção decidiu elevar o piso, quando nem existe piso salarial formalizado para nós. Paginadores, revisores e ilustradores, por exemplo, recebem valores menores, apesar da legislação regulamentar que são todos jornalistas. O fato de a proposta de piso ser mais alta em relação ao salário pago até então é fruto de nossa pressão, pois antes disso não houve reajustes tão volumosos. O último aumento, inclusive, ocorreu há cerca de um ano, depois de um abaixo-assinado feito pelos trabalhadores (quem integrava o quadro de funcionários nesta época lembra do episódio). Está evidente que apenas pressionando podemos vislumbrar qualquer chance de melhoria.

7. A direção das empresas já deu diversas demonstrações de que não se importa com a dignidade dos trabalhadores. Lembram-se de quando o Diário completou 30 anos? Quantos faxineiros, repórteres e até mesmo editores foram chamados para a festa realizada no Hangar? A nós foram oferecidos alguns salgadinhos e refrigerantes durante o horário de trabalho e só, enquanto um jantar de gala foi oferecido à alta sociedade. Isso é um símbolo simples de como nós não somos recompensados por nossos esforços. Cadeiras quebradas (trocadas no DOL por conta dessa greve anunciada e deflagrada), banheiros sem papel higiênico (colocados no mesmo dia também), água suja (trocaram o filtro sob nossa pressão, inclusive), equipamentos sucateados e insuficientes também são símbolos. Quando propomos greve nossa intenção é apenas negociar. Mas negociar é uma coisa, abrir mão de direitos mínimos é outra.

8. A nossa greve é legal, do contrário, nenhum trabalhador teria coragem de aderir. Abusivo foi o comportamento da empresa quando colocou dezenas de seguranças armados na porta desde a véspera da greve, como se fôssemos bandidos. Se estivessem sido contratados para nos proteger até o ponto de ônibus quando saímos tarde da noite do prédio, quantos assaltos poderiam ter sido evitados? Absurda foi a forma como esses “seguranças” nos trataram e agrediram durante vários momentos. Tudo foi filmado por nós, assim como por eles e estamos muito tranquilos para enfrentar qualquer possível ação judicial.

9. A nossa luta política é em busca de dignidade enquanto seres humanos. Sabemos que 100% dos repórteres queriam aderir ao movimento, mas os 10% que não aderiram o fizeram por conta do assédio moral. Várias reuniões foram feitas com tom de ameaça aos nossos postos de trabalho, veladas ou não, por parte da gerência do DOL. Várias ameaças travestidas de conselhos foram feitas por telefone e pessoalmente por editores do Diário. Em todas as nossas negociações demonstramos flexibilidade, mas nos mantivemos coerentes com nossas posições, ao contrário da direção do Grupo RBA. Alguns exemplos citamos agora:

a) Sobre um de nossos pontos de pauta, a readmissão do repórter Leonardo Fernandes, do Caderno Você, do Diário do Pará. Na presença da “dona Cléa” (gerente do departamento de Recursos Humanos) o chefe de redação do Diário, Gerson Nogueira, afirmou que a demissão foi mera coincidência, não tendo nenhuma relação com nosso movimento. Teria sido graças ao “péssimo comportamento dele durante muito tempo”. Segundo Gerson, Leonardo já teria até sofrido advertência, o que não é verdade. Nunca nenhuma suspensão ou advertência foi arbitrada contra esse “péssimo profissional”. Já ontem, o diretor Francisco Melo afirmou que o problema com Leonardo é pessoal entre Jader Filho e ele, pois durante a ocupação do prédio da RBA feita na segunda manifestação antes da greve ele teria gritado coisas ofensivas contra a dignidade e a honra da família Barbalho. Ora, eles também disseram poder provar. Mas não podem, porque nesse dia todas as pessoas ali presentes gritaram palavras de ordem como “Com mil reais eu tô no osso/ e o Jader Filho gasta isso no almoço”. Por que só Leonardo foi retaliado? Por que há versões diferentes para o mesmo fato?

b) Nos foi dito que Jader Filho estaria irredutível quanto a uma possível reunião com integrantes da comissão. Foi preciso Gerson Nogueira, uma comissão de repórteres especiais e o editor executivo Clayton Matos sentarem com ele para convencê-lo a conversar conosco. Francisco Melo também reiterou que está muito difícil convencer Jader Filho a negociar algumas de nossas reivindicações. Esta segunda afirmação, inclusive, foi gravada por um cinegrafista a serviço do Grupo RBA, que registrava o momento com a clara intenção de nos intimidar, como se a essa altura algum manifestante tivesse medo de mostrar o rosto. Nós estamos dispostos a flexibilizar e negociar desde abril, e se assim tivesse sido feito, não seria necessária uma greve.

10. Mais uma vez reiteramos que se esta empresa se importasse mesmo conosco, não precisaríamos estar sob sol e chuva, nos mobilizando e perdendo horas de sono para sermos valorizados como merecemos. A única forma de conseguir erguer a cabeça e parar de naturalizar o absurdo ao qual somos submetidos é perder o medo de reclamar nossos direitos. Merecemos ser recompensados com justiça por ajudar a construir o jornal mais lido do Pará. E para que fique ainda mais nítido: Quando chegarmos a um acordo nós cessaremos a greve, mas nunca mais deixaremos de lutar.

Comissão de Trabalhadores do Diário do Pará e DOL”

Um comentário:

Anônimo disse...

Caríssima jornalista, sendo um profissional da saúde estou solidário a categoria dos profissionais jornalistas. Sem essa categoria todos perdem. Principalmente a sociedade. O jornalismo é o princípio da sustentação de uma sociedade mais democrática e universal. Para frente aos trabalhadores da informação! Não desistam de suas reivindicações: Justas e Honestas. Em solidariedade: Só voltarei a comprar esse jornal após o atendimento a solicitação dos jornalistas.

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