quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Mulheres!

Para Ana Júlia, Elcione, Valéria e todas as mulheres que participam desta campanha!




Pagu



(Tem um preço!...
Não é mole não...
Tem que ser macho!
Mas é bom... Tudo de bom!)


Mexo, remexo na inquisição
Só quem já morreu na fogueira
Sabe o que é ser carvão
(Uh! Uh! Uh! Uh!...)


Eu sou pau prá toda obra
Deus dá asas à minha cobra
(Hum! Hum! Hum! Hum!)


Minha força não é bruta
(Adoro essa frase! Adoro essa frase...)
Não sou freira
Nem sou puta...


Porque nem!
Toda feiticeira é corcunda
Nem!
Toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho
Que muito homem


Nem!
Toda feiticeira é corcunda
Nem!
Toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho
Que muito homem...


Ratatá! Ratatá! Ratatá!
Taratá! Taratá!...



Sou rainha do meu tanque
Sou Pagu indignada no palanque
Hanran! Ah! Hanran!
Uh! Uh!




Fama de porra louca
Tudo bem!
Minha mãe é Maria-Ninguém
Uh! Uh!...



Não sou atriz
Modelo, dançarina
Meu buraco é mais em cima!



Porque nem!
Toda feiticeira é corcunda
Nem!
Toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho
Que muito homem...



Nem!
Toda feiticeira é corcunda
Nem!
Toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho
Que muito homem... (2x)



Ratatá! Ratatatá
Hiii! Ratatá
Taratá! Taratá!...



(Que nem a gente...
Somos Pagus...
Por que não?)




( Rita Lee/Zélia Duncan)

blogando



Querido diário:




Hoje, passei uma vergonha danada: a minha calça ficou encharcada de sangue menstrual. E o pior, queridíssimo, é que nem sabia disso. Daí que andei, pra cima e pra baixo, como que a anunciar: menstruei.




Veja bem, queridíssimo: vou fazer 48 anos. Já parí, já me reproduzi o suficiente por quatro ou cinco ou seis reencarnações – contando os abortos, é claro!...




E mermo assim essa bicha insiste em me manchar de sangue... Como se ainda estivesse apta a reproduzir... Até parece!...Só se fosse pra eu me atirar do Manoel Pinto da Silva umas quinhentas mil vezes!...




De sorte que manchei cadeiras e cadeiras, em bares e carros. E ninguém pra me avisar: “porra, Ana, esse negócio tá vazando!”...




Avalie a vergonha, queridíssimo: eu, a discutir altas teses políticas e jornalísticas, a pensar que estava a abafar. E o sujeito só pensando: tá vazando, tá vazando...




O pior, querido, é a “estranheza” disso. Pois, que me fica a impressão de que sou uma excrescência, a única mulher a menstruar...




Parece que a todas aquelas garçonetes, educadíssimas, por sinal, nunca desceu, inesperadamente, a porra de uma menstruação.




E parece que o sujeito que me acompanha, e os sujeitos com quem fala, nunca teve nem mãe, nem irmãs, nem namorada, nem mulher...




E eu me sinto assim, querido diário, como uma coisa, a única a eliminar esse turbilhão vermelho.




Que nada mais é que um óvulo não-fecundado e o aconchego inútil de um útero que não se fez.




E eu penso nas vezes em que vi esse fenômeno, como espécie de graça de Deus.




Das vezes em que rezei: Senhor, que eu não tenha engravidado!...




Ou das vezes em que fiz um aborto, para não permitir o nascimento de uma criança que eu, simplesmente, não queria.




Das vezes em que me vi, não simplesmente como um útero, mas, como um ser, como uma pessoa, com absoluta determinação sobre a própria vida...




E a menstruação, queridíssimo, em tais ocasiões, nunca me pareceu como aquela maldição judaico-cristã (imunda és e em quem tocares e tudo em que tocares!).




Mas, como a resposta do bom Deus às minhas preces...




Afinal, por que, querido, tenho de me envergonhar de uma coisa que é minha, fêmea, e só minha?




Trepei, trepei, trepei – não procriei, e daí?




Ninguém vai me tirar o gozo que senti. O prazer do ato, o orgasmo que alcancei, pelo qual, sim, lutei...




Ninguém vai me tirar esse ganho social de fazer uma coisa de que tanto gosto, sem a “necessária” conseqüência de parir.




Posso, hoje, sentir o prazer da mão que percorre a minha pele, o meu corpo.




Do corpo que a minha mão percorre. No rosto, no peito, entre as pernas...




Esse é um ganho que ninguém me tira, querido diário: o prazer do sexo. O fato de gostar de sexo, de não ter o sexo como simples fator de troca.




Como algo que se “dê” a um homem, como forma de sustentação.




É algo que eu quero – o sexo – e que me faz falta, sim.




Então, por que, queridíssimo, devo ter vergonha da minha menstruação?




É minha. A menstruação é minha, como o parto e o filho que acalentei – ou que deixei, por vontade própria, de acalentar.




É minha, como o meu útero, os meus hormônios e os meus seios.




É minha, como a forma que eu, mulher, encaro o mundo.




Pensando bem, queridíssimo, nem tenho vergonha das cadeiras e dos sofás que manchei...




Sou feita de sangue; sou fêmea...




E quem não gostar, queridíssimo, que vá mais é lamber sabão...





FUUUUUIIIIIII!!!!!!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Barbie

Desconstruindo a Barbie!




E vamos ver se, até o final desta campanha, a gente rapta a Valéria, né mermo?



Afinal, a Barbie já nem usa maquiagem – o que deve de ser uma dor pra ela; pra mim seria!...



Não, ela não faz mais nem escova; e pra mim seria horrível não usar a minha mousse!... – e está, aparentemente, cansadíssima...


Mas, ela tem uma vantagem bacana: gosta das pessoas, se preocupa com as pessoas.



E eu me identifico com a Barbie, porque nascemos na mesma elite e ela está a trilhar o mesmo caminho que já fiz.


Com uns anos a menos e com uma conservação a mais – que ódio!!!...



Mas, é bacana vê-la enveredar pelos mesmos churrascões e feijoadões e maionesedões que já tracei...



É bacana vê-la, de camiseta, no solzão – ah, que falta que faz um bloqueador solar! (tipo 50, né, maninha?...)



Bacana vê-la crescer, assim!




Bacana que queira crescer – afinal, ela nem precisa... Exatamente, como eu nunca precisei...




E vamos ver se a gente rapta a Valéria.



Afinal, a gente precisa de alguém com essa empatia com a população, né mermo?




Mas, que tenha a humildade dela. De se cercar de técnicos, de pessoas competentes, em cada área.




Para fazer, simplesmente, o melhor!...

pensando




Pensando, pensando




Uma dica: se eu fosse o Mário, tiraria do ar aquele negócio de dizer que, se for eleito, serão três, do município, do Estado e da União do mesmíssimo PT.



Não vale soprar, né, deputado? Mas, como eu gosto muito do senhor, vou lhe dizer que esse negócio me provocou arrepios.



Belém é, historicamente, oposição.



E não é por qualquer motivo, não.



É porque Belém é sensata.



É a capital, cujas elites, as pessoas mais esclarecidas, temem, justamente, esse alinhamento, que tem, sim, muito de autoritário.



Esqueça o Lula, esqueça a Ana, fale do senhor.



Melhor dizendo, deixe que falem do senhor. Deixe que o programa – aparentemente descompromissado – conte a sua história.



E deixe que o pessoal daqui, as lideranças daqui, o sujeito daqui – e não o bacanão de lá de fora – falem do senhor.



Mais não posso fazer.



Voto na Valéria, apóio a Valéria.



Mas, como gosto do senhor, lhe dou, “de grátis”, essa dica...






Indo





E como já vou, vou insistir, nessa música que adoro.


Afinal, que seria do mundo sem o vermelho?

Que seria de nós, sem essa coisa que faz vibrar o peito?

A esperança!...

Um mundo, dez mil vezes, infinitamente melhor...

Um mundo sem medo. Um mundo farto... Como todo o mundo deveria de ser.

Um mundo em que o seu José e a dona Maria sejam

Tão ilustres como aquele cidadão que aparece nas fotos grandonas dos jornais.

O seu José e a dona Maria, reverenciados, homenageados

Pela imensidão que fazem e que já fizeram por todos nós.

Égua, e como são grandes, a dona Maria e o seu José!...

Mais gente do que muita gente que aparece naquelas fotografias...

O seu José e a dona Maria que nunca souberam o que é queijo, vinho, lagosta, filé, dom perignon.

E que estão lá, sobreviventes, apesar de não terem um mísero pedaço de pão...

Se lhes dão as filas, para conseguir a porcaria de um medicamento pra febre? Não importa. Lá estão eles, na fila imensa, desde as três, as quatro da manhã...

Se lhes exige um trabalhar de sol a sol? Não importa. Bem cedinho estarão lá. E, só à noitinha, é que voltarão às suas casas.

Não, o seu José e dona Maria não têm nada dessa “preguiça” que a elite costuma dizer que têm.

Como se fossem pobres por “preguiça”. Como se ser rico fosse sinônimo de gostar de trabalhar...

Afinal - e eu que me identifico com a dona Maria e o seu José, data vênia, falarei por eles, agora, né mermo?- é muito fácil dizer que se gosta de trabalhar, quando se tem lambaio pra preparar o café, lavar a louça, dirigir o carro, e fazer tudo o que signifique esforço físico, né mermo?

É muito fácil ser grande, às custas do suor, literalmente o suor, dos outros.
É muito fácil lembrar de tudo, quando se tem lambaio até pra cuidar da agenda...

É muito fácil dizer: enriqueça! A esquecer as mumunhas que se tem de fazer ou participar, para enriquecer, né mermo?

E é para os lambaios, aqueles com os quais me identifico, apesar de não ter nascido entre eles, que deixo essa música.

Porque, hoje, eu não estou, apenas, entre vocês.

Eu sou igualzinha a vocês.

Porque me fiz, graças Deus, igualzinha a vocês!...




Vermelho



A cor do meu batuque
Tem o toque, tem o som
Da minha voz
Vermelho, vermelhaço
Vermelhusco, vermelhante
Vermelhão!...



O velho comunista se aliançou
Ao rubro do rubor do meu amor
O brilho do meu canto tem o tom
E a expressão da minha cor
Vermelho!...




A cor do meu batuque
Tem o toque, tem o som
Da minha voz
Vermelho, vermelhaço
Vermelhusco, vermelhante
Vermelhão!...



O velho comunista se aliançou
Ao rubro do rubor do meu amor
O brilho do meu canto tem o tom
E a expressão da minha cor
Meu coração!...



Meu coração é vermelho
Hei! Hei! Hei!
De vermelho vive o coração
Eô, Eô...
Tudo é garantido
Após a rosa vermelhar
Tudo é garantido
Após o sol vermelhecer...



Vermelhou o curral
A ideologia do folclore
Avermelhou!
Vermelhou a paixão
O fogo de artifício
Da vitória vermelhou...(2x)



A cor do meu batuque
Tem o toque, tem o som
Da minha voz
Vermelho, vermelhaço
Vermelhusco, vermelhante
Vermelhão!...



O velho comunista se aliançou
Ao rubro do rubor do meu amor
O brilho do meu canto tem o tom
E a expressão da minha cor
Vermelho!...



A cor do meu batuque
Tem o toque, tem o som
Da minha voz
Vermelho, vermelhaço
Vermelhusco, vermelhante
Vermelhão...



O velho comunista se aliançou
Ao rubro do rubor do meu amor
O brilho do meu canto tem o tom
E a expressão da minha cor
(Vermelho!)
Meu coração!...



Meu coração é vermelho
Hei! Hei! Hei!
De vermelho vive o coração
Eô, Eô...
Tudo é garantido
Após a rosa vermelhar
Tudo é garantido
Após o sol vermelhecer...



Vermelhou o curral
A ideologia do folclore
Avermelhou!
Vermelhou a paixão
O fogo de artifício
Da vitória vermelhou...(4x)




(Chico da Silva)

até outubro


O último sumiço: até outubro!






Queridinhos:





Infelizmente, vou ter de desaparecer, até o início de outubro.




Terei de viajar e de me concentrar numa campanha. Daí que não terei tempo de bater ponto neste blog. Provavelmente, nem de vez em quando.




Até cheguei a telefonar a um procurador, para marcar uma entrevista. Pensei em fazer, ao menos, um ping-pong sobre essa questão da fiscalização da campanha.




Ia perguntar especificamente sobre as campanhas dos prefeitos que concorrem à reeleição. Afinal, só eles parecem não estar nessa pindaíba dos demais candidatos.




Taí uma boa pauta, pra quem puder fazer: o MP vai devassar as contas desses prefeitos, principalmente as deste exercício? Eles correm o risco de ganhar, mas, não levar? Quer dizer: de acabarem impossibilitados de assumir o cargo, por abuso de poder econômico? O que os cidadãos e os partidos podem fazer em relação a isso, como devem agir? E essa cruzada do MP, da PF e da Justiça Eleitoral, pela moralização do financiamento de campanha, não acabou resultando numa situação complicada, do ponto de vista democrático, já que somente os candidatos com fortuna pessoal e os prefeitos que concorrem à reeleição têm, hoje, algum dinheiro para financiar as ações de campanha? Ou seja, não se corre o risco de perpetuar prefeitos ruins, devido à incapacidade financeira das oposições?




Além disso, é preciso ver quantas denúncias já foram recebidas pelo MP, em relação ao abuso de poder econômico, o aumento percentual disso em relação aos anos anteriores e em quantas denúncias o MP acredita que se fechará esta campanha (é a campanha com mais denúncias dos últimos anos? Por quê?); os meios disponíveis de fiscalização, do MP e da Justiça Eleitoral; o enquadramento legal dessa prática (é improbidade, também).




Paralelamente, seria bacana levantar, junto aos partidos e aos marqueteiros, em quanto caiu, percentualmente, o custo e a arrecadação das campanhas. Mas, atenção: é claro que, nominalmente, os valores devem ter crescido. Mas, em quanto estão e em quanto deveriam estar as campanhas e a arrecadação, não fossem as mexidas na legislação, os escândalos e o “corpo a corpo” da Justiça com os financiadores (é melhor, portanto, trabalhar com percentagem e proporcionalidade). Seria bacana até falar, com doadores tradicionais de campanha (é possível encontrá-los no site do TSE): quanto doavam e quanto estão doando, agora? Por quê? Quanto custa, hoje, um voto, quanto custou em 2004 e quanto deveria estar custando?




Dá uma matéria muito bacana, principalmente, se os “offs” (e eles serão muitos!) forem bem aproveitados. Fica a sugestão.




Ia fazer essa pauta, apesar de ter dito a vocês que não ia me meter nisso, em reportagens, devido a estar engajada em campanhas.





Acho que não é lá muito ético misturar reportagens com a participação direta em campanhas, né mermo?




Mas, sabe como é que é...: o uso do cachimbo deixa a boca torta... Daí que ia entrevistar o procurador, assim mermo. Fazer o quê? Essa coisa da reportagem tá na massa do sangue, maninhos...




No entanto, acabei atropelada por uma mudança de rota: vou ter de sair de Belém. Assim, tenham paciência...




Volto em outubro. E aí vou poder, talvez, realizar um sonho antigo: reformular este cafofo, tornando-o, novamente, uma boa fonte de informação.




Ah, sim: e se der tudo certo, é possível, também, que volte a fazer jornal.






FUUUUIIIIIII!!!!!!!






(Tem cabimento/Depois de tanto tormento/Me casar com algum sargento/
E todo sonho desmanchar?/Não tem carranca/Nem trator, nem alavanca/
Eu quero é ver quem é que arranca/Nós aqui desse lugar... (
Chico Buarque e Tom Jobim)






Guerreira



Se vocês querem saber quem eu sou
Eu sou a tal mineira
Filha de Angola, de Ketu e Nagô
Não sou de brincadeira
Canto pelos sete cantos
Não temo quebrantos
Porque eu sou guerreira
Dentro do samba eu nasci,
Me criei, me converti
E ninguém vai tombar a minha bandeira


Bole com o samba que eu caio
E balanço o balaio no som dos tantãs
Rebolo, que deito e que rolo,
Me embalo e me embolo nos balagandãs
Bambeia de lá que eu bambeio nesse bamboleio
Que eu sou bam-bam-bam
Que o samba não tem cambalacho,
Vai de cima embaixo pra quem é seu fã
Eu sambo pela noite inteira,
Até amanhã de manhã
Sou a mineira guerreira,
Filha de Ogum com Iansã!

Salve o Nosso Senhor Jesus Cristo, epa babá, Oxalá!
Salve São Jorge Guerreiro, Ogum, ogunhê, meu Pai!
Salve Santa Bárbara, eparrei, minha mãe Iansã!
Salve São Pedro, kaô cabecilê, Xangô!
Salve São Sebastião, okê arô, Oxóssi!
Salve Nossa Senhora da Conceição,otopiabá, Yemanjá!
Salve Nossa Senhora da Glória, oraieiê, Oxum!
Salve Nossa Senhora de Santana, Nanã Burukê, saluba, vovó!
Salve São Lázaro, atotô, Obaluaiê!
Salve São Bartolomeu, arrobobó, Oxumaré!
Salve o povo da rua, salve as crianças, salve os preto véio;
Pai Antônio, Pai Joaquim de Angola,vovó Maria Conga, saravá!
E salve o rei Nagô!

Bole com o samba que eu caio
E balanço o balaio no som dos tantãs
Rebolo, que deito e que rolo,
Me embalo e me embolo nos balagandãs
Bambeia de lá que eu bambeio nesse bamboleio
Que eu sou bam-bam-bam
Que o samba não tem cambalacho,
Vai de cima embaixo pra quem é seu fã
Eu sambo pela noite inteira,
Até amanhã de manhã
Sou a mineira guerreira,
Filha de Ogum com Iansã

(João Nogueira / Paulo Cesar Pinheiro)

domingo, 24 de agosto de 2008

pixinguinha

Cantando, cantando...



Pra vocês, gentalha, essa coisa linda, linda, linda!... Ouçam com a belíssima voz da Beth Carvalho, no disco “Pagode de Mesa”, volume 2, ao vivo. É pra sonhar, visse?...





Carinhoso



Meu coração,
Não sei por que
Bate feliz
Quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo
Mas mesmo assim
Foges de mim


Meu coração,
Não sei por que
Bate feliz
Quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo
Mas mesmo assim
Foges de mim


Ah, se tu soubesses
Como eu sou tão carinhoso
E o muito, muito que te quero
E como é sincero o meu amor
Eu sei que tu não fugirias mais de mim


Vem, vem, vem, vem
Vem sentir o calor
Dos lábios meus
À procura dos teus
Vem matar essa paixão
Que me devora o coração
E só assim então
Serei feliz
Bem feliz


Meu coração,
Não sei por que
Bate feliz
Quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo
Mas mesmo assim
Foges de mim


Ah, se tu soubesses
Como eu sou tão carinhoso
E o muito, muito que te quero
E como é sincero o meu amor
Eu sei que tu não fugirias mais de mim


Vem, vem, vem, vem
Vem sentir o calor
Dos lábios meus
À procura dos teus
Vem matar essa paixão
Que me devora o coração
E só assim então
Serei feliz
Bem feliz



( Pixinguinha/ João de Barro)

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Mais e Menos

Os mais e os menos desvalidos



Ministério Público, Polícia Federal e Justiça Eleitoral resolveram realizar uma grande cruzada contra o caixa dois.




Em suma, para moralizar o país, para impedir que o abuso econômico comprometa a escolha democrática dos futuros prefeitos.




Para botar alguma ordem, nessa grande promiscuidade em que se transformou o financiamento de campanha.




A intenção, como sempre, é pra lá de louvável. Afinal, que cidadão, que contribuinte, não quer a moralização desse grande Bataclan em que se transformaram as campanhas eleitorais, né mermo?




Trata-se, portanto, indiscutivelmente, de uma ação justíssima e louvável.




Por conta dela, a quase totalidade dos candidatos e partidos políticos está numa pindaíba só.




Não consegue empresário nem pra financiar meia dúzia de “praguinhas” – quanto mais os caríssimos programas eleitorais televisivos.




Daí que campanhas “ricas”, digamos assim, com melhor capacidade de caixa, só estejam sendo realizadas por candidatos que podem financiar, no todo ou em parte, a própria campanha.




E, estranhamente, pelos prefeitos que concorrem à reeleição...




No entanto, muitos desses prefeitos não possuem um patrimônio pessoal significativo. Aliás, alguns, como diria a minha mãe, não têm no rabo o que periquito possa roer.




Alguns, até diploma falsificaram, para conseguir alguma coisa na vida.




No entanto, a campanha que fazem e o programa de Tv que apresentam, são coisas, assim, de Primeiro Mundo.




E eu, cidadã, contribuinte, fico pensando, cá com os meus botões: égua, quantas camisetas e feijoadas eles tiverem de vender, para arranjar tanto dinheiro, né mermo?




Quer dizer: tá certo que a Justiça é cega... Mas, será que, de repente, também ficou meio bilé?...




Exemplo do que estou dizendo (e assinando): a campanha de Duciomar Costa.




Eu, cidadã de Belém – cidadã da gema, aqui nascida e criada – quereria saber de onde vem o dinheiro da campanha do Dudu.




Afinal, Dudu, até onde a gente sabe, nunca foi um sujeito rico. Sempre foi um humilde e fumado oculista – e mais fumado ainda, se, como ele mermo diz por aí, fez muito trabalho assistencial.




Além disso, até onde a gente sabe, o Dudu também não realizou nenhuma grande movimentação para arrecadar fundos de campanha.




Nem ele, nem o seu partido promoveram um showzinho básico com o Chitãozinho e o Xororô; não venderam feijoada, camiseta, não abriram um livro de ouro - e são uns fumados, como todos nós.




Quer dizer, matematicamente, é grande a probabilidade de que estivessem na mesma pindaíba de todos os partidos e candidatos, à exceção dos que possuem patrimônio suficiente para bancar, ao menos, os gastos iniciais de campanha.




No entanto, Duciomar Costa contratou um dos marqueteiros mais caros do país – se não o mais caro – o Duda Mendonça. O mesmo que, por alguns milhões, também defendeu o Maluf e rinhas de galo... (daí que a gente nem pode dizer, né maninhos?, até onde o Duda desceu!...).




E eu, cidadã, contribuinte, fico embatucada.




Ora, segundo se diz, só uma vinda do Duda aqui, para “olhar” umas pesquisas, custou a “babugem” de R$ 100 mil – fora hotel, comida, transporte, etc...




Quer dizer: será que também fiquei meio bilé? Ou será que cabe a pergunta, aos senhores promotores, aos senhores juízes: mas, de onde é que vem tanta grana?




Ou será que só vale vigiar quem está fora do poder, quem não tem “favores” a distribuir, né mermo?




Quer dizer: pelo visto, no Brasil, criamos dois tipos de candidatos. Uns são os mais desvalidos. Outros, os menos, né mermo?




Uns, além de terem uma merreca de tempo de rádio e TV, agora, também, não têm nem dinheiro para fazer um programa decente, para mostrar o que pretendem para a urbe.





Outros, sentados na grana farta dos cofres públicos – no dinheiro que é de estrada, de hospital, de escola – podem fazer a maior farra, sem que ninguém, nem mesmo os vetustos senhores togados, ouse, ao menos, indagar o lógico: de onde vem a bufunfa? Qual a fonte que estão a utilizar para o financiamento de suas campanhas?...




Cinicamente, poderemos até dizer: pronto! Eis aí o financiamento público de campanha!...




E, cinicamente, também poderemos pensar: que coisa linda que é a democracia!...




FUUUIIII!!!!!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Valéria

Valéria




Tenho muita esperança de que Valéria vença estas eleições.


Não, ela nunca será a minha candidata ideal – nenhum candidato pefelista, alguma vez, será.


Temos diferenças profundas, ideológicas.


E, tenho certeza, tão logo as eleições terminem, vamos começar a quebrar o pau...


Mas, apesar de tudo, tenho certeza de que Valéria, neste momento, é o melhor para a minha Belém.


Primeiro, por uma questão pragmática: é a única candidata em condições reais, concretas, objetivas de derrotar o Dudu.


E isso, que venho dizendo desde o ano passado, as pesquisas de opinião começam a confirmar.


Em segundo lugar porque, apesar de todas as mumunhas do Dourado, é preciso reconhecer que ele é competente na área da Saúde.


Lamento, profundamente, que ele seja de tais mumunhas – como já lamentei, aqui, o desperdício de talento social de Jader Barbalho.


Mas, assim como respeito o brilho político de Jader, também respeito a competência técnica de Dourado.


Penso que um técnico da estatura de um Dourado, que criou um serviço como o 192, que foi, depois, transposto para o Brasil inteiro, pelos arquiinimigos petistas, tem, sim, alguma coisa a oferecer a Belém.


E como a equipe do Dudu e o próprio Dudu só têm a nos oferecer rolos e mais rolos, a mim parece que, neste caso, a opção é, pragmaticamente, pelo menos pior.


Apesar da certeza do Dourado, não incluo Valéria nesse balaio.


Vejo Valéria como uma mulher inteligente, capaz e sinceramente preocupada, comprometida com as questões sociais.


O caminho que ela adota, para fazer frente a tais preocupações – o assistencialismo puro e simples – não é, certamente, o caminho que, alguma vez, eu escolheria.


Mas, também reconheço que a pobreza e a miséria deste estado são tamanhas que, sem uma cesta básica, fica difícil manter o sujeito vivo, de pé, respirando, até uma eventual transformação social...


Certamente que a mudança social pensada por Valéria, nem de longe se aproxima da transformação que eu penso para esta sociedade, para este mundo.


Aprendi, porém, a respeitá-la, como, afinal, respeito todos os jogadores deste grande jogo político.


Nunca me permiti proximidade da Valéria, embora tenha sido sua assessora, como já disse aqui.


Sempre resisti a todas as tentativas nesse sentido, feitas por assessores muito próximos a ela.


Sempre achei que isso não seria ético, correto. Uma vez que sempre compreendi que estaremos, na maioria das vezes, em canoas opostas.


É uma postura bem diferente daquela que tive em relação ao Mário Cardoso, por exemplo. Que, apesar de ser petista, e eu, tucana, guarda, comigo, bem lá no fundo, profunda identidade...


Mário e eu, embora que por caminhos diferentes, queremos chegar ao mesmíssimo tipo de sociedade.


Já a Valéria será sempre uma antagonista, nesse tipo de projeto social.


Vamos nos bater por coisas aparentemente simples, como a redução da menoridade penal. Que os pefelistas, certamente, defenderão – com o apoio, é claro, da maioria da sociedade, do “senso comum”. Mas que nós, tucanos e petistas, rechaçaremos com todas as forças deste mundo.


Vamos nos bater por uma sociedade, de fato, igualitária, em termos de oportunidades e do usufruto daquilo que é socialmente gerado – e não por aplacar, através do assistencialismo, o revolucionário descontentamento popular...


Mesmo assim, vou de Valéria, e não de Mário.


E tenho certeza de que não vou me arrepender.


Lá adiante, certamente, nos estapearemos...


Mas, cá com os meus botões, tenho a convicção de que Valéria também fará umas coisas bem bacanas pela minha Belém...


Mais não seja, com a sua sensibilidade, vai impedir que tanta gente morra, na porta dos nossos postos de saúde, do nosso pronto socorro, dos nossos hospitais...



FUUUIIIIII!!!!!



Aos companheiros do PSDB. Porque, afinal, todos somos uns “goiabas”... Quer dizer: amarelos por fora. Mas, vermelhíssimos, por dentro...



Vermelho



A cor do meu batuque
Tem o toque, tem o som
Da minha voz
Vermelho, vermelhaço
Vermelhusco, vermelhante
Vermelhão!...



O velho comunista se aliançou
Ao rubro do rubor do meu amor
O brilho do meu canto tem o tom
E a expressão da minha cor
Vermelho!...



A cor do meu batuque
Tem o toque, tem o som
Da minha voz
Vermelho, vermelhaço
Vermelhusco, vermelhante
Vermelhão!...



O velho comunista se aliançou
Ao rubro do rubor do meu amor
O brilho do meu canto tem o tom
E a expressão da minha cor
Meu coração!...



Meu coração é vermelho
Hei! Hei! Hei!
De vermelho vive o coração
Eô, Eô...
Tudo é garantido
Após a rosa vermelhar
Tudo é garantido
Após o sol vermelhecer...


Vermelhou o curral
A ideologia do folclore
Avermelhou!
Vermelhou a paixão
O fogo de artifício
Da vitória vermelhou...(2x)


A cor do meu batuque
Tem o toque, tem o som
Da minha voz
Vermelho, vermelhaço
Vermelhusco, vermelhante
Vermelhão!...



O velho comunista se aliançou
Ao rubro do rubor do meu amor
O brilho do meu canto tem o tom
E a expressão da minha cor
Vermelho!...


A cor do meu batuque
Tem o toque, tem o som
Da minha voz
Vermelho, vermelhaço
Vermelhusco, vermelhante
Vermelhão...


O velho comunista se aliançou
Ao rubro do rubor do meu amor
O brilho do meu canto tem o tom
E a expressão da minha cor
(Vermelho!)
Meu coração!...


Meu coração é vermelho
Hei! Hei! Hei!
De vermelho vive o coração
Eô, Eô...
Tudo é garantido
Após a rosa vermelhar
Tudo é garantido
Após o sol vermelhecer...


Vermelhou o curral
A ideologia do folclore
Avermelhou!
Vermelhou a paixão
O fogo de artifício
Da vitória vermelhou...(4x)


(Chico da Silva)

americanizada




Essa vai pros amigos que entram, religiosamente, na Perereca...




Disseram que voltei americanizada


Disseram que eu voltei americanizada,
Com o burro do dinheiro,
Que estou muito rica.
Que não suporto mais o breque de um pandeiro
E fico arrepiada ouvindo uma cuíca.

E disseram que com as mãos
Estou preocupada
E corre por aí,
Que eu sei, certo zum zum
Que já não tenho molho, ritmo, nem nada
E dos balangandans já não existe mais nenhum.

Mas, pra cima de mim, pra que tanto veneno?
Eu posso lá ficar americanizada?
Eu que nasci com o samba e vivo no sereno,
Topando a noite inteira a velha batucada.

Nas rodas de malandro, minhas preferidas,
Eu digo é mesmo eu te amo, e nunca I love you.
Enquanto houver Brasil,
Na hora das comidas,
Eu sou do camarão ensopadinho com chuchu!


Disseram que eu voltei americanizada,
Com o burro do dinheiro,
Que estou muito rica.
Que não suporto mais o breque de um pandeiro
E fico arrepiada ouvindo uma cuíca.

E disseram que com as mãos
Estou preocupada
E corre por aí,
Que eu sei, certo zum zum
Que já não tenho molho, ritmo, nem nada
E dos balangandans já não existe mais nenhum.

Mas, pra cima de mim, pra que tanto veneno?
Eu posso lá ficar americanizada?
Eu que nasci com o samba e vivo no sereno,
Topando a noite inteira a velha batucada.

Nas rodas de malandro, minhas preferidas,
Eu digo é mesmo eu te amo, e nunca I love you.
Enquanto houver Brasil,
Na hora das comidas,
Eu sou do camarão ensopadinho com chuchu!


(Vicente Paiva/Luiz Peixoto)

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

festa10


Festa no Meu Apê X




(Abrem-se as cortinas. O salão está completamente diferente; parece uma birosca do interior. Todos estão vestidos como dançarinos de carimbó. Espalhados por três ou quatro mesas rústicas, bebem, fumam, conversam. O Jujuba é o barman. Numa mesa grande, no canto esquerdo, estão o Barão, o Sudão, o Tirésias, a Correspondente, a Barbie Princesa, o Balloon e a Beijoca, que continuam a brincar de Banco Imobiliário. No alto das escadarias, há um grupo de músicos de carimbó; no centro do palco, os dançarinos. Eles cantam e dançam uma seleção de músicas do CD “O Canto das Águas”, da Fafá de Belém: “Chama Verequete, ê ê ê ê/Chama Verequete ô ô ô ô/Chama Verequete, ruuuum/Chama Verequete!”/; “Ogum balailê, pelejar, pelejar/Ogum, Ogum, tatára com Deus/Guerreiro Ogum, tatára com Deus/Papai Ogum, tatára com Deus”/;“Umbora pra Salinas, agora, é o Peru do Atalaia!”... O peru tá pulando, xô peru!/Ora pula peru, xô peru!/O peru tá rodando, xô peru!/Ora roda peru, xô peru!/Tatá, tatá...”; “Eu sou a sereia do mar/Tava deitada na areia/Tô ouvindo teu cantar/O carimbó é muito quente/Da cintura pra baixo eu sou peixe/Da cintura pra cima eu sou gente”...



(Palmas)




(Foco na mesa em que estão o Barão, o Sudão, o Tirésias, etc... A Beijoca é a banca; a Correspondente, a “apontadora”; o Balloon, o “apitador”).




_Pííííííí!...
_ (a correspondente): Ô asseu Sudão, o asseu Balloon apitô que é falta!...
_Mas como?!!! Se eu ainda nem joguei, certo? E desde quando é que tem falta em Banco Imobiliário, não é isso?
_Acredo, asseu Sudão, que o sinhô só assabe arreclamá, é?... Tá aí apor cima do jabazão, mas, mermo assim, inté aparece um filhote de pipira!... Aescritinho, como adiria o asseu Napoleão, um filhote de pipira, muito do asseu amofinado, no alto da pirâmide de Agizé...
_Mas eu só estou dizendo, certo?, que ainda nem joguei e que nunca ouvi falar de falta em Banco Imobiliário, não é isso?...
_Pois é esse o asseu problema, asseu Sudão: o sinhô vive aquerendo amandá no jogo!... O sinhô num aconcordô que o asseu Balloon havia de sê o apitadô?
_Mas eu nem joguei, não é isso?...
_Mas tá impedido assim mermo!...
_Us pobrema, cabuca, é que os lordi Sudão pensarem que serem zissu e zaquilu... Mas, si a genti vimus bem, cabuca, ó, ó!..., os cabucu num puderem nem jogarem!... Purque serem tudus uns pincolé de bunfunfa!... Ó, ó!..., uns pincolé de bunfunfa!...
_Confesso, meu caro lorde Tirésias, certo?, que depois dessa sua, como direi, genuína linguagem oracular, não é isso?, não me resta alternativa a não ser esperar... Afinal, como diria Napoleão, no alto do seu reluzente Bucéfalo, “a vida é como um rio que sempre conduz ao grande mar!”...
_Me desculpe, caboco, mas Napoleão nunca disse isso...
_Pííííííííííííí!
_O que foi isso, caboca?
_É que o asseu Balloon tá apitando que o sinhô também atá impedido, asseu Barão!
_Como assim, caboca?
_E eu que assei? Só atô arretransmitindo o asseu Balloon, ué!...
_(...)
_Aperem lá, que o asseu Balloon tá aquerendo assoprá nos meus zuvidus! Sim, asseu Balloon, adigue lá!...
_(...)
_Num abrinque, asseu Balloon!...Mas o sinhô atem certeza?
_(...)
_Ulhe, ulhe, que eles num avão agostá anada disso!...
_(....)



(Os jogadores cercam a correspondente e perguntam o que é que o Ballon cochichou)



_Assilêncio! O asseu Balloon atá dizendo que o sinhô, asseu Barão, e o sinhô, asseu Sudão, atão expulsos de campo por amau acomportamento.

(Forma-se a confusão. O Barão e o Sudão protestam, falam alto; xingam o Ballon e a correspondente.)

_ (a correspondente) Se acalmem, se acalmem, mais é!... Os dois, já!, achispem daqui!...Aporque, agora, só quem apode ajogá é a dona Barbie, o asseu Tirésias, a dona Beijoca e o lorde Zangado!..
_ (O Sudão, aflito) Mas como, você não convidou esse meu parente problemático, não é isso?
_Ué, asseu Sudão, mas aclaro que aconvidei!... Aliás, aolhe ele ali, na entrada do Ap!...




(Jogo de luzes, chuva de confetes brilhantes, fumaça sobe do chão. O lorde Zangado está vestido que nem o Sidney Magal - calça bem apertada, em tecido colante, camisa semi-aberta; a roupa é branca. Tem de ter, também, correntes douradas, no peito e nos pulsos, e uma grande rosa vermelha na lapela. Ele está no alto da escada e vem descendo, lentamente, ao som da música. No centro do palco estão oito zangaietes, de corpetes vermelhos e rendados, meias rendadas e cintas-ligas; cabelos longos e soltos. Eles dublam e dançam “Meu Sangue Ferve por Você”: “Teu, todo teu/Minha, toda minha/Juntos, essa noite/Quero te dar todo meu amor/Toda minha vida/(siiiiimm)/Eu te procurei(nanananana)/Hoje, sou feliz, com você que é tudo o que sonhei/Ahhhh, eu te amo/Ahhhh, eu te amo, meu amor/Ahhhh, eu te amo/E o meu sangue ferve por você (bis)/Você me enlouquece/Você é o que quero/Eu sou prisioneiro/Prisioneiro desse seu amor/Toda Minha vida/(sim sim sim sim)/Eu te procurei/Hoje, sou feliz, com você que é tudo o que sonhei/ Ahhhh, eu te amo/Ahhhh, eu te amo, meu amor/Ahhh eu te amo/E o meu sangue ferve por você (bis).


(Aplausos)




_Você me desculpe esse triste espetáculo, certo? É excesso de testosterona, não é isso?
_Ué, mas pra que se adesculpá, asseu Sudão? Pois se afoi um show atão bonito, ué!...
_Você nem imagina, certo?, as dores de cabeça que esse rapaz me dá, não é isso?... Como diria Napoleão, ele ainda será o meu Waterloo, certo?... O meu Waterloo!...
_Num abrinque, asseu Sudão!...
_(puxando a correspondente para o lado): Esse rapaz, certo?, sempre foi complicado... É um grude, um verdadeiro grude, não é isso?...
_Assério, asseu Sudão?...
_ Por causa dele eu virei quase que um saltimbanco, não é isso?... Morei na Cidade Velha, na Pedreira, no Jurunas, na Sacramenta, na Terra Firme, na Matinha, em Batista Campos, na Jabatiteua... Até no Vale do Amanhecer eu fui parar, não é isso?, até no Vale do Amanhecer!... E quando eu via, lá estava esse rapaz, numa parada de ônibus perto da minha casa... E ficava dando piteco em tudo; e era tio pra lá, tio pra cá... E me filava o café da manhã, almoço, jantar... Eu não podia nem traçar uma empadinha, não é isso?, que lá vinha ele, gritando: “ei tio!, tio!, me deixa fazer uma boquinha”...
_Acredo, asseu Sudão!...Mas acomo que o sinhô adeve de atê assofrido, né mermo?...
_Um verdadeira provação, certo?, uma verdadeira provação!...Além de tudo é um rapaz dispendioso, não é isso? Adora um palco, umas luzes!... Não que eu seja miserável, certo? Como diria aquele grande poeta: “quem me conhece sabe que as minhas mãos são até mais largas que este meu incomensurável coração!”...
_Égua da coisa alinda, asseu Sudão!...
_Ah, você gostou, é?...
_Ô ômi, adeixe de amoda, mais é!...Aprossiga!...Aprossiga!...
_O problema, certo?, é essa minha essência franciscana, não é isso?... Porque a vida me ensinou a não ficar me jactando, certo?, de comer essa ou aquela empadinha... Aliás, há toda uma técnica para a gente traçar uma empadinha, não é isso?...
_Assério, asseu Sudão? E como é que é que o sinhô afaz?
_É simples!... Eu vou lhe mostrar! (o Sudão, cochichando a um garçom: “Por favor, me arranje uma empadinha!” O garçom traz a empada. O Sudão agradece, pergunta pela mãe e pela mulher dele. O garçom pede um favor ao Sudão, que manda um assessor atendê-lo. Depois, vai comendo e explicando). Primeiro, você tem de ver que o segredo é a gente comer bem devagarinho, certo?, sem grito, não é isso?... A gente começa pelas bordas, certo?, e vai medindo o tamanho da mordida... E não fala enquanto come, que é pra não deixar por aí algum DNA... Aí, a gente pega num guardanapo (tirando um pano velho e furado do bolso) e limpa bem a forminha... Depois, é só colocar no primeiro bolso que passar... Eu lhe garanto, certo?, que não sobra nem farelo...
_Zissus são tudus lári-láris, cabuca, tudus lári-láris!...
_Ué, o que é que afoi, asseu Tirésias, o sinhô num agostô da técnica do asseu Sudão?
_Cabuca, os lordi Tirésias é qui si vai mostrarem cumu serem qui as genti detonemus essas tar di zimpada (O Tirésias, gritando no meio do salão: “Psiu! Psiu! Ô sumanu!... Erem, erem tusaírem!...”. O garçom traz uma bandeja de empadas e o Tirésias pega um bocado. Mete algumas nos bolsos das calças e da camisa e fica com quatro ou cinco nas mãos). A genti num pudemus perderem a pespetiva, cabuca!... Primeiru, a genti zispiulhemus pruns ladu e zispiulhemus pruns zotrus, que é pra verem si num tens piaba zispiulhandu!... Aí, a genti punhemus uns desivus em cima das zimpadas, cabuca, que é pra aparecerem uns brigadeirus. Aí, a genti punhemus as mardita tudus nas buca, ó, ó... E vamo cumendu, e vamo cumendu, tudus rapidola, cabuca, tudus rapidola!...
_Égua, e o que é que o sinhô afaz com os farelos?
_A genti deixemus tudus puraírem, cabuca!...
_Ué, e se as piabas apegarem o rastro?
_Num apegam, cabuca, num apegam... Purques a genti peguemus nessis pirulitu, ó, ó (tirando um monte de pirulitos do bolso) e atiremus tudus pras galera, que é pras piaba num falarem maus das genti...
_(o Barão): Ô cabucu, mas pareci, intoncis, que a genti num aprendemus nadas com as genti, nés, cabucu?
_(O Sudão, para a correspondente): Você há de convir, certo?, que essa será uma interessantíssima lição de metalinguagem, não é isso?
_(O Barão): Us cabucu, us cabucu, num aliguem prus lordis Sudão, que eles serem tudus uns pincolé de bunfunfa, cabucu!...
_(o Tirésias): Pois intoncis, cabucu, a genti num dissemus issus adesdi us cumeçu, cabucu? (Pro Sudão: Pincolé de bunfunfa!...Pincolé de bunfunfa!...)
_(o Barão, acalmando o Tirésias): Intoncis, cabucu, intoncis! Purques a genti falemus pra genti e a genti prus lordis Tirésias que a genti não aceitemus essas tar di purvurcação, cabucu!
_Intoncis, cabucu, a genti mandemus essis purvucador lá pras zaqueli lugarem, cabucu!
_Mesmu assim, cabucu, a genti tenhemus de aprenderem como serem que se comerem essas tar de zimpada!... A genti num punhemus tudus nas boca, cabucu!... Assinão as piaba levarem as genti tudus prus PEM!...
_Não, cabucu, os PEM não!... ( se escondendo debaixo de uma mesa)
_(O Barão, indo buscá-lo) Pois, intoncis, cabucu... A genti vamos verem, di nuvu, cumu serem qui si acomerem essas tar de zimpada (o Barão, no meio do salão, educadamente, para o Jujuba, o Duzinho e o Príncipe Clean: cabocos, vamos degustar uma empadinha!...)



(Jogo de luzes. Entra um grande coral de mendigos, que fica no hall, no alto da escadaria. Mais no alto, ou embaixo, uma orquestra já está pronta. O Balloon corre de um lado para outro e se coloca no centro do palco, para reger o coro e a orquestra).



(Enquanto isso, o Jujuba vem do bar, já colocando um avental branco e um chapéu de cozinheiro e ajuda a arrumar, no centro do palco, uma moderna cozinha. O Jujuba, é claro, fica atrás do balcão. O Clean é o ajudante. O Duzinho, uma espécie de Lombardi. O Barão senta junto do Jujuba e do Clean, num banquinho...).



O coro ataca (e interpreta) a versão “Brejense” da valsa de “A Bela Adormecida”, de Tchaikovsky, com grandiosa introdução e tudo: “Foi você o sonho tão lindo que eu sonhei/Foi você, me lembro tão bem/Que foi o sonho mais lindo que eu sonhei/Com muita bufunfa pra gastar/E a merenda de sobra roubar!/E inda tinha lixo para eu faturar!/E inda tinha lixo para eu faturar!E ganhar dinheiro pro meu caviar!/E inda tinha lixo para eu faturar!/E até caboco para enrolar/E até macumba para eu rezar/E fazer promessa no meu patuá/E inda tinha lixo para eu faturar!/E inda tinha lixo para eu faturar!/E até caboco para enganar/E até bufunfa para traficar/E até criança para eu afanar/Sem um Delegado pra incomodar!/Foi você o sonho tão lindo que eu sonhei/Foi você me lembro tão bem/Daqueles dias na nossa Inhangapã/Quando a gente contava o larjan/Com muito scotch e obra/E o caboco na roda/E era terra de sobra/Na lama de Inhangapã!/Pão-pão/Pão-pão/Pão-pão/Pão-pão/Pão-pão/Pão-pão/Pão-pão/Pão-pão/Pão-pão
Pão-pão/Pão-pão/Pão-pão/PÃO!/PÃO!




(Aplausos)




_(Valsas em BG; o Jujuba): Bon soir, mons amis e mis amigás. Hojê, vamôs aprrenderrrr a confecionarrrr an nová e extrraorrdinárrria receitá: “petite empadô a la mode du ...” S'il vous plaît, atentê para o bicô: du!... Repetê, s’il vous plaît!...Du... (a platéia repete) Du... (a platéia) Duuuu... (a platéia)... Très bien!... Aplausê, aplausê!... Comô eu estava dizendô, hojê vamôs aprrenderrr a confecionarrrr an petite empadô a la mode du Brrejô!.. E temôs, hojê, conoscô an convidadô muitô especialô: o nossô querrridô Barrron du Inhangapã, an aclamadô experrtise an petite empadô!... Bon soir, Barrron! Ça Va!... Bien, bien!...Aplausê, aplausê!...
_Boa noite, Jujuba! Boa noite, minhas senhoras e meus senhores, meu povo querido deste Novo e Extraordinário Brejo, que é a nossa casa, o nosso lar! (Súbito, uma das pernas do Barão começa a tremer...)
_Quesquê cê, mon ami?
_Na-da...Na-da... É só essa minha perna rebelde!... (O Barão se impacienta e bate e bate na perna; primeiro, com as mãos; depois, com uma escumadeira. E diz: fica quieta!... Fica quieta!...)
_(O Jujuba, sem perder o savoir-faire): Diletô Duzinhô, quesque cê prrecisô parrrá confecionarrr an petite empadô a la mode du Brrejô?
_(O Duzinho, como o Lombardi): Aí, Jujuba!... Aí, titio!... Para fazer uma empadinha arretada à moda do Brejo vocês vão precisar de:



50 quilos de bufunfa bem lavada.
50 juízes e bons advogados, Jujuba!
Cinco mil quilos de jornais!
Trinta e cinco deputados e, pelo menos, dois senadores.


Além disso, Jujuba, é preciso adicionar uma boa pitada de marketing, para a massa encorpar.


Tempo de cozimento: pelo menos uma década!


E, muito importante, minha amiga: nem que venha o Apocalipse, abra o forno durante a cozedura!


É com você, Jujuba!!!!




_(O Barão continua espancando a perna com uma escumadeira; o Jujuba): Bien, mons amis, agorrrá o nosso amadô prrríncipe Clean falarrrá sobrrrê a prreparraçon du nossôs ingrrredientês... (Depois, perdendo a calma com o Barão, tira a escumadeira da mão dele, dá-lhe umas porradas na cabeça e grita: Aquietê!...Aquietê!...Aquietê!... Os dois caem e se engalfinham atrás do balcão...)



_O Clean: Brother, o negócio é o seguinte: A primeira coisa é lavar muito bem a bufunfa, sacou? (mete as folhas de bufunfa debaixo da água)....E ter muito cuidado na escolha de quem vai ajudar nessa lavação!... E se vocês estiverem sem grana, por favor, brothers, não peçam emprestado, porque isso dá um rolo de morte!... Tenham cuidado, também, com esse negócio dos juízes e dos deputados que vão remexer a bufunfa.... Dispensem aqueles que ficam berrando no telefone: “quando é que vão molhar o pé da planta? Quando é que vão molhar o pé da planta?”... E regateiem o preço, brothers, porque eles vivem rezando para a gente comprar... Quanto aos jornais... Bem, brothers, verifiquem, primeiro, a qualidade dos jornalistas: se sabem, ao menos, escrever o nome... Mas, não percam muito tempo com eles, nem com os jornais: a gente compra tudo na viração, sacou?... E se vocês tiverem alguma dificuldade nessas operações, mandem uma carta para a Gazeta de Arribação, dizendo: eu também quero lavar uma bufunfa!...É com você, Jujuba!...



_(O Jujuba, se levantando, esbaforido): Merci, majestadê!...



(Nisso, chega a Beijoca, também com um avental branco e chapéu de cozinheiro)



_ (O Jujuba, tomando-a nos braços): ma chérie!...



(E é claro que ela deixa...(afinal, que mulher resistiria ao “íssimo” Jujuba, né mermo?...) Mas, nisso, a Beijoca vê o Barão, que também se levantou, e se treme, agora, da cabeça aos pés...)



_(A Beijoca): Ué, o que foi que houve com o Barão?
_(O Jujuba recoloca a Beijoca de pé e olha para o Barão... E, tomado por uma fúria assassina, avança na direção dele): Aquietê!...Aquietê!...Aquietê!...



(Os dois caem, novamente, para detrás do balcão)




_ (O Clean): Seja bem-vinda, sister! Que bons ventos a trazem a nossa humilde cozinha?
_Caboco, confesso que estou encantada com essa receita de vocês! Pelos ingredientes e pelos cozinheiros, caboco, essa nova e extraordinária empadinha vai revolucionar a cadeia produtiva do Brejo!...Mas, o que eu achei irresistível foi essa bufunfa...Como é que você consegue deixar a bufunfa tão branquinha?!!!...
_Ora, sister!...Isso são anos e anos de prática, sacou?...
_Mas eu também lavo bufunfa há anos, caboco!...Só que a minha bufunfa nunca fica tão limpinha...Olha só, nem parece que é bufunfa!...
_Ora, sister!...Lavar bufunfa é uma arte!...Requer sensibilidade, dedicação, paciência, criatividade!...Enfim, um verdadeiro amor à causa!...
_Mas você coloca alguma química na bufunfa, caboco, pra tirar toda aquela sujeira?
_Não, não, sister!...Tudo é bem natural!...Aliás, quanto mais natural a lavagem, mas limpa a bufunfa fica parecendo, sacou?...
_Então, eu não estou entendendo mais nada!... É que toda vez que a gente se mete a lavar bufunfa, acaba dando um angu de caroço...E aí todo mundo fica dizendo que a gente é incompetente até pra lavar a bufunfa!...
_Sister, ó sister!...Como você está genuinamente interessada, eu vou lhe contar um segredo... Essa bufunfa ficou assim tão limpinha porque vem sendo lavada há anos, sacou? Aqui, eu só finalizei o processo... Porque, também, não se pode ficar ensinando isso a todo mundo, sacou?...Vai que os nossos espectadores também resolvam lavar uma bufunfa?... Aí não vai ter bufunfa que chegue, sister!...
_Ô caboco, e onde é vocês lavam tanta bufunfa?
_Bem, sister, lá em Inhagapi nós temos uns tanques enormes... E a gente trabalha em equipe, sacou?, porque bufunfa que é bufunfa tem de ser lavada a várias mãos... Assim, o Duzinho ajunta a bufunfa, o Barão esfrega, eu lavo e torço e o Jujuba inventa as receitas, sacou?... Aliás, só quem lava melhor a bufunfa é o lorde Sudão, que montou uma linha de produção moderníssima... Coisa de Primeiro Mundo, sister!... A gente fica babando diante daquela lavagem poderosa de bufunfa, todo santo dia, 24 horas por dia, 30 dias por mês, 365 dias por ano – e 366, nos anos bissextos!...
_Ah, é? Então eu acho que vou pedir ao lorde Sudão pra me ajudar a lavar uma bufunfa...
_O que é isso, companheira?... Tá certo que o nosso processo é artesanal e tem menor rentabilidade... Mas, pelo menos, não tem risco de a bufunfa congelar, sacou?
_Sério, caboco? A bufunfa do lorde Sudão congela, é?
_De vez em quando, sister, ela vira, a bem dizer, um prosdócimo!...Agora mesmo, parece até uma Era Glacial!...
_Mas, então, como é que eu faço, caboco?
_Se você me permite, sister, eu tenho aqui um contrato da minha empresa: a “Limpatu Business Inhangapienses S/A”. É um contrato com a duração de doze anos!... E a capacidade de aumentar, de forma inesquecível, a produtividade de todas as cadeias do Brejo!...
_E como é que isso funciona, caboco?
_ É muito simples, sister!...A gente fica com o lixo e devolve a vocês a bufunfa limpinha e reciclada...
_Sério, caboco? E onde é que eu assino?




(Nisso, o Barão e o Jujuba se levantam. Chegam, também, o Sudão, o Duzinho, o Tirésias e o lorde Zangado, todos com aventais e chapéus de cozinheiros. Sobe o Can Can, de “Orfeu no Inferno”, de Offenbach. Todos dançam, à frente, com a Beijoca no meio. Atrás, todo o elenco também dança...)




(continua)

domingo, 3 de agosto de 2008



Aos manos do PMDB


Queridinhos:


Infelizmente, a coisa, onde estou, anda meio complexa.


Daí que não retornei a Belém, conforme previsto; só devo fazê-lo na próxima quarta-feira, se Deus quiser...


Daí que não adianta vocês ficarem enchendo o meu e-mail de comentários.


Porque só vou publicá-los quando estiver de volta.


Aqui, não dá para discutir quase nada; é complicado, por causa da internet.


Então, queridinhos, se acalmem...


Não quero perder a amizade de vocês.


Considero demais todos vocês.


Como considero o pessoal do PFL, do PSDB, do PT, do PSOL, do PSTU...


Tenho orgulho de ter amigos, amigos mermo, em todos os partidos.


Orgulho de ter trânsito. De respeitar e de ser respeitada, em todos os agrupamentos políticos.


Aliás, se fui demasiado enfática, até peço desculpas, né mermo? Até porque eu gosto muito de pipoca e não tenho nada contra os pipoqueiros...


Não direi, aqui, que não pretendia dar uma bicuda básica em vocês. Porque isso seria brincar com essa inteligência extraordinária de vocês, né mermo?


Mas, sinceramente, não pretendi ferir tão profundamente...


Amo vocês!...


E nunca vou me esquecer da última campanha em que estivemos juntos.


Afinal, vocês são aqueles guerreiros que todo guerreiro gostaria de ter como companheiros.


Leais até o tutano!...


Corajosos como poucos!...


E, simplesmente, formidáveis num campo de batalha!...


Confesso que nunca me senti tão... (feliz?... Não, não quero usar essa palavra... Hum... Vejamos... Talvez, que uma expressão: tão formidavelmente acompanhada?... Não... Hum... Deixa eu ver... Ah, já sei!...)


Ao lado de vocês, queridinhos, nunca me senti tão respeitando e sendo respeitada; tão conhecendo e sendo conhecida; tão amando e sendo amada... Tão companheira, tão leal, tão aguerrida...


Por isso, queridinhos, que tal uma trégua básica até eu retornar a Belém?


Assim, é claro, voltaremos a nos estapear - e temos até outubro para nos estapearmos bacana!...



Mas, aí em Belém, CARALHO!, eu posso, ao menos, responder a cada um de vocês!...


FUUUUIIIIIIII!!!!!!