terça-feira, 25 de abril de 2006

Nota de Esclarecimento

Impedimento



A Perereca informa aos leitores que está impedida de participar de qualquer cobertura relacionada à prisão do ex-senador Ademir Andrade.
Sou filiada ao PSB. Pertenço, inclusive ao Diretório do partido.
Mais que isso: já assessorei Ademir e gosto muito, mas muito dele.
O trabalho que fiz ao lado dele foi uma das melhores fases da minha vida. Porque me senti extremamente útil, do ponto de vista social, ao ajudar cidadãos pobres - agricultores, principalmente - cujos direitos o Estado insistia em negar.
Liguei, há pouco, para dirigentes do partido. Mas, sinceramente, não me senti à vontade em fazer perguntas, para levantar informações para o blog.
Feliz ou infelizmente, não tenho esse lado de açougueiro. Nunca tive.
Prefiro me solidarizar aos restantes companheiros do PSB, todos atônitos, perplexos diante do ocorrido. Para ver o que fazer. Fui

5 comentários:

Anônimo disse...

De: Imprensa Livre
Para: Perereca censurada

Para que seus leitores não fiquem privados da notícia....

MPF/PA investiga fraudes na Companhia Docas do Pará

O Ministério Público Federal no Pará investiga, em conjunto com a Polícia Federal e com a Controladoria Geral da União, as fraudes na Companhia Docas do Pará que levaram à prisão de 18 pessoas hoje (25 de abril), na Operação Galiléia. O esquema que inclui licitações fraudulentas e desvio de taxas portuárias começou a ser apurado em agosto de 2005, a partir da denúncia de um empresário que se sentiu lesado em uma concorrência da CDP.
Os procuradores da República Alexandre Soares, Thiago Oliveira, Felício Pontes Jr e Ubiratan Cazetta iniciaram as investigações, que mostraram problemas graves em várias áreas da administração da empresa e apontaram o envolvimento decisivo do ex-presidente da Companhia e ex-senador da República pelo PSB, Ademir Andrade, vários integrantes da diretoria e de empresários que se beneficiavam das fraudes. A extensão do esquema levou à abertura de inquérito policial federal e à autorização para escutas telefônicas.
Os 18 presos foram transferidos da Polícia Federal para a sede do Corpo de Bombeiros, onde ficarão sob custódia. Na casa de um dos acusados, Nelson Simas, diretor da CDP, foram encontrados cerca de R$ 330 mil. O dinheiro foi apreendido. Ademir Andrade, além do envolvimento no esquema, agora vai responder a acusações de porte ilegal e contrabando de armas. Foi encontrada uma pistola 9 mm, de uso restrito de policiais, na casa do ex-senador.
A PF monitorou a quadrilha a partir de dezembro de 2005 e constatou vários crimes previstos na Lei de Licitações (8.666/93), peculato, corrupção ativa e passiva, advocacia administrativa e formação de quadrilha. O favorecimento a empresas que participavam do esquema era feito através da combinação do resultado das licitações, inclusão de cláusulas pré-combinadas nos editais ou até inexegibilidade ilegal do processo licitatório.
Os investigadores federais também descobriram, através de análise do Diário Oficial da União, discrepâncias inexplicáveis entre o volume de cargas e o lucro da Companhia. De 2003 a 2005, houve crescimento de 22% na movimentação da cargas e queda de 220% no lucro líquido da CDP.
"Constatamos corrupção generalizada na CDP. Uma das fraudes consistia em cancelar faturas de recebimento de taxas portuárias. Estima-se que, só dessa maneira, sumiram dos cofres públicos R$ 7 milhões. Mas os prejuízos podem ser muito maiores", explica o procurador Thiago Oliveira.
As prisões temporárias - de cinco dias prorrogáveis por mais cinco - e a quebra de sigilos bancários e telefônicos são medidas fundamentais para a coleta de provas e devem ajudar a explicar para onde foi o dinheiro. Além das 18 prisões, também foram cumpridos 53 mandados de busca e apreensão, com coleta de documentos e computadores. Equipes da PF e da CGU devassaram empresas de engenharia e de informática em Belém e São Paulo e a sede da CDP em Belém em busca de subsídios para o processo judicial contra os acusados.

Veja quem foi preso na operação Galiléia

Ademir Galvão Andrade - ex-Presidente da CDP
Aldenor Monteiro Araújo Jr. - Diretor Administrativo-Financeiro da CDP
Caritas Jussara Muniz Adrian - Supervisora de Faturamento da CDP
Carlos Antônio Quadros de Castro - Exerce cargo em comissão na CDP
Ericson Alexandre Barbosa - Presidente da CDP
Evandilson Freitas de Andrade - R&A Construções e Comercio LTDA
Hélia Sousa de Oliveira - Gerente de Gestão Portuária da CDP
Jorge Luis Silva Mesquita - Telenorte Comunicações Comércio e Informática LTDA
José Nicolau Waris - Cohelte Conexões Hidráulicas Instalações Elétricas e Telefônicas
Marcos Antônio Barros Cavaleiro de Macedo - Gerente de Engenharia e Infraestrutura da CDP
Maria de Fátima Peixoto Carvalho - Presidente da Comissão Permanente de Licitação da CDP
Nelson Pontes Simas - Diretor de Gestão Portuária da CDP
Paulo Geraldo Ramos Damasceno - Gerente Financeiro da CDP
Ruy Carlos Barbosa de Mello - Contratado da CDP, também responsável pela empresa JGRM Assessoria e Representações LTDA
José Canellas - Eico Sistemas e Controles LTDA
Sílvio da Silva e Silva - Gerente de Informática da CDP

Anônimo disse...

A mim me parece que a carreira do senador acabou.

Ana Célia Pinheiro disse...

Muito obrigada aos leitores Imprensa Livre e Sapo Cururu da Austrália pela colaboração.
Ao Imprensa Livre, já respondi.
A você, Cururu, digo, apenas, que não acredito no fim da carreira do senador. Ele é suficientemente forte e corajoso para superar isso. E o tempo vai dizer quem tem razão. Só espero que a Polícia Federal e o MPF tenham, na admissão futura do erro, a mesma dedicação que exibem com essas prisões.

Anônimo disse...

Égua! Mas, assim! Pensei que essa perereca não escolhia mosca pra meter a língua! Assim, filha, fica fácil fazer jornalismo passando a mão na cabeça dos amiguinhos!

Perdeu a moral, dona sapinha!

Uma pena! Quando se é partidário, não há como ficar apontando o dedo na cara dos outros! São muitos os percalços!

Lamento, pois cria eu que o espaço fosse ganhar força com o tempo! Nossa terra merece uma alternativa de jornalismo!

Sem ofensas, dona, é um desabafo de quem ao enxergar uma luz nunca pensa que é o trem vindo na contra-mão!

Saudações!

Ana Célia Pinheiro disse...

Agradeço, anônimo a sua participação. Divirjo de você, mas respeito a sua opinião. Espero, no decorrer do tempo, voltar a merecer a sua confiança. Até porque sei que sempre agi corretamente com todos os leitores, principalmente ao revelar a minha condição partidária. Fique tranqüila, porque este continuará a ser um espaço democrático. E nem poderia ser diferente, uma vez que os demais colaboradores do blog "vestem camisas" diferentes da minha. Aliás, alguns deles foram bem menos delicados que você... Bjs, Ana Célia

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