Reivindicações da CUT-Pará são legitimadas pelos candidatos a prefeito e vereador
Quatro
dos dez candidatos a prefeito de Belém compareceram no último dia 20 ao ato
organizado pela Central Única dos Trabalhadores do Pará para receber a
plataforma de reivindicações dos trabalhadores do campo e da cidade.
O
documento foi entregue no Sindicato dos Urbanitários do Pará, em Belém, e
assinado pelos candidatos Alfredo Costa, do PT, Arnaldo Jordy, do PPS, e Jorge
Panzera, do PCdoB, vice do candidato Edmilson Rodrigues, do Psol.
Zenaldo
Coutinho, do PSDB, respaldou a iniciativa da CUT-Pará, porém solicitou uma
semana para ler a plataforma e depois se pronunciará oficialmente sobre o apoio
total ou parcial às reivindicações.
Assinaram ainda a plataforma candidatos a
vereadores do PT e do Psol.
A
plataforma é composta por reivindicações direcionadas às políticas de saúde,
assistência social, democratização dos meios de comunicação, geração de emprego
e renda, segurança pública, educação, saneamento, infraestrutura, energia,
investimentos produtivos, reforma agrária e reforço à agricultura familiar,
entre outras.
“As
propostas são instrumentos para nortear a criação de políticas públicas pelo
futuro prefeito e balizar os projetos de lei dos vereadores, além de orientar
os investimentos produtivos e estratégicos que permitam agregar valor e
verticalizar a produção no Pará”, sinalizou a diretora de Comunicação da
Central, Vera Paoloni.
Em
sua fala, Zenaldo disse que o processo eleitoral deste ano tem uma participação
diferenciada da sociedade civil organizada: o Ministério Público assinou com os
candidatos um pacto pela Infância e juventude; o Observatório Social de Belém,
junto com outros parceiros, trabalha a sustentabilidade das cidades; a CUT-Pará
apresenta reivindicações que vão além dos seus desafios coorporativos.
“Mesmo
solicitando esse tempo para ler toda a plataforma, defendo que o serviço de
distribuição da água não pode ser privatizado e nem terceirizado. É preciso
avançar nos investimentos na área de saneamento. Belém só tem 6% de rede
coletora de esgoto. Isso é um problema de saúde pública”, observou.
Arnaldo
Jordy também ressaltou a atitude democrática e republicana da CUT-Pará e
subscreveu o documento.
“Parabenizo
a iniciativa da direção da Central que
construiu um agenda de reivindicações que passa pelo social, pela saúde,
educação, entre outras políticas públicas, que apontam caminhos para a
construção de cidades mais sustentáveis. Parabenizo a iniciativa da Central de
ir além lutas corporativas”, disse.
Jorge
Panzera, vice do candidato Edmilson Rodrigues, assumiu o compromisso de
defender as demandas da central.
“Belém
perdeu, nos últimos oito anos, muitas das conquistas alcançadas no passado. Não
se pode fechar a porta para a luta dos trabalhadores nos locais de trabalho e
nem para as reivindicações relacionadas ao universo da cidade. Vamos dialogar
com transparência com todos os segmentos sociais, para resgatar as conquistas
alcançadas pela população de Belém no passado”, enfatizou.
Alfredo
Costa assinalou a importância das candidaturas estarem antenadas com as
demandas da classe trabalhadora.
“As
reivindicações apresentadas pela CUT-Pará revelam a maturidade que a
instituição tem em articular a luta nos locais de trabalho e no conjunto da
sociedade. É uma quebra de um paradigma histórico trazer para os candidatos a
prefeito e vereador as reivindicações dos trabalhadores, além dos muros dos
locais de trabalho. Os trabalhadores pagam
os seus impostos e dão sustentabilidade à gestão pública.Vamos dialogar
para viabilizar as demandas da central”, disse.
Para
o presidente da CUT Pará, Martinho Souza, o evento foi importante por reforçar
o protagonismo da central na democratização brasileira.
“Somos independentes, mas não somos
indiferentes. Temos compromissos com o povo brasileiro e com a população de
Belém e do Pará. Temos clareza da importância da luta sindical dentro das
empresas privadas e do serviço público.
Assim como é importante e democrático a CUT apresentar as suas reivindicações
para os candidatos, é fundamental defender um
projeto que avança e respeita o Estado do Direito, com crescimento a
inclusão social, além de priorizar os mais pobres. Este caminho que escolhemos
passa pela vitória de candidatos que defenderão este projeto de sociedade nas
prefeituras e câmaras municipais”, finalizou.
(Fonte: Kid dos Reis/Ascom, com modificações do
blog).
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