Da
Ascom Sindifisco/PA -
Grupo de percussão aplaudido do Pará, o Trio Manari será a grande atração desta
sexta-feira, a partir das 19h, na praça dos Estivadores, no centro comercial de
Belém, durante o lançamento do documentário “Especial Mineração no Brasil -
Enquanto o trem não passa”, produzido pelo Comitê Nacional em Defesa dos
Territórios Frente à Mineração e apresentado ao público paraense pelo Sindicato
dos Servidores do Fisco Estadual do Pará (Sindifisco-PA).
“O documentário dá voz e vez aos
afetados por essa atividade que gera bilhões em lucros para as grandes
indústrias minerais, mas que deixa um rastro de destruição e sofrimento”,
antecipa o presidente do Sindifisco-PA, Charles Alcântara.
O lançamento do documentário tem
o apoio da Delegacia Sindical (DS) no Pará do Sindifisco Nacional, entidade que
representa os auditores fiscais da Receita Federal.
Além do Trio Manari, cujos sons
percorrem o mundo propagando os talentos de Nazaco Gomes, Kleber Benigno e
Márcio Jardim, o evento terá a participação do grupo de rap Cronistas da Rua e
teatro e poesia.
O Sindifisco-PA, que é signatário
do Comitê Nacional, quer atrair a população paraense à rediscussão do projeto
de lei do novo marco regulatório da mineração que tramita na Câmara Federal.
O ato será político sem ser
partidário, embora políticos e parlamentares estejam na lista de convidados,
que inclui associações, sindicatos, entidades de classe e Ministério Público.
Não haverá discurso de ninguém no
evento, que será comandado por uma apresentadora.
A participação dos paraenses no
debate sobre o novo código da mineração brasileira é convocada pela própria
condição econômica do Pará.
Dono de uma das maiores jazidas
minerais do mundo, que sempre são mostradas à população como estratégicas à
balança comercial do país, o Estado, refém da Lei Kandir que desonerou a
exportação de minérios e fere de morte a arrecadação do ICMS, não é possuidor
de política pública capaz de pressionar a União e as empresas a compensar-lhe
pela punição que o condena a ser um Estado extrativista.
Segundo Alcântara, único paraense
com assento na comissão executiva do Comitê Nacional, o novo marco regulatório
da mineração poderá, se contemplar as propostas da sociedade hoje descartadas
pelo texto da nova lei, significar o começo da redenção do Pará, ente federativo
mais conhecido no Brasil como “um Estado rico com povo pobre”.
O sindicalista prega novos
paradigmas minerais para a criação de revolucionária ordem socioeconômica.
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