segunda-feira, 18 de agosto de 2008

americanizada




Essa vai pros amigos que entram, religiosamente, na Perereca...




Disseram que voltei americanizada


Disseram que eu voltei americanizada,
Com o burro do dinheiro,
Que estou muito rica.
Que não suporto mais o breque de um pandeiro
E fico arrepiada ouvindo uma cuíca.

E disseram que com as mãos
Estou preocupada
E corre por aí,
Que eu sei, certo zum zum
Que já não tenho molho, ritmo, nem nada
E dos balangandans já não existe mais nenhum.

Mas, pra cima de mim, pra que tanto veneno?
Eu posso lá ficar americanizada?
Eu que nasci com o samba e vivo no sereno,
Topando a noite inteira a velha batucada.

Nas rodas de malandro, minhas preferidas,
Eu digo é mesmo eu te amo, e nunca I love you.
Enquanto houver Brasil,
Na hora das comidas,
Eu sou do camarão ensopadinho com chuchu!


Disseram que eu voltei americanizada,
Com o burro do dinheiro,
Que estou muito rica.
Que não suporto mais o breque de um pandeiro
E fico arrepiada ouvindo uma cuíca.

E disseram que com as mãos
Estou preocupada
E corre por aí,
Que eu sei, certo zum zum
Que já não tenho molho, ritmo, nem nada
E dos balangandans já não existe mais nenhum.

Mas, pra cima de mim, pra que tanto veneno?
Eu posso lá ficar americanizada?
Eu que nasci com o samba e vivo no sereno,
Topando a noite inteira a velha batucada.

Nas rodas de malandro, minhas preferidas,
Eu digo é mesmo eu te amo, e nunca I love you.
Enquanto houver Brasil,
Na hora das comidas,
Eu sou do camarão ensopadinho com chuchu!


(Vicente Paiva/Luiz Peixoto)

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