terça-feira, 10 de abril de 2018

Mulher se apaixona por defunto e dorme no cemitério




Sei que não é usual esse tipo de matéria na Perereca, mas há certas coisas que a gente tem de registrar para a posteridade.

Afinal, os historiadores precisarão de alguns elementos pitorescos, pra modo de entenderem o que é o “universo mágico” da nossa cidade - digamos assim.

São coisas que só acontecem em Belém, talvez por ter sido construída em cima de um cemitério indígena, ou até pelo fechamento do nosso Juliano Moreira.

Em 1982, tivemos o Inri de Indaial, que jurava (e ainda jura) que é a reencarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo...

O sujeito nasceu lá em Santa Catarina, mas foi aqui que se projetou para o mundo.

Teve amplo espaço na mídia (jornais, Tv), ao “atestar” que era o Filho de Deus.

Até que um dia, depois de “pregar” a uma multidão, na Praça Dom Pedro II, resolveu invadir a catedral da Sé: interrompeu a missa, quebrou um crucifixo, provocou quase que uma “guerra santa”. Mais tarde, aliás, chegaria até mesmo a “exonerar” o arcebispo de Belém.

Preso pela PM, Inri foi levado à central de polícia (que ficava no bairro do Comércio) em cima de um carro dos Bombeiros. Estava vestido com uma túnica branca e um “manto” vermelho - só faltou a coroa de espinhos... Foi, como ele mesmo classificou, um “desfile triunfal”...

Aí, um delegado de maus bofes, pra lá de #xatiado, mandou o Inri tirar a túnica, para que ele fosse recolhido “aos costumes”, no pátio da central. E o pobre coitado – vejam só - estava até sem cuecas! Porque Deus, explicaria depois o messias paroara, havia mandado que se livrasse daquela “vestimenta profana”.

Inri puxou 15 dias de cana, no antigo presídio São José, onde foi recebido pelos presos aos gritos de “Cristo, Cristo!”. Foi submetido a um exame psiquiátrico, cujo laudo, dizia-se à época, só sairia no Juízo Final...

Depois de solto, ele ainda ficou um tempo hospedado em um hotel, na Praça da Bandeira. E dia sim, dia não concedia entrevista à imprensa – uma coisa de doido, sem trocadilho.

Agora, 36 anos depois, eis que nos aparece uma mulher que se apaixonou por um defunto e que até dorme, ao lado da sepultura dele, no cemitério de Santa Izabel.

Deve de ser por tanta loucura que até os nossos prefeitos são meio birutas - não escapa nenhum!

Aqui, a reportagem do DOL sobre essa jovem que se apaixonou por um “presunto”, como dizem os nossos repórteres policiais:

Abaixo, o vídeo que está na página da RBA, no Youtube:

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E veja alguns dos jornais da época sobre o caso do Inri, que surrupiei do site dele (https://inricristo.org.br/inri-cristo-na-midia-belenense/):









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